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Capítulo 1: Reboot
- Xafic Zahi
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- Mensagem nº21
Re: Capítulo 1: Reboot
- Count Zero
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- Mensagem nº22
Re: Capítulo 1: Reboot
Tiros, sangue, gritaria e gente morrendo. Qual a novidade? Só mais uma noite em Night City.
» HÔ LY «
Hô Ly viu a garota dentro do ambiente, próxima da soleira – não estava lá fora, como Zak havia dito. Talvez tenha entrado de novo por causa de algo ou alguém? Não importava, na verdade. Hô Ly já sabia o que fazer.
Não era possível dizer se foi bom senso ou paranoia, mas assim que Hô Ly aproximou-se da forma mais furtiva que pôde, Nina virou-se abruptamente, em uma velocidade espantosa e, no instante seguinte, Hô Ly encarava o vazio da escuridão que residia dentro do cano de uma SENHORA PISTOLA que Nina empunhava sem dificuldade aparente. Era uma coisa bonita de se ver. Cromo preto fosco, com empunhadura feita de polímero. O diâmetro do cano sugeria um .600 nitro express de calibre. Não era qualquer um que tinha grana para pagar por aquilo – presumindo que ela não tenha roubado de algum infeliz, é claro.
– Quem caralhos é você, irmã? – um sotaque britânico incrivelmente forte soou mais alto do que ela imaginava. – Então é tu que veio me apagar?! Quer tentar a sorte?!
A coisa toda não tinha saído como esperado. A tensão aumentou demais. Hô Ly viu, por um momento, um led vermelho piscar nos olhos da mulher. Ela estava no ápice da adrenalina, mas isso não impediu Zak de tentar alguma coisa, tirando vantagem do fato de que a atenção do seu alvo, de um jeito ou de outro, estava focada em Hô Ly.
A ideia não tinha sido boa. Na verdade, tinha sido uma ideia de merda. A mulher estava mais atenta, mais paranoica e com uma porra de um trabuco gigante nas mãos. Ele avançou na ponta dos pés, segurando a seringa. Chegou perto, achando que estava com ela na mão, e então ela virou e atirou, sem hesitar. A arma, barulhenta até demais, cuspiu um clarão amarelo, e então não havia mais Zak. Havia só uma maçaroca de sangue, miolos e cromo danificado que um dia fora a cabeça de Zak. Hô Ly achou que seria a próxima, mas antes que pudesse pensar em sacar sua arma, notou que a filha da puta não estava mais lá. Rápido como a bala que detonou Zak, ela desapareceu. A recompensa por ela deveria ser mesmo alta.
» XAFIC « && » LUCY «
Michiko esperou que a dupla estivesse confortável. Ela logo notou que Lucy era a mais sociável dos dois, e sabia que era com ela que deveria tratar. Ela tirou um simples celular do bolso de seu paletó. Era um modelo simples, descartável, com um conjunto limitado de aplicações – e justamente feito para não deixar rastros.
– Há um documento nesse aparelho com coordenadas. Todas elas apontam para hotzones. – ela começou falando calmamente, para ter certeza de que eles assimilavam todos os detalhes. – São coordenadas de satélite, que apontam exatamente para um ponto; um ponto com um… artefato específico. Três hotzones, três artefatos. Preciso muito recuperar esses artefatos, entendem? Não é questão de lucro apenas, mas sim de segurança para todos.
Ela fez uma pausa, tomou mais um gole de sua bebida, e então ficou mais séria.
– Isso é muito importante. É tão importante que estou disposta a pagar cem mil eurodólares por cada artefato recuperado.
Aquilo foi um choque e tanto. Trezentos mil definitivamente não era pouca grana.
– O único problema é que não sabemos com certeza como esses artefatos são, mas se nossas suspeitas estiverem corretas, tratam-se de uma espécie de container. Cilindros com uns noventa centímetros de altura e um conjunto de trancas e mecanismos de defesa, que guardam dados vitais. Agora, eu não costumo impor limitações desnecessárias. Como vão fazer isso é com vocês, mas uma coisa eu preciso pedir: sob nenhuma circustância tentem acessar os dados contidos nesses objetos, entenderam?
Ela enfatizou muito essa parte. Soou quase como uma ameaça.
– Fora isso, vocês têm liberdade total. Esse aparelho também tem o número do meu intermediário de confiança, que vai fornecer o equipamento necessário para nossa empreitada. Tomem o tempo necessário para se prepararem, contratem mais gente, se precisarem, e mantenham isso em segredo absoluto. Meu intermediário, Tanaka, também pode fornecer contatos, se for necessário. Vocês entederam bem, certo? Segredo total e sem acesso ao conteúdo. Fora isso não tem segredo. Nenhuma “pegadinha”, como se diz.
Antes que a dupla pudesse responder, um barulho de disparo soou, e então a gritaria teve início.
– Droga! – disse Michiko, levantando-se subitamente. – O que é isso agora?!
O Óbvio Acontece (Continuação Geral)
O disparo de Nina desencadeou um caos que estava com o cu coçando, só esperando para explodir. Depois do berro daquele trabuco, gritos se misturaram a barulhos de disparos, vidro quebrando e coisas sendo arremessadas. Hô Ly podia distinguir, na sinfonia caótica e dissonante – que era agora muito maior que a música do ambiente – disparos de escopetas, pistolas e rajadas de submetralhadora. Parece que a tensão entre os infiltrados da Militech e da Arasaka finalmente chegou no ápice, e o primeiro disparo – que na verdade não foi de nenhum dos dois lados – desencadeou a merda toda. Agora, claro que a maioria tentava agora sair pela entrada e saída principal do estabelecimento, enquanto se pisoteavam com alguns tentando abrir caminho na bala, mas uma parcela dessa múltidão avançava pela entrada e saída alternativa da boate – novamente: se pisoteando e com alguns tentando abrir caminho na bala –, e o pior de tudo era que Hô Ly estava bem entre essa gente em pânico e o resto do caminho para a saída.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
O cão de caça de Michiko grita alguma coisa em japônes, se jogando sobre ela, na intenção de protegê-la. Entre os gritos e disparos constantes, Lucy e Xafic – que já tinham se jogado no chão instintivamente quando os gritos e tiros começavam – podiam ouvir Michiko, que agora estava com eles no chão, com seu guarda-costas sobre ela como um grande amontoado de carne e cromo.
– Escutem! Muitos tentaram e falharam, mas estou depositando minha esperança em vocês! Se sairmos vivos daqui, contatem Tanaka o mais rápido possível, e… merda!!!
Disparos passaram zunindo, enquanto a equipe da Arasaka retalhava, formando um semicírculo de escudos-humanos ao redor de Michiko. Eles gritavam algo em japonês, e então começaram a correr com ela para fora dali, ora parando, agachando e atirando, ora correndo, sempre com ela no centro. O andar vip não era cheio como o térreo, logo dificilmente eles poderiam ser pisoteados ou algo do tipo. O problema é que os militechs sabiam que Michiko estava lá em cima e, crente que o disparo tinha sido ordem dela, não pensaram duas vezes em abrir fogo. A diferença é que ela tinha uma porrada de assassinos cobrindo ela, já eles estavam bem expostos ali.
É… tava na cara que ia dar merda. Até que demorou para acontecer.
- gaijin386
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- Mensagem nº23
Re: Capítulo 1: Reboot
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- GABC
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- Mensagem nº24
Re: Capítulo 1: Reboot
Cem mil eurobucks. Cem mil FUCKIN eurobucks. E isso é por apenas um dos três itens.
Gelou. O valor da recompensa pelo trabalho soou como uma sentença de morte para Lucy. Ela sabe o que acontece com alguém que se aventura por cem/trezentos mil eurobucks: a pessoa morre. Claro que a quantia lhe enche os olhos, claro que mudaria sua vida, mas o perigo simplesmente é alto demais para ser ignorado. Por outro lado... Pode ser o divisor de águas em sua vida. Talvez Morgan Blackhand e as outras lendas também tiveram que passar por um momento assim em suas carreiras.
Lucy começou a suar frio pelas mãos, o que nunca é bom; precisa delas secas para a empunhadura da Super Chief. Ela esfrega as mãos nas pernas para secá-las. Procura se recompor, lembrando que seu novo companheiro, Xafic, também está nessa. Ele parece bem cool. Lucy ainda desejava perguntar se esses containers poderiam transportados manualmente, se emitiam radiação, dentre outras coisas, mas não interromperia Michiko. Ouve a mulher falar sobre o intermediário e imagina que precisariam contratar mais gente na mesma hora que lhe é dito que poderiam fazer isso. E sobre manter segredo...
- Bem, nem precisa se preocupar com isso. Eu só me interesso pelos bucks. – olha para Xafic; meio que esperava que ele dissesse o mesmo ou que concordasse com isso.
E então, o caos.
Tiro, chão, seguranças, Michiko out. E é claro, sobrou pra ralé ali se virar sem ajuda.
Ainda de rosto colado no chão imundo da boate, Lucy gesticula pra Xafic não se levantar. Ela contorce o corpo para vislumbrar a rota de fuga dos figurões ali em cima e segue o mesmo caminho abaixada.
Era um tiroteio que não tinha nada a ver com eles dois.
Gelou. O valor da recompensa pelo trabalho soou como uma sentença de morte para Lucy. Ela sabe o que acontece com alguém que se aventura por cem/trezentos mil eurobucks: a pessoa morre. Claro que a quantia lhe enche os olhos, claro que mudaria sua vida, mas o perigo simplesmente é alto demais para ser ignorado. Por outro lado... Pode ser o divisor de águas em sua vida. Talvez Morgan Blackhand e as outras lendas também tiveram que passar por um momento assim em suas carreiras.
Lucy começou a suar frio pelas mãos, o que nunca é bom; precisa delas secas para a empunhadura da Super Chief. Ela esfrega as mãos nas pernas para secá-las. Procura se recompor, lembrando que seu novo companheiro, Xafic, também está nessa. Ele parece bem cool. Lucy ainda desejava perguntar se esses containers poderiam transportados manualmente, se emitiam radiação, dentre outras coisas, mas não interromperia Michiko. Ouve a mulher falar sobre o intermediário e imagina que precisariam contratar mais gente na mesma hora que lhe é dito que poderiam fazer isso. E sobre manter segredo...
- Bem, nem precisa se preocupar com isso. Eu só me interesso pelos bucks. – olha para Xafic; meio que esperava que ele dissesse o mesmo ou que concordasse com isso.
E então, o caos.
Tiro, chão, seguranças, Michiko out. E é claro, sobrou pra ralé ali se virar sem ajuda.
Ainda de rosto colado no chão imundo da boate, Lucy gesticula pra Xafic não se levantar. Ela contorce o corpo para vislumbrar a rota de fuga dos figurões ali em cima e segue o mesmo caminho abaixada.
Era um tiroteio que não tinha nada a ver com eles dois.
- Xafic Zahi
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- Mensagem nº25
Re: Capítulo 1: Reboot
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- Count Zero
Mutante - Mensagens : 652
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- Mensagem nº26
Re: Capítulo 1: Reboot
O cheiro de urina e vômito tinham sido substituídos pelo cheiro de sangue e carne chamuscada. O chão de borracha agora estava pegajoso e o chão de azulejos escorregadio. As luzes que rodopiavam no ar passavam seus fachos azuis, vermelhos e verdes sobre corpos estirados, como em um verdadeiro show de horrores.
» TO MERGE (?) «
Hô Ly correu, avançando pela cozinha. Muitos cozinheiros e funcionários ainda estavam confusos, e uma mistura de idiomas e dialetos se propagou quando ela surgiu de repente, seguida por uma massa de carne que investia furiosa, como um animal selvagem e gigante galopando. A maioria dos idiomas ela não entendeu, mas no geral todos estavam gritando “Que porra é essa?!” ou alguma variação muito pequena disso. Foi somente quando um projétil dez milímetros estourou o ombro do rapazote que carregava um amontoado de bandejas de alumínio – gritando e derrubando todas elas, em seguida –, é que a equipe da cozinha se tocou que tinha dado uma merda fodida – maior do que as habituais.
Os cozinheiros se juntaram a Hô Ly, deixaram o moleque lá, gritando de dor, e correram pelo depósito, até alcançarem o beco. Naquele instante, Hô Ly viu uma grande caçamba de lixo e, sem pensar duas vezes se jogou atrás dela. Era fedido, apertado, mas pelo menos nenhum outro filho da puta pensou nisso. Tinha sido uma boa ideia. Ela simplesmente viu a multidão sendo cuspida pela pequena portinhola, com cada um correndo para um lado.
* * * * * * *
A rajada ia aos poucos se distanciando de Lucy e Xafic, conforme os atiradores avistavam o grande amalgama de carne humana e cromo que formava a barreira humana ao redor de Michiko. Mantendo uma distância segura e sábia, eles avançavam logo atrás, conforme os seguranças abriam caminho. Gritos de dor e disparos podiam ser ouvidos agora com muito mais nitidez. Assim que Michiko caiu fora, Lucy chamou de volta o elevador para ela e Xafic, e mais uma vez a dupla estava no térreo.
