08:00 AM - 7 de novembro de 1981
Tendo passado um tempo fora da cidade, Matt sabia bem como as coisas eram um mundo diferente em Tallulah. Por mais que estivesse do outro lado do mundo, em regiões extremas e com boa parte da população completamente conservadora - Tallulah ainda conseguia surpreender. Naquela específica manhã de Novembro, um dia após o sumiço de Elijah, enquanto caminhava para o café de sua mãe, viu um homem velho de cabelos desgrenhados, roupas sujas e barba rala com uma placa pendurada no pescoço - a placa lia-se "arrependam-se, o fim está próximo". Em suas mãos, uma panela e uma colher de pau. Andava se rumo batendo e chamando a atenção por onde passava. O homem morava nas ruas da cidade já há algum tempo - lembrava dele quanto era garoto e ele já era velho naquela época, mas não tinha essa veia apocalíptica. Ia mais para o lado do bêbado que pede esmolas. Talvez seguir para o lado apocalíptico religioso lhe rendesse mais atenção e mais esmolas.
Quando chegou no café, viu Brenda. Ela ia para a escola à tarde. Mas desde o sumiço de Elijah, sua mãe decidira que enquanto não estivesse na escola, ficaria ao seu lado o tempo todo. Todas as notícias e o pânico das outras pessoas se espalhou como uma doença na cidade. Todo estavam com medo, especialmente os que tinham filhos. Brenda estava sozinha em uma mesa e desenhava em um papel com uma coleção de giz de cera coloridos.
O café, nesse horário da manhã, era sempre bem movimentado. Tinha todo o tipo de gente - pessoas se preparando para um dia de trabalho - ou mesmo parte da população mais velha que tinha como ritual parar ali para se encontrar e tomar seu café com uma das tortas de mirtilo que sua mãeo fazia.
Matt sabia que a policia local não teria muitas pistas, teria bastante trabalho para entender o que estava acontecendo e até mesmo para ter algum tipo de cooperação. O Xerife, Charles Auclair, já era um homem velho e teimoso - tinha seus próprios métodos. Não era má pessoa, mas cresceu nos anos 50 e estávamos em 81. E as coisas tinham mudado bastante desde então. Seu método de investigação era fazer buscas, questionar pessoas e só. As viaturas da policia iam e vinham sem parar na cidade, mas já fazia mais de 24 horas do sumiço e não havia se quer uma pista do que tinha acontecido até então.
- Matt.
Era sua mãe, que o recebeu com uma xícara de café quente, dou um sorriso rápido, passou a mão no rosto do filho e seguiu para atender outras mesas.
Matt, não estava oficialmente com a força policial de Tallulah, mas tinha alguns colegas e acessos, se precisasse - especialmente pessoas que conhecia de sua infância. Além disso, dado o seu histórico patriótico, de ter se alistado no exército, em alguns casos específicos as pessoas se abriam um pouco mais com ele quando precisavam conversar. De resto, como a cidade era bastante pequena - tudo o que ele sabia, era o que já estava divulgado e conversado com as pessoas. Considerando o que se sabia do Xerife, dificilmente haveria documentação.
Tendo passado um tempo fora da cidade, Matt sabia bem como as coisas eram um mundo diferente em Tallulah. Por mais que estivesse do outro lado do mundo, em regiões extremas e com boa parte da população completamente conservadora - Tallulah ainda conseguia surpreender. Naquela específica manhã de Novembro, um dia após o sumiço de Elijah, enquanto caminhava para o café de sua mãe, viu um homem velho de cabelos desgrenhados, roupas sujas e barba rala com uma placa pendurada no pescoço - a placa lia-se "arrependam-se, o fim está próximo". Em suas mãos, uma panela e uma colher de pau. Andava se rumo batendo e chamando a atenção por onde passava. O homem morava nas ruas da cidade já há algum tempo - lembrava dele quanto era garoto e ele já era velho naquela época, mas não tinha essa veia apocalíptica. Ia mais para o lado do bêbado que pede esmolas. Talvez seguir para o lado apocalíptico religioso lhe rendesse mais atenção e mais esmolas.
Quando chegou no café, viu Brenda. Ela ia para a escola à tarde. Mas desde o sumiço de Elijah, sua mãe decidira que enquanto não estivesse na escola, ficaria ao seu lado o tempo todo. Todas as notícias e o pânico das outras pessoas se espalhou como uma doença na cidade. Todo estavam com medo, especialmente os que tinham filhos. Brenda estava sozinha em uma mesa e desenhava em um papel com uma coleção de giz de cera coloridos.
O café, nesse horário da manhã, era sempre bem movimentado. Tinha todo o tipo de gente - pessoas se preparando para um dia de trabalho - ou mesmo parte da população mais velha que tinha como ritual parar ali para se encontrar e tomar seu café com uma das tortas de mirtilo que sua mãeo fazia.
Matt sabia que a policia local não teria muitas pistas, teria bastante trabalho para entender o que estava acontecendo e até mesmo para ter algum tipo de cooperação. O Xerife, Charles Auclair, já era um homem velho e teimoso - tinha seus próprios métodos. Não era má pessoa, mas cresceu nos anos 50 e estávamos em 81. E as coisas tinham mudado bastante desde então. Seu método de investigação era fazer buscas, questionar pessoas e só. As viaturas da policia iam e vinham sem parar na cidade, mas já fazia mais de 24 horas do sumiço e não havia se quer uma pista do que tinha acontecido até então.
- Matt.
Era sua mãe, que o recebeu com uma xícara de café quente, dou um sorriso rápido, passou a mão no rosto do filho e seguiu para atender outras mesas.
Matt, não estava oficialmente com a força policial de Tallulah, mas tinha alguns colegas e acessos, se precisasse - especialmente pessoas que conhecia de sua infância. Além disso, dado o seu histórico patriótico, de ter se alistado no exército, em alguns casos específicos as pessoas se abriam um pouco mais com ele quando precisavam conversar. De resto, como a cidade era bastante pequena - tudo o que ele sabia, era o que já estava divulgado e conversado com as pessoas. Considerando o que se sabia do Xerife, dificilmente haveria documentação.