Vale das Acácias

O Vale das Acácias é uma região do Sul de Minas Gerais, nas encostas da Serra da Mantiqueira, colonizada por bandeirantes paulistas a partir de 1.708 – o Forte de São Acácio de Bizâncio foi erguido naquele ano para servir como entreposto e oferecer proteção aos exploradores. Ao redor do Forte acabou por surgir uma cidade e logo outras emergiram nas proximidades. Assim construiu-se a região que leva o nome de uma família de árvores, mas na verdade deriva da fortaleza original. Cinco municípios compõe o Vale, separados do resto do Estado por uma vasta mata virgem. O maior deles é Acácio, erguido em 1.719 ao redor da fortaleza bandeirante. Possui pouco mais de noventa e sete mil habitantes. As vizinhas possuem a metade deste tamanho. As cidades foram influenciadas pelo Barroco e, devido ao clima mais frio, receberam forte imigração italiana e, principalmente, alemã, dando origem a cidades de arquitetura diversificada. As outras cidades são Nova Bizâncio, Serra Alta de Minas, Sabrina e Pomerânia.

Cidade de quase cem mil habitantes com séculos de idade, Acácio vive do turismo e do comércio – principalmente artesanato e culinária típica.

Inicialmente uma fortaleza bandeirante, Forte de São Acácio de Bizâncio, erguida como base para as expedições à região hoje chamada de Minas Gerais, Acácio cresceu com uma comunidade de colonos colada às muralhas de madeira do pequeno forte, que posteriormente foi reformado para uma construção de pedra sólida que existe até hoje como um monumento turístico que celebra as origens guerreiras e aventureiras da cidade. As antigas casas foram há muito derrubadas, permitindo à natureza vibrante retomar o lugar.

Nota: Esta é a cidade dos personagens, então ela é tratada com mais detalhes. Os pontos de interesse abaixo, assim como as personalidades apresentadas, podem servir como elementos para os personagens se integrarem à Acácio.


Pontos de Interesse

Centro Cultural Anita Montes:

Forte São Acácio de Bizâncio:

Praça da Torre do Relógio:

Loja Maçônica Estrela de Cartago:

Igreja de São Acácio de Bizâncio:

Dark Camarilla Rock Bar:

Endobrás Mineração S/A:

Acampamento Cigano:

Uma vez que o foco inicial dos personagens é a cidade de Acácio, passaremos rapidamente pela descrição das outras, com referências a alguns locais de interesse e algumas personalidades.


Nova Bizâncio



Nova Bizâncio foi a segunda cidade fundada na região e também recebeu seu nome inspirado no Forte. Não possui o apego pela preservação histórica como Acácio e há muitos edifícios mais novos – o povo da cidade se considera arrojado e "vanguardista" e há um interesse geral pelo progresso e crescimento, a despeito de "NB", como é conhecida, ter pouco mais de cinquenta mil habitantes – mas é a cidade que mais cresce em população nos últimos anos. Ao invés de turismo, há uma preocupação em investir em indústria e fábricas, madeireiras e outras atividades estão se tornando mais comuns aqui – incluindo a mineração. Recentemente a Nova Bizâncio Têxteis, uma tradicional fábrica de tecidos, abriu suas ações na Bovespa e espera crescer ainda mais com os investimentos que irá receber.


Serra Alta de Minas


Diferente das outras cidades, Serra Alta de Minas foi erguida no ponto mais alto da região. É mais fria que as demais e quase sempre está coberta por uma névoa fina que lhe dá certo "ar misterioso". Serra Alta recebeu uma pequena colônia estadunidense, um grupo de remanescentes sulistas que perderam a guerra e vieram para o único país do continente que ainda mantinha escravos. Seguindo o exemplo de seus pares de Santa Bárbara do Oeste, em São Paulo, os descendentes daqui começaram nos últimos anos a celebrar sua cultura e inclusive ostentar a Bandeira Confederada – o que já está causando polêmica com o movimento negro e o Quilombo da Lua, uma antiga comunidade formada no século XIX por escravos fugidos, muitos deles das fazendas dos ditos colonos.


Sabrina



Sabrina era um pequeno povoado chamado Tombo de Sabrina que recebeu um forte influxo de imigrantes italianos, principalmente da Calábria. A influência italiana é forte na arquitetura, culinária e cultura em geral, com vários festivais típicos daquela parte do mundo que acabam atraindo o interesse dos cidadãos das cidades vizinhas.

Sabrina Silva e Santos era uma jovem que foi uma das primeiras a viver na região. Em 1.819 ela passava com seu pai em uma carroça quando teria se desequilibrado e caído em um barranco. Bonita e gentil, sua morte causou muita tristeza e pessoas vieram de todo Vale para velá-la. Foi enterrada perto de onde faleceu e um mausoléu foi erguido por ordens de Anita Montes, sua maior amiga. O pai de Sabrina desapareceu pouco tempo depois – alguns acreditam que foi embora por não suportar a dor e outros até que se suicidou em algum lugar na mata.

Ao redor do mausoléu surgiu um cemitério e o povoado próximo passou a ser conhecido como Tombo de Sabrina. Começaram a surgir histórias de milagres atribuídos à jovem, que é agora conhecida como "Santa Sabrina", embora o processo de beatificação ainda esteja correndo no Vaticano. No início do Século XX as pessoas já se referiam à cidade somente como "Sabrina" e a Câmara dos Vereadores, após consulta pública, alterou o nome para esta forma.


Pomerânia



Enquanto italianos colonizaram Sabrina e estadunidenses foram para Serra Alta, a cidade de Pomerânia foi fundada por um judeu chamado Wolfgang Freud que chegado ao Brasil comprou um grande terreno, loteou e vendeu para colonos conterrâneos a preços baixos. Ele batizou o assentamento como "Pomerânia" em homenagem à sua terra natal. Morto em 1.902, foi enterrado na cidade que fundou – hoje é lembrado em bustos e o dia de sua morte é feriado municipal.

Pomerânia mantém várias tradições daquela região da Europa que é dividida entre Alemanha e Polônia, inclusive a preservação do idioma que ainda é passado de pais para filhos. As duas principais festividades são a Osterfest (Festa da Páscoa), celebrada na data em questão, e a Oktoberfest, no início de outubro.