Berneen Rhihleil, filho do amor esporádico entre um bardo humano e uma elfa filha de artesoes, durante a passagem do Grand Circus Vectorius pela cidade de Lombardia.
Como todo amor passageiro, a mãe de Berneen, Lucien, somente descobriu sua gravidez meses apos a passagem do circo, vendo-se sozinha e terrivelmente apaixonada por aquele que se chamava Luigi Sortudo.
Não tão bem recebido no seio familiar, Berneen se viu obrigado a ganhar a estrada cedo com sua mãe, quando ambos foram expulsos de casa por avós rancorosos.
Lucien tomou a primeira caravana que seus parcos recursos conseguiam pagar e após algumas semanas se viu exercendo a profissão mais antiga da humanidade em uma Taberna em Joyfish.
Berneen cresceu ouvido histórias, decerto inventadas, sobre seu pai, além de se enamorar pela vida de ostentação dos bardos que se apresentavam na Taberna do Macaco Caolho (o pai). A prole do Macaco virara companheira de Berneen desde cedo. Aonde o meio elfo ia, aquele pequeno mico ia a solapa.
Berneen cresceu e se viu um homem extremamente bonito, graças a beleza natural da sua mãe e graças a sorte que lhe abençoara desde cedo (coisa que atribuía a uma herança deixada por seu pai) e perdidamente apaixonado pelas mulheres (o que tbm atribuía a herança deixada por seu genitor). Aprendera a tocar o alaúde e discorrer versos cedo e com isso se envolvia nos mais diversos e intricados casos de amor
Mais de uma vez se vira preso por conta de suas peripécias tanto em Joyfish como nas cidades vizinhas, que aprendera a visitar desde que se tornara adulto, mas a sorte sempre lhe sorrira tirando-o de enrascadas certas.
Acabou se tornando uma celebridade local, acompanhando vez por outra diligências conduzidas por aventureiros somente pelo amor pela estrada e pelo bônus que isso lhe proporcionaria.
No entanto, em seu último retorno a Joyfish viu a cidade sitiada dado o ataque de um enorme esqueleto.
Reconhecendo sua incapacidade de fazer frente aquele monstro, Berneen sentou-se a sombra de um antigo carvalho próximo a um cadáver e dedilhou seu alaúde, como se a única coisa que existisse naquele momento seria eram os sustenidos, bemols e escalas Virtuosi.
A melodia complexa e intricada da balada do Bom Combate corria lepida pelas árvores, reverberava pelas pedras e mergulhava pelo rios, como serias ávidas por auxílio. E para surpresa daqueles poucos que assistiam inebriados apesar do perigo a poucos metros dali, Heróis de fato surgiram, como se teleportados dando combate àquela monstruosidade.
Berneen Rhihleil sorrira para sua sorte, aquela única dama que nunca lhe deixara, abençoara o vento que carregara suas notas musicais e com um floreio extravagante que arrancara suspiros até dos homens ali próximos agradecera a plateia e descera em direção a batalha. Talvez aqueles guerreiros precisassem de alguém para contar suas histórias