Em Heséd

Misticismo
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2 , 7

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3 , 10

@Dycleal vai interagir ou toco pra frente?

- Interessante. - Respondo ao ouvir sobre a profecia. - Você poderia me contar mais sobre esse tal anjo empunhando um martelo divino?

- Não, a profecia é só isto mesmo. Não posso dizer mais nada. - Azriel olha com cara de decepção. - Hei! Não fui EU quem escrevi esta profecia, então não me culpe. Eu só posso dizer o que ela NÃO é, e como eu disse, ela NÃO É uma profecia que fala de Ades, mas provavelmente de um general dele, ou então de alguma besta demoníaca no sentido próprio de besta. Você queria saber se é o anjo da profecia? Qual é o seu nome?

- Azriel!

- Curto demais, nem chega perto. Ele pega um papel e começa escrever:

A=1 B=2 C=3 D=4 E=5 F=6 G=7 H=8 I=9 J=10 K=11 L=12 M=13 N=14 O=15 P=16 Q=17 R=18 S=19 T=20 U=21 V=22 W=23 X=24 Y=25 Z=26

1+26+18+9+5+12

- Seu número é 71. Em Esperanto ficaria...

A=1 B=2 C=3 Ĉ=4 D=5 E=6 F=7 G=8 Ĝ=9 H=10 Ĥ=11 I=12 J=13 Ĵ=14 K=15 L=16 M=17 N=18 O=19 P=20 Q=21 R=22 S=23 Ŝ=24 T=25 U=26 V=27 Z=28

- 84, então ainda está longe de ser o nosso anjo. Seu número ou é 71 ou 84. Ou já lhe deram um título*, como "A Pura", "A Sábia", "A Catita" ou "A Coisinha Cuti-Cuti"? Se fosse "Azriel, A Coisinha Cuti-Cuti" seu número seria... (conta nos dedos) ... 240!

*título

Spoiler:

- Não seria não, seria 259 em Tareno, ou em Esperanto "Azriel, La Eta kut-kut" 260. - Diz Ka, que era bom de conta e tinha sacado o lance das contas dele.

- Pena, chegou perto... Quem sabe não ganha um título que some 270 no futuro... Se quiser eu escrevo a profecia para você, e você leva para algum sacerdote Atemense depois para ele falar mais sobre a profecia para você. Mas a questão dos números, tem que ver que parte da profecia foi escrita por Anĝelina, parte por Piro, então tem que ver se está em Yrdok, Tareno, Esperanto, Moloke... cada alfabeto pode dar uma diferença. Mais provável que seja em Esperanto.

Talvez fosse mesmo melhor procurar um sacerdote depois, que tivesse mais conhecimento sobre profecias, pois Azriel sabia que as palavras de uma profecia podiam ser símbolos. O "anjo" poderia ser mesmo um anjo, mas também poderia ser alguém com características de anjo (um humano puro, por exemplo), "martelo divino" lembra mais Tamuz do que Piro ou Anĝelina, pois Piro é representado por uma espada e Anĝelina por um leque, mas poderia ser um martelo abençoado ou feito por um deus, ou mesmo um martelo feito por um sacerdote-artífice (neste caso teria que se ver quais anjos costumavam usar martelos como armas) e cada outra palavra poderia ter um significado por trás.

- Saberia dizer algo a respeito da anomalia que está acontecendo no deserto? Os anjos que estavam investigando tal fenômeno não permitiram minha aproximação e nem foram muito receptivos em partilhar tais informações.

- ESTE é o real motivo da Corte ter mandado vocês me procurarem? - Pergunta desconfiado.

- Não! É só uma curiosidade pessoal minha. Lhe garanto!

- Mm... .... Eu só poderia ter certeza se fosse lá ver pessoalmente... Mas das duas possibilidades mais óbvias, uma é que seja algum imbecil "brincando" com portões planares, para querer trazer alguma coisa "não muito boa" dos Infernos para cá.

- E a segunda?

- A segunda seria alguma coisa grande e caótica o bastante para causar rupturas de mana. Poderia ser uma "acomodação" da natureza, algum "buraco mágico", resquício das muitas abominações mágicas causadas deste o tempo em que Piro destruiu o mundo, ou, o que seroa bem pior, algum artefato demoníaco capaz de acumular magia suficiente para criar várias rupturas de mana em escala catastrófica.

Azriel se interessava por uma tal profecia, enquanto Mortalha e Nadhull viam o que podia tirar algum conhecimento da figura pitoresca. Como Ka não tinha interesse no mago negro, ele questiona Cezan, para ver se também aprendia algo. O mago não parecia disposto a se arriscar, mas seguia o grupo para eventual apoio.

Ka: - Já que eles estão se preparando, será que poderia me dar alguma dica útil para ajudar seu amigo?

- Mm, qual sua idade? E a quanto tempo despertou o dom verde?

- Estou com quase vinte e um, e comecei a despertar meus dons a pouco mais de dois anos. Mas o primeiro dom que despertei foi do fogo, trabalhando na forja.

- Então você é um dual rubro-verde tardio? Que irônico! Obviamente não deve ter despertado por sua religiosidade.*

- Bem... na verdade, recentemente também consegui sentir o dom branco, usando-o para melhorar minha agilidade.

- Um trino? Ma'bah! É sério?

*

Spoiler:

- Bem, a terra deve ser seu elemento mais fraco então. E como seu dom despertou com sinais de seu corpo lhe protegendo das chamas da forja, e também você diz que melhorou agilidade com mana branco, deve ter mais facilidade em usar magia mais defensiva. De fato é mais fácil ensinar novatos a partir da magia defensiva do que da ofensiva. (pausa) Se você usou a mana branca "para dentro"**, pode tentar fazer o mesmo com a mana verde. Eu sou um mago de cura, mas nós sempre aprendemos a valorizar o corpo com exercícios físicos. Se a mana branca melhora a agilidade, a verde pode ampliar sua força ou sua resistência se jogá-la para dentro, para os músculos. Pode ser um bom ponto de partida.

