AzrielAzriel conjura uma bola de fogo e lança ao ar, como se fosse fogos de artifício, chamando atenção de toda a vila, que se amedronta perguntando-se o que fizeram para deixar uma anjo, que é a personificação de bondade, calma, paz, amor, fraternidade, ficar com tanta raiva.
Sua bola de fogo, ao invés da tradicional chama amarelada, sai vermelho escura, quase cor de vinho, ao invés de expandir ao subir, gira de espiral quase consumindo a si mesma. Então Azriel ainda tinha poder de fogo, sua magia branca que estava mesmo travada. Talvez fosse aquele local que estava saturado de energias ruins e com quase nada de energia boa, isto explicaria parte de seu problema.
As pessoas ficavam olhando para Azriel, mas sem coragem de se aproximar (algumas crianças provavelmente pensavam em chegar mais perto, pois são mais curiosas, mas os pais não deixariam fazer isto). Aproveitando que estava na parte mais afastada da vila mesmo (carroças com bandeira cinza não podem circular nas vilas e cidades) procura um lugar mais afastado e se põe a meditar.
Poucos minutos depois, escuta cascos se aproximando, provavelmente Enalæki, atraído pelo fogo no céu, foi ver o que estava acontecendo, mas ele apenas para e espera, sem atrapalhar a meditação dela. Deve ficar ali esperando até ela ficar calma, ou com fome, o que vier primeiro.
Editado: Ou até a Mortalha pegar ela pela gola e chacoalhar como doida.MortalhaA máscara usada pelo camelo continua descascando aos poucos, Mortalha observa que os animais ficam mais lentos a medida que aquelas mascaras vão se desfazendo. Algo assim era de se esperar. Até agora vocês devem ter ganhado um dia de viajem, pois eles seguiram sem reclamar e sem parar, sem o apoio da magia das máscaras provavelmente demorariam dois dias para fazer o percurso que fizeram em um.
Mortalha procura a estrada principal para Heséd, buscando assim evitar ainda mais inconvenientes inesperados. "Estrada" talvez fosse um eufemismo para um caminho onde a terra era apenas um pouco mais "batida" e tinha menos areia, onde grupos mais desesperados (ou menos inteligentes) iam.
E apesar de não ter quase viva alma por ali, o grupo de Mortalha não era o único desesperado (ou pouco inteligente) a tentar cortar o deserto no meio, após chegar numa parte mais elevada, o súcubo consegue ver ao longe (cerca um quilômetro adiante e na parte mais baixa) um pequeno grupo indo na mesma "estrada principal". Dois cavalos, com dois humanos em cima e uma carroça, com mais um ou três humanos. Talvez fossem só mercadores, de longe não dava para avaliar, mas era um grupo pequeno. Não iam muito rápido, se continuassem no mesmo ritmo, Mortalha poderia aproximar do grupo em cerca de três horas, ou menos se quisesse.
UzotrosQuando Nadhull diz que Mortalha não era sua esposa, as fadas começam discutir:
- Deixando ela ir embora assim, sozinha, ela não vai querer nada com você mesmo, seu druzu!
- Tivemos um trabalhão para deixar ela bonitinha e você nem ligou para ela, mas também ela nem quis ficar muito tempo bonitinha.
- Vocês demônios são muito ingratos!
- São mesmo!
- É, são mesmo!Ele pergunta onde ficaria a masmorra a ser evitada, a fada com rabinho leonino aponta. (considerando o leste 0° norte 90° e oeste 180°, o objetivo de vocês está entre 160° e 190°, Mortalha está andando a 150° pois quer pegar a estrada principal, a fada aponta para 255° que seria a direção da masmorra.)
- Fica lá, não conseguem sentir?
- Eles não são como nós! - Comenta aquela outra com asas, roupa e cauda cheios de manchinhas)
- É mesmo! Coitadinhos deles.Kate propõe chamá-las de Lindinha e Florzinha, já que não tinham nome ainda, elas novamente começam discutir:
- Tá bom, então podem me chamar de Lindinha e ela de Florzinha.
- Nada disto, você não viu que ela me chamou de Lindinha e DEPOIS chamou você de Florzinha?
- Não foi não, ela olhou pra mim e falou Lindinha, depois olhou você e falou Florzinha.
- Não foi não, ela te chamou de Florzinha porque você deu uma florzinha para ela, mas é claro que ela viu que eu sou mais Lindinha que você, porque sou mesmo!