A música ainda tocava alto, mas a pista de dança estava vazia, com exceção dos corpos daqueles que não deram sorte. Um grande pandemônio e, segundo depois, caixas de som vibrando para uma boate vazia, com o chão coberto de sangue, pedaços de carne e ossos partidos. Toda a ação parecia ter seguido Michiko e os seus capangas, que assim como o resto da boate, avançou para a saída quando a merda começou. Eles podiam ouvir uma gritaria do lado de fora, se distanciando aos poucos. A merda podia ter acabado lá dentro, mas era só questão de tempo até a “cambada” chegar, e certamente não vai ser boa coisa estar lá dentro nessa hora. Passando pelo cadáver de Dave, estirado sobre a mesa com a escopeta ao seu lado, eles avançam para a saída/entrada dos fundos, já que o resto da ação parece ter se concentrado na saída principal.
* * * * * * *
Hô Ly podia ouvir o barulho diminuindo. A gritaria agora estava na entrada principal, mas se tornava cada vez mais fraca. Aqueles que sobreviveram certamente queriam deixar o lugar o mais depressa possível antes de “ser convidado(a) a responder algumas perguntas”. Ela sentia agora que era seguro deixar sua barreira fedida transbordada de lixo, e aos poucos foi retornando ao beco, quando deu de cara com duas pessoas, que aparentemente eram as últimas que ainda estavam lá dentro depois da encrenca. Hô Ly imediatamente percebe que se tratava daquela dupla que estava perto dela no balcão. O sujeito que falou com a causadora de tudo aquilo convenientemente estava junto da garota que simplesmente subiu para falar com Michiko. Coincidência? Não existe coincidência em Night City, só fatos, e era um fato que eles três agora estavam sozinhos naquele beco.
» TO MERGE (?) «
Hô Ly correu, avançando pela cozinha. Muitos cozinheiros e funcionários ainda estavam confusos, e uma mistura de idiomas e dialetos se propagou quando ela surgiu de repente, seguida por uma massa de carne que investia furiosa, como um animal selvagem e gigante galopando. A maioria dos idiomas ela não entendeu, mas no geral todos estavam gritando “Que porra é essa?!” ou alguma variação muito pequena disso. Foi somente quando um projétil dez milímetros estourou o ombro do rapazote que carregava um amontoado de bandejas de alumínio – gritando e derrubando todas elas, em seguida –, é que a equipe da cozinha se tocou que tinha dado uma merda fodida – maior do que as habituais.
Os cozinheiros se juntaram a Hô Ly, deixaram o moleque lá, gritando de dor, e correram pelo depósito, até alcançarem o beco. Naquele instante, Hô Ly viu uma grande caçamba de lixo e, sem pensar duas vezes se jogou atrás dela. Era fedido, apertado, mas pelo menos nenhum outro filho da puta pensou nisso. Tinha sido uma boa ideia. Ela simplesmente viu a multidão sendo cuspida pela pequena portinhola, com cada um correndo para um lado.
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A rajada ia aos poucos se distanciando de Lucy e Xafic, conforme os atiradores avistavam o grande amalgama de carne humana e cromo que formava a barreira humana ao redor de Michiko. Mantendo uma distância segura e sábia, eles avançavam logo atrás, conforme os seguranças abriam caminho. Gritos de dor e disparos podiam ser ouvidos agora com muito mais nitidez. Assim que Michiko caiu fora, Lucy chamou de volta o elevador para ela e Xafic, e mais uma vez a dupla estava no térreo.
A música ainda tocava alto, mas a pista de dança estava vazia, com exceção dos corpos daqueles que não deram sorte. Um grande pandemônio e, segundo depois, caixas de som vibrando para uma boate vazia, com o chão coberto de sangue, pedaços de carne e ossos partidos. Toda a ação parecia ter seguido Michiko e os seus capangas, que assim como o resto da boate, avançou para a saída quando a merda começou. Eles podiam ouvir uma gritaria do lado de fora, se distanciando aos poucos. A merda podia ter acabado lá dentro, mas era só questão de tempo até a “cambada” chegar, e certamente não vai ser boa coisa estar lá dentro nessa hora. Passando pelo cadáver de Dave, estirado sobre a mesa com a escopeta ao seu lado, eles avançam para a saída/entrada dos fundos, já que o resto da ação parece ter se concentrado na saída principal.
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Hô Ly podia ouvir o barulho diminuindo. A gritaria agora estava na entrada principal, mas se tornava cada vez mais fraca. Aqueles que sobreviveram certamente queriam deixar o lugar o mais depressa possível antes de “ser convidado(a) a responder algumas perguntas”. Ela sentia agora que era seguro deixar sua barreira fedida transbordada de lixo, e aos poucos foi retornando ao beco, quando deu de cara com duas pessoas, que aparentemente eram as últimas que ainda estavam lá dentro depois da encrenca. Hô Ly imediatamente percebe que se tratava daquela dupla que estava perto dela no balcão. O sujeito que falou com a causadora de tudo aquilo convenientemente estava junto da garota que simplesmente subiu para falar com Michiko. Coincidência? Não existe coincidência em Night City, só fatos, e era um fato que eles três agora estavam sozinhos naquele beco.
- OFF:
- Vocês não estão mais na boate, mas vou continuar postando música mesmo assim. Sempre bom para entrar no clima
- gaijin386
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- Mensagem nº27
Re: Capítulo 1: Reboot
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- GABC
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- Mensagem nº28
Re: Capítulo 1: Reboot
Lucy passa pela pista de dança vazia com o som tocando pra ninguém, evitando pisar nos desafortunados no chão. Ela não se choca com esse tipo de cena, mas não significa que precisa desrespeitar os mortos. A não ser pela garota de vestido azul estatelada no chão com um tiro no rosto. Aquela lá dá pra desrespeitar, já era conhecida de outros carnavais. Tipinho metido que só. Lucy se abaixa enquanto caminha para a saída e recolhe os óculos da garota (se estiverem em bom estado). Antes de sair observa o corpo de Dave e dá uma olhada rápida geral nos mortos, pra poder dizer aos conhecidos da região quem tinha ido comer capim pela raiz e quem não.
Já do lado de fora eles são abordados pela ‘garota da bebida no balcão’. Lucy olha para a garota, depois para Xafic e então pensa ‘por quê não?’.
- Noite de sorte a sua.
