HERO WORLD

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ARCO 1

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Tanto Harry OBrien como Joao Joaquim tentavam entender a loucura que tinha se tornado suas vidas...

Já faziam 2 semanas desde que cada um acordou dentro de sua cela localizada debaixo da terra. Os dois viviam suas vidas normalmente, Harry nos EUA, Joao no Brasil, quando de repente, sem entender direito, pararam nesta prisão subterrânea. As memorias de 2 semanas atrás ainda estavam difusas...

De tempos em tempos, guardas uniformizados usando mascaras militares os tiravam de suas celas para fazerem uma bateria de exames, e de nada adiantava perguntar ou gritar contra os médicos, ninguém dizia nada.

A comida pelo menos era boa...

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Porem, um dia o almoço não chegou.

Ao invés disso, guardas vieram para escoltar o prisioneiro ate um salao comunal, que mais parecia um refeitório de prisão.



Foi só então que Harry e João viram que não estavam sós, outros como eles se sentavam em seus banquinhos, enquanto esperavam serem servidos com suas bandejas de comida.

No canto, Harry se senta, e ve a sua frente João. Os dois ainda não se conheciam. Por enquanto.

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Harry e João conversam entre si, e facilmente conseguem se entender. Quando João começa a se desesperar com a situação, seu novo amigo logo o acalma. O ocorrido chama a atenção por parte de outros prisioneiros, e logo eles também começam a se socializar. Isto não parecia trazer nenhum problema, pois os guardas permaneciam em suas posições, sem dizer nada.

João então começa a fazer uma analise do refeitório. Haviam 3 portas: a porta por onde haviam entrado,  uma outra levando a alguma outra parte do complexo e uma terceira que dava para a cozinha. Os outros internos eram de variadas idades, homens e mulheres. Quanto aos guardas, eram em numero de oito. Cameras de vigilância estavam espalhadas por todo o local, num ambiente constantemente monitorado.

Peitr, um outro prisioneiro do complexo, decide se manter quieto, controlando seus pensamentos de destruição.

A comida ainda não tinha sido servida, quando uma mulher de meia idade, cabelos longos e ondulados se levanta e começa a falar alto.



“Não acredito que ninguém aqui vai falar nada sobre isto? É um absurdo! Eu tenho meus direitos! Eu tenho minha família, meu marido e filhos devem estar preocupados! Eu exijo que me soltem agora mesmo!”

Os outros internos a observam, não sabendo se aquilo era coragem ou histeria. Muitos fariam a mesma coisa... Mas e os guardas, como reagiriam? Alguns deles já se retesavam, colocando a mão sobre seus cassetetes.

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O clima no refeitorio era de tensão. Harry decide dar seu apoio para a mulher, exprimindo sua preocupação com a situação. Suas palavras dividem a atenção dos guardas, e parte deles começa a ir na direção de Harry. João rapidamente se esconde embaixo da mesa, enquanto Peitr observa a tudo, sentindo crescer a fúria dentro de si.

Para o desgosto de todos, a violência começa.

Os guardas seguram a mulher que iniciou o tumulto, a imobilizando pelos braços e começam a dar socos em sua barriga. Harry não tem melhor sorte, sendo agredido a chutes e tapas. João, embaixo da mesa, começa a desferir chutes nas pernas dos guardas, e um deles já o tinha pego pela barra de sua calça para começar a puxa-lo.

Peitr, que acompanhava a tudo bem próximo, podia ver que alguns outros presos como ele estavam revoltados, gritando e se aproximando.

Foi quando uma grande explosão ocorre no meio do recinto.

A onda de choque espalhou e derrubou as pessoas próximas, e os ouvidos ficaram zunindo. O ar quente tomou conta do refeitório, e demorou alguns segundos ate que as pessoas pudessem começar a se recuperar do ocorrido.

A explosão ocorrera onde a mulher que estava apanhando estava... alias, ela estava ali, ou pelo menos parecia ser ela, só que em chamas. Mas não parecia que ela estava sofrendo com o fogo, na realidade ela também estava com uma expressão boba na face, sem entender nada.



Os guardas que estavam com ela encontravam-se caídos no chão, com terríveis queimaduras no corpo. Os demais, que estavam com Harry e João, logo se levantam e vão em direção da mulher em chamas para domina-la.

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A mulher em chamas no meio do refeitorio chamou a atenção de todos, guardas e prisioneiros. Em meio as lamurias dos feridos, Harry se da conta de que ali os cativos estavam sendo vitimas de experiências, e ao ver os guardas se aproximando da mulher, decide entrar em ação. Com uma poderosa ombrada ele atinge o primeiro, derrubando-o.

Irritado, o guarda desfere um golpe com seu cacetete, mas para a surpresa dele e do próprio Harry, o coreano consegue se esquivar facilmente!

Sem entender nada, Harry é pego por João pelo braço, e ambos vão em direção da cozinha. O guarda armado com o cassetete tenta segui-los, mas ele pisa numa casca de banana e cai com a cara no chão, ficando desacordado.

Enquanto isto Peitr se ve preso em sua fúria interna. A imagem demoníaca fala palavras em uma língua desconhecida, mas logo o rapaz começa a compreender.

“Peitr, Peitr... Tão fraco e insignificante quanto um verme. Obedeça-me e sobreviverá! Vá até a cozinha, verme!”, diz o demônio.

Peitr, volta seu olhar em direção da cozinha, e ve dois prisioneiros acabando de passar pela porta. Gritos da mulher incendiaria chamam sua atenção, enquanto a mesma recebe a carga de dois extintores de incêndio... suas chamas estavam prestes a se apagar.

Dentro da cozinha, João descobre um elevador de carga. Infelizmente sua entrada estava bloqueada por um painel numérico, dependendo de uma senha de 6 digitos.