Scylla Cáli

Tønsberg

O inverno tinha sido rigoroso em Tønsberg, chegando até isola-los completamente por alguns meses por causa da neve espessa que caia sem parar noite e dia. Mas isso não era novidade para as pessoas que viviam lá, elas já estavam acostumadas com isso e sabiam muito bem sobreviver com isso. Agora, á aproximadamente três semanas do Solstício de verão, as temperaturas começaram a subir, e alguns comerciantes começaram a visitar a vila de forma mais tímida.

Mas não se engane, mesmo no verão as temperaturas seguem bem baixas em Tønsberg. Todos os cidadãos da vila usavam suas roupas de pele dos mais variados animais, para se proteger do frio intenso. E era assim que Scylla se encontrava na pousada Ganso Manso, mesmo com a lareira acesa, não era necessária trocar de roupa. Scylla sempre oferecia suporte médico aos viajantes que chegavam, e era bem comum eles necessitarem, já que um estrangeiro não saberia andar pela neve como um Tønsbergiano. Porém, com a chegada dos comerciantes para vender a produção do inverno do resto do reino, Scylla tinha que ajudar também como uma garçonete, servindo as mesas e anotando pedidos.


O dia seguia normal, com o movimento um pouco acima do comum, quando dois homens adentraram a passos apressados para dentro da pousada. Scylla de longe viu que suas roupas eram finas, e erroneamente modificadas para suportar o frio. Eles correram para perto da lareira, com certeza estavam quase congelando lá fora.

- Finalmente! Alguma fonte de calor! *Dizia um dos dois, com uma voz trêmula*

Eles ficaram um tempo em frente a lareira, e depois procuraram a mesa mais perto dela para se sentar. Quando Scylla foi atende-los, eles pediram um prato da comida mais quente que tinham, e Scylla ordenou a cozinha dois ensopados de foca, acompanhados de duas canecas de hidromel. Ao chegar o pedido, um dos dois olhou com espanto para a comida.

- Pelos deuses.. O que é isso?!?

Scylla continuou servindo os demais visitantes da pousada. Mas os dois não paravam de conversar entre si, e talvez por estarem com o ouvido afetado pela tempestade de neve, falavam baixo, mas num tom que Scylla conseguia entender em partes o que falavam.

"Cara, devemos ter .... Muita merda.. Porque nos mandaram ... Lugar?"

"Não sei o que fizemos, mas com certeza ... nos ferrar. Mandaram ... pra congelar aqui."

"E a comida nem é boa."

"Vamos terminar ... e já resolver isso. Quanto antes ... antes saímos daqui."

Os dois rapidamente terminaram sua refeições rapidamente, a pagaram sem demora, e saíram do estabelecimento. Não demorou muito, e Scylla ouviu um barulho estranho vindo do lado de fora. Era mais uma vez os dois viajantes descontentes. Eles estavam a frente da estátua de Ulrik Thömmen, o último Rider de Tønsberg. A estátua ficava no centro da pequena praça central, e consistia de Ulrik com seu machado, montado em seu dragão. Os habitantes de Tønsberg usavam essa estátua como fonte de calor também, colocando gordura de foca dentro da cabeça de Ulrik e da boca de seu dragão, fazendo sair fogos pelos olhos do Rider e pela boca de sua montaria. O que era irônico, já que o dragão de Ulrik era um dragão de gelo.

Um dos viajantes descontentes tentava tocar uma pequena corneta, mas o frio extremo impedia que ele tivesse a coordenação correta para tocar a soneta de forma certa. Ele fez algumas tentativas até que o seu companheiro retirou a corneta dele, o impedindo de continuar. Pelo menos tinha chamado a atenção de todos, e parecia que era o que eles queriam. O segundo viajante então tirou dentro de suas vestes um panfleto, e com uma voz trêmula, começou a ler em tom alto.

