- off:
Moon escreveu:ao examinar o mercenário não pode evitar o fascínio em ver que seu corpo era quase perfeito
Quase...
...Mulher nunca tá satisfeita com nada mesmo!
Não tinha muitos mapas precisos ali, pois os que existiam estavam nas mãos de quem precisava, mas tinham um meio genérico, mostrando a parte sul da cidade, com algumas anotações, tinha também alguns alfinetes marcados em alguns lugares. Vocês estão na parte Q3 (quartel 3) que tem uma coisinha vermelha.
- Spoiler:
Azriel não tem como passar despercebida ali, suas asas eram como uma placa "olhe para mim". Apesar disto, por enquanto não estava tendo problema. Mesmo estando em uma das maiores cidades de Fajr-Regno, não esbarrou com nenhum demônio, embora provavelmente tivesse alguns híbridos pelo meio.
A tenente, depois de falar da Santa Atemense e do templo, não incomoda a anjo. Aparentemente os outros fazem o mesmo, seja por disciplina ou falta do que falar mesmo. Também ela estava levemente desanimada para prestar atenção em detalhes e por isto pode não ter visto muito sobre reações. Depois de um banho rápido e um cochilo provavelmente melhore um pouco. O lugar é "espartano" (por falta de referência pura no cenário): camas duplas colocadas lado-a-lado, prateleiras simples, nada de luxo ou privacidade. É o bastante só pra um cochilo mesmo. Fisicamente basta para ela recuperar, porém ficar de fato animada seria difícil, pois sabia que magicamente estava numa área desfavorável (sua mana flui normal, porém o ambiente não ajuda), mas poderia pensar o que fazer agora.
Ka observa alguns sinais da guerra das ruas que conhecia antes. Pelo que parece, foi bom ter mudado para Ĵevurá no tempo certo. Alguns diziam que a guerra em Heséd estava acabando, mas quando de fato acabasse, quem ia recuperar aquilo tudo?
Depois de verem que Kate não estava no QG (ela poderia ter ido em outro QG por engano, mas aquilo era improvável, a menos que ela fosse mais burra do que parecia) ele vê alguns assuntos práticos com a tenente que diz chamar Jihl Nabaat. Ele reparte a grana da carne bem como mais 100 kons para cada, ela ainda não tinha certeza de qual era o acerto, mas não reclama de gastar, pois o grupo de vocês parecia vir em boa hora mesmo (ou talvez até além da hora, de qualquer forma a grana era do exército, não dela. Nadhull fica com a parte de Kate por enquanto). Acaba que a pequena caçada ao kodo tinha sido mais lucrativa que a missão em si.
Alguns tinham combinado antes com o contratante sobre algumas recompensas não monetárias, Mortalha queria acesso a livros de magia da Corte dos Milagres e/ou seus magos, Nadhull tinha levado um escudo que ajudava canalizar mana e tinham prometido que poderiam ver como melhorar sua espada depois. Ka vai pensando que tipo de influência poderia conseguir do exército. A tenente diz que verificaria as pendências secundárias depois. Ela não estava ligada diretamente à Corte dos Milagres, mas eles tinham vários contatos. Ka se lembra que, além da insígnia, seu contratante tinha anotado um número numa tira de couro que serviria de referência "0375"
- 0375? Tem certeza que era esta referência?- Sim, senhora!Haviam várias senhas no exército, mas normalmente os contatos que ela conhecia não eram marcados com números. Se fosse algo só da Corte aquilo poderia demorar ainda mais, ela fica um tempo perguntando se alguém tinha alguma informação deste tipo de senha. Mas depois de um tempo alguém percebe que não devia ser um número, mas sim "SLEO" lida de cabeça para baixo.
- E alguém sabe onde está alocado o S.L.EO?- Infelizmente morto em combate, senhora!- Merda, mais um! E quem é o contato substituto na Corte?- É o C.C.UK, alocado no Q2, Senhora!Contatos seriam feitos, enquanto isto Nadhull resolve ir ver como estava a cidade, podiam se encontrar a noite para acertar próximos passos se fosse o caso, não adiantaria muito para ele ficar ali no momento. Azriel relembra o nome da Atemense: Mestra Raĉoŭhi, Ka fica feliz por alguém ter lembrado e joga alguns "migué" sobre assuntos que tinha escutado, misturados com alguma improvisação. É o bastante para ter assunto para jogar fora com a Tenente.
