Nine rings,
Nine kings,
One dies,
One reigns,
Bright Flame kills Dark flame,
But they are not the same?
Nine kings,
One dies,
One reigns,
Bright Flame kills Dark flame,
But they are not the same?
O caminho de volta
Olhava as nuvens no céu lentamente sendo carregadas pelo vento como se tudo o que acontecesse abaixo não tivesse a menor importância. Haldreth sentiu uma sensação de paz enquanto estava sentado próximo a margem do rio cinzento. