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    Capítulo 1: Reboot

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    Mensagem por Count Zero Ter Jan 03, 2023 7:00 am


    Em algum lugar na imundice badalada dos Subúrbios de Heywood. Três da manhã, de uma madrugada de sábado…

    Capítulo 1: Reboot Heywoo10

    O verão era particularmente complicado em Night City. O ar era abafado, mesmo nas horas em que o sol não dominava o céu escarlate que, graças a cor tóxica e artificial, parecia ainda mais opressor com aquela temperatura. Era como se a cidade toda fosse envolta em uma espécie de redoma transparente, e depois fosse enfiada no cu de uma criatura demoníaca, chapada de êxtase, que dançava no nono círculo do inferno. Claro que isso não impedia que a maioria da ralé, seja por necessidade ou falta do que fazer, cruzasse as ruas através de uma massa suada, meio orgânica e meio cibernética, acotovelando-se uns nos outros em busca de um hotspot; um ponto onde pudessem ficar chapados, dançar, dar uns amassos e, através das pessoas certas, conseguir informação útil, oportunidade de grana fácil e trabalhos escusos. Um desses lugares era a “A Dama Fornicadora”. Era uma boate movimentada, apesar do nome de mau gosto e da péssima reputação. Isso não importava, já que o lugar funcionava, afinal você conseguia tudo o que pudesse desejar ali: bebida, dança, sexo, drogas, armas, contatos e, se não tomasse cuidado, uma bala no meio dos cornos também era uma possibilidade bem realista.

    Nem todo mundo sabia, mas havia uma entrada dos fundos – uma entrada muito mais fácil, principalmente se você tiver as habilidades certas. Era necessário descer uma escada vertical por de trás de uma lanchonete, passando por um beco estreito e escuro que lembrava muito as vielas da velha Hong Kong. Depois de alguns metros há uma portinha verde à direita, que leva a uma espécie de pátio cheio de lixo, e atrás da coluna à esquerda, uma porta que já fica normalmente aberta dá no depósito da cozinha. Essa porra de caminho alternativo já foi usado tantas vezes para coisas ilícitas que todos aprenderam a não fazer perguntas quando alguém entra ou sai por ali,e para aqueles com um pouco de lábia e habilidade de representação, sabendo passar aquela vibe de mademan, a entrada acaba saindo de graça.


    A iluminação baixa e etérea em tons de verde, azul e roxo da boate dava a impressão que a boate era um portal para uma dimensão alternativa. A música estava boa e a pista de dança estava cheia, como era o costume – desnecessário dizer que estava ainda mais quente lá dentro. Tinha tanta gente pulando e se esfregando que nem o sistema de refrigeração estava dando conta. Para um olhar mais afiado, era fácil ver quem queria o que ali. A pista de dança era propriedade dos chapados e dos desesperados por sexo. As mesinhas normalmente eram onde os acordos escusos ocorriam – normalmente drogas, armas, software ou cromo – e o balcão era o lugar certo para quem quisesse ouvir uma boa fofoca ou informação útil, e quando eu digo ouvir, eu obviamente quero dizer “subornar a pessoa certa”. E lá no fundo, quase totalmente ocultos nas sombras, estavam o tipo de gente que todos estavam ciente da presença, mas que evitavam olhar muito. Era ali onde os capangas dos figurões – e às vezes os próprios figurões – ficavam de olho no movimento, talvez avaliando pessoas interessantes para tarefas incomuns.

    Capítulo 1: Reboot Dama_f10

    – Você parece muito feliz, hoje – disse uma moça, com um tom entediado, para Dave, o barman. Dave era uma coisa bruta; gordo, careca e alta, com dois braços cibernéticos que não condiziam com o resto do físico cheio de banha, que conseguia suar mais do que todo mundo junto ali.

    – Ah, e de fato estou – diz ele, sorrindo exageradamente para mostrar sua arcada dentária totalmente feita de cromo. – Tenho informações boas aqui, se quiser saber. Boas, porém caras, é claro. Mas valem a pena, pode crer. Se estiver interessada, a propósito, posso te vender uma boa oportunidade por um preço justo.

    – Vou passar essa, obrigada. Vim aqui para me divertir e esfriar a cabeça. Além disso, depois do último serviço, estou precisando mesmo ficar de boa.

    – Tem certeza? É coisa grande. Vem lá do alto escalão da…

    – Não quero saber – ela interrompe, bruscamente. – Nesse momento eu estou com grana e estou viva. Estou feliz por isso. Vou dançar um pouco e, quando eu voltar, quero beber em paz, sem você me enchendo o saco e me aliciando, beleza?

    – Humpf… Como quiser, meu bem.

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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por gaijin386 Ter Jan 03, 2023 9:19 am


    Capítulo 1: Reboot Ub97vr10


    Kim Xuân Linh ou Hồ ly* seu "nom de guerre" estava literalmente de boa já que havia terminado mais um dia de trabalho na clínica onde via coisas que podia ser definidas como "estranhos casos da medicina pós moderna" desde um cliente que havia colocado um implante para aumento e desempenho da libido que travou no modo sadomasoquista dando choques no usuário. Pobre Jimmy Lo achou que ia arrasar com o novíssimo Mr.Stud Tsc Tsc pobre idiota pensou a médica enquanto andava no ambiente festivo dançante...

    *Obs: Assim chamada devido a lenda vietnamita da raposa de nove caudas que sua mãe contava quando ela era criança. Ela tem nove tranças de cabelo descoloridas que não visíveis quando ela está de frente.

    Segurou com força o cachecol que usava, pois era a ultima lembrança da família que tinha desde que a mesma havia desaparecido sem deixar rastros anos atrás e ela nunca entendeu porque todos menos ela haviam desaparecido sem deixar vestígios de tempos em tempos ela solta em fóruns ou vendedores de informação questões sobre o paradeiro deles, mas sem sucesso. Inicialmente isso a aborrecia, mas agora ela já aceitava tranquila e bem uma boa cerveja ajudaria com isso e claro talvez uma ligação para momento intimo casual sem compromisso para Samantha Lee ou Yoko.

    Voltando ao idiota Jimmy Lo além da grana e de passar constrangimento ele também era bom em arranjar suprimentos médicos de qualidade não essas porcarias falsificadas que você acha na rua por preços astronômico e com garantia de resultaria em envenenamento ou outro efeito colateral qualquer. Seja como for havia deixado a clínica imaculadamente limpa e esterilizada o agent estava a postos caso houvesse algum problema ou emergência... Sua perspectiva e ambição era conseguir trabalhar para a Trauma Team assim garantido sucesso e mirando o "céu é o limite".

    O fato é que era a primeira noite tranquila que ela estava tendo em semanas sem interrupções ou distrações e quem sabe agora ela poderia enfim degustar uma bela cerveja preta sem pensar em mais nada e assim decidida ela se aproxima do balcão e dizendo em street slang

    -Cerveja. Cerveja preta e pode pegar a importada tenho os jackies.

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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Xafic Zahi Ter Jan 03, 2023 4:12 pm


    Capítulo 1: Reboot 6becfb9607b9894e0234911677c7f87f


    Xafic sempre foi motivado por sua vontade de ajudar os outros. Ele cresceu em entre pessoas pobres e viu de perto como a falta de acesso a remédios e alimentos de qualidade podia afetar a sociedade. Por isso, e diante das oportunidades que a vida lhe apresentou, se tornou um contrabandista, trabalhando para transportar itens de primeira necessidade para as áreas mais carentes da sociedade. Além de itens, Xafic é comprometido em usar sua habilidade para ajudar as aqueles que se encontrem em perigo, levando pessoas que estão sob ameaça de gangues ou mega corporações para lugares seguros. Mas, embora tenha boas intenções, sabe que precisa de edinhos e, portanto, é comum aceitar levar uma enconmenda sigilosa do ponto A para o ponto B, sem fazer muitas perguntas sobre o conteúdo do pacote.

    Ele tinha acabado de chegar em Night City justamente por conta de um desses trabalhos cujo o lucro era o objetivo. Precisava de um lugar seguro para finalizar o negócio e sabia que a A Dama Fornicadora era um lugar onde as pessoas vinham para se divertir, mas também era um local onde os negócios podiam ser tratados com discrição.

    Assim que entrou, Xafic foi diretamente para o bar e pediu uma bebida forte, além de alguns tacos de frango. Estava faminto e precisava ficar alerta e concentrado até que a transação fosse finalizada. Depois de fazer o pedido, bateu prudentemente uma das mãos no bolso da calça, certificando-se que o pacote ainda estava ali. Enquanto esperava a bebida e os tacos, observou a multidão, procurando por qualquer sinal de seu contato: Nina.

    Nina era uma mulher alta e esbelta de cabelos curtos e loiros, que constantemente contratava os serviços de Xafic. Assim como ele, ela estava em Nighcity há pouco tempo e precisou do trabalho do contrabandista para trazer um dispositivo sigiloso para dentro da cidade.



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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por GABC Qua Jan 04, 2023 1:52 pm



    Capítulo 1: Reboot Lucy_510


    Lucy é cria de Night City, ou melhor, das ruas de Night City. Órfã, viveu num orfanato da REO Meatwagon® até ser despejada nas ruas. E assim tornou-se uma Solo, sem preparação ou planejamento algum; foi ‘na marra’. É uma jovem simples de 22 anos: gosta de curtir bebendo, fumando ou pegando geral, sem restrições em nenhuma dessas categorias. Amigável, faz amizade fácil, interagindo com todo tipo de ralé, de cracudos e traficantes a putas e bouncers. Apesar desse jeito despojado leva o seu trabalho muito a sério. Profissionalmente ela sempre cumpre seus contratos – a não ser que seja algo completamente imoral. Lucy sabe que reputação é tudo na "Cidade dos Sonhos" e não planeja dar nenhum mole nesse sentido.

    Atualmente ela mora em uma comunidade de Cargo Container em Heywood, não muito distante de um de seus pontos preferidos, “A Dama Fornicadora”. Lá ela consegue booze, weed e alguns jobs. Dave, o barman da maravilhosa espelunca, colocava Lucy em umas fitas boas e em muita furada também. Mas como pobre fudido não tem muito direito de escolha, quando a grana encurta Lucy costuma passar lá na “The Fornicator Lady” para conseguir qualquer bico que seja. E assim ela partiu de sua casa, a pé, em sua calças de courino vagabundo preto justíssima, combat boots, blusa preta básica e jaqueta genérica que imita o estilo Urban Flash (mas sem o 'Flash' porque ficaria caro). Na cintura sua inseparável “Super Chief”, o canhão de mão que sempre a acompanha.

    Ela pega o caminho alternativo para entrar no club, adicionando certo grau de parkour ao pular por cima de obstáculos e se contorcer por cantos estreitos, como um animal das ruas. Finalmente, após virar atrás da coluna à esquerda, ela adentra aquele antro da perdição. O caos sonoro e o cheiro de cerveja choca e porra velha derramada no chão a animam, porque ela gosta de estar ali. Ela cumprimenta uns parceiros e conhecidos pelo caminho, conseguindo uma ponta de erva "de grátis" antes mesmo de chegar no balcão e falar com Dave aos gritos por causa da barulheira.

    - Olha o cara aí! – oferece um cumprimento de mãos das ruas – Fala aí, gordão. Como é que tão as coisas aqui hoje, chum? Algum marido traído querendo pegar a esposa? Algum figurão borra-bosta querendo uma segurança extra? Diz aí o que você tem pra sua amiga.

    Lucy se encosta no balcão e gira o corpo para ficar de frente pra boate, mas ainda dando atenção a Dave. Só então ela percebe que havia atropelado a vez de uma cliente que conversava com o barman (Kim Xuân) e lhe dá uma olhada interessada de cima a baixo. Repare também no cara meio suspeito - mas ali dentro, quem não é? - com as mãos nos bolsos ali perto. Definitivamente algumas caras novas ajudando a subir o nível do lugar.