**

Spoiler:

Vocês planejam não demorar mais do que as 18:00h para chegar no ponto onde o amigo deles provavelmente está preso. Hoje é dia 15 do Serpentário, primeiro dia de outono, e vai começar também as noites azuis, período em que Akaŝa começa ser iluminada por Hélius Blua, a grande estrela azul, por mais tempo que por Hélius Flava, a grande estrela amarela. Lá pelas 18:00h Hélius Flava se porá, mas Hélius Blua demorará menos de meia-hora para nascer, portanto vocês não terão mais período noturno. Daqui uma semana o nascer e pôr das estrelas será totalmente simultâneo.

Os primeiros dias das noites azuis podem ser um pouco irritantes para humanos e anjos, pois a visão é mais acostumada com a luz amarela de Hélius Flava, tanto que há quem usa este primeiro dia de outono como feriado ou celebração, mas o clima em Heséd não está muito pra comemorações.

O mago pega a mão de Azriel entre as suas, e concentra. Depois de alguns segundos ela sente um leve aquecimento no dedo do anel, bem pouco, que quase não sentiria se não tivesse alerta. O mago faz uma leve careta:

- É... Parece haver mesmo uma pequena proteção. Não muito forte. Deve ser passiva... Neste caso não há muito a se fazer... Poderíamos testar até onde ela vai, usando doses progressivas de mana negra. Mas não aconselharia muito, pois poderíamos quebrar e feitiço antes de usar em algo efetivo. (pausa, olha pra cima) Você poderia testar no cemitério, a noite. Fora isto, poderia tentar passar de passiva pra ativa.

Só havia um grande cemitério em Heséd, e talvez mais uns dois ou três pequenos, apesar da cidade ser relativamente grande, a tradição no continente é cremar os mortos. Azriel intui que qualquer lugar "assombrado" ou com muita mana negra deve servir, ele seria o tipo de cara que saberia dar outras referências destes lugares, se ela quisesse. Como dito anteriormente, hoje é o primeiro dia de outono, e a noite duraria apenas cerca de meia-hora, amanhã uns vinte minutos e em breve ficariam sem períodos de noite até o inverno, mas talvez, provavelmente, quem sabe, a dica funcionaria mesmo sob a luz de Hélius Blua, as chamadas "noites azuis". Azriel pede mais informações sobre como passar a defesa do item de passiva pra ativa.

- Não sei trabalhar com um item de magia do ar. A resposta curta, e demorada, é que o próprio portador deve fazer isto, durante o uso você deveria descobrir. Mas, achando algum perito, seja em encantamentos brancos, mas preferencialmente também em materiais, ele poderá acelerar o processo. Você pode ir canalizando sua mana, mesmo se não tiver experiência com encantamentos, feitiços repetidos devem ter algum efeito, e se o item for bom, aparentemente é de ouro mesmo, não deve quebrar o limite com qualquer feitiço. Nos horários de meditação, tente jogar magias nele. Se quiser coloque-o na boca.

Em Akaŝa alguns magos faziam pequenas diferenciações entre os termos "magia", "feitiço" e "encantamento", sendo estes dois últimos mais voltados para artefatos ou permanentes, para a maioria esta diferença não era tão importante, mas para especialistas poderia ser.

- Preciso coloca-lo na boca?

- Não necessariamente, mas alguns podem fazer. As mãos, e em especial os dedos, são os canais onde direcionamos a maior parte da canalização, então, o uso em si fortalece um item usado por muito tempo. Mas a boca fica perto do Sexto e Quinto Chacra, porém pode mantê-lo perto de qualquer um dos outros...

O mago olha de forma "levemente" lasciva para o corpo de Azriel, já pensando em como ela poderia usar cada um dos Chacras principais, ele provavelmente iria dar algumas sugestões que, embora possivelmente válidas, poderiam ser levemente indiscretas, mas se era pra manter o item perto dos Chacras ela poderia deduzir isto sem ajuda.

- Ah! Então obrigada pela informação! Conseguirei me virar, sendo assim.

Kate tenta correr atras do menino, sem sucesso. Fica pensando de quem fosse a carta, da proxima vez, não iria bobear.. Poderia ser uma carta da Apis, gostaria de saber como ela estava.

...

Ja com Vent'Kapo e o mercador também não estava indo bem.. Kate solta uns suspiros, olha para o grupo e diz:

- É, realmente o passeio vai ficar pra outro dia, me desculpem. Se quiserem voltar, vou resolver esse negócio aqui

E kate então se ofereceu para tratar dos animais enquanto Vent'kapo se divertia.

Kate podia ser ágil, mas sem força nas perninhas de Siriema, não tinha como alcançar um menino de recados acostumado a correr pelas ruas da cidade.

off: arrumei a rolagem, mesmo assim deu 9, oh dó! Foi quaaaase,  mas bem feito, queria roubar o muleque, e pior de tudo: ANUNCIA o roubo.   (não achei o palmface, vai este mesmo) Tu é ruim pra papel de bandida heim!   Se não tivesse sido tão mesquinha por causa de uma moedinha eu podia ajudar, mas roubar justo o pobre do muleque dos recados, aí os deuses acharam feio.

Mas, já que resolveu trabalhar e o Vent'Kapo vai demorar bem mais do que esperava (danadinho...) pelo menos vai aprender um bocado com perícia Lidar com Animais.