- - Cidadãos de todo o reino de Nilfhein, a Rainha Astrid II e a Rainha dragão Sheea vem, por meio deste comunicado, informa-los que uma nova ninhada de ovos, muitos deles proveniente da própria Rainha Dragão, estão prontos para serem chocados. E para isto, convocamos todos os jovens de 14 a 20 anos de todo o reino para que compareçam a Capital no Solstício de verão, onde poderão tentar a sorte para encontrar o ovo certo. Uma nova geração de Riders está por vir!

Estava claro que o recado era para ter sido lido em uma empolgação bem maior do que ele lera. Mas o recado tinha sido dado. Scylla viu algum jovem ou outro comemorar de alegria, só para ser repreendido pelos pais. O pessoal de Tønsberg era meio carrancudo e não mostrava muito suas emoções. Alguns velhos até rabugentavam nos cantos. Depois de Ulrik e seu dragão morrerem, a vila tinha sido visitada por Riders pouquíssimas vezes, deixando a mesma a mercê dos perigos das florestas congeladas. Scylla mesmo nunca tinha visto um dragão pessoalmente.

Os viajantes tinham mais panfletos, que provavelmente eram para distribuírem entre os moradores, mas eles não estavam afim disso, deixando a pilha de panfletos aos pés da estátua.

Quando Scylla conseguiu alcançar os dois viajantes, os dois já estavam terminando de arrumar seus cavalos, que pareciam estar a ponto de morrerem congelados. Eles tinham colocado uma espécie de manta e cima dos animais, mas aquilo não tinha resolvido muita coisa. Ao ouvir a voz de Scylla, o viajante de cabelos morenos parou o que estava fazendo e virou-se para ela, ao ver o rosto de Scylla e sua cicatriz semi-escondida pelos cabelos, fez uma expressão de espanto. O loiro nem se deu ao trabalho de parar o que estava fazendo.

Ouvindo o que Scylla tinha a falar, o viajante moreno soltou uma breve risada, e com escárnio, disse:

- Haha!! Mais algum lugar para ir?!? Você acha que tem mais algum lugar pra ir além desse fim de mundo? Já fomos em todos os lugares possíveis, agora só temos que voltar.

O outro viajante, já em cima de seu cavalo, disse, com uma voz mais firme:

- Nós somos Soldados da capital, minha jovem. Não precisamos de ajuda para sair daqui. Se encontrarmos alguma criatura que cruzar nosso caminho, nós a matamos. *Virando para seu companheiro, ele diz* - Vamos, não temos tempo para esperar ninguém.

Não teve tempo de Scylla dizer quase nada, em instantes os dois já estavam cavalgando para longe da vila, seus cavalos trotando com dificuldade.

Cabisbaixa, Scylla voltou para a pousada, afim de arrumar suas coisas e partir em viagem. Ao adentrar na pousada, Salomon, o dono da pousada em que trabalhava, estava a sua espera.

Salomon:

- Scylla! Estava esperando você voltar. Não podemos perder muito tempo aqui.

- Você sabe que eu tenho muito apreço por você, desde que seus pais morreram, e que você foi gravemente ferida, me senti responsável por você assim que você apareceu aqui na minha pousada oferecendo seus serviços. Esse anúncio é muito bom, e Tønsberg não tem um Rider a muito tempo.. Temos que levar o máximo de jovens nosso possível, para termos mais chances..

- Mas não é atoa que quase não temos Riders daqui.. Esses trouxas deixam para nos avisar muito em cima da hora, o Solstício é daqui três semanas e dois dias, é quase impossível chegar a pé na capital nesse tempo... Por isso, tenho uma surpresa para você.

Ele te leva para os fundos da pousada, onde tinha uma espécie de estábulo para a montaria dos viajantes.

- Esse é um dos meus Yaks, não são tão rápidos como cavalos, mas compensam na força e na habilidade de andar na neve. Eles também não sofrem com o frio. Use ele para ir para a Capital, mas venda ele antes de sair da floresta de Vergheim. Ele não suportará o calor fora da floresta.. Com sorte você chegará a Capital em duas semanas e meia ou três semanas.. Mas tem que sair daqui imediatamente.