Se fossem ver apenas as questões ligadas à magia, os Atemense e a Corte dos Milagres deviam ser inimigos de lados quase opostos, mas Ka percebeu a Tenente chamando a Atemense de "santa". A guerra poderia ter vários "mosaicos", e aquela Raĉoŭhi era reconhecida em mais de uma peça destes mosaicos. Era bom ter uma carta sobrando, embora no momento aquilo fosse secundário (a Tenente mostra conhecer a Santa só pela fama, o que facilita fazer parecer que vocês são mais influentes do que realmente são).
...- Me parece que tem um grande número de recrutas verdes aqui. Será que eles precisam aprender a afiar suas armas?- As armas deles estão bem afiadas, eles precisam de ajuda é para afiar as mentes. Alguns ainda estão aprendendo qual dos dois lados da lança vai no inimigo!Fajr-Regno era conhecido por ter as melhores armas de Akaŝa (pelo menos as de metal), pelo menos as básicas, pois Akvlando tinha também suas famas com algumas obras primas. Claro que o continente também produzia suas caixas de quantidade sem qualidade, mas em geral o Reino do Fogo era conhecido pelo ótimo trabalho em metal. Embora a resposta da tenente Nabaat não tivesse sido bem o que Ka esperava, não era um má resposta, ela aproveita para perguntar se Ka já tinha servido, pois aparentava ainda estar na idade.
- apenas detalhes secundários:
Ka apresenta os documentos, que sabia que acabaria precisando. Independente de serem verdadeiros ou falsos, eles estão valendo, ela não examinaria em detalhes.
- Ka Nenomata, 20 anos. Parecia ter um pouco mais. Mas talvez possa ajudar estas mentes verdes. Onde serviu?
Não era um interrogatório, mas Ka estava preparado caso passasse por um. Poderia responder esta pergunta de três formas sem levantar suspeitas:
1) Podia falar que serviu na marinha, no Taumaturgo. Não seria totalmente mentira, embora seu trabalho lá não conte como serviço militar, mas ela não ia verificar. Neste caso ela acharia diferente, pois a marinha de Fajr-Regno não é forte comparada ao exército, mas acreditaria que pode saber técnicas que um soldado de solo não saberia (a marinha tem fama de ter que tomar muitas decisões sobre pressão).
2) Como Primeiro-Sargento e armeiro principal em Ĵevurá. Como as hierarquias em Heséd e Ĵevurá são diferentes, falar em Primeiro-Sargento pode deixar alguns de Heséd até confusos sobre qual era mesmo seu grau de influência. Mesmo que Jihl Nabaat não encaixasse nestas, provavelmente ia dar importância só ao trabalho de armeiro principal, que já é basicamente seu trabalho mesmo.
3) Como Sargento em Heséd, na base Q1, perto das minas e do bairro preto. Neste caso, se alguém investigasse poderia descobrir que é mentira (a menos que realmente tenha servido ali), mas é muito pouco provável que ela vá te investigar, além do mais o Q1 poderia a esta altura ter sido tomado pelo inimigo, como você conhecia a região há dois anos atrás, poderia servir de desculpa para saber o que aconteceu nestes anos, e talvez ela até perguntasse sobre sugestões que poderiam ter sido esquecidas.
Independente do que responder, isto é detalhe, ela não deve te cobrar, mas serve para ter assunto e também para treinar se alguém mais inconveniente te testar mais tarde. A Tenente aceitaria de boa ficar um tempo discutindo sobre possíveis formas de afiar aqueles soldados verdes.
...- Será que há algo que podemos fazer para ajudar vocês? Talvez possa contar algumas coisas para nós. Notei que faltam macieiras, flores amarelas e provavelmente cidra.- Ma'bah!! O que não falta aqui são lugares precisando de ajuda! É tanta coisa que tenho que comandar que vivo com medo de esquecer metade! Os malditos de Gaja cortaram as macieiras para aumentar a fome da população e também nos desmoralizar*, além disto nos roubaram o porto e boa parte do norte da cidade, isto fora a destruição geral. Poderíamos impor uma vitória vergonhosa se conquistássemos novamente o porto, mais os filhos da puta têm os melhores navios! Por isto muitos de nós estão tentando desmontar esta batalha com negociações, mas se conquistássemos o porto, poderíamos ganhar na força!* As macieiras eram praticamente um símbolo da cidade, sendo que a maioria estava em área pública e ninguém podia proibir outros de colher os frutos, sendo importante principalmente para a população miserável. Além disto há uma certa humilhação moral/religiosa, pois a maçã pode ser considerada um símbolo religioso. Da mesma forma que nós usamos "pão" como símbolo de qualquer alimento "o pão nosso de cada dia, dai-nos hoje", "repartir o pão com o próximo", muitos em Fajr-Regno e Ajros usam a maçã para simbolizar qualquer coisa que mate a fome, como a famosa expressão "Dar uma maçã para uma viúva é como dar duas maçãs. Dar uma maçã para uma viúva e outra para um órfão é como pagar um balaio de sua dívida" (atribuída a algum sábio devoto de Piro).
