Se tentasse mexer as mãos sentiria um incômodo na região de um dos pulsos e ao olhá-lo veria uma grande atadura protegendo o local. Provavelmente a sensação de pele repuxando era devido ao corte profundo e aos pontos que sabia que deveria ter levado para fechar o ferimento.
Se olhasse para as roupas veria que elas haviam sido substituídas por uma camisola branca de enfermaria e que tanto ela quanto a roupa de cama estavam limpas, sem nenhum vestígio de sangue.
A movimentação de Samanta chama a atenção do Dr Benipe que se levanta e caminha até a mulher, ouvindo atentamente a todos os questionamentos dela antes de comentar alguma coisa.
- Fique calma! Antes de tudo, como está se sentindo? Você perdeu muito sangue, minha amiga. – A voz de Benipe era calma enquanto ele examinava o curativo no braço dela – Não havia rapaz nenhum precisando de ajuda, Samanta... Sinto dizer que tudo aconteceu apenas na sua imaginação... – Ele a olha com pesar. – Você recebeu um aviso sobre uma mensagem e resolveu acessar da central da enfermaria... Você chegou a me chamar para vir com você, mas continuei no refeitório tomando meu café – Benipe verifica a temperatura dela, o reflexo dos olhos e por fim o soro. – Passaram muitos minutos e você não retornava... Eu achei estranho e vim ver o que estava acontecendo. Quando entrei aqui, bem... Você estava sobre a maca usando o bisturi para cortar os pulsos enquanto falava algo sobre seu irmão... Sobre ser culpada por deixá-lo morrer... Coisa do tipo. - Ele termina de explicar e desconecta o soro do braço de Samanta, retirando a agulha
Com a explicação do doutor Benipe, Samanta consegue perceber que a partir do momento que aquele rapaz entrou no refeitório em diante ela havia se perdido da realidade e que tudo passou a ser uma envolvente alucinação.
- OFF:
- Samanta pode continuar na enfermaria conversando com Benipe.
Pode ir para sua cabine ou fazer qualquer outra coisa.
Tem uma muda de roupa limpa dela sobre uma cadeira ao lado da maca