Yak:

Ao sair da pousada, Scylla viu vários grupos de jovens, uns pequenos, outros maiores, outras em duplas, e alguns sozinhos, todos já saindo da vila em direção a Capital. Muitos estavam apé, e outros estavam com Yaks, bastava Scylla decidir se juntar a um grupo ou ir sozinha.

Scylla tentou convencer outros viajantes a viajarem junto com ela, mas Scylla não era tão carismática quanto necessitava para aquele momento. E o povo de Tønsberg também não tinha um histórico dos mais receptivos. Muitos já tinham partido, não querendo perder tempo. Outros já tinham seus grupos definidos, e não queriam mais alguém para atrasar sua comitiva.

Mas tiveram o que estavam abertos a se juntarem para ir juntos até a Capital. Scylla conversou com o casal de irmãos de 17 anos, que estavam juntos dividindo um Yak, também encontrou um grupo de três jovens de 14 anos, todos apé. E por fim, um jovem de 20 anos que, montado no Yak, que guiava quatro jovens mais novos e inexperientes que estavam a pé.

OFF: Pode escolher qual grupo escolheu, ou se quiser, pode juntar mais grupos, porém, quanto mais pessoas, mais lento fica a caminhada. A partir daí, continuo sua postagem.

Scylla se ofereceu para acompanhar o casal de irmãos para a Capital. Bjorn, o irmão mais velho, aceitou na hora, sem nem ouvi direito quando Scylla falava de suas qualidades.

- Venha, vamos conosco, é sempre bom ter mais um conosco, e além do mais, você está de Yak, não vai nos atrasar. Esses que estão se aventurando indo a pé, só vão chegar a tempo na Capital em sonho!

O garoto era forte e estava bem animado. A irmã era mais nova, da idade de Scylla, parecia mais tímida, mas não deixou de acenar para Scylla educadamente.

Bjorn:

...

A jornada começou, e os dois Yaks seguiram neve a dentro, descendo as enormes montanhas de Tønsberg. Não demorou muito para deixarem os viajantes que estavam a pé para trás, ficando apenas alguns metros de outros grupos de Yaks.

A estrada principal que marcava a saída (ou entrada, dependendo da onde você estiver vindo) de Tønsberg já havia sido uma boa estrada para comerciantes, mas séculos e séculos de nevascas e sem quase nenhuma manutenção nesse tempo fizeram a tornar bem tortuosa, e estreita em alguns pontos. De modo que os inúmeros Yaks que estavam ali presentes tinham que as vezes esperar sua vez de prosseguir.

Isso deixou o caminho mais lento, e o frio gelado batendo no rosto não ajudava. Scylla foi percebendo que Bjorn foi ficando impaciente. Até que ele conduziu o seu Yak para perto do de Scylla, e disse, tão silenciosamente que ela quase não ouviu.

- Venha, me siga discretamente, vamos por um outro caminho, esse aqui ta lento demais.

Sem muito o que fazer, Scylla o seguiu, adentrando em uma nova trilha, muito densa no começo, obrigando Scylla abaixar a cabeça para não bater nos troncos das árvores, mas logo o caminho se abriu, e a jovem ruiva se viu num ótimo caminho e longe da multidão.

- Eu e minha irmã herdamos o ofício de meu pai, e constantemente viemos por estas bandas caçar para levar carne para a vila. Ainda estamos aprendendo a caçar e as diversas trilhas no meio da floresta, mas essa aqui meu pai já havia nos mostrado. Com sorte sairemos dela para a estrada principal a alguns quilômetros na frente desse pessoal.

O campo branco se estendeu por um bom tempo, sendo neve e arvores cobertas da mesma neve, a única coisa que Scylla viu por uma hora. Porém, depois de um tempo, passaram por uma árvore quebrada de uma forma.. Estranha. Scylla percebeu que Bjorn também avistou a árvore, mas o menino não disse nada. Porém, as coisas começaram a mudar, e o cenário de uma pequena destruição começou a aparecer.

Pedaços de madeira quebrados, mais árvores quebradas, a neve do chão toda remexida, em alguns lugares até mostrando a terra por baixo..