Lucy aponta com o queixo pra frente, como se dissesse para ela seguir por aquele caminho com eles. A Solo então pega seu Agent enquanto caminhava e avisa ao Fixer com quem mais tem contato que houve um massacre no “A Dama Fornicadora”. Sendo das ruas, ela sabe que Fixers gostam de informações, principalmente as frescas. De qualquer forma, ela não entrará em detalhes, apenas escreverá que “depois explica melhor”. Ela então guarda o Agent no bolso de trás da calça apertada e se vira para Xafic enquanto ainda caminhavam.
- ‘Cê tá de Kombi? Não dá pra dar mole muito tempo aqui não...
Já do lado de fora eles são abordados pela ‘garota da bebida no balcão’. Lucy olha para a garota, depois para Xafic e então pensa ‘por quê não?’.
- Noite de sorte a sua.
Lucy aponta com o queixo pra frente, como se dissesse para ela seguir por aquele caminho com eles. A Solo então pega seu Agent enquanto caminhava e avisa ao Fixer com quem mais tem contato que houve um massacre no “A Dama Fornicadora”. Sendo das ruas, ela sabe que Fixers gostam de informações, principalmente as frescas. De qualquer forma, ela não entrará em detalhes, apenas escreverá que “depois explica melhor”. Ela então guarda o Agent no bolso de trás da calça apertada e se vira para Xafic enquanto ainda caminhavam.
- ‘Cê tá de Kombi? Não dá pra dar mole muito tempo aqui não...
- Count Zero
Mutante - Mensagens : 652
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- Mensagem nº29
Re: Capítulo 1: Reboot
- Aviso:
- Pessoal, o Xafic disse que infelizmente não vai poder mais participar da mesa por falta de tempo. Por questões de praticidade e coerência, vou manter o personagem dele como NPC. Dito isso, também gostaria de pedir desculpas pelo atraso na postagem.
A solo toma a dianteira, liderando o trio para fora daquela merda toda enquanto avisa seu fixer a respeito da caca mais fresquinha da cidade. Quando pergunta a Xafic sobre o carro, ele leva um tempo tomando um gole da garrafa e simplesmente faz que sim com a cabeça, seguido de um sinal com a mão pedindo para que Lucy e Hô Ly os seguissem.
As sirenes estridentes estavam mais altas agora, mas eles ao menos tinham saído do hot spot, o que significava que não tinha motivo algum para alguma autoridade encher o saco deles. Xafic aponta para a sua “mula” customizada. Era mais espaçosa e confortável do que elas imaginavam.
Lucy se jogou na parte de trás, enquanto Hô Ly foi ao lado de Xafic, vendo ele dar a partida. A mula era boa, rápida e segura. Ótima para fuga. Uma arrancada, um cavalo-de-pau e logo estavam na estrada, deixando toda a confusão para trás.
Nesse momento o celular que Michiko deu para Lucy toca…
– Konbanwa. Eu Tanaka – o inglês do cara não era dos melhores. – Michiko-san querer saber tudo bem? Podermos prosseguir?
A coisa toda parecia ser crítica. Eles nem esperaram alguém do trio entrar em contato.
- gaijin386
Antediluviano - Mensagens : 3816
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- Mensagem nº30
Re: Capítulo 1: Reboot
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- GABC
Neófito - Mensagens : 39
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- Mensagem nº31
Re: Capítulo 1: Reboot
Lucy segue Xafic ainda preocupada com as sirenes. Ela tem um esquema de contar até 5 mentalmente pra definir a qual distância e velocidade que a polícia está... Coisas de quem vive nas ruas. A expressão dela muda pra um ligeiro sorriso ao avistar a mula de carga do cara, “carrão da porra”. Ela literalmente se joga na parte de trás, sozinha, confortável. Pressi ona o tecido do banco pra baixo pra sentir o quão macio era; depois dá uma vasculhada ali atrás pra tentar achar algum cigarro velho, algum resto de bebida... qualquer coisa que pudesse ser reaproveitada.
O carro arranca e a jovem se apresenta como Hô Ly. Ela indaga Lucy sobre as intenções da senhorita Arasaka, mas a resposta é cortada pelo telefonema. Ela dá uma olhada rápido pra Hô Ly sinalizando que já saberia de mais informações.
- E aê...
– Konbanwa. Eu Tanaka – o inglês do cara não era dos melhores. – Michiko-san querer saber tudo bem? Podermos prosseguir?
“Maluco precoce” é a primeira coisa que vem à mente da Solo. E então ela se preocupa com a pressa do assunto. E então ela se preocupa mais ao relembrar da quantia envolvida.
- Tanaka, né? – realmente preocupada se entendeu certo o nome ou não – Cara, a gente tá no meio de uma parada, pensei que ia ter um tempinho de respiro, mas não tem problema não. Bora tocar o barco. Preciso de alguém que já conheça a área, talvez de mais alguém que saiba “se virar” bem e também saber se essa porra tem radiação pra derreter nossa cara ou não.
Lucy troca contato visual com seus companheiros, caso olhem para ela, demonstrando que está fazendo as perguntas e se alguém tem mais algum pedido ou dúvida. E então prossegue.
- Tem mais coisa pra saber, tipo, se é necessário que sejam os três artefapos e quem mais tá atrás disso.
O carro arranca e a jovem se apresenta como Hô Ly. Ela indaga Lucy sobre as intenções da senhorita Arasaka, mas a resposta é cortada pelo telefonema. Ela dá uma olhada rápido pra Hô Ly sinalizando que já saberia de mais informações.
- E aê...
– Konbanwa. Eu Tanaka – o inglês do cara não era dos melhores. – Michiko-san querer saber tudo bem? Podermos prosseguir?
“Maluco precoce” é a primeira coisa que vem à mente da Solo. E então ela se preocupa com a pressa do assunto. E então ela se preocupa mais ao relembrar da quantia envolvida.
- Tanaka, né? – realmente preocupada se entendeu certo o nome ou não – Cara, a gente tá no meio de uma parada, pensei que ia ter um tempinho de respiro, mas não tem problema não. Bora tocar o barco. Preciso de alguém que já conheça a área, talvez de mais alguém que saiba “se virar” bem e também saber se essa porra tem radiação pra derreter nossa cara ou não.
Lucy troca contato visual com seus companheiros, caso olhem para ela, demonstrando que está fazendo as perguntas e se alguém tem mais algum pedido ou dúvida. E então prossegue.
- Tem mais coisa pra saber, tipo, se é necessário que sejam os três artefapos e quem mais tá atrás disso.