Como Ka imaginava, a falta de cidra também era um problema, embora secundário. Ao perguntar sobre mana negra, a tenente não tem muito a falar. Provavelmente era uma quieta, e mesmo que tivesse um cargo importante, os quietos às vezes nem sabem quando um evento mágico está acontecendo em cima da cabeça deles. Ela só sabe que pessoas da Cour des Miracles estão preocupadas com possíveis atividades de demônios apátres (nem todo demônio tem direitos igualados com os humanos, os que não têm são chamados apátres). Algumas suspeitas são que eles estão em algum lugar entre a base que vocês estão e um ponto no deserto a sul ou sudeste dali. Aparentemente grupos grandes de magos estão sendo movimentados para alguns pontos por ali, mas ten. Nabaat não tem tantas informações. Ao mesmo tempo, existem também algumas suspeitas de movimentações menores em algumas ruínas da cidade, que embora menores não parecem ser menos importantes.
Ela pergunta se o grupo de vocês é de magos militares, ou magos mercenários, ou ainda se possuem ligação religiosa, provavelmente pensando em que tipo de problema poderia designar o grupo para ajudar. Ka pensa sobre o que a falta de referência dos quietos poderia influenciar o grupo: os dois demônios conseguiram se passar por humanos com certa facilidade até ali, e provavelmente alguns ali até estejam achando que Mortalha é uma maga branca, sem suspeitar que a verdade é o inverso.
Depois de esgotar seus assuntos com a Ten. Nabaat, Ka vê
Mortalha lhe procurando, sempre com seu encantador humor de matar fadas, mas ela estava interessada em pesquisar um pouco mais sobre a mana verde, assunto que interessava aos dois, então provavelmente renderia algumas horas de boa interação sem precisar ter tanto medo de ser autopiciado.
Mortalha começa tocando a real sobre a mana negra, confirmando que as suspeitas de Ka são as mesmas dela, em seguida dá também informações sobre outras manas, sendo mais experiente que ele Ka simplesmente considera que ela deve saber o que fala, e vai mentalmente arquivando as informações.
Ka sempre teve de ser forte, mesmo antes de despertar os dons, devido seu trabalho, mas de fato ficara mais forte nos últimos dois anos. Porém notara uma resistência maior nos pulmões do que nos músculos, as diversas fornalhas sempre exigiam esforço não apenas físico, não importa se era para quem ia derreter alumínio a primeira vez ou para alguém com décadas de experiência, mesmo assim Ka sentia uma "intimidade" diferente entre ele e o fogo nos últimos anos.
Depois das explicações ela pede pra Ka tirar a roupa. Mesmo conhecendo o humor de matar fadas e o tecnicismo da amiga (será que ela já deixaria ser chamada de amiga?) e da frieza que ela emanava, Mortalha não deixava de ter aquele olhar de súcubo, que fazia o sangue de qualquer humano macho (e muitas humanas fêmeas tb) querer descer, enquanto o cérebro ficava mais vazio, diminuindo seus filtros contra pensamentos racionais "chatos".
Mesmo levemente desconfiado, ele obedece. Mortalha analisa seu "espécime", usa a ponta dos dedos para sentir a energia na coluna dele. Manas de elementos que não se tem o dom, principalmente no corpo de outras pessoas, não podiam ser facilmente distinguidas, mas magia era energia, e energia sempre pulsava. A coluna era sempre onde a energia fluía com mais força, e a ponta dos dedos a parte mais sensível. Ka, querendo ou não, também sentia a energia dela faiscando em seus dedos, fazendo arrepiar até parte que ele nem sabia que tinha pelos.