- Estanho, alguém passou por essa trilha recentemente, ela não estava assim ontem..

O jovem nortenho continuou em frente, mesmo vendo o estado de destruição que via a frente. Até que Scylla enxergou mais a frente algo que chamou mais a atenção. Sangue. Estava todo espalhado num ponto concentrado a frente, fazendo a neve se tornar rosa. Ali tinha uma grande poça de sangue, mas podia ver que o dono desse sangue tinha continuado, pois a trilha agora estava marcada por vários pontos vermelho/rosa, seguindo trilha a frente..

Scylla viu que Bjorn não tinha intenção de parar por ali, ele estava instigado a saber o que era que tinha causado ali, mas Scylla tinha duas opções, ou seguir com os irmãos, ou voltar pelo caminho da trilha, até pegar o caminho principal de volta.

Bjorn respondeu rapidamente a nortenha ruiva:

- Se continuassemos com o pessoal, só chegaríamos a tempo por um milagre. E se voltarmos todo o caminho que fizemos, só vai nos atrasar mais ainda, não temos mais volta. Ademais, de que adianta chegar atrasada na Capital? Se chegar depois do solstício de verão, não poderá escolher um ovo, e consequentemente sua viagem tera sido em vão.

Scylla faz um apelo para a irmã, que até tenta, num pedido timido, convencer um irmão, que logo a recusa. Ela faz um movimento com a cabeça para Scylla como se dissesse "Eu tentei".

Off: Você não me decidiu se vai continuar ou não com eles, então não vou continuar contra sua vontade, me avisa no OFF se quer continuar ou não, que eu posto a continuação.. Se quiser ainda tentar convencer o Bjorn, pode postar aqui

Scylla, vendo que não teria como voltar mais, decide então seguir com os irmãos trilha a dentro, o rastro de sangue e destruição só vai aumentando conforme os Yaks iam avançando. Em um determinado momento, a trilha de sangue se transforma em duas, indo uma para cada lado. Uma trilha menor, e outra maior. Scylla percebeu que Bjorn seguiria a maior trilha de sangue, que provavelmente seguia o mesmo caminho que o grupo de jovens aventureiros deveria seguir. Mas a irmã do nortenho percebeu um barulho vindo do meio da mata, na direção da menor trilha.

O barulho não era ameaçador, parecia mais que alguém os observava, então nenhum dos três viajantes tiveram medo em seguir o som. O sangue os guiava por dentre as espessas árvores, até chegar ao seu destino:

Era um dos soldados que Scylla tinha visto no começo do dia, estava caído no chão, suas roupas rasgadas, e grandes feridas abertas no peito e rosto, uma poça de sangue brotava debaixo dele, e apesar de ele estar aos pés de uma árvore, a neve ja tingia seus cabelos e cílios. Uma pequena centelha de vida ainda restava no soldado.

Spoiler:

- Maldito Lugar..

Ele ainda murmura em seus últimos suspiros, seu olhar estava vago, e Scylla não sabia dizer se ele precebera a chegada dos jovens ou não. Sua boca já estava roxa, assim como a ponta de seus dedos, e ele estava pálido como a neve. Ele já estava ali agonizando provavelmente por muito tempo.

Seguiu em direção ao moribundo, tentou ajuda-lo da melhor forma possível, dado a situação percebeu que ele estava no final de sua vida, poderia usar sua magia para amenizar a sua dor, mas pelo visto ele já estava congelado e entorpecido pela dor.
Encarou a jovem que a seguia com preocupação sem entender direito o que estava acontecendo analisava as feridas do homem para ter uma noção do que poderia ter atacado ele. depois de terminar de averiguar seguiria para o mesmo caminho que os irmãos tomaram.
Reforçou que deveriam tomar cuidado, pois ela não estava gostando daquela situação e da forma que encontraram o soldado morto e quase despedaçado.


OFF; Usar magia de cura nele é perda de tempo? Acho que ele tá além da salvação, mas se der eu queria usar já para saber mais sobre o que realmente aconteceu, se não der seguirei os irmãos alertando que andar assim despreocupadamente era muito perigoso.