* A comida preferida dos semëks é galinha, ou qualquer outra ave, mas como eles não são caçadores muito bons, acabam mesmo indo atrás de galinhas, codornas, ou aves mais lerdas. Mas eles comem qualquer tipo de carne, até de outros semëks ou, se não tiver nada fresco, acabam como carniceiros também. Apesar do tamanho, e de um semëk adulto ser capaz de matar um humano (ou outro semëk), eles quase nunca atacam algo deste porte (o que é um dos motivos de serem domesticáveis), preferindo ir atrás de esquilos, cutias, ratos... Também comem insetos, mas um lagarto deste tamanho não se satisfaz com insetos, a não ser quando tem uma infestação de gafanhotos ou cigarras, sendo assim acabam sendo um pouco bons para controle de pragas também, incluindo escorpiões ou cobras (resistem aos venenos dos mais fracos). Além disto, se semëks forem largados na cidade, gatos e cães começam sumir.

* Mas alimentar os bichos só com carne sairia muito caro, então o tratador diz que, se misturar a carne com farinha ou massa de grão, eles comem tudo. Então ele mistura na proporção de um quilo de carne para três quilos de uma mistura de farinha de milho ou tubérculo do deserto ou mandioca, pasta feita com more (um tipo grão, parecido com feijão, mas é roxo e levemente doce, muito popular na alimentação humana também), feijão, grão-de-bico, abóbora e outras sobras. A mistura não tem um aspecto muito bom, mas deve ser nutritiva. Kate ajudou preparar e servir vários baldes do "grude" e os bichos devoravam. Além disto esta mistura também podia ser frita em forma de bolinhos e dada como agrado esporádico.

* Além disto, eles gostavam também de ovos, e as fêmeas podiam ficar agressivas quando estavam no ninho, pois se der bobeira eles comem os ovos de outros semëks.

* Frutas também podiam ser dadas, mas eles não pegavam muita coisa. Heséd já foi conhecida por ter muitas macieiras, e o tratador antigamente dava muitas maçãs pros seus semëks, antes dos invasores cortarem as árvores. Mas os semëks podiam ser um pouco enjoados, e só pegavam as frutas se tivessem muito maduras, até mesmo um pouco passadas serviam. Outra que era mais barata que pegavam também eram melões e melancias.

* Muitos semëks, em especial as fêmeas, tinham os rabos cortados. O criador diz que, as fêmeas não são muito boas pra montar, então são mais usadas pra carga e procriação, sendo assim, não precisam do rabo, que ajuda muito na hora de nadar ou correr. Cortando o rabo delas, fica até mais fácil os machos montarem nelas. Além disto, os lagartos têm capacidade de regenerar o rabo (conseguem regenerar até uma pata, mas aí demora mais), sendo assim o criador pode vender as caudas para os açougues sem precisar matar os animais, e quando crescer de novo, corta novamente. Sendo assim o criador deixava só os mais rápidos com cauda.

Se eu pensar em algo mais sobre os animais ponho aqui depois. Braeno e Caoilain até voltam depois de uma hora, pra ver já tinham terminado, mas o Vent'Kapo ainda estava "executando" a segunda fêmea e ia "executar" mais uma, os dois então vão andar mais pela cidade e voltam mais tarde, quando o semëk tinha finalmente se satisfeito. Caoilain até faz a gentileza de trazer para Kate uma raspadinha de gelo com cobertura de calda de maçã.

A esta altura Kate já devia estar fedendo, e comenta que precisará de um banho quando chegasse, Braeno comenta que era melhor ela ir pro mar, assim limpava inclusive a bota, que a esta altura já estava com de lagarto. Teriam que andar um bocado, pois o mar (incluindo obviamente o porto, que estava sobre controle de Gaja) ficava a oeste e um pouco afastado da cidade. Apesar da cidade ter perdido o porto para Gaja, ainda tinha algumas faixas de costa que eram seguras para se ir.

Spoiler:

O primeiro mapa não ficou perfeito, mas sondando a área é o que basicamente vocês veem. Fiz uns R.Oc. de História e Geografia e só o Christiano passou, portanto o Ka se lembra que, a cerca de dois anos, quando passou por ali, aquela "base" não existia, portanto é tudo novo. Pelo jeito, o pessoal ali construiu primeiro a prisão (é só aquela escada no chão, pois a prisão mesmo tá embaixo da terra, e depois iam construir ao redor. Se a informação é útil pro Ka eu não sei.

A prisão está ao sul, depois dos muros, então tecnicamente no deserto, o lugar é um descampadão. Dentro da cidade, as prisões são controladas pelo exército, e no bairro sul pelo mossares, se eles construíram de fora, então é uma prisão que não querem que outros saibam que existe. Pode ser que, quem colocou ela ali espera "legalizar" a situação depois. Lober, o soldado que pediu a ajuda de vocês, acredita que o pessoal de Gaja recebeu certa "autorização por baixo dos panos" dos mossares (mossar é uma construção típica de Ajros, mas que têm em algumas cidades de Fajr-Regno, que funciona meio como delegacia, meio como tribuna, meio como secretaria da prefeitura) ou no mínimo estão "fazendo vistas grossas"; Isto porém é especulação.

Como o lugar é descampadão, e relativamente escondido (não é muuuito longe da cidade, mas o bastante para que quase ninguém fique andando de bobeira ali), eles não precisam de muita gente para vigiar o local. E de fato parece que a função de ronda do entorno foi dada a soldados não muito experientes; Não era totalmente difícil chegar até a entrada da prisão, dalí é que seria difícil.

Tem algumas barracas espalhadas, e se tiver alguma alma desavisada perdida no deserto que passe por ali, pode acreditar que é apenas um acampamento, ou (dependendo da lerdeza da alma) algum tipo de entreposto (não era totalmente fora de propósito fazerem entrepostos isolados, quando se negociam coisas que não querem se negociar em cidades comuns).

Havia uma trilha para chegar até a entrada da prisão, mas eles fizeram valas dos dois lados para dificultar a passagem. Não era difícil passar as valas, mas seria complicado passar por eles furtivamente num dia claro (e vocês estão nas noites azuis, portanto o dia sempre será claro, embora as noites azuis irritem um pouco os olhos nos primeiros dias).

Tinha apenas uma construção, pequena, mas mais bem feita que barracas, certamente para soldados mais graduados.