    Enquanto aguarda pela resposta do barman segue fumando a pontinha de erva que ainda resta.
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Count Zero Qui Jan 05, 2023 11:34 am

    A noite segue agitada. Os pontos fedendo a mijo e vômito aumentam. A fumaça fedida de fumo barato começa a espalhar-se, ganhando mais terreno. Conforme as pessoas vão se cansando ou ficando com tesão, a multidão começa a dissipar levemente, com alguns sendo arrastado para os dark rooms, e outros correndo para o banheiro ou simplesmente “apagando” em algum canto fedido. A festa está muito longe de acabar, contudo. Uma nova música da playlist se inicia, e a agitação se intensifica mais nos fundos.


    » XAFIC «

    Xafic tomava um drinque especial; coisa nova da casa, preparada – e inventada – por Dave. O cara estava louco para promover a coisa, então esse saiu por conta da casa. Era um líquido levemente perfumado, cristalino e que assumia uma coloração neon conforme as luzes refletiam nele, fazendo do copo um verdadeiro espetáculo cromático. Era forte para caralho, mas acabou caindo como um bom acompanhamento para os tacos. No entanto, apesar da potência do álcool, Xafic não conseguia relaxar. Não conseguia evitar de ficar toda hora tocando o volume no bolso, para certificar-se de que o pacote ainda estava lá. Ele estava tenso. Queria terminar o serviço o quanto antes. E foi aí que sentiu um toque – ou melhor, uma leve cotovelada – nas costelas. Era Nina.

    – E aí, chapa. Tá com a minha encomenda? – disse, o sotaque londrino mais carregado do que de costume, o que significava que estava nervosa.

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    Lá estava ela, com seu sobretudo de vinil roxo, suas botas de couro com salto agulha que chegavam até os joelhos e alguma coisa em couro nova – que ela criou – no pescoço. Ela suava, emitindo um cheiro estranho, misto de lavanda, borracha e plástico barato.  Ela ergue a mão, em um claro sinal de “pare”, antes que Xafic possa falar algo.

    – Chega mais. Vamos dar uma caminhada, beleza?


    Ela caminha com Xafic, olhando para os lados, com as mãos nos bolsos. Alguma coisa estava deixando ela com o cu na mão para valer.

    – Não sei que porra tá acontecendo aqui hoje, mas o lugar está cheio de filhos da puta da Arasaka e da Militech; bem, mais do que costume, digo. Os filhos da puta estão se estranhado demais, entende? Não acho que eles vão abrir fogo no meio da boate, mas eu ficaria esperta mesmo assim, se fosse você. Bem… vamos para aquele canto.

    Ocultos em um canto bem escuro, que fedia a vômito, ela fez a transferência – 200eb – e pegou o pacote. Trabalho finalizado. Ela pareceu relaxar um pouco, agora que tinha o volume nas mãos.

    – Sabe, andei ouvindo umas coisas… Parece que a Arasaka está particularmente interessada em umas paradas que estão nas zonas de combate, e não querem envolver gente deles. Então… Ah, merda!

    Ela volta a ficar tensa. Xafic se vira para onde ela estava olhando, e ele nota um sujeito, que parecia estar procurando especificamente alguém. Era como se estivesse fazendo uma varredura na multidão.

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    – Foi mal, carinha. O papo vai ter que ficar para outra hora. Melhor dar um tempo aqui e esperar eu sair, beleza?

    Ela simplesmente corre, enfiando-se no meio da multidão, sem dar chances para perguntas. Bem, pelo menos ele entregou o pacote e recebeu.

    » LUCY «


    Lucy notava muitas coisas. A garota oriental bonita ao lado dela não parecia querer nada a não ser ficar sozinha e beber. O outro sujeito, que estava mais próximo e quietão, logo foi chamado por uma loira que o levou para longe – ou para discutir negócios ou para se divertir com ele. Havia uma certa tensão no ar, no entando.  Algo que ela não sabia dizer o que, exatamente, mas institivamente conseguia captar. Ela estava curtindo o resto da “Dona Maria”, encostada no balcão, contemplando o movimento da boate, enquanto sentia o bafo quente de Dave em sua nuca.

    – Ah, meu bem… Tem muita coisa rolando aqui hoje – falava com sua voz embargada e seu jeito debochado, como era o costume, já que estava bêbado e sorridente boa parte do tempo. – É coisa grande, sabe? Interesse corporativo. Um passarinho me contou certas coisas, e o passarinho foi muito burro por ter feito isso de graça, sabe?

    Claro. Mesmo bêbado, Dave não deixava de cuidar dos próprios interesses. Um extra é sempre um extra. Dave é um pateta sorridente, mas estava muito mais feliz do que de costume. Isso explica a tensão. Alguma merda está acontecendo.

    – Se estiver a fim de saber mais… Posso te fazer um precinho justo – Dave continuou, entre arrotos e soluços. – Já que estamos falando de você… Cenzinho e eu canto a sua música favorita, que tal? Boa oportunidade. Te garanto.

    Enquanto ouvia, Lucy notava algumas figuras “em excesso” no local. Não era incomum encontrar serviçais de corps infiltrados ali, sondando possíveis candidatos para “serviços por fora”. Era fácil de identificar esses tipos, e naquela noite havia muitos deles ali – mais do que o habitual. Muitos se estranhavam, o que indicava corporações rivais. Rivais armados em um lugar cheio de gente… Não parece ser boa coisa. Claro, o bom senso diz “Não vão ser idiotas de trocarem bala em um lugar público”, mas quando a emoção fala mais alto que a razão, nunca se sabe.

    OFF:

    » HÔ LY «

    – Pra já, querida.

    Hồ ly recebeu uma grande caneca de cerveja preta e espumante do barman gordo, que ela agora consegue lembrar o nome – Dave. Ela repara, em especial, nas duas figuras mais próximas do seu lado. Uma garota extrovertida, que parece ter uma boa intimidade com o barman – e que a olhou de um jeito bem estranho. O outro era um rapaz meio tenso e calado, que logo foi chamado por uma outra mulher, saindo com ela pelo canto – provavelmente para fazer algo escuso, a julgar pela tensão dos dois.

