Jardim

Um gigantesco lobo estava dormindo de barriga para cima em um canto do jardim, estava um tempo agradável, e ele havia um tempo livre antes de começar o trabalho dele como segurança após as horas de aulas. O bem da verdade que Lúpus estava matando aula, mas nenhum dos professores pareciam querer insistir na briga após descobrirem na dificuldade do metamorfo em permanecer na forma humana. Talvez seria por esse motivo que Sebastian estivesse passando tanto tempo na casa dos seguranças no meio da floresta?

De qualquer maneira, o jovem segurança continuava a dormir, como se fosse um dogginho feliz, sem se importar muito com o mundo ou seu arredor. Sua pelagem negra, macia era longa e lisa, e a calma que sentia até trazia uma cena extremamente cômica com vários passarinhos pousando na barriga dele e ao redor, se aninhando buscando o calor do grande cachorro.

Sentindo o cheiro de chocolate no ar, Lúpus apenas tombou a cabeça e com a língua ele roubou o chocolate, e apenas se voltou para o lado para continuar a dormir.

Talvez ele devesse se preocupar se ele roubou o chocolate de alguém enquanto dormia, mas em sua cabeça, era apenas um lindo sonho em que ele ganhava chocolate de alguém. Provavelmente ele iria escutar reclamações das pessoas, e em seu sonho não passaria do Marshall reclamando que ele havia comido todo o chocolate d novo e que não havia deixado nem um pedacinho pra ele, fazendo ele colocar a língua pra fora ofegante, mas claramente feliz.

Era um bom sonho, decidiu Lúpus.

Ele só iria começar a acordar de fato com o calor da outra pessoa quando chegasse próximo demais dele. Abrindo um olho, ele iria acabar olhando para frente e primeiro se perguntar o por que tudo estava de ponta cabeça. Depois de perceber que ele que estava deitado de barriga pra cima, ele iria se virar ainda grogue olhando ao redor, até ver a garota que estava ali. Estaria ele tomando algum remédio trocado, por que do nada algumas garotas começaram a se aproximar dele?

Lúpus então passou apenas a observar a garota, tentando ver o que ela iria fazer agora.

Lúpus reclamou, dando um rosnado baixo mas não se movendo, como se virasse para o outro lado e ignorando a presença da garota, querendo pegar mais algumas horas de sono. Mas pelo visto a garota não iria deixar em paz, então ele trouxe o rabo dele próximo o suficiente para ela tocar. Quem sabe assim ela se contentaria?

Após algum tempo ele ficou a observar a garota realmente como ela era, ou quem era ela. Os jardins eram frequentados, mas naquela hora não deveriam ser, então ela deveria estar matando aula igual ele, só que ele teria um trabalho daqui a pouco se ele estivesse certo do horário. Resmungando, ele levantou se esticando inteiro antes de olhar para ela e fazer menção para ela voltar para a escola.

Lúpus parecia suspirar na sua forma de lobo, ele realmente se perguntava o que ele havia feito na sua vida anterior para acabar naquelas situações, mas o cheiro de chocolate parecia ter sido o passe de mágica para tirar ele do foco que ele tinha.

Se aproximando dela, ele farejava a mão dela próxima o suficiente para que ela pudesse fazer carinho na cabeça dele, já que ele estava distraído para larapiar o chocolate de novo com a língua gigantesca. Iria demorar um pouco até ele conseguir fazer a proeza sem machucar ela, mas quando conseguisse ele iria ficar pensando no que ela falou.

Suspirando, ele pensou em outra rota que ele poderia fazer, sem que o seu irmão ou outros alunos o visse, então ele abaixou latindo, como se fosse no sentido para ela subir nas costas dele. Era pequena o suficiente para conseguir cavalgar nas costas dele sem maiores problemas.

Uma vez que ela tivesse entendido o recado, ele iria caminhar pela floresta enquanto começava a fazer a ronda dele. Conforme ele andava ele reclamava de alguma coisa que via, como realmente estivesse falando com ela, ou se ela entendesse o que ele estava falando.

A garota não necessariamente respondia o que ele havia resmungado, mas realmente parecia ser uma conexão entre os dois, e Lúpus acabava realmente respondendo o que ela falava, e assim continuava a conversa sem pé nem cabeça deles.

Passado alguns momentos caminhando pela floresta, ele ouviu um uivo distante. Uma código de que Lúpus sabia que não era para voltar para casa tão cedo, e revirando os olhos ele, simplesmente continuou a caminhar até parar em um lago escondido no meio da floresta ainda com Momo nas costas dele. Uma vez ali, ele deixou Morgana sair das costas dele, apenas para ele puxar uma mochila escondida, e caminhando até uma pedra, ele se transformava de volta.

“Vamos ter de ficar aqui por algum tempo, pelo menos até o aviso de perigo passar.” Ele comentou saindo de trás da pedra, em sua forma humana, com calças enquanto colocava a camiseta. “Eu estou com fome, não dá para comer o que eu tenho na forma lupina sem estragar” Ele comentou, trazendo a mochila, e alguns gravetos que ele estava pegando no meio do caminho.

Uma vez com os gravetos alinhados, ele montou uma fogueira, e tirou um pote de marmita, e ofereceu o outro para Morgana, comendo a comida fria, e ainda sem qualquer maneira. Havia similaridades entre o lobo e o rapaz, pois os olhos dele ainda brilhavam um vermelho estranho, e os cabelos eram parecidos com a pelagem, mas Lúpus não fazia questão alguma de explicar quem ele era. Lúcio era o nome dele, sabia por ter participado uma ou duas vezes no máximo nas aulas que eles tinham juntos, e mesmo quando não estava presente, parecia que os professores não se importavam, ou sabiam onde ele estava, então era uma das figuras misteriosas da turma.