Além disto haviam algumas tábuas e pedra amontoadas num canto, em meio a uma terraplanagem pela metade. Era como quando se começa uma construção, mas deixa meses ou até anos parada por falta de recursos para terminar, tanto que tinha um muro pela metade, algumas escoras, começo de algo que seria alicerces, tudo um pouco tomado pelo mato.

Como comentei, vocês terão apenas um intervalo curtíssimo de meia hora entre o por de uma estrela e o nascer de outra. Não dá para chegar até a escada voando sem ser visto, pois o lugar é descampado. Andando tem algumas árvores, pedras... nada muito bom para se esconder, mas com muuuita sorte dá pra ir se esgueirando.

Kate começa a ajudar no tratamento dos semeks, e acaba aprendendo muita coisa útil para tratar de vent'Kapo, e muita informação para conhecimento também.

Tem muito tempo para aprender, pois Vent'Kapo não se cansava facilmente. Pelo menos não para aquilo. Seus novos amigos até voltam algumas vezes, mas sem sucesso, ganha até uma raspadinha, que Kate agradece com muito carinho (coisa rara).

Após tudo se terminar, Braeno diz que ela é melhor ir ao mar para se limpar, e era bom mesmo, estava fedendo bosta. Kate aceita e pede para eles a levarem até o local do mar que era seguro.

Heséd tinha crescido em torno do Aqueduto Reverso, que tinha água doce, e por isto seus muros ficavam antes da costa. O portão noroeste encontrava-se derrubado, afinal o inimigo já tinha entrado e queria o portão aberto permanentemente. Entre os muros e a costa formou-se uma favela: casas de pescadores pobres, artesões pobres (ou nômades) ou só de pobres demais para viverem na cidade.

Com a guerra, alguns poucos conseguiram trabalho no porto e se amontoaram ainda mais nesta parte.

Caoilain, Kate, Braeno e Vent'Kapo passam por alguns grupos de pescadores antes de achar um lugar agradável na praia. Caoilain descalça suas botas, já que as dela estavam limpas, enquanto Kate lava as suas na água do mar. Caoilain parecia prevenida, e tinha levado um dafi (tipo de roupa de Akvlando, aqui a gente chama de "canga", mas com algumas tiras para amarrar melhor) por baixo da saia. Enquanto Braeno fica na margem, as duas entram na água até uma altura razoável, então Caoilain, sem conhecer as preferências da amiga, se livra da maioria de suas roupas, então ajeita o dafi para cobrir dos seios à cintura, só então Braeno pode juntar-se a elas.

No calor que é Heséd, uma oportunidade de banhar-se no mar é sempre bem vinda, mesmo com a salinidade alta da água. Eles aproveitam um tempo na água. Mas então, Braeno adverte as duas: "Melhor saírem da água, vista-se rápido Calin!"

Observando o norte, elas veem que quatro figuras se aproximavam, provavelmente soldados de Gaja.

Vocês vão se afastando pro sul enquanto Caoilain vai se vestindo às pressas, mas os soldados vão se aproximando, claramente perseguindo o pequeno grupo. O encontro é inevitável.

Enquanto os soldado ficam dando ordens e perguntas no idiomas deles, Braeno fica dizendo "Desculpem, mas não falamos seu idioma" em tareno e Esperanto.

Kate analisa os possíveis oponentes: nenhum deles era tão alto como Braeno, dois não chegavam aos 20 anos, certamente soldados baixos, sendo um deles até magro e desengonçado, típico adolescente, o outro parecia ter mais ou menos a mesma força que Braeno; O terceiro parecia ser o mais forte ali, tinha mais postura de soldado mesmo, enquanto o último era mais velho, algo em torno dos 40-50 e parecia mais gordo do que forte, apesar disto ele deveria ser o de maior patente.

Kate e Braeno estavam armados, Caoilain não. Obviamente os soldados de Gaja preferiam que todos civis da Fajr-Regno andassem desarmados, pois seria mais fácil dominá-los, mas não dava para desarmar um continente todo.

Os homens olhavam e até davam sorrisos maliciosos para Kate, e para Caoilain também, vocês ficam um tempo neste "façam o que mandamos", "mas nós não entendemos", e ameaçando aproximar-se mais, então Caoilain, um pouco nervosa, diz algo em Palla.

Os soldados respondem, de forma bem pausada, mostrando que entendiam um pouco de Palla, mas não dominavam o idioma.

- Estão basicamente perguntando quem somos, de onde viemos, estas coisas para saber se não somos ameaça...

Caoilain ia tentando enrolar o que dava, esperando sugestões...

Kate foi com o grupo se banhar no mar, quase que se despiu de uma vez e entrou no mar, pois realmente estava fedida, e basicamente todomundo naquele continente ja tinha visto ela nua ou semi nua.

Mas Caoilain era prevenida, e tiveram um bom tempo se divertindo no mar. Kate tentava sentir a mana azul do mar.

Mas logo a diversão foi interrompida por um grupo de soldados. Tentaram despista-los, mas o encontro foi inevitável.. Porém a diferença de idiomas não permitiu um contato tão rápido.

Por fim Caolain conseguiu achar um idioma comum..

- Estão basicamente perguntando quem somos, de onde viemos, estas coisas para saber se não somos ameaça...

Kate responde:

- Bom.. Eu e Braeno estamos armados e você não.. diz que você é comerciante.. Fala que é comerciante de algum assunto que você entenda. Diz que viemos nos banhar para nos lavar da viagem.. Que deixamos nossa mercadoria em algum lugar e viemos pra ca. E que eu e o braeno somos seus guardas particulares.

Vira pra Braeno e diz:

- Isso pode complicar.. Ta preparado pra lutar? Minha mana ainda não se recuperou..

Reações dos guardas segundo os dados:        

Rolei iniciativa pra caso precisar, mas dá pra tentar reação ainda. Caso resolva fazer uma ação que precise iniciativa, pode rolar também do Braeno, Caoilain e Vent'Kapo. Analise que Kate pode fazer com Q.I.: O Vent'Kapo poderia atacar um inimigo se sentir hostilidade, mas um humano armado não teria muita dificuldade de matar um semëk com uma ou duas estocadas. Caoilain era a melhor aluna de Corrente, mas esta já tinha deixado claro que Caoilain era uma curacista, então pode ser que ela não ajude muito numa luta, mas só depois dela curando quem sobrar de pé. Braeno tinha ficado dois dias treinando magia de cura, portanto é possível e até provável que seu elemento principal seja água, apesar dele parecer confiante, isto poderia não ser muito bom, já que a água é um elemento feminino. Kate não faz ideia de se ele domina também o fogo e quanto dominaria. Os soldados estão com uniformes básicos (pouco provável que Kate consiga alguma informação através dos uniformes, teria que testar Heráldica) e não dá pra saber se algum deles tem dom, se tiverem a maior probabilidade é que seria dom de terra. Em disputa meramente física tanto Kate como Braeno poderiam controlar pelo menos um oponente cada, e juntos é possível que fizessem frente até três deles

Kate escreveu:- Isso pode complicar.. Ta preparado pra lutar? Minha mana ainda não se recuperou..

- Eu já nasci pronto.

Caoilain começa tentar dialogar:

- Ser comerciante eu. Banhar nós, viagem longa, feder estar nós, fuuum (careta). Banhar para feder não nós mais. (dedinhos pra cima) Homem forte proteger eu, proteger costa minha. Mulher forte proteger minha frente.

Eles falavam algo que provavelmente era um Sella misturado com Palla, se Caoilain fosse realmente boa, e não apenas mediana no Palla poderia entender tudo, mas eles responde mais ou menos:

- Mm, banhar vocês ajudar poder nós se quiser. Homem mais forte que homem forte seu ser nós. Gostar nós ajudar mulher bonita (piscadinha). Soldados nós importantes reino ser. Valorosos soldados ser nós, bons demais.

Neste ponto o soldado mais velho diz uma palavra em Sella que vocês não entendem, mas parecia alguma coisa jocosa, poderia ser em relação ao que o outro disse, ou complementando.

Kate não muda sua expressão, não poderia transmitir que se encontravam em perigo.

- Diz que ja pagou a gente e que deixou o dinheiro onde está hospedada, diz que não precisa de proteção, mas agradece a ajuda deles..

Respira um pouco

- Se eles desconfiarem, sabe se defender Caoilain? Pode atrair um pra perto de você, eu atraio outro pra perto de mim.. Se nada der certo, fala que eu me atrai por algum deles

off: rolei psico porque achei conveniente lá no tópico de rolagens.

Os guardas pareciam se mostrar confiantes (exceto um que parece estar lá só por estar), o que poderia não ser de todo ruim, afinal eles poderiam subestimar vocês, ou poderiam ser bons mesmo, vai saber...

Vent'Kapo encosta a cabeça em Kate, como perguntando o que está acontecendo, Kate o empurra devagar pro lado de Caoilain, como a dizer que se precisar ajudar alguém, é ela. Apesar da cara de bobo o lagarto parece entender e fica do lado da Caoilain.

- Diz que ja pagou a gente e que deixou o dinheiro onde está hospedada, diz que não precisa de proteção, mas agradece a ajuda deles..

- Precisar proteção mais não, dois dar conta, e dinheiro nosso em hospedaria estar. Pagar soldados bons ter não condições hoje. Obrigado nós dizer. Ir vai nós já.

- De dinheiro de mulher bonita de não precisar nós. Rulatag moginga é... uh... Beijinhos aceitar...

- Se eles desconfiarem, sabe se defender Caoilain?

Bræno dá um passo a frente de Caoilain:

- Tá esquecendo de mim? EU posso defender vocês.

Os caras não gostam do tom de Bræno, então estufam os peitos, Bræno também estufa o peito, e os guardas levam a mão até o cabo das armas, gritando algo na língua deles. Bræno resiste a tentação de levar a mão à arma, pois se sacasse ia ter que usar. Ao invés disto Kate percebe muito sutilmente ele movendo os dedos, como a pensar no fluxo de energia. Se fosse para atacar, vocês poderiam ser mais rápidos usando magia que armas, até porque os inimigos podem nem contar com vocês três terem dons. Algo que provavelmente deixa Bræno seguro é que vocês estão com os pés literalmente na água, portanto não vai faltar água ali para vocês usarem. Kate não tinha era ideia se a areia ali contaria como terra caso um deles tivesse dom também.

- Eu posso criar ondas. - Diz Caoilain meio de lado. Aquilo podia ser bom, mas ainda não dá a Kate uma ideia real da capacidade de Caoilain, uma onda podia significar muita coisa.

Pode atrair um pra perto de você, eu atraio outro pra perto de mim.. Se nada der certo, fala que eu me atrai por algum deles.

- Tempo não ter nós agora, ter que voltar pra negócios nós, mas mulher forte minha achar bonito... bonitinho você. - Ela fala deixando transparecer um pouco de nervosismo.

- Ruŝ! Tinha que falar pro mais feio deles?

- Ma'bah! Se eles não saírem do nosso pé, prefiro eu ficar com o mais bonito deles!

- Qualéé!! Eu não estou ouvindo vocês falarem isto! Porra!

- Não cria caso, Bræno! Vai que eles desistem de perturbar...

Spoiler:

Braeno estava ficando puto com a situação, mas ele ainda não tinha compreendido o plano de Kate.

- Ma'bah! Se eles não saírem do nosso pé, prefiro eu ficar com o mais bonito deles!

Kate fala sem mudar sua expressão.