    Ela permanece descontraída, bebendo sua cerveja, porém sem deixar de ouvir o que o barman conversava com a garota ao lado – afinal, ele não parecia fazer questão nenhuma de esconder que tinha informações muito boas que poderia dar a qualquer um que estivesse disposto a descolar um extra para ele. Não parecia nada muito fora do habitual pra aquele lugar, mas chamou a atenção dela a ponto de ela achar mais interessante do que ficar relembrando o episódio de Jimmy Lo levando choque nas bolas em loop.

    – Boa noite, doutora.

    Alguém havia se sentado do lado oposto ao da garota. Ela não tinha notado até ele chamá-la e desviar sua atenção.

    Capítulo 1: Reboot Ac62ec7b09275b9267c74f59965892714e92a53a

    Ela se lembrava dele. Não lembrava do nome, mas de todo o resto. Havia estado na clínica alguns meses atrás, em péssimo estado. Ela não era do tipo que perguntava “que merda aconteceu com você?”, mas ao julgar pelo estado que ele havia chegado – e pela aparência geral dele –, não era difícil de imaginar o tipo de merda em que ele se envolvia.

    – Sinto muito estragar seu momento de relaxar. Não é a minha intenção, mas acredito que mereça saber: as coisas estão tensas aqui, hoje. Eu tomaria cuidado. Dependendo do que rolar, você também tem uma chance de conseguir uma grana com o seu trabalho aqui… Falando nisso, não viu essa garota aqui, viu?

    Ele mostra através do seu Agent a imagem de uma garota loura de cabelos curtos – a garota que ela viu chamar o sujeito que estava próximo da menina ao lado dela.
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por gaijin386 Qui Jan 05, 2023 2:05 pm


    Capítulo 1: Reboot Ub97vr10

    Hồ ly olha pro bartender pagando pela bebida após de forma discreta certificar-se que o copo estava limpo
    -Obrigada Dave.


    Então ela passa a degustar com tranquilidade do liquido precioso sem a menor das preocupações, mas é claro que isso era só uma fachada externa, pois ela já havia notado os arredores seja a garota que iniciara uma conversa com o bartender e outras pessoas peculiares, mas foi chamada de volta de seus pensamentos por uma voz que não lhe era estranha assim como o rosto, mas não lembrava do nome exceto que já o atendera e bem se ele estava respirando e andando era um cliente satisfeito...e Hồ ly gostava de sua clientela satisfeita então sorriu.

    -Um cliente satisfeito é sempre um bom sinal... De fato e no meu ramo não existe lugar errado e hora certa (dá uma batidinha na maleta médica), mas acha que está pra haver algo? Hmmm essa garota.. Não sei... Quero dizer não conheço, mas creio que vi alguém parecida é conhecida sua? Seja como for creio que a vi ali entrando na multidão.




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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por GABC Ter Jan 10, 2023 2:36 pm

    A agitação fora do comum não passou despercebida para Lucy, velha frequentadora daquela espelunca. Os Corps em maior número, agitados de uma maneira que só a presença de chefes os fariam estar, deixava óbvio para a Solo que, hoje, o buraco era mais embaixo. A presença de Kenichi Saburo é a confirmação de sua teoria; onde há fumaça, há fogo.

    Lucy termina de fumar o restante da erva sob a proteção do Toxin Binders em sua traquéia, muito mais compromissada com velhos hábitos do que com o "barato" da droga. Ela nota o sujeito quietão sendo arrastado para fazer negócios e a oriental ao seu lado querendo ficar sozinha e decide manter sua atenção e o olhar fixo no guarda-costas da senhorita Sanderson. Lucy joga a “pontinha da pontinha” da erva no chão antes de responder o barman.

    - Porra, Dave. Como você quer que eu te pague se eu vim pra cá atrás de grana? - dá uma jogada rápida de cabelo pro lado, pra espantar a fumaça de maconha - E outra: ‘cê deu mole, já saquei o que tá rolando. - ainda olhava fixo pra Kenichi, calculando que Dave entenderia - Perdeu sua chance, gordão. Ficou de olho grande, viu? Agora dá licença que vou direto na fonte.

    Lucy se desencosta do balcão e confere a hora em seu Skinwatch na parte de dentro de pulso esquerdo só pra ficar se perguntando por quê caralhos a miss Arasaka estava ali à essa hora da madrugada. Ela respira fundo, confere a Super Chief na cintura e segue quase totalmente confiante para os fundos, lugar onde normalmente ficavam os figurões, alternando sua atenção entre a busca por Michiko ali embaixo e o cão-de-guarda Arasaka no segundo andar.

    A Solo caminha normalmente, sem pressa, sem querer levantar suspeitas nem parecer ameaçadora. Em sua cabeça, se Michiko está ali é porque ela quer fazer negócios, e Lucy pode se oferecer pra qualquer parada. É sempre pela grana.
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Count Zero Qua Jan 11, 2023 1:55 pm


    As coisas se complicam. A noite promete alguma coisa – pode ser dinheiro, sangue, ou os dois. Mas o melhor de tudo é que ela só está começando…


    » LUCY «

    Ela chegou a ouvir um grunhido de Dave conforme se afastava do balcão, mas ela não sabia exatamente o que ele tinha em dito – em parte porque Dave estava bêbado, e em parte porque ela não ligava e tinha coisa melhor para fazer.

    Os “bastidores” da boate estavam anormalmente cheios e, graças a isso, anormalmente abafados. Gente suada, doidona de cocaína, mescalina, speed e sabe-se lá mais o que. O cheiro certamente não era dos melhores, e o pior de tudo o que ela não encontrava Arasaka em lugar nenhum ali. Contudo, não foi de tudo em vão, pois ela escutou uma conversa deveras interessante entre dois engravatados que já estavam altos demais para perceber que não estavam sendo cuidadosos o suficiente com o volume de suas vozes.