- Pelo menos EU dei alguma coisa, não sou como você que não faz nada. Então ela gostou do meu presente e, vendo que era bonito, quis te dar um presente também, te chamando de Florzinha, mas claro que ela falou comigo primeiro.
- Até parece, a trança mais bonita fui eu quem fiz nela!
- Mentira, o nossa ficou mais bonita (vozes em cima da árvore)
- Lindinha, Florzinha, eu sei que me deixaram muito bonita fazendo eu ficar loira, realmente eu gostei. Muito obrigada!
- Mas, se não for incomodo pra vocês, será que poderiam fazer ele voltar a minha cor original? Tenho uma ligação muito especial com ele.. Era a cor do cabelo de minha mãe, e é a única coisa que tenho de ligação com ela.- Era não, o dela era vermelho mais escuro que o seu, e ela gosta de você bonitinha assim.Kate fica surpresa, afinal nem ela conheceu sua mãe (off: embora não explique como na ficha colocou que tem um colar de rubi ganhado da mãe). Apenas uma vez, há muito tempo, quando fazia um exercício de misticismo junto com Kevla, acreditou ter uma visão (por sinal triste) de uma mulher que, por algum motivo, ela acreditou ser a alma de sua mãe, embora poderia ter sido uma visão com qualquer outro significado, até mesmo uma memória compartilhada de Kevla. (Não esqueci disto, apesar de termos jogado há uns 10 anos atrás).
Outra coisa é que meu namorado sempre gostou dos meus cabelos ruivos, não é amor??- É nada, ele gosta de mulheres mais velhas, com cabelos escuros e mamas fartas!Agora era Ka que se perguntava onde elas tinham tirado isto? Talvez ele nem tivesse exatamente um "tipo" de mulher, pois várias mulheres diferentes lhe atraíam diferentemente, até mesmo a Kate não era de se jogar fora (será que ele achou verdadeiramente ela melhor loira ou ruiva?), mas ao ouvir a fada falar, ele na hora pensa em Jussara. Teria sido ela a verdadeira paixão platônica dele? Certamente foi a primeira, e às vezes se arrepende de não ter de fato namorado ela. E teriam as fadas lido sua mente, ou só chutado?
As fadas começam discutir novamente:
- Vamos deixar os cabelos dela escuros então!
- Não, vamos aumentar o tamanho das mamas dela.
- Não, ela vai ficar parecendo uma gajana.
- Ela é magra demais para parecer gajana.
- Mas é muito gorda pra parecer ajrense.
- O diabo fica olhando pra bunda dela, e se aumentarmos a bunda dela?
- Mas o diabo não tem que ficar olhando ela, tinha que olhar a diabinha.
- Mas ele é burro!
- E a diabinha foi embora.
- Ela pode ficar com os dois, o importante é ter filhotinhos.
- Ela fica mais bonitinha com os cabelos claros.
- Eu posso deixa-los verdes. (diz uma terceira fada que se manifesta, as outras vozes vinham da Florzinha, Lindinha e de vários pontos nos galhos mais altos)
- Já falei que azul é mais bonito que verde.
- Mentira, verde é mais.
- Os passarinhos usam verde pra se esconder, o azul que é para atrair as fêmeas.
- Ela que é a fêmea, então pode ser verde.
- Eu prefiro os passarinhos laranjados.
- Mas vamos aumentas as mamas dela, não vamos?
- Verde!
- Isto não, vai machucar ela, a menos que a gente ajude ela produzir leite.
- Ainda prefiro azul!
- E se cortarmos curtinho e deixarmos rosa?
- O humano não gosta de fêmeas com cabelos curtos.
- Ninguém gosta de humanas com cabelos curtos.Aquela discussão poderia demorar muito, mas Ka fica intrigado com algumas coisas, como elas não terem nomes (ok, podia ser da cultura delas não ter, mas era estranho) e também ter falado que teria de esperar "quase uma vida pra chuva chegar". Ka resolve perguntar que idade a Lindinha (ou era a Florzinha? Aquela que parecia um leãozinho) tinha. Não era muito educado perguntar idade de humanas, mas pra fadas não devia ter problemas.
- Ah, eu sou a mais velha aqui, surgi há dois dias, as outras todas surgiram só ontem.Isto explicava o comportamento delas, mas não como sabiam de tanta coisa.