- Que isso mulher? Vai se vender tão rápido assim? Eu nunca disse que iria ficar com eles

Eles começaram competição pra ver quem é mais alfa ali, mas ainda não partiram pra cima. Se pensa em usar magia, pode ser interessante rolar percepção mágica. Senão pode tentar continuar com psicologia ou intimidação... e tem pelo menos uma proposta que poderiam fazer pra escapar sem lutar (na verdade duas, mas uma pode estar apenas adiando), se achar que tem uma proposta que eles interessariam, pode rolar comércio, afinal comércio não precisa ser exatamente com dinheiro...

Quando eles começam uma competição para ver quem é mais alfa ali, Kate tem uma ideia, pede pra Caoilain ir traduzindo ela. Se coloca a frente, e fala como uma mulher poderosa.

- Ei vocês, vi que são homens muito fortes e que sabem lutar muito bem, e eu, mais do que beleza, me atraio por homens bons de luta. Então o seguinte: Disputem entre vocês, quem ganhar entre todos, vai ganhar mais do que apenas beijinho

Assim poderiam ver como eles lutavam, além de cansar ou até mesmo incapacitar alguns.

OFF: Isso é comercio? Se for pode rolar pra adiantar

- Que isso mulher? Vai se vender tão rápido assim? Eu nunca disse que iria ficar com eles.

- Eh! Mas quem mandou falar que tá atraída por eles foi você! E não disse pra qual. Então é claro que eu vou garantir o bonitinho pra mim!... Bem que teria sido mais fácil se tivesse chamado eles pra beber alguma coisa.

- Não creio que ainda estão falando merda! Você não vai beber nada com inimigos. - Diz Braeno.

- Ruŝ! Se você não chamasse, eles podiam chamar e...

Braeno sobe a voz, os gajanos gritam no idioma deles, um deles da um empurrão em Braeno para dizer que ele não manda ali, Braeno saca sua espada e eles a deles, Vent'Kapo mostra os dentes.

- Arrrr'uk! Arrrr'uk!

Kate pede pra Caoilain traduzir

- Ei vocês, vi que são homens muito fortes e que sabem lutar muito bem, e eu, mais do que beleza, me atraio por homens bons de luta. Então o seguinte: Disputem entre vocês, quem ganhar entre todos, vai ganhar mais do que apenas beijinho.

- Você acha mesmo que isto funcionaria? Não é melhor chamar pra beber?

- Confia muié!

- Amiga minha dizer que gosta de homem que lutar bem..

- Tô bakci, Ner Esporum.

Ao ouvir "Ner Esporum" que é um desafio claro, Braeno rebate:

- Pois eu aceito! En Arena!

Em qualquer idioma, Ner Esporum é conhecido como um duelo onde a mana é eliminada do território, para que o duelo seja sem magia. En Arena é o oposto: dois (ou mais) magos ampliam a mana do território para que a luta favoreça o uso de magia durante o duelo.

- Ei, espera, o que você...

- Não precisa enrolar, diz pra eles se eles aceitam um duelo En Arena, que eu tô doido pra quebrar umas fuças.

Os gajanos aceitam o desafio.

- Eles falaram que se você quer lutar En Arena eles tem um duelista também. - Caoilain estava desanimada com o rumo das coisas, mas fugir de um duelo seria desonroso, ainda mais que os dois lados tinham se provocado.

Neste interim, as nuvens começam escurecer e se ajuntar mais.

Os gajanos comemoram: - Eles estão dizendo que é um sinal de Jara os favorecendo, e que é sua última chance de desistir sem eles te acharem covarde, já que a deusa das águas beneficia os devotos do Yüksek Kan.

- Haha! Pois diga a eles que sou mais devoto de Jara que eles, e que é a mim que a deusa favorecerá.

Caoilain a esta altura já não queria traduzir mais nada, mas como Braeno falou o nome de Jara os gajanos exigiram a tradução, riram e cuspiram no chão com a declaração de Braeno, ficaram falando sobre Jara e Tamuz...

- Tá, tá, comecem esta bosta então. - Caoilain fala em Esperanto mesmo, mas os outros parecem ter entendido a expressão dela. O "feioso" se põe a frente, iria ser o oponente. Ele entrega sua arma para outro soldado, e também tira sua armadura, tira também as bota e a camisa. Braeno também entrega sua espada para Kate e fica apenas de calça.

Os dois ficam frente a frente, depois se apoiam sobre um dos joelhos e põem as mãos no chão. O soldado mais velho fica alguns metros atrás e faz o mesmo gesto, ele deveria "doar" mana para a Arena, sendo assim Caoilain também fica alguns metros atrás de Braeno e coloca as mãos no chão. Todos ficam parados, se preparando, gotas finas de água começam cair.

Só Vent'Kapo demonstrava ansiedade, movendo a cabeça pra um lado e outro e resmungando - annnn - como se quisesse saber porque todo mundo ficou parado de repente, Kate porém podia sentir a mana "fugindo" debaixo de seus pés, para ir para perto dos oponentes, até que os dois oponentes gritam ao mesmo tempo "EN ARENA!"

Um forte vento gira em volta deles, o som de um estampido seco é ouvido, a água do mar em volta começa circular no chão de modo a formar um círculo perfeito, até a gotas da garoa se curvam, mostrando os contornos da abobada invisível da Arena. Vent'Kapo se assusta, morde o braço de Kate para puxá-la para trás. Ela tem que dar uns passos até se livrar dele.

Os dois começa o duelo. O gajano corre em direção de Braeno e já tenta acertá-lo com uma joelhada no peito.

Braeno espalma as mãos, criando uma barreira de água, servindo de escudo, o que faz o impacto do golpe perder potencia e ainda empurra o inimigo um pouco para o lado.

O oponente move a areia de baixo dos pés de Braeno, fazendo-o perder o equilíbrio por alguns segundos. O soldado faz alguns círculos no chão, mas antes de terminar seu feitiço Braeno lança uma onda de água sobre ele.