    – É sério que fizeram um vipzinho lá em cima hoje?
    – Sim, é por isso que pouca coisa tá rolando aqui hoje.
    – Por quê? Que tem de tão especial lá?
    – Michiro Arasaka tá lá com o cão de guarda dela. Deve estar buscando algo especial, ou alguém… Afinal, por que caralhos ela estaria nessa merda?

    Claro… Ela jamais ficaria tão longe do seu protetor.

    OFF:

    » HÔ LY «

    – É, eu acho sim… – ele aponta para o andar de cima de forma discreta, mostrando quem estava ali, como um abutre vigiando tudo. – Acho que conhece ele, certo? – Ele estava falando de Kenichi, guarda-costas, de Michiko Arasaka, o que tornava a pergunta retórica ou incrivelmente idiota. – Isso só pode significar que a protegida dele está por aqui, e se ela se deu ao trabalho de vir pessoalmente para essa porra de lugar, é porque está precisando muito de alguma coisa… Diria que quase desesperada.

    Quando Hô Ly mencionou a garota e apontou a ele onde ela estava, o sorriso do sujeito se alargou de um jeito um tanto suspeito…

    – Ah, é mesmo é? Bem, posso me apresentar para a senhorita Arasaka daqui a pouco. Afinal, se ela está tão necessitada, ela que espere mais um pouco. Não há motivo para recusar um extra, certo? Estou te devendo uma, doc.

    … mas assim que ele se levantou, Dave o abordou. O gordão sorridente agora estava puto, falando grosso e, o mais importante, segurando uma escopeta que ele sacou debaixo do balcão. Clássico.

    – Que porra você tá fazendo aqui, caralho?! Veio causar treta de novo, filho da puta?! Vaza daqui, antes que eu faça o cromo da sua cara virar sucata!

    – Ei, Dave! Qual é – ele respondia, em deboche. – Eu vim aqui tomar sua pinga barata e saber de fofoca. Tenho direito, como todo mundo. Além disso, quem garante que você vai me derrubar, e não o contrário?

    A tensão começou a subir, e logo a gritaria no balcão começou a chamar muita atenção.

    – Me derruba aí, então! Você pode até me apagar, mas e o resto da boate? Acha que vai sair de boa assim, cuzão?!

    O sujeito pareceu ponderar melhor após um momento de silêncio.

    – Olha só, eu não tô interessado em treta. Eu vim aqui para tomar uma bebida, mas já que você não tá a fim de me servir uma, eu vou vazar, beleza?

    Ele se vai, indo na direção onde Hô Ly disse que a garota havia sido vista. Dave espera ele estar fora do alcance para guardar a arma e voltar a servir as bebidas.

    – Desculpa por isso – ele diz para Hô Ly. – Esse escroto vive arrumando problemas por aqui. Essa é por conta da casa, beleza?

    Ele entrega mais uma cerveja preta para ela.

    – Você parece legal, doutora. É sempre bom estar em bons termos com alguém da sua área, né? Então aí vai um bônus: Arasaka está aqui contratando ajuda de fora para uma missão especial, sabe? Uma que ela não quer envolver o pessoal dela. O estranho é que, em teoria, é coisa simples: visitar alguns pontos em zonas de combate para fazer a extração de certos… artefatos valiosos, pelo o que eu entendi. Ela está aqui hoje, e isso significa muitos filhos da puta da Arasaka juntos, o que deixa os filhos da puta infiltrados da Militech com o cu coçando para arrumar treta, entende? Por isso dessa tensão.

    Aparentemente Dave não estava conseguindo tirar muita grana com venda de informações. É claro que ele não disse isso apenas por ser um cara muito gente boa. Ele com certeza vai lembrar Hô Ly disso quando precisar de um transplante ou alguma merda assim…

    » LUCY «

    Ela voltou pelo salão a ponto de ver uma gritaria do caralho entre Dave e um sujeito no balcão. Ela tinha que admitir que o Dave gritando com uma escopeta na mão é muito diferente do Dave que ela conhece. De qualquer forma, a gritaria não durou muito, e logo o sujeito desistiu e saiu do balcão, passando por ela e parando próximo, na entrada do corredor que dá para a porta dos fundos. Ele está verificando o equipamento, falando em códigos com alguém através de um comunicador.

    Diante dela há um pequeno elevador dentro de um tubo de vidro, rodeado por dois seguranças. Lucy tinha achado a entrada para o andar vip, a questão agora era como ela iria fazer para passar por esses caras.

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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por gaijin386 Qua Jan 11, 2023 3:41 pm


    Capítulo 1: Reboot Ub97vr10

    -Conheço tanto quanto o anjo da morte isso é certo, mas se ele está aqui é porque a boneca de porcelana da Arasaka teve que vir pessoalmente e não mandou intermediário.
    Ponderou sobre o assunto em sua mente imaginando possibilidades, mas esse fio de pensamento teve que ser cortado visto que o bartender estava visivelmente aborrecido com seu antigo cliente...mesmo assim não arriscaria seu pescoço por alguém que nem lembrava o nome era só mais um e com certo alivio o viu se afastar e tornou a se virar para Dave.

    -Sem problemas... Acho que são os ossos do oficio não é mesmo? O cara já esteve na minha mesa... mas a ironia é que não me lembro o nome dele, mas não se preocupe. Você agora me deu mais uma peça do quebra cabeça hmmm... Se Michiko Arasaka resolveu tirar a bunda de seu palacete é porque de fato os edges estão rolando e chances aparecem só espero que eles deixem pra se matar em outro lugar, mas creio que podem precisar de pessoas especializadas não é mesmo? Vou dar uma atenção a isso. Obrigada Dave.
    diz se servindo do copo "grátis" que recebera.
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por GABC Qua Jan 11, 2023 7:17 pm

    Lucy foi criada literalmente nas ruas a maior parte de sua infância e adolescência. Quando você dorme junto a podridão, testemunha e usa todo tipo de droga e passa por toda sorte de violência, acaba criando uma casca onde todo o restante é belo. Gente suada? Uso pesado de drogas? Bitch, please. Nem ela própria cheira bem.