Scylla desce do seu Yak e vai até o guarda moribundo, ela percebe que usar sua magia de cura seria desperdício, a morte já havia chegado para aquele guarda, só estava dando um tempo para ele. Bjorn e sua irmã ficam montados no Yak deles. Ele podia ter morrido, mas Scylla, com seus conhecimentos, poderia pelo menos determinar o que o havia matado, ou tirar alguma pista útil.

Mas a nevasca provavelmente tinha encoberto muitos indícios, e Scylla não conseguiu acurar com exatidão o que tinha acontecido. Além do mais, toda aquela situação estava bem confusa. Scylla primeiro analisa os ferimentos do guarda, os mesmos eram bem característico de garras, relativamente grandes, masela não soube dizer de qual fera.

Mas o que mais intrigava, era que o soldado estava somente com as roupas de verão. Aquela espessa roupa que Scylla o vira usando em Tønsberg não estava com ele, e nem por perto. Scylla também vê que todos os seus pertences não estavam com ele, não tinha nenhuma arma, dinheiro, anéis, cantil de água, nada. Até as botas do soldado não estavam com ele. Porém, analisando os rastros de sangue até  o local, era evidente que ele se arrastou até o local para morrer debaixo de uma árvore pelo menos. Então, se ele foi roubado não foi naquele local.

Scylla não sabia dizer se os ferimentos e os roubos foram no mesmo momento e praticados pelo mesmo ser. Porém de fato, não se tratava apenas de bandidos na floresta, ou de uma fera qualquer.

Após inspecionar o corpo voltou sua atenção ao casal de irmãos.

-Devemos retornar, não é seguro andar por aqui, a pessoa morta ali, tem ferimentos de garras, fora isso alguém roubou todo o equipamento do morto, então eu não se dizer se ele foi atacado por alguma criatura selvagem ou por outra pessoa montada em alguma criatura....
Ela subiu na sua montaria e esperou a decisão dos irmãos, para seguir com eles rumo ao seu destino, ficar parada ali junto ao defunto poderia ser perigoso, provavelmente o corpo chamaria atenção de outros predadores do local em busca de alimento.


OFF: Ver o que eles vão fazer e seguir com eles.

Ao ouvir Scylla pedir mais uma vez para voltar, Bjorn já se preparou para contestar mais uma vez. Mas ao ver o ferimento de garras no peito do soldado moribundo, sua voz foi bloqueada na garganta.

- Se volt..... Ok.. Vamos voltar.

Eles esperam Scylla montar de novo em seu Yak, e voltam pelo caminho de onde vieram. A neve tinha voltado a cair, e apesar de não estar tão forte como costuma ser, ainda atrapalhava a vida dos viajantes. Scylla não sabia ao certo se conseguiam voltar pelo mesmo caminho, já que a neve caindo tinha apagado seus rastros. Pela cara de Bjorn, nem ele sabia ao certo se estavam realmente voltando, mas mesmo assim ele seguia confiavelmente. Porém, ao virarem um conjunto de árvores, Bjorn parou bruscamente. Scylla logo viu do que se tratava.

Do outro lado da clareira, uma enorme fera se alimentava do que restava do cavalo morto do soldado encontrado morto anteriormente. O equino já se encontrava pela metade, com a outra metade com apenas ossos retorcidos e algumas carnes ainda presas a eles. A fera logo levantou seus olhos.


Se tratava de um Lobo Gigante das Neves. Um predador solitário das montanhas congeladas, com dois metros de altura e duas caudas. Suas garras eram afiadas, e suas presas, enormes. Este em particular estava muito ferido, vários cortes e feridas se extendiam pelo corpo todo, e uma espuma vermelha caía de sua boca. Mesmo com sua respiração ofegante que fazia pequenas nuvens se formar em frente a sua boca, a fera os olhava com um olhar raivoso e faminto.


- Merda..

Scylla ainda ouviu a voz quase instinta de Bjorn, que também encarava a fera, mas com olhos esbugalhados.