Quando Mortalha pede para concentrar a energia nos músculos, sente a energia dele fluir de baixo dos pés até os ombros e então mãos. Aquilo era interessante, pois a forma que sua energia fluía, pelo menos para defesa, protegia seu corpo todo, deixando (teoricamente ainda) quase nenhum ponto fraco, a não ser o quinto chacra (garganta) que basicamente é o ponto fraco de qualquer mago. Magos da água concentravam a energia nos braços, mas as pernas ficavam sem proteção mágica. Magos do fogo podiam concentrar a energia nos braços, mas também tinham certa facilidade de concentrar nas pernas, mas quando faziam um ponto, deixava o outro com menos energia. Se os pensamentos de Mortalha tiverem certos (e se ele estiver usando a mana verde como deve), Ka poderia concentrar a energia mágica por igual no seu corpo.
Depois de trocarem figurinhas
e deixar a gente esperando em vão pela sacanagem, os dois pensam se podem arrumar um médoto de descobrir onde anda a fonte incomum de mana na cidade. Ka sugere uma forma de triangulação e curiosamente Mortalha até acha interessante. Como a Tenente Jihl disse que tinham pessoas sendo designada a sul ou sudeste dali, aquilo podia ser inclusive um ponto de partida. Apesar de que ela também disse de eventos (possivelmente mágicos) menores acontecendo em algumas ruínas.
*****
Nadhull poderia voltar ao Q3 depois, e ver se alguém tinha alguma novidade relevante, mas no momento não tinha muito para fazer ali.
Depois da sacanagem
que eu achei que ia ser mais detalhada pelo tempo que demorou a postar Zaphyra comenta que foi a primeira vez que dormia com um demônio.
- Também foi a primeira vez que dormi com uma fêmea com dom da terra.- Até foi razoável, mas não é tão impressionante quanto diz-se por ai. - Comenta Zaphyra.
- Engraçado... - rebate Nadhull
- Seu corpo pareceu dizer mais do que só razoável.Ela olha para Pharine dizendo:
- Parece que machos são mesmo iguais, independente das raças.- De fato! Coitadinhos. Sorte a nossa que a cabeça que eles usam é menor que a nossa.As duas riem um bucado, se olhando como se tivessem guardando segredos.
Mudando de assunto, Nadhull pergunta a Zaphyra qual a ligação que ela tem com a mana verde, usando um olhar que Nadhull tem dificuldades de ler ela rebate:
- Qual a ligação que você tem com mana negra?Nadhull fica sem saber o que responder por alguns segundos.
- Vocês imaginam que qualquer um que desperta um dom mágico sai pelo mundo buscando fama, combatendo monstros e salvando donzelas? Boa parte dos despertos continuará não sendo mais do que um sacerdote qualquer, um curandeiro...- Ei, vocês dois não comecem brigar. E eu não sou uma donzela que você queira salvar?Zaphyra olha com descrédito Pharine:
- Não mesmo!- Vaca!Pharine fala das novidades: O exército de Gaja tomou o porto, isolando bastante a cidade, os dois lados se combateram no centro-norte, acabando com as casas no local, uma barricada foi feita na área, deixando a cidade ainda mais podre, casas foram queimadas, oficinas saqueadas, um muro foi tomado perto do bairro operário, mas o exército contra-atacou usando a parte alta no centro-sul como vantagem, impedindo de avançar, muitos soldados estão fortalecendo as minas, o exército de Gaja fracassou em tomá-las três vezes. A população pobre ficou miserável, e a população miserável morreu de fome, e isto não foi figura de linguagem. No começo do acirramento dos combates, que foi pouco depois de Nadhull deixar Heséd para Ĵevurá, houveram um grande número de execuções públicas dos dois lados, pessoas foram enforcadas, crucificadas e até empaladas, e seus corpos ficaram em exibição por alguns dias, algo que não era muito comum em Fajr-Regno até então. Os ataques das raças selvagens, vindas do Desfiladeiro Selvagem também ficaram mais brutais, destruindo parte do sul da cidade. Harpias sobrevoam em grupos de tempos em tempos, e o pessoal da Cour des Miracles está preocupado que elas tenham sido treinadas por algo pior para vigiar a cidade. (off: desculpa a estética deste paragrafo, mas ia dar trabalho por tudo isto em diálogo)
Do aumento de mana negra:
- Ras! O que pode estar por trás de aumento da concentração de mana negra? - Diz Zaphyra.
- ??
- Aumento de atividade demoníaca. Não é ÓBVIO!?- Mas e o deserto?- Os demônios ligados à Corte dos Milagres sempre controlaram o deserto e esconderam o que quer que tenha lá, sempre fizeram mistério de tudo. O bom disto é que atraíam outros demônios para lutar com eles lá, fora daqui. Talvez os demônios de Ades tenham vencido.