    Outra coisa que as ruas ensinam é “ficar esperto”. Ela ouve a conversa dos distraídos a respeito de Michiko e sua busca pessoal. Já deve ter algo rolando, mas a Solo não pode deixar de tentar, seguindo outra pérola urbana de sabedoria: o “não” você já tem. E assim ela retorna ao salão.

    A gritaria no balcão não lhe preocupa tanto por acreditar que nada de mais grave iria acontecer ali dentro. Ela passa os olhos rápidos por Dave, mas é o outro cara quem lhe chama a atenção. Tenta recordar se já o viu ali dentro, sem no entanto perder muito tempo com isso.

    Lucy respira fundo mais uma vez. Olha pro 2º andar, depois pra Dave e depois pro elevador; é claro que teriam seguranças ali, afinal, o que ela pensava? Que seria fácil? Nunca é. Ela se enche de confiança novamente e vai até os seguranças, com seu habitual jeito de andar “das ruas”. Ela pára diante deles e deixa que os homens a analisem com calma, para que não fiquem nervosos à toa. Não faz nenhuma questão de esconder a arma e ignora qualquer tentativa precoce de intimidação por parte dos caras.

    - Aí, camaradas… Fala pra chefia que a encomenda dela chegou. - Lucy transparece malandragem na sua pose e nas palavras - Diz pra Michiko que eu tô aqui, que a espera dela acabou.

    Ela já se prepara pra responder um “eu sou a porra da Elizabeth Kress; sou quem vai resolver os problemas dela, caralho; é isso que faço” caso eles a indagassem sobre quem seria ela - mas sem ser muito agressiva, mais irônica do que outra coisa.
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Xafic Zahi Qui Jan 12, 2023 2:58 pm


    Capítulo 1: Reboot 6becfb9607b9894e0234911677c7f87f


    - Tá com os edinhos? - Sorriu para Nina, feliz de ver que a moça estava inteira, se virando em Nighcity. Deu uma mordida enorme em um dos tacos, não se importando do recheio cair pela lateral, e empurrou tudo para baixo com a bebida afrescalhada.

    Preparou uma piada ou outra sobre a roupa da loira, mas foi interrompido antes que pudesse falar. Abriu mais um meio sorriso, em descaso com a informação sobre Arasaka e Militech.

    - Briga de tubarão, Nina. E o que a gente faz é nadar pra bem longe - Disse, enquanto a acompanhava.

    - Pô, tô aqui. Preciso levantar uma grana e...

    Nina saiu correndo entre a multidão, levando consigo a chance de trampo que provavelmente lhe renderia alto lucro. Xafic olhou para o homem. Aquilo não era assunto seu e Nina já tinha dado no pé. Com os edinhos no bolso e sem um pedido de ajuda da colega para lidar com a situação, o contrabandista se preparou para sair da boate, enfiando-se entre as pessoas, em direção à porta.


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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Count Zero Sex Jan 13, 2023 6:07 pm


    Uma nova aliança parece começar a se esboçar em situação improvável, mas isso não é de se espantar. Em Night City, é sempre na hora errada e no lugar errado que as coisas mais interessantes acontecem.


    » XAFIC « && » LUCY «

    Não era problema dele. Foda-se a situação. Ele viu Nina correr, o sujeito ir até o balcão e acabando por se estranhar com o barman, que enxotou ele de lá com uma escopeta, mas e daí? Ele já tinha a grana, e pelo jeito não ia conseguir mais nada de bom no meio daquela zona. O lugar estava mais cheio do que de costume, e havia uma tensão muito grande no ar.

    Conforme ele avançava para a saída, praticamente indo para a mesma direção em que Nina havia corrido, o sujeito notou que uma garota – a mesma garota que estava próxima dele do balcão – estava ali, próxima do elevador para o segundo andar, apresentando-se de modo um tanto… confiante demais para os dois seguranças. Ele ouve a palavra Michiko, e não consegue pensar em ninguém além da senhora Arasaka.

    – Aí, camaradas… Fala pra chefia que a encomenda dela chegou. – Lucy transparece malandragem na sua pose e nas palavras – diz pra Michiko que eu tô aqui, que a espera dela acabou.

    Os seguranças se entreolharam e começaram a conversar alguma coisa em japonês. Eles terminaram com um sorrisinho e abriram o caminho para ela. Uma porta de vidro deslizou para o lado, uma luz fraca azul acendeu no teto do elevador com formato de tubo e um cheiro de borracha e alvejante saia da cabine.

    Ela não sabe dizer se deu muita sorte, ou se os filhos da puta resolveram aprontar uma com ela, mas concederam permissão. O elevador estava liberado. Nesse momento Lucy nota o sujeito atrás dela – o cara que havia trocado uma ideia com aquela loura que tirou ele do balcão.

    – Quem é ele? – o segurança pergunta para ela, indiferente. – Ele está com você?

    Xafic e Lucy se encaravam. Michiko, por algum motivo, estava lá em cima, e de alguma forma, Lucy – e talvez Xafic também – havia conseguido permissão para falar com ela.

    OFF:

    » HÔ LY «

    Ela havia terminado a segunda cerveja. Quando ela se preparava para deixar o balcão, ela recebeu uma ligação.

    – Hey, Doc. É o Zak de novo – e agora ela lembrou o nome dele. – Estou com uma situação complicada aqui. Preciso de ajuda com uma coisa, mas é claro que não vou pedir nada de graça. Me encontre nos fundos, se quiser ganhar uma grana extra.

    Ele desligou, sem esperar resposta. Hô Ly refletiu por um momento. Valeria a pena ver que porra Zak queria? Ou ela deveria tentar a sorte com Michiko de uma vez?
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por gaijin386 Sex Jan 13, 2023 8:30 pm


    Capítulo 1: Reboot Ub97vr10

    Parece que as coisas estão lentas então posso me dispor alguns minutos para ver o que ele quer, mas problemas podem estar a espreita e para isso ela tinha um bom argumento embaixo do casaco (a escopeta). Hô Ly  pensou consigo mesma.

