Marcus Larson

Marcus anda devagar até a geladeira. Ele tinha uma dessas. Eram úteis e a dele era branca. Perfeitamente limpa com um bilhete escrito a mão em um papel amarelo ofensivo. 'Mark, sorria. Você não vê, mas eu vejo.' Ele não sente vontade de sorrir, ele lembra das palavras sendo ditas de novo e de novo em outra vida. Olhando o bilhete como faz todas as noites ele se arruma. Só tinha um espelho e não adiantava olhar para ele. Se preparar para ser visto era mais uma questão de tato. Sentir as roupas. Sentir cada curva e imaginar como seria vista. Imaginar as cores e combinações sem realmente poder ver. Ele gostava de preto e branco para as roupas e detalhes metálicos com um lenço cor de vinho. Era mais fácil assim. Ele se estica por nada além de um costume muito antigo e olha para o espelho vazio. "Marcus Larson um lassombra. Marcus Larson um membro leal da torre de marfim." Ele sorri para o espelho vazio e fecha a porta do armário.

Os passos fazem barulho. Era impossível para ele andar sem ouvir os próprios passos, sem ser consciente de cada movimento. Sem procurar os espelhos. Detratores constantes da sua condição. Ele respira, uma mentira que vinha fácil para ele. Marcus pega o próprio carro dessa vez. Ninguém nunca entrava nele além do lassombra. Ele precisava pensar e seus aliados estariam ocupados conquistando Gary. Transformando suas velhas estruturas em vias expressas que levem Gary para eles. Não seria os únicos. Ele queria ver o pior. O abandonado. Onde já houve grandeza que agora era ruina. Ele iria para downtown Gary. Tinha muito o que ver.

Ele precisava sentir a cidade. Andar suas ruas. Ouvir suas pessoas. Sentir seu cheiro fedorento e esfumaçado.

Marcus para o carro lentamente e pensa na estranha liberdade que tinha. Sebastian deixaria um de seus homens vigiando o carro caro demais para ser largado esperando. Por outro lado ali, até o seu discreto e fosco corolla poderia não estar lá quando ele voltasse. Riscos. Ele se ajeita dentro da própria roupa e recolhe o sorriso falso. Era hora de olhar. Hora de vasculhar as ruinas da história recente de Gary e ver que ratos e larvas estão escondidos ali. A igreja velha e delapidada o chamava e ele iria atender. Tinha estacionado perto, tão perto quanto poderia com alguma descrição. Ele caminhava olhando as linhas retas e imaginando quão útil um lugar desses poderia ser. Não estava tão abandonada quanto ele tinha imaginado.

Marcus para do outro lado da rua e respira. Lembre de respirar. Era um hábito fácil demais de perder. Ele procura um jeito de entrar.

Na véspera da audiência coletiva convocada por Valentina, Marcus decidiu preparar-se. Ele refletiu sobre um bilhete deixado em sua geladeira, um lembrete de uma vida passada. Com a elegância de um verdadeiro Lasombra, ele escolheu suas roupas, preferindo preto e branco com detalhes metálicos e um lenço cor de vinho. Ele praticou a autoafirmação diante do espelho, lembrando a si mesmo de sua identidade e lealdade à Camarilla.

Antes de sair, Marcus reconheceu a inevitabilidade de ser ouvido devido ao som de seus passos. Ele entrou em seu carro, consciente de que a cidade estava passando por mudanças, enquanto seus aliados trabalhavam para conquistar Gary. Ele decidiu explorar o pior da cidade, as áreas abandonadas e em ruínas, para descobrir o que se escondia entre os destroços.

Marcus estacionou o carro e decidiu explorar uma igreja antiga e decadente que o atraiu. Ele estava ciente dos riscos de deixar seu carro desprotegido, mas sua curiosidade o levou a investigar as ruínas e procurar uma maneira de entrar.

A igreja antiga e decadente que Marcus Larson estava prestes a explorar era um edifício que já teve um papel significativo na história de Gary, mas que agora estava em estado de abandono e deterioração. Ela pode ter sido uma vez um local de importância religiosa ou cultural na cidade, mas agora representava apenas um marco de uma era passada, com sua arquitetura gótica ou neoclássica testemunhando um tempo mais próspero.

À medida que Marcus se aproximava da igreja, ele nota as características do edifício, como vitrais quebrados, paredes desgastadas pelo tempo e vegetação crescendo através das rachaduras nas fundações. A igreja podia ter sido abandonada há anos ou décadas, deixando-a à mercê dos elementos e da decadência. Seu interior também devia ser sombrio e misterioso, com o passar do tempo e a falta de manutenção tendo deixado marcas profundas na estrutura.

À medida que ele se aproximava da entrada da igreja, a atmosfera sombria e a sensação de abandono aumentavam, tornando a exploração do interior ainda mais intrigante e cheia de possibilidades. O que ele encontraria lá dentro e que segredos a igreja antiga podia esconder eram questões que só a exploração minuciosa revelaria.

Spoiler:

OFF:  @Wordspinner , pode rolar Percepção+Investigação para dar uma busca nas ruínas da igreja.

Marcus Larson deslizava pelas sombras, suas roupas escuras se misturando perfeitamente com a escuridão que envolvia a cena. Seus olhos penetrantes, refletindo uma luz interna, varriam o ambiente em busca de sinais de vida ou, talvez, algo mais sombrio.

A igreja em ruínas erguia-se majestosa, mas decadente, como um monumento a um passado esquecido. Os contornos góticos, outrora impressionantes, agora se desfaziam em sombras e destroços. O vento sussurrava através das rachaduras nas paredes, carregando consigo os ecos de rezas há muito esquecidas.

O solo irregular da entrada da igreja quase ruindo sob seus pés, Marcus fez uma busca no santuário abandonado. Apenas a luz fraca da lua cheia, trespassando as janelas quebradas, iluminava o ambiente, criando um espetáculo de sombras dançantes nas paredes desgastadas.

O cheiro de mofo e decadência pairava no ar, misturado com um toque metálico de antiguidade. Marcas de rituais passados eram visíveis, pintadas nas pedras gastas do chão. Enquanto Marcus avançava, ele notou inscrições místicas que ecoavam o poder arcano que uma vez pulsou através dessas paredes.

No altar, um restolho de pergaminhos amarelados e livros antigos testemunhava o passar dos séculos. Cada página parecia conter segredos proibidos e feitiços perdidos no tempo. Marcus concentrou sua atenção, procurando pistas que o levassem ao tomo de magia antigo que tanto busca.

O silêncio foi quebrado apenas pelos suspiros do vento entre os destroços e pelos passos silenciosos de Marcus. O ambiente carregava uma tensão palpável, como se as próprias paredes guardassem os segredos do passado. Em meio à escuridão, o vampiro Lasombra continuava sua investigação, ciente de que cada sombra podia esconder tanto perigo quanto revelação.

Mas agora ele sabia que não estava só.

Alguém o observava, oculto em algum lugar onde ele não conseguia ver.

Se era uma armadilha, uma emboscada, uma posta falsa, um espião dos muitos inimigos que ele poderia ter, ou apenas um curioso bisbilhotando, Marcus ainda não sabia dizer.