- OFF:
- Desculpa de verdade pela demora. Tive alguns dias atribulados, não se repetirá (espero).
- Count Zero
Mutante - Mensagens : 652
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- Mensagem nº32
Re: Capítulo 1: Reboot
– Radição? Nada de radiação. Fazer o seguinte: Ir até Hotel Konpeki Plaza. Buscar por Senhor T. Lá conversar melhor e descansar. Lá poder reservar quarto pra equipe.
O sujeito desliga.
Lucy não encontrou nenhuma erva, cerveja ou tabaco, mas debaixo do banco há um saco do tamanho de uma cabeça humana fechado a vácuo, com pílulas cilíndricas verdes de brancas. Coisa sintética.
– Mescalina – falou Xafic, olhando para ela através do espelho retrovisor. – Sintetizada direto dos cactos do deserto. Manda ver – ele dá um joinha rápido, mostrando que não se importa em dividir a droga com ela ou com Hô Ly. Vai depender delas usar ou não.
Vou dar uma adiantada aqui para não perdermos tempo. Vou deduzir que a Lucy respondeu a Hô Ly e disse para o Xafic onde ir. Vocês podem fazer uma cena de interação antes de responder a continuação, se quiserem especificar o que foi dito, como foi dito, etc.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
O lugar era gigantesco, impressionante. Quando o trio passou pelo hall de entrada, duas fileiras de funcionários com paletós brancos os reverenciaram em sincronia dos dois lados. Rostos sérios, sem emoção nenhuma, como se não fossem humanos. A recepcionista era uma japonesa elegante e muito bonita, de cabelo longo e preto preso em um rabo-de-cavalo, com um paletó preto sobre uma camisa de linho imaculadamente branca, com um pouco de cromo subcutâneo no rosto, perceptíveis como circuitos.
Assim que Lucy mencionou “T.”, ela liberou a entrada para eles, dando a cada um uma espécie de crachá digital, onde a palavra “Vip” piscava em neon azul. “Suite B, último andar. Tenham uma excelente noite”. O elevador tinha cheiro de pinho e o ar condicionado chegava a causar êxtase. O chão era mármore espelhado, contrastando com portas de metal esverdeado. Eles nunca tinham pisado em um lugar tão luxuoso assim.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Foi fácil saber qual era a suíte certa. Porta dupla vermelha, ladeada por dois Yaks com cara de poucos amigos. Quando viram o “vip” em fluxo pulsante, fizeram uma reverência síncrona, como os funcionários do hall de entrada, e abriram a porta.
– Ah! Bom! Equipa chegar! – Dizia Tanaka, apontando para um sofá de couro e oferecendo bebida; não aquela porra que limpava tanto motores quanto intestinos, mas uma bebida adocicada, levemente amadeirada e que descia suave, batia como um coice e te deixava se sentindo como se tivesse um pau/uma vagina de ouro no meio das pernas.
– Pedir desculpas por urgência, mas Michiko-san muito com pressa.
Ele se sentou na ponta, formando uma espécie de L curto com eles.
– Este lugar ser de vocês, por quanto durar trabalho – ele continuou. – Seis quartos. Ser suficiente, acredito. Nós também fornecer mais gente, mais material, se precisar, mas agora acho que perguntas vocês fazerem, né?
Ele virou o que restava da taça de uísque e acendeu um cigarro cor de creme, com tabaco adocicado, que tinha um cheiro que lembrava baunilha. Ele oferece a cada um deles e então continua.
– Sem radiação. Michiko-san precisar dos três, mas não acreditar que uma equipe só conseguir os três. Muitas falhar, mas se os três vocês pegarem, dinheiro todo de vocês!
Ele faz um gesto com as mãos para cima, com um sorriso bobo no rosto, como uma espécie de celebração.
– Ninguém mais saber, até onde nossa sabedoria alcançar. Imperativo manter sigilo, sim. Se alguém mais saber, problema grande para todos nós. Por isso, devo dizer de novo. Extrair artefato sem olhar. Quanto menos saberem, menos problemas. Agora, antes de prosseguirmos para detalhes, eu aqui para responder perguntas em nome de Michiko-san. Se dúvidas vocês tiver, esta melhor hora para falar.
- OFF:
- Estou mudando um pouco a história aqui para que já exista um Konpeki Plaza em 2045.
O sujeito desliga.
Lucy não encontrou nenhuma erva, cerveja ou tabaco, mas debaixo do banco há um saco do tamanho de uma cabeça humana fechado a vácuo, com pílulas cilíndricas verdes de brancas. Coisa sintética.
– Mescalina – falou Xafic, olhando para ela através do espelho retrovisor. – Sintetizada direto dos cactos do deserto. Manda ver – ele dá um joinha rápido, mostrando que não se importa em dividir a droga com ela ou com Hô Ly. Vai depender delas usar ou não.
Vou dar uma adiantada aqui para não perdermos tempo. Vou deduzir que a Lucy respondeu a Hô Ly e disse para o Xafic onde ir. Vocês podem fazer uma cena de interação antes de responder a continuação, se quiserem especificar o que foi dito, como foi dito, etc.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
O lugar era gigantesco, impressionante. Quando o trio passou pelo hall de entrada, duas fileiras de funcionários com paletós brancos os reverenciaram em sincronia dos dois lados. Rostos sérios, sem emoção nenhuma, como se não fossem humanos. A recepcionista era uma japonesa elegante e muito bonita, de cabelo longo e preto preso em um rabo-de-cavalo, com um paletó preto sobre uma camisa de linho imaculadamente branca, com um pouco de cromo subcutâneo no rosto, perceptíveis como circuitos.
Assim que Lucy mencionou “T.”, ela liberou a entrada para eles, dando a cada um uma espécie de crachá digital, onde a palavra “Vip” piscava em neon azul. “Suite B, último andar. Tenham uma excelente noite”. O elevador tinha cheiro de pinho e o ar condicionado chegava a causar êxtase. O chão era mármore espelhado, contrastando com portas de metal esverdeado. Eles nunca tinham pisado em um lugar tão luxuoso assim.
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Foi fácil saber qual era a suíte certa. Porta dupla vermelha, ladeada por dois Yaks com cara de poucos amigos. Quando viram o “vip” em fluxo pulsante, fizeram uma reverência síncrona, como os funcionários do hall de entrada, e abriram a porta.
– Ah! Bom! Equipa chegar! – Dizia Tanaka, apontando para um sofá de couro e oferecendo bebida; não aquela porra que limpava tanto motores quanto intestinos, mas uma bebida adocicada, levemente amadeirada e que descia suave, batia como um coice e te deixava se sentindo como se tivesse um pau/uma vagina de ouro no meio das pernas.