    -Dave parece que o imbróglio de negociações da Michiko ainda vai longe vou ver uma coisa e já volto.

    Se levantou e foi pra saída dos fundos.

    Off: Procurando um tamanho ideal pra imagem para não ficar poluindo a mensagem alguma ideia do tamanho ideal?

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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por GABC Dom Jan 15, 2023 5:34 pm

    Lucy estava um pouco nervosa falando com os seguranças, temendo e antecipando um possível combate, mas no fim das contas, seu blefe deu certo e o caminho lhe foi liberado. Notou com o canto dos olhos alguém se aproximando por trás e sutilmente levou a mão próxima à arma na cintura. Quando os seguranças a indagam sobre o sujeito atrás dela, só então ela se vira por completo e nota que era o carinha que trocava uma idéia com a loira. Lucy ergue um pouco o queixo, as madeixas de seu undercut cobrindo a metade de sua face. Ela olha para o homem (Xafic) e o examina rapidamente, julgando se tratar de algum mercenário, não de um cliente ‘normal’.

    Ela então cruza seu olhar com o dele, fazendo um gesto afirmativo de cabeça para ele, quase imperceptível, como se quisesse que ele concordasse com suas próximas palavras.

    - É, ele tá comigo. Viemos ver a Michiko. Juntos - reforça o “pedido” para o homem com o olhar - A grana é boa, não vamos ter problema em dividir. - falava com os seguranças, mas era um recado indireto pro cara.

    Ela se vira novamente para ficar de frente para os seguranças/elevador, deixando os braços descansarem à frente do corpo, com as mãos se cruzando e o peito estufado.

    Não tendo nenhum outro impedimento, ela entrará no elevador e aguardará pelo homem. Era melhor ter ajuda se as coisas não saíssem como o esperado.
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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Xafic Zahi Seg Jan 16, 2023 8:45 pm


    Capítulo 1: Reboot 6becfb9607b9894e0234911677c7f87f


    O trampo quase tinha fugido com com Nina, mas era a noite de sorte de Xafic. O destino lhe sorria e ele tentava sorrir de volta.

    Assentiu para a moça desconhecida, tentando ser tão sútil quanto ela. Era trampo, isso que importava. Se ela fosse firmeza, um contato a mais. Caso contrário, era finalizar a parada, edinho no bolso e vida que seguia.

    "A grana é boa", repetiu mentalmente a frase, antes de entrar no elevador depois dela. Olhou para os lados e se dirigiu aos seguranças, tentando soar cheio de convicção:

    - Bora, que a chefia não curte esperar.


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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Count Zero Ter Jan 17, 2023 9:32 pm

    … é como um reator nuclear, próximo de sofrer um superaquecimento.


    » XAFIC « && » LUCY «

    O elevador tinha cheiro de borracha nova e desinfetante. O painel era feito de plástico, com botões reluzentes de cromo – um simples switch com setas sobe e desce. Xafic e Lucy estavam um de frente para o outro naquele tubo que subia de forma rápida, silenciosa e sutil para o andar de cima. Seria um momento ideal para conversar, conhecerem-se melhor, se não fosse a velocidade com que a coisa subia.

    O segundo andar tinha um chão feito de placas barulhentas de metal, com cravos antiderrapantes, mas estava muito mais vazio e agradável do que o térreo badalado com a pista de dança e o balcão de Dave, abarrotado de bêbados e chapados. Haviam algumas mesas redondas ao redor de cilindros de pilastras de alúmino, com acentos de couro vermelho e somente poucas dessas mesas estavam ocupadas. A iluminação era baixa, neon púrpuro e havia um efeito de névoa baixa com gelo seco no chão, que chegava na altura das canelas.. A situação era bem fácil de ler para os dois: se estivesse em pé, era um segurança. Se estivesse sentado, era um figurão. Claro, haviam três vezes mais seguranças do que figurões, e não foi difícil detectar a mesa de Michiko – não apenas pela sua aparência inconfundível, mas também pela proximidade dos seu cão de caça e dos seguranças extras ao redor, alguns muito tensos com a situação e outros com a mão coçando para sacar suas automáticas.

    OFF:

    Lucy e Xafic pararam diante dela. A tensão do lugar imediatamente contamina a dupla. Era um momento de tomar cuidado com o tom, escolher bem as palavras e fazer uma boa propaganda de si mesmo(a).

    – Os homens lá em baixo me disseram que vocês gostariam de falar comigo – ela diz, de uma forma despreocupada, enquanto acende um cigarro. – Disseram que soaram muito confiantes, também. Talvez vocês sejam exatamente o que eu vim procurar nesse lugar, esta noite. – Ela primeiro faz um sinal de “pare”, levantando não, embora não fique claro para quem. Em seguida, ela de forma cortês aponta para a poltrona diante dela. – Sentem-se, por favor. Tomem uma bebida por minha conta e falem um pouco sobre vocês.  

    » HÔ LY «

    Hô Ly passou pela multidão fedorenta, enlouquecida e suada, sempre atenta ao movimento, notando a mudança de ares nos arredores – e também no segundo andar, embora de forma sutil. Ela avançou até a saída dos fundos, em um rotineiro zigue-zague para desviar de pessoas e poças de võmito, até que viu Zak encostado na parede, acenando discretamente para ela se aproximar.

    – Aquela garota está lá fora, doc – Zak disse, despreocupado, como se estivesse falando alguma banalidade qualquer. – Ela mexeu com gente grande, sabe? Ela está muito fodida.

    Ele tira um maço de cigarros do bolso da jaqueta, pega um e oferece um a Hô Ly.

    – Eu poderia meter uma bala na cabeça dela, mas eu não estou com boa reputação aqui, como pôde ver. Acho melhor ser discreto, afinal eu ganho mais se levar ela viva.

    Ele então mostra uma seringa, com um líquido amarelado, quase reluzente. Hô Ly sabe imeditamente que se trata de um tranquilizante muito forte e com poder de ação muito rápido.