Em sequência Braeno forma duas pequenas bolhas de água na sua frente, e em seguida arremessa estas bolhas no inimigo como dois tiros. Um movimento bem básico de magos azuis, mas não eram todos que conseguiam dar dois disparos simultâneos. O projeteis batem com tanta força que na hora deixam hematomas no "feioso".

O "feioso" novamente faz alguns gestos circulares no chão, desta vez mais rápido, Braeno se aproxima, mas o "feioso" puxa um bastão de areia no chão, ele gira no ar, e o bastão se transforma em rocha pouco antes de atingir o peito de Braeno. Além do impacto do bastão, Braeno ainda sente um baque mágico que quase o faz vomitar.

O soldado pergunta se ele quer desistir, Braeno só levanta a mão, como a pedir um tempo. Os dois se afastam. Braeno respira fundo algumas vezes. Kate não sabe se ele usou alguma magia de cura em si mesmo pois não dominava tanto esta área. Braeno se põe novamente em base de luta.

O soldado corre para cima de Braeno, levantando o bastão, Braeno se prepara para apará-lo, mas o gajano não estava mirando nele, baixa o bastão pouco antes de atingir Braeno, e uma onda mágica continua como extensão do bastão, e atinge Braeno.

O soldado gira lateralmente tentando aplicar outro efeito com o bastão, mas desta vez Braeno apara o bastão com os dedos, fazendo uma bolha de água estourar a poucos milímetros do bastão, fazendo-o quebrar. Se Braeno não estivesse numa arena mágica, provavelmente não teria tanta força assim e poderia sair com os dedos quebrados.

Logo após Braeno responde com uma série de golpes com chicotes de água, obrigando o outro a recuar até para perto da borda da Arena (encostar na borda causa um forte impacto que qualquer pessoa, pois a diferença mágica dentro e fora é enorme) Braeno continua atacando, e o oponente resiste com magias de campo de força.

Um raio azul bate da abóbada da arena, circulando-a. Caoilain, que estava na borda, dando suporte, e jogada pra trás. O outros soldado que estava do outro lado também recebe este impacto. O raio azul faz Kate lembrar quando ela mesma recebeu seus poderes.

- A-a arena vai pu-puxar qualquer fonte azul, vermelha e verde para si.

O gajano chuta a areia da Arena, que se transforma em pedras antes de atingir Braeno. Ele avança, mas quando está perto de dar um golpe, Braeno levanta a mão até a altura dos olhos e conjura chamas contra o oponente. Pego de surpresa, ele resmunga algo sobre "dual druzu" e se afasta.

Braeno investe contra ele, o oponente desloca uma porção de areia com os pés, jogando-a em direção à borda da Arena, Braeno provavelmente não entende a finalidade disto, então agora é hora do oponente se aproveitar da surpresa do inimigo. Ele pula sobre o apoio feito de terra e por isto não sobre a descarga de encostar na Arena. Com isto pega impacto para se jogar contra Braeno, que cai com o golpe.

Braeno se levanta, mas o oponente começa o acertar com os punhos, provavelmente fortalecido com magia. Braeno gira e acerta as pernas do inimigo com um chute, ele cai.

Braeno se afasta, e quando o oponente se levanta, o ataca com várias ondas sucessivas em direção contrária, que fazem ele se debater de um lado para o outro. Braeno pula sobre o gajano e tenta finalizar a luta com um golpe na cabeça. Porém o soldado consegue se esquivar e acerta o ombro de Braeno. Assim que sua mão espalmada toca o ombro dele, o soldado libera mana verde, que faz o ombro de Braeno se quebrar.

A partida estava perdida. O ombro não era um dos sete principais chacras, mas era o principal dos medianos, além da dor, ele não poderia usar mais magia com aquele braço. Braeno fica ajoelhado. O "feioso" então grita "QAETE", e a Arena vai se desfazendo.

Caoilain corre para pegar o amigo, o oponente dele se apoia no outro soldado mais velho, pelo jeito ele também estava a um fio da exaustão.

- Ser luta boa. Trazer premio nosso (diz olhando Kate) para perto de barricada ponto. Como perder seu amigo com honra, braço curar dele mágicos nosso.

O "feioso" é colocado em cima de um cavalo com ajuda dos outros, apesar do sorrisinho por ter ganho, ele parecia prestes a cair.

- Pensar vou eu. - Diz Caoilain para o "bonitinho".

Caoilain começa na mesma hora aplicar ondas de magia curativa em Braeno, causando até um efeito anestésico leve. Como estavam no mar, água não faltava. Pena ela não poder transformar a água em água mágica ou abençoada porque era corrente.

Kate se prepara para lutar mais se fosse necessário, mas Caoilain sinaliza para ajudá-la.

- Eles venceram honestamente, guarde a espada e me ajude colocá-lo sobre o Vent'Kapo, eles não vão desonrar a arena lutando contra mulheres indefesas.

Se os soldados entenderam ou não o que Caolain disse, não se sabe (pouco provável pois ela falou em Esperanto), seja como for, estavam mais preocupados com o próprio amigo, que também estava mal, do que nas duas.

- Como você pode ter certeza?

- Eles ainda contam de que precisamos da ajuda deles para curar o ombro de Braeno, pois eles que possuem magos verdes entre seus soldados. (pausa) Per Jara timoçe zamoritam çuti sanbaya!

- Per Jara ciunosso zamoras!

Kate guarda a espada, mas de fato os soldados começam voltar.

- Você acredita mesmo que eles aceitariam curar o Braeno depois de termos desafiado eles? Isto é ridículo! É claro que se formos lá eles nos dominariam!

Desta vez é o Braeno que responde, com cara de revoltado.

- Faz parte da honra. Eles poderiam ignorar, mas como não foi um duelo "ĝis morton", se eles tivessem condições de regenerar ossos partidos, isto seria ainda um orgulho a mais que imporiam contra o perdedor.

- Mas... Se você tivesse ganhado, você não os ajudaria, ajudaria? - Não passava muito pela cabeça de Kate ajudar um inimigo.

