Dependências Acadêmicas

Andrew não sabia se xingava o amante, ou se tentava curtir a vista, ainda mais quando chegou naquele quarto desconhecido. Ele olhou ao redor, não tendo menor pudor ou timidez em explorar o quarto organizado, e definitivamente mais espaçoso que o quarto individual dele. "Por que mesmo não viemos nunca para cá?" Ele perguntou para o amante embriagado, afrouxando a gravata e o colete verde que mostrava o quão esbelto ele era.

Talvez estivesse fazendo para provocar cada vez mais aquela nova versão de Mark, e tirando cada pedaço da roupa dele, de uma forma lenta e sensual, o humano lambeu os próprios lábios como se estivesse convidando o anjo a tomar ele da maneira como ele havia prometido. Queria tomar aquele homem em seus braços e ao mesmo tempo ser tomado por ele, e quem sabe essa brincadeira poderia ser repetida mais vezes no futuro.

“Fato, nunca pensei na possibilidade de pedir para vir para o seu quarto, o meu sempre foi mais perto do que o seu em todas as situações em que eu queria meter o louco dentro de você” Andrew comentou sem nenhum pudor pensando em todas as vezes que eles quase foram pegos pelos encontros, amassos e pegadas que eles davam um no outro entre aulas, e pós aulas.

Ser segurado pelo outro não era algo tão diferente, mas talvez pelo anjo estar mais seco, mais direto, aquilo deixava o jovem cada vez mais atiçado, e respondendo o beijo com aquela paixão que sentia ele, deu uma mordida no lábio do outro.

“Não…” Ele respondeu, fechando os olhos azuis, se entregando um pouco mais gemendo baixo com a mordida “… bem perto das estrelas, Michael, me mostre então o que é o céu” O humano respondeu, aprofundando o selinho para um beijo, apenas para ser interrompido ao sentir a cama debaixo dele.

Grunhindo baixo pelo anjo ter se afastado para pegar uma caixinha, abrindo e dando um sorriso, jogando a cabeça para trás. Aparentemente ambos haviam tido a mesma ideia aquela noite.

“Só aceito se você aceitar o seu” Ele disse, se movendo pela cama para pegar da calça dele que ja havia sido descartada em algum momento do strip tease dele, tirando um anel, e mostrando ele entre seus dedos.

Lambendo a lágrima que escorria pelo rosto de Mark, Andrew segurou o rosto do anjo próximo, antes de colocar a aliança que havia ganhado no anelar da mão direita.

Escutando as palavras do amante, fez o humano sorrir e deitar na cama mais tranquilo. Ele observava o anjo antes de pensar fazendo um bico. “Bem, eu não posso viver eternamente, mas enquanto estiver vivo, eu meio que já deixei claro que você é meu, então, sim” Ele respondeu na maior simplicidade, cruzando os braços atrás da cabeça, e fechando os olhos azuis. Talvez fosse por isso que eles se davam tão bem, a simplicidade de Andrew e a inocência de Mark combinavam para que ambos tivessem uma relação positiva, mesmo que tivesse que ser escondida.

“De qualquer maneira, você falou que iria me mostrar como é ir aos céus, eu estou esperando” Ele sorri um sorriso malicioso, mesmo de olhos fechados. E como se estivesse tentando o outro, ou pensando algo ele resmunga “Talvez eu devesse trazer alguma bebida para cá, quero ver até onde você chega” Andrew ri antes de abrir os olhos, e volta observar o professor.

Nunca em sua cabeça ele imaginaria ficando fixo com alguma pessoa, muito menos com um professore de religião. Fosse destino, fosse força divina, Andrew não se arrependia, e assim como ele havia falado, enquanto ele estivesse vivo, Michael seria dele, e apenas dele.

Andrew olha para Mark antes de fazer um cara estranha “Sebastian e Marshall estiveram no seu quarto?” Ele pergunta mais para ele mesmo do que para o namorado, sendo pego de surpresa com o beijo antes de ver o professor ir pegar uma garrafa de conhaque.

Com a garrafa em mãos vendo Mark beber como se fosse um shot, Andrew soltou um sorriso malicioso, dando um gole longo, fechando a garrafa, sem se importar do líquido quente queimar o peito, apenas para ter os lábios ocupados por um beijo cheio de fogo, com desejo a cada toque do outro.

O humano soltou um gemido por ter sido pego novamente de surpresa com a carícia em seu membro, sentindo a língua do anjo passar por cada canto, cada tatuagem. Fechando os olhos azuis ligeiramente, ele soltou um palavrão em japonês quando Mark o abocanhou, mamando faminto em seu membro.

“Fuck, yeah like that” Ele disse, segurando os cabelos de Mark. Queria realmente ver o anjo o dominar como ele havia feito para o namorado tantas vezes, mas por hora, queria sentir novamente a garganta quente e a língua dele percorrendo pelo seu mastro, e mexendo o quadril, ele sincronizava com o movimento de Michael.

Estar surpreso era apenas o início do que Andrew sentia, o sabor daquela bebida amarga o embriagando, e com o vigor e entusiasmo que o professor o chupava seu membro, apenas permitia que o jovem soltasse gemidos de prazer, segurando a cabeça de Mark enquanto forçava cada vez mais ao fundo da garganta do outro. O prazer que sentia chegava a ser intoxicante, a ponto de não conseguir se segurar o jato do seu líquido, preenchendo a boca do anjo.

Andrew respirava rapidamente como se quisesse recuperar um pouco das suas energias, mas assim que viu o professor tomar mais alguns goles e mandar ele ficar de joelhos, o jovem sorria maliciosamente. Uma vez de joelhos, ele olhava sedutoramente para o anjo. “Yes master” Ele ronronou para Mark, esperando para ver o que o outro iria acabar fazendo.