    – Enfim, ela tá com o cu na mão e desconfiando até da própria sombra, como pode imaginar. Se eu me aproximar assim, sem mais nem menos, vai acabar em merda, e eu não tô afim de trocar bala com ninguém… não aqui, e muito menos hoje. Você é médica, e isso talvez faça ela baixar a guarda por uns instantes. É tudo o que eu preciso para agir, e depois tirar minha amiga daqui, que “pra variar exagerou na birita”, entende? O que me diz?

    Ele olha para os lados, talvez buscando Dave. Nota-se que ele já queria estar fora da boate, e quanto mais tempo ele demora, pior.

    – A grana é boa. Me ajuda que eu te dou metade, doc.

    OFF:
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    Mensagem por gaijin386 Qua Jan 18, 2023 8:15 am

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    Capítulo 1: Reboot Ub97vr10

    Disse em resposta já que esperava ouvir uma soma interessante antes de perder tempo por meros trocados analisando suas reações...

    Sei... Ela mexeu com gente importante, mas veja bem meu tempo também é importante sabe? Quanto você acha que vale o meu tempo? Se os edges corresponderem a expectativa posso lhe dar uma distração.

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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por Count Zero Qui Jan 19, 2023 3:04 am

    Sei... Ela mexeu com gente importante, mas veja bem meu tempo também é importante sabe? Quanto você acha que vale o meu tempo? Se os edges corresponderem a expectativa posso lhe dar uma distração.

    O sujeito fazia uma cara de impaciência. Ele claramente estava tenso e desconfortável –  e bem ansioso para deixar aquele lugar.

    –  Números explícitos? Que tal 1500? Não quero ser cuzão, doc, mas a garota pode cair fora a qualquer momento, sabe? Não é a melhor hora e lugar para ficarmos discutindo.

    Ele encarava a saída preocupado, ansioso. Parecia que a qualquer momento iria correr dali.
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    Mensagem por gaijin386 Qui Jan 19, 2023 7:46 am

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    Disse em resposta já que esperava ouvir uma soma interessante antes de perder tempo por meros trocados analisando suas reações...

    -Tá vou ver o que posso fazer... Vá na surdina vou dar uma esbarrada nela e enquanto me desculpo você age é só não dar mancada.

    Ato: Vou fazer o clássico combo esbarrada + copo de cerveja derramado nela e enquanto me desculpo o cara vai ter uma "janela" pra agir.

    E lá vai Hô Ly com um copo de cerveja na mão assobiando como se nada a preocupasse no mundo... e bem esbarra no alvo derramando sua cerveja nela.

    -Oh eu não te vi! Foi mal eu derramei tudo em cima de você...
    Enquanto pensava... vai lá age de uma vez.

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    Capítulo 1: Reboot Empty Re: Capítulo 1: Reboot

    Mensagem por GABC Sex Jan 20, 2023 2:59 pm

    Enquanto subiam pelo elevador Lucy apenas corre com os olhos por Xafic, não teria tempo para uma conversa mais esclarecedora. Ela apenas torce para que eles consigam se entender perfeitamente em poucos segundos.

    Lucy mantém os braços largados à frente do corpo, mãos juntas. Ao sinal do elevador, ela pisa pra fora sem perder tempo, olhando rapidamente pelas mesas, pilastras e assentos, vislumbrando o cão de guarda & companhia. Ela dá uma olhada por cima do ombro para saber se Xafic a acompanhava e segue lentamente até a mesa de Michiko falando baixo com ele, quase sem mexer os lábios e com o olhar fixo adiante.

    - Seguinte… Não sou olhuda, só tô precisando de grana pra pagar umas parada. 50-50 se ninguém fizer merda; se tiver merdeiro vai ser descontado. - dá uma pequena pausa pra ele pensar e responder - Vamo só ver qual é a dela, deixa fluir.

    Lucy agora caminha normalmente, braços balançando ao lado do corpo, sem conseguir esconder muito o seu ‘jeito das ruas’. Já chegavam próximos da Michiko quando ela lembra de algo.

    - A propósito… Lucy.

    E então chegam à mesa de Michiko. Lucy vasculha visualmente o ambiente que circunda a mesa, conferindo os arredores. Mas sua atenção acaba ficando presa na Arasaka girl. A pele perfeitamente tratada, a juventude infinita dos super ricos. É a primeira vez que se coloca frente a frente com uma lenda de Night City, e agora que percebe isso, volta a ficar nervosa.

    Count Zero escreveu:– Os homens lá em baixo me disseram que vocês gostariam de falar comigo – ela diz, de uma forma despreocupada, enquanto acende um cigarro. – Disseram que soaram muito confiantes, também. Talvez vocês sejam exatamente o que eu vim procurar nesse lugar, esta noite. – Ela primeiro faz um sinal de “pare”, levantando não, embora não fique claro para quem. Em seguida, ela de forma cortês aponta para a poltrona diante dela. – Sentem-se, por favor. Tomem uma bebida por minha conta e falem um pouco sobre vocês.  

    - É… É isso aí. Também acho que eu e meu amigo aqui podemos ser quem você procura.

    E então ela se senta obedecendo as ordens da mulher - gente como Michiko não pede, ordena. Em seguida, aceita a oferta de bebida.

    - Citizen oro. Garrafa. - a tequila preferida de Lucy, não a mais consumida, sendo essa a vagabunda ‘Special’, que vem em galões no estilo gasolina.

    Dá uma conferida no seu parceiro pra saber se ele queria falar algo, acrescentar algo e então prossegue para se apresentar.

    - Eu sou a Lucy- espera por Xafic uns segundos e continua - Tô nessa a minha vida toda. Não sei se você sabe, mas tem gente aqui embaixo que vive na merda. Não curto isso aqui, então eu faço as parada bem feita, deixo o contratante feliz e ganho grana pra sair dessa merda. - ela dobra as pernas com a graciosidade de um moleque de 8 anos - Entro rápido, saio rápido. Faço combate curto, mas prefiro não fazer nenhum.
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