- INTRODUÇÃO:
- O NORTE DA EUROPA EM 2107
- Com o inicio do novo século marcado pelos capítulos finais de um brutal conflito entre Finlândia e Nova Rússia — ou Rússia Ocidental, fundada após a separação do território da antiga Rússia em duas nações diferentes em 2084 — e o crescimento exponencial de mudanças climáticas gerando números recordes de catástrofes naturais, os países do Norte Europeu viram suas economias colapsarem e seus índices de fome subirem de forma sem precedentes. Nos primeiros anos seus invernos pareciam ser mais curtos porém mais letais, com o frio causando mais danos a cada ano, até o momento em que parecia não haver mais estações do ano. O mar, o céu, a terra e a própria vida se tornaram imprevisíveis.
- Em fevereiro de 2102, a Suécia sofreu com o que àquela época pareceu ser o inicio de uma violenta revolta popular, incitada por grupos que responsabilizavam a suposta carência de capacidades do atual governo pelo males que recaiam sobre a população. No final daquele mesmo mês, uma tentativa de golpe de estado foi executada por membros do próprio exército com suporte de poucos cidadãos armados e supostamente também alguns mercenários. O golpe não se concretizou, mas resultou em diversas mortes e na execução de pena de morte para os arquitetos do atentado que foram capturados.
- Durante os últimos meses de 2102, remanescentes dos grupos militares que haviam tentado a derrubada do governo começaram a firmar pequenas organizações armadas e com poucas ligações entre si, com exigências e métodos de atuação diversos, gerando um novo pico de criminalidade no país. O governo oficialmente os categorizou como organizações terroristas ainda naquele mês. No final daquele ano, o então Presidente do Parlamento do país renuncia ao cargo em decorrência dos desastrosos acontecimentos. A decisão aplaca em parte a ira dos segmentos mais extremistas da população e sinaliza a tomada de um novo rumo para o país.
- Em abril de 2104, acontece a queda do governo da Finlândia. O país, extremamente fragilizado pelos anos de conflito com a Nova Rússia e sem poder contar com o suporte de outros países durante o cenário apocalíptico dos últimos tempos, teve boa parte de seu território tomado pela barbárie de seus próprios cidadãos até o absoluto colapso do estado. O acontecimento repercutiu entre os povos vizinhos como um alerta, instaurando o medo e a desconfiança pelos próximos anos.
- Entre maio e agosto de 2105, o governo da Suécia firma relações e acordos com empresas e organizações, como a Nasper Company e a Kroton Group, que passam a oferecer suporte para a população do país em diversas frentes, gerando alguns empregos, mas principalmente fornecendo tecnologia e recursos. O fim do ano é marcado pelo crescimento da confiança e o melhor índice de aprovação do governo desde o inicio do século.
- Em julho de 2106, críticas acerca da suposta dependência do governo com relação a organizações privadas ganham força na opinião popular, principalmente por conta de denuncias de abuso de poder por parte dessas organizações em certas regiões do país. Nessa mesma época, alguns grupos armados com raiz na tentativa de golpe em 2102 começam a ganhar notoriedade novamente.
- No inicio do ano de 2107, o clima na Suécia é de extrema incerteza. A população se encontra dividida entre aqueles que apoiam as relações do governo com as organizações privadas como a Kroton e aqueles que enxergam a situação com preocupação — ou, em alguns casos, até desprezo. E também há aqueles que apenas não possuem tempo de formar uma opinião pois precisam sobreviver. Em segundo plano, a crescente vinda ilegal de refugiados da antiga Finlândia causa temores.
- Com o inicio do novo século marcado pelos capítulos finais de um brutal conflito entre Finlândia e Nova Rússia — ou Rússia Ocidental, fundada após a separação do território da antiga Rússia em duas nações diferentes em 2084 — e o crescimento exponencial de mudanças climáticas gerando números recordes de catástrofes naturais, os países do Norte Europeu viram suas economias colapsarem e seus índices de fome subirem de forma sem precedentes. Nos primeiros anos seus invernos pareciam ser mais curtos porém mais letais, com o frio causando mais danos a cada ano, até o momento em que parecia não haver mais estações do ano. O mar, o céu, a terra e a própria vida se tornaram imprevisíveis.