– Pedir desculpas por urgência, mas Michiko-san muito com pressa.
Ele se sentou na ponta, formando uma espécie de L curto com eles.
– Este lugar ser de vocês, por quanto durar trabalho – ele continuou. – Seis quartos. Ser suficiente, acredito. Nós também fornecer mais gente, mais material, se precisar, mas agora acho que perguntas vocês fazerem, né?
Ele virou o que restava da taça de uísque e acendeu um cigarro cor de creme, com tabaco adocicado, que tinha um cheiro que lembrava baunilha. Ele oferece a cada um deles e então continua.
– Sem radiação. Michiko-san precisar dos três, mas não acreditar que uma equipe só conseguir os três. Muitas falhar, mas se os três vocês pegarem, dinheiro todo de vocês!
Ele faz um gesto com as mãos para cima, com um sorriso bobo no rosto, como uma espécie de celebração.
– Ninguém mais saber, até onde nossa sabedoria alcançar. Imperativo manter sigilo, sim. Se alguém mais saber, problema grande para todos nós. Por isso, devo dizer de novo. Extrair artefato sem olhar. Quanto menos saberem, menos problemas. Agora, antes de prosseguirmos para detalhes, eu aqui para responder perguntas em nome de Michiko-san. Se dúvidas vocês tiver, esta melhor hora para falar.
- OFF:
- Hora das perguntas e pedidos. Aproveitem porque os caras estão financiando tudo.
- gaijin386
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- Mensagem nº33
Re: Capítulo 1: Reboot
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- GABC
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- Mensagem nº34
Re: Capítulo 1: Reboot
Pra entender Lucy, basta dizer que ela é o tipo de pessoa que entra em um carro estranho e usa qualquer coisa que encontrar ali dentro. Mas ela também é do tipo ‘trabalho primeiro’, então aceita a oferta da mescalina, mas guarda em seu bolso pra uso futuro; não queria estar doidona e passar a impressão errada para o contratante. Ela então repassa as informações pro grupo e eles seguem até o Konpeki, enquanto engata uma conversa casual com Hô Ly.
Ao chegar no Hotel, Lucy solta um ‘caralho!’ enquanto seu pescoço se dobra pra cima para acompanhar a grandeza – em todos os sentidos – do Konpeki Plaza. Já do lado de dentro ela nem tentava disfarçar o quão impressionada estava ao falar com a atendente. ‘Suíte’, ‘VIP’; ela estava no paraíso. Seguiu respirando bem fundo pra tentar manter aquele ar dentro dos seus pulmões – ainda orgânicos – pelo maior tempo possível. Na porta ela ativa o instinto de combate ao ver a segurança, mas tudo dá certo e eles têm acesso ao interior da suíte.
Tanaka se apresenta e Lucy senta onde lhe foi apontado. Ela não perde tempo em experimentar a bebida ofertada; não que ela não goste do óleo de limpar motor, mas é melhor para ela ter uma vagina de ouro no meio das pernas. Coloca mais ½ dose no copo e bebe novamente, parando por ali. Ela segue concordando com os termos apresentados e depois ouve a pergunta pertinente de sua companheira. Lucy está sentada como um moleque, com as pernas bem abertas e os cotovelos apoiados nos joelhos, mas bastante séria, dando total atenção ao assunto.
- E quem mais tá na jogada? Digo, pra “muitas equipes terem falhado” é porque alguém do outro lado foi bem eficiente. Além de ‘quem’, precisamos saber um pouco mais dos locais em si; você sabe, pra nos prepararmos e tal. Saber onde estamos nos metendo.
Ao chegar no Hotel, Lucy solta um ‘caralho!’ enquanto seu pescoço se dobra pra cima para acompanhar a grandeza – em todos os sentidos – do Konpeki Plaza. Já do lado de dentro ela nem tentava disfarçar o quão impressionada estava ao falar com a atendente. ‘Suíte’, ‘VIP’; ela estava no paraíso. Seguiu respirando bem fundo pra tentar manter aquele ar dentro dos seus pulmões – ainda orgânicos – pelo maior tempo possível. Na porta ela ativa o instinto de combate ao ver a segurança, mas tudo dá certo e eles têm acesso ao interior da suíte.
Tanaka se apresenta e Lucy senta onde lhe foi apontado. Ela não perde tempo em experimentar a bebida ofertada; não que ela não goste do óleo de limpar motor, mas é melhor para ela ter uma vagina de ouro no meio das pernas. Coloca mais ½ dose no copo e bebe novamente, parando por ali. Ela segue concordando com os termos apresentados e depois ouve a pergunta pertinente de sua companheira. Lucy está sentada como um moleque, com as pernas bem abertas e os cotovelos apoiados nos joelhos, mas bastante séria, dando total atenção ao assunto.
- E quem mais tá na jogada? Digo, pra “muitas equipes terem falhado” é porque alguém do outro lado foi bem eficiente. Além de ‘quem’, precisamos saber um pouco mais dos locais em si; você sabe, pra nos prepararmos e tal. Saber onde estamos nos metendo.
- OFF:
- OFF: Lucy quer saber mais dos ‘inimigos’ no serviço e tentar descobrir as condições nas quais deverão ‘lutar’, do que vão precisar em termos de equipamentos e pessoal. Se faltou algo que eu não perguntei aí, ela tem Deduction pra me ajudar rsrs... E se for algo nas ruas, tem um bom Streetwise tb .
- Count Zero
Mutante - Mensagens : 652
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- Mensagem nº35
Re: Capítulo 1: Reboot
– Interessante – cautelosa e analítica, Hô Ly é a primeira a perguntar. – Pode nos dizer algo mais sobre o que estamos buscando? É orgânico ou material? Uma resposta irá mudar o jeito de como lidaremos com isso.
– Hai!¹ Material ser… cromo e silício. Invólucros de proteção. Michiko-san acreditar que invólucros carregam chips de dados; dados muito importantes, valiosos. Dados que a muito tempo acreditaram estar perdidos. Natureza de dados ser de interesse apenas de Michiko-san. Nós não passar do ponto, sim?
Hô Ly sabia agora que, ao menos até onde os Yaks tinham conhecimento, não havia nada que indicasse risco biológico. Lucy, por outro lado, ainda parecia cabreira com algo. Já Xafic não parecia prestar muita atenção na conversa. Ele bebia lentamente, fechando os olhos a cada gole, como se sofresse os efeitos periódicos de um orgasmo que ia e voltava toda vez que ele bebia.