- Eu não! Só se eles pedissem perdão em nome da deusa.

Caolain olha feio pra ele.

- Braeno não teria condições depois de ter gasto sua energia na arena, mas eu teria ajudado.

(grunhidos)

Vocês começam andar.

- Precisamos achar outro mago verde para curar este ombro.

- Não precisa, você e a Corrente podem me tratar.

- Você sabe que não ficaria bom o osso só com magia de água.

- É só não mover muito por três dias!

- Deixa de ser druzu! Não funciona assim. Três dias? sério?

- Ahn, não poderiam?

- Uma fratura como esta não curaria em três dias, e ia ser um saco ter que amarrar um homem deste tamanho, pois ele ia dar o maior trabalho.

(grunhidos)

- Mas então o que faremos! Os magos verdes não são todos inimigos?

- Não é fácil encontrar um mago verde na cidade disposto ajudar, os gajanos certamente contam com isto, mas com dinheiro e contatos, podemos encontrar. Cura mágica é um trabalho como qualquer outro, embora este estrago não vai ficar barato.

Braeno abre a boca.

- Cale-se!

(grunhidos)

Braeno tinha uma expressão medonha, bem pior que de um simples perdedor.

- Não precisa ficar assim, você foi até bem! Não acha, Kate? Você quase ganhou! Seus chicotes de água foram bem aplicados, melhorou muito. Deve ter sido treinos com a Fiona, não foi? Se o oponente não tivesse feito aquela coisa bizarra na parede da arena... Eu nem imaginava que algo assim pudesse ser feito! Já viu algo parecidos?

(grunhidos) Eu estava com a vantagem da arena!

- Mas uma disputa En Arena não é justamente para não terem vantagens?

- Ah CA! Perder uma arena tudo bem, mas EU era o mago azul, você viu o raio! Eu fui uma vergonha para Jara?

(suspiro)

(suspiro profundo)

(suspiro)

- Ainda temos que arrumar um mago verde.

- Eu acho...

- Não acha! Curacista de elemento nenhum cura orgulho de homem ferido.

Kate vai acompanhando Caoilain e Braeno, que estava sendo levado por Vent'Kappo. Era muito estranho para Kate esse negócio de honra, algo que Zaratkir nunca a tinha ensinado.

- Faz parte da honra. Eles poderiam ignorar, mas como não foi um duelo "ĝis morton", se eles tivessem condições de regenerar ossos partidos, isto seria ainda um orgulho a mais que imporiam contra o perdedor.

Kate torce a boca, aquilo realmente era estranho..

- Que estranho.. Não esperem muito disso fora daqui.. Da onde eu venho, se batalha com alguém quando quer matar essa pessoa.. E normalmente a batalha acaba quando alguém consegue.. Vocês colocam regras até em luta..

Pelo menos Braeno disse que não ajudaria os inimigos, Kate sorri quando ouvi isso.

- Não precisa ficar assim, você foi até bem! Não acha, Kate? Você quase ganhou! Seus chicotes de água foram bem aplicados, melhorou muito. Deve ter sido treinos com a Fiona, não foi? Se o oponente não tivesse feito aquela coisa bizarra na parede da arena... Eu nem imaginava que algo assim pudesse ser feito! Já viu algo parecidos?

Kate olha para Caoilain e sorri, era legal de ver ela paparicando Braeno pra ver se ele a notava. Depois fala com Braeno.

- É verdade, lutou muito bem Braeno, fiquei impressionada com sua disciplina e facilidade em seus ataques. O que cagou tudo foi sua prepotência de macho alfa.. Obviamente não iria ficar com os caras, nem deixar que Caoilain fizesse o mesmo. Podíamos ter trabalhado em equipe, mas você não quis nem tentar entender meu plano e ja se pôs a frente...

- Mas pelo menos lutou bem e fez o que queria, protegeu a gente.

Depois os dois começaram a discutir como se fosse um casalzinho, Kate soltou uma gargalhada e disse:

- Ta parecendo eu e a Apis vocês dois

E voltou com eles para a Escola

- Que estranho.. Não esperem muito disso fora daqui.. Da onde eu venho, se batalha com alguém quando quer matar essa pessoa.. E normalmente a batalha acaba quando alguém consegue.. Vocês colocam regras até em luta..

(grunhidos) Braeno ficava com a expressão cada vez mais sombria, como se a honra dos outros aumentasse ainda mais sua vergonha por ter perdido.

- De fato, não há muita honra em tempos de guerra. Eu também não esperava que um grupo de gajanos ainda mantivesse alguma. Mas dava para notar: quando estavam duelando, tanto Braeno como seu oponente se afastaram ao acertar o adversário. Num duelo "Ĝis Morton" o único objetivo é mesmo matar o outro, mas não é o que havia sido combinado antes da luta. Então, temos que aceitar o resultado.

- Mas mesmo que tenham lutado com honra, não é possível que Jara tenha favorecido vis invasores...

- Ruŝ! Quem somos nós, para questionar os d...

- AH! CALE A BOCA!

Desta vez Braeno tinha gritado com raiva de verdade, sem nenhuma educação pela Caoilain. Pelo jeito aquele era seu ponto nevrálgico. Paira um silêncio constrangedor por uns momentos, mas Caoilain volta elogiá-lo, e ele volta resmungar.

- Ta parecendo eu e a Apis vocês dois.

- Que Apis?

Ha uma breve discussão sobre quem Jara estaria apoiando, e Kate faz essa discussão mentalmente, até faria com eles, mas Braeno estava bem bravo.

"Será que Jara não apoia onde estou? Ela parece ter me escolhido, se não não teria me dado esses dons, mas porque apoiaria meus inimigos?"

Mas ao mesmo tempo Kate pensava que aquilo que tinha ocorrido nada tinha a ver com Jara, e sim uma simples luta.

- Minha namorada. Eu morava com ela em Jevura.