22 de Fevereiro de 2107
Värmland, Suécia. Fronteira Noruega–Suécia
Värmland, Suécia. Fronteira Noruega–Suécia
O barulho do primeiro disparo rasgou os sutis sons da vida animal e das folhagens como um estrondoso trovão surgindo de surpresa em um céu limpo. Depois houve um curtíssimo instante de silêncio, tempo que poderia ser usado para que todos assimilassem minimamente o perigo, e terminou interrompido por um segundo disparo, um terceiro e um quarto. Em poucos segundos parecia haver uma guerra acontecendo poucos quilômetros abaixo na direção da represa hidrelétrica, e logo ouvia-se com mais clareza os sons dos animais correndo na direção oposta a dos tiros e os pássaros levantando voo das árvores rumo aos céus, mesmo que não fossem os alvos dos tiros.
No topo da colina floresta adentro, consideravelmente distante do conflito que se desenrolava na represa, Flora testemunhava o inicio de um acontecimento que poderia ter diversas consequências preocupantes para um número massivo de pessoas.
A represa hidrelétrica em questão era a fronteiriça Grand Källa, ponto central daquela que atualmente era a condição de maior tensão no país e região, envolvendo também cidadãos de outras nacionalidades. Com inicio há apenas algumas semanas atrás, toda a situação foi desencadeada pela ocupação da represa por forças terroristas/rebeldes e a tomada de sessenta e oito reféns em um primeiro momento. A ação interrompeu a geração de energia para cidades e vilarejos da área em forma de protesto contra a presença da Kroton Group em alguns locais da região. A exigência era uma ação por parte do governo Sueco para cessar as atividades da organização estrangeira por ali, alegando abusos por partes destes. A situação logo se tornou um pesadelo politico para o governo que sofria com pressão da Kroton Group e associados para que a situação fosse resolvida rapidamente, e do outro lado havia a pressão da população que certamente reagiria caso as vidas dos reféns não fossem priorizadas.
Alguns dias atrás, a primeira escalada dessa tensão ocorreu por conta de uma tentativa fracassada de retomar a represa realizada por forças mercenárias da Kroton Group, que agiram militarmente e sem autorização naquele ponto que era fronteira entre Suécia e Noruega. A ação, principalmente por ter fracassado, piorou em muito a situação e dividiu fortemente a opinião popular. Em resposta a isso, apenas três dias atrás o grupo terrorista agiu tomando mais reféns nas proximidades da floresta do lado Sueco da fronteira. O problema é que entre esses novos reféns, muitos eram jornalistas cidadãos de outros países do mundo, o que deu ao conflito contornos internacionais.
Agora, na manhã daquele dia frio e com ventos fortes, o conflito parecia finalmente ter estourado e sido levado ao seu ápice. Os detalhes sobre o que havia causado isso ainda eram incertos uma vez que as narrativas só seriam divulgadas após o fim de tudo, mas era sabido que, de acordo com notificações oficiais do governo na última noite, os terroristas planejavam começar a execução de reféns. E essa era a justificativa mais plausível para a ação militar que estava acontecendo naquele momento por parte das forças suecas em conjunto com a Kroton Group, contra os terroristas que tinham reféns na represa.
Em jogo estavam várias vidas humanas, a geração de energia para milhares de pessoas, a opinião pública e internacional, mas também a própria existência da represa, que caso fosse comprometida poderia causar um desastre ambiental sem precedentes.
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- OFF:
- E começamos!
@ayana qlqr dúvida é só dar um toque. Pode agir livremente que causar teste peço depois.
Como fiz nos outros jogos, na introdução coloquei um contexto geral do país/região, é só informação "relevante" que o personagem já tem conhecimento.