– E quem mais tá na jogada? – foi a vez de Lucy tirar suas dúvidas. – Digo, pra “muitas equipes terem falhado” é porque alguém do outro lado foi bem eficiente. Além de ‘quem’, precisamos saber um pouco mais dos locais em si; você sabe, pra nos prepararmos e tal. Saber onde estamos nos metendo.
O homem ficou visivelmente desconfortável. Ele limpou a garganta e demorou um pouco para retomar a conversa.
– Muitos dos nossos fracassar ao tentar recuperar artefatos… – ele estava reticente, receoso. Uma gota de suor escorria por sua testa enquanto falava. – Artefatos achados em lugares perigosos, violentos. Muitas gangues, mas algo mais…
Ele se levantou e ficou de costas para eles com as mãos para trás, de frente para a janela – claramente não querendo mostrar a preocupação estampada em seu rosto.
– Ah, Hagane no akuma²… – ele disse, por fim, com um suspiro. – Equipe relatar pessoas estranhas. Um deles descrever homem… muito parecido com cyberpsicótico perigoso.
Ele mostra, através de seu agent, uma imagem para o trio. A imagem de um homem de aspecto bizarro.
Ninguém do trio conhecia o homem, mas Tanaka certamente se preocupava com ele.
– Perigos, sim. Mas nós equipar e fornecer tudo o que precisar, além de pagar muito bem, é claro.
– Me pergunto se esses dados valem tanto risco – Xafic disse de repente. Ele estava prestando atenção, no fim das contas. – Me pergunto o que pode ser, para deixar Michiko tão generosa assim.
– Essa é a linha que ninguém cruza – Tanaka falou, sombrio. – Nós pagar bem para o transporte de três artefatos. Fornecer equipamento e pessoal, e tudo mais, mas é só uma missão de transporte. Nada mais.
O silêncio dele era um sinal que aguardava uma confirmação. O trio estava dentro?
- Off - Notas :
[1]: “Sim!”, em japonês.
[2]: Algo como “demônio de aço”.
- gaijin386
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- Mensagem nº36
Re: Capítulo 1: Reboot
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- GABC
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- Mensagem nº37
Re: Capítulo 1: Reboot
Lucy está acostumada a lidar com o pessoal das ruas, onde é tudo branco e preto. Ela não gosta desse ‘cinza’ dos corporativos, essa contenção de informação que eles fazem. É um saco. O Tanaka ali não disfarçava que tinha mais informações, mas segurava até não dar mais. Isso a cansa.
– Ah, Hagane no akuma²… – ele disse, por fim, com um suspiro. – Equipe relatar pessoas estranhas. Um deles descrever homem… muito parecido com cyberpsicótico perigoso.
Tá aí a resposta: a presença de um cyberpsicopata na missão. Drama explicado.
A Solo espera todo mundo falar e tirar suas dúvidas. Ela ainda estava com as pernas abertas, cotovelos em cima dos joelhos como um moleque, apenas pensando nas informações recebidas. Pegar a dianteira, emboscar, não deixa-lo à vontade e, é claro, usar um Microwaver pra desabilitar o máximo de cyberwares possíveis do cara caso a luta encurte.
- Mais uma ou duas pessoas, alguns rifles, munição penetrante e um Microwaver, pra começar. – ela dá uma fungada grosseira – Acho que é isso – diz concordando consigo mesma com a cabeça.
Lucy meio que reforça o que Hô Ly tinha pedido, apenas substituindo o lança-foguetes pelo Microwaver – já que ela não sabe usar armas pesadas e duvida que sua companheira também saiba.
- Então estamos entendidos, sêo Tanaka? Já fizemos o nosso pedido, agora vamos conversar entre a gente enquanto aguardamos as parada chegar. – ela se levanta – Eu preciso dar um mijão, então se não tiver mais nada...
Ela tava louca pra descansar, ver as notícias do massacre na boate e curtir o fucking hotel de luxo. Talvez papear e conhecer melhor sua companheira também.
– Ah, Hagane no akuma²… – ele disse, por fim, com um suspiro. – Equipe relatar pessoas estranhas. Um deles descrever homem… muito parecido com cyberpsicótico perigoso.
Tá aí a resposta: a presença de um cyberpsicopata na missão. Drama explicado.
A Solo espera todo mundo falar e tirar suas dúvidas. Ela ainda estava com as pernas abertas, cotovelos em cima dos joelhos como um moleque, apenas pensando nas informações recebidas. Pegar a dianteira, emboscar, não deixa-lo à vontade e, é claro, usar um Microwaver pra desabilitar o máximo de cyberwares possíveis do cara caso a luta encurte.
- Mais uma ou duas pessoas, alguns rifles, munição penetrante e um Microwaver, pra começar. – ela dá uma fungada grosseira – Acho que é isso – diz concordando consigo mesma com a cabeça.
Lucy meio que reforça o que Hô Ly tinha pedido, apenas substituindo o lança-foguetes pelo Microwaver – já que ela não sabe usar armas pesadas e duvida que sua companheira também saiba.
- Então estamos entendidos, sêo Tanaka? Já fizemos o nosso pedido, agora vamos conversar entre a gente enquanto aguardamos as parada chegar. – ela se levanta – Eu preciso dar um mijão, então se não tiver mais nada...
Ela tava louca pra descansar, ver as notícias do massacre na boate e curtir o fucking hotel de luxo. Talvez papear e conhecer melhor sua companheira também.
- Count Zero
Mutante - Mensagens : 652
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- Mensagem nº38
Re: Capítulo 1: Reboot
» O TRIO «
– Muito bem, então – disse Tanaka, mais animado. – Eu falar com Michiko-san; providenciar estoque. Nós agora deixar equipe se preparar, como Lucy-san pedir.
Não houve qualquer protesto ou ponderação. Nenhuma expressão do tipo “vocês estão pedindo demais”. Ele simplesmente fez um gesto bronco com a cabeça para os outros Yaks e disse algo em japonês. Eles se retiraram do quarto.
– Resto do dia é para vocês planejar, se preparar e descansar. Aproveitar quarto, sim? – ele diz, antes de fechar a porta.
Hô Ly, Lucy e Xafic estavam sozinhos agora.
– Olha, não estou reclamando nem nada – Xafic pontuou –, mas porra, essa merda deve valer muito mesmo para a corpe estar tão generosa assim. Você pediu uma bazuca e o cara aceitou sem pestanejar. Queria mais trabalhos assim. Porra, diz ae, quais as chances de estarmos em um quarto assim de novo?
Nesse instante três mensagens idênticas são enviadas. Os agents de Hô Ly, Lucy e Xafic recebem a mesma mensagem:
“Mastermind oferece algo melhor: 555-7296”
– Mastermind oferece algo melhor? – Xafic repete em um tom de tédio. – Ok, que bosta é essa agora?
» JVJ-24601 «
Ele/Ela estava fumando um cigarro, encarando um luxuoso hotel do outro lado da rua. Só havia asfalto e neon para tudo quanto era lugar. O ar era poluído, mas dava a ele/ela um sentimento de estar livre, leve e solto/solta. Ele/Ela não sabia exatamente o que fazer, tampouco sabia exatamente onde diabos estava, mas sabia que estava fora – fora do chiqueiro da corpe.
Ele/Ela começa a se recordar das últimas duas horas, ainda com aquele doce sentimento de “eu consegui!”. Javert não tinha mentido. De alguma forma ele conseguiu comprometer o nodo da rede com o seu malware. “É hoje”, ele disse. “Esteja preparado/preparada”.
Sinceramente ele/ela estava pensando que era alguma brincadeira de mau gosto dele, ou mesmo algo pior, como uma armadilha para que ele/ela fosse pego/pega e punido/punida. Mas quando ele/ela viu o shell em execução, aquele prompt piscando aceitando comandos como um escravo de joelhos aos pés dele/dela, aceitando qualquer ordem − incluindo matar – ele/ela entrou em choque; um choque bom de adrenalina e poder.
“Não esqueça, o acesso é parcial”, ele/ela lembrou dele falando dos próximos passos. “Assim que entrar pela backdoor você vai ter que escalar privilégios até o nível de operador. Use o meu arquivo no diretório /tmp. Ele se chama r34ap3r". E assim ele/ela o fez. Quando ele/ela executou o script, ele/ela explorou uma vulnerabilidade obscura no firmware desatualizado. Logo ele/ela estava com acesso total. Ele/Ela parou todos os alarmes, todas as defesas. Ele/Ela conseguiu cair fora de lá sem que ninguém percebesse.
Ele/Ela não sabia dizer se já haviam descoberto o desaparecimento dele/dela. Caso sim, eles certamente estarão tentando ocultar – sem alarmes. Se descobriram que Javert teve algo com isso, ele deve estar sendo empalado pelo cu agora – talvez literalmente.
O mais importante agora é: o que ele/ela fará agora que está fora?
- OFF:
- Como é a primeira postagem, ela é considerada livre.
- gaijin386
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- Mensagem nº39
Re: Capítulo 1: Reboot
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- Zireael
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- Mensagem nº40
Re: Capítulo 1: Reboot
Jean tinha uma pequena parte de seu capacete levantada: apenas a parte de baixo, deixando seu queixo a mostra. Ela fumava um cigarro e observava a fumaça subir lentamente. Ainda não acreditava no que tinha feito. Aliás, no que Javert havia feito.
Sentia o cheiro desagradável da cidade e ouvia as vozes de Night City: um carro que passava, com o som ligado nas alturas. Um grupo passando enquanto gritava e caçoavam um dos outros. Um casal que brigava. Som de propagandas de gostos duvidosos. Anúncios de Neurodanças.
Ele tinha os olhos vidrados no hotel a sua frente. Porém, debaixo de seu capacete, estava pensativo. Era um mundo “novo”. Não sabia por quando tempo, mas agora, ele poderia fazer o que quisesse!
Ela deu um leve sorriso. Deveria se hospedar em um hotel? Deveria comprar drogas? – Não. Chega de drogas. Na corpe às vezes o obrigavam a usá-las.
De qualquer forma, era um mundo novo! E agora, era SEU mundo novo! Estranhamente sentiu que aquela cidade lhe pertencia. Que havia um mundo de possibilidades abertas.
“Chum, isso é melhor que a rede!”
Perguntou-se como as pessoas preferiam o irreal àquilo. Talvez, para ele, aquilo era o irreal.
De qualquer forma, decidiu que era hora de parar de filosofar. Jogou a guimba no chão e pisou sobre ela. Deu umas leves tossidas típica de quem não costumava fumar e começou a andar pelas ruas.
Ia na direção do bar mais próximo. Era isso que faziam, não?
Iria ver como era a vida naquela cidade.
Naquela cidade podre. Naquela cidade rica. Naquela cidade perigosa. Naquela cidade convidativa. Naquela cidade que quase não tinha sol em alguns lugares.
“Por conta dos prédios.” – Javert disse a disse uma vez. "Antes, havia uma lei para distância entre prédios. Hoje, é tudo uma bagunça. É tudo um emaranhado de...Gente e merda."
Eraa nesse emaranhado que estava agora. Naquele emaranhado que chamavam de Night City.
Sentia o cheiro desagradável da cidade e ouvia as vozes de Night City: um carro que passava, com o som ligado nas alturas. Um grupo passando enquanto gritava e caçoavam um dos outros. Um casal que brigava. Som de propagandas de gostos duvidosos. Anúncios de Neurodanças.
Ele tinha os olhos vidrados no hotel a sua frente. Porém, debaixo de seu capacete, estava pensativo. Era um mundo “novo”. Não sabia por quando tempo, mas agora, ele poderia fazer o que quisesse!
Ela deu um leve sorriso. Deveria se hospedar em um hotel? Deveria comprar drogas? – Não. Chega de drogas. Na corpe às vezes o obrigavam a usá-las.
De qualquer forma, era um mundo novo! E agora, era SEU mundo novo! Estranhamente sentiu que aquela cidade lhe pertencia. Que havia um mundo de possibilidades abertas.
“Chum, isso é melhor que a rede!”
Perguntou-se como as pessoas preferiam o irreal àquilo. Talvez, para ele, aquilo era o irreal.
De qualquer forma, decidiu que era hora de parar de filosofar. Jogou a guimba no chão e pisou sobre ela. Deu umas leves tossidas típica de quem não costumava fumar e começou a andar pelas ruas.
Ia na direção do bar mais próximo. Era isso que faziam, não?
Iria ver como era a vida naquela cidade.
Naquela cidade podre. Naquela cidade rica. Naquela cidade perigosa. Naquela cidade convidativa. Naquela cidade que quase não tinha sol em alguns lugares.
“Por conta dos prédios.” – Javert disse a disse uma vez. "Antes, havia uma lei para distância entre prédios. Hoje, é tudo uma bagunça. É tudo um emaranhado de...Gente e merda."
Eraa nesse emaranhado que estava agora. Naquele emaranhado que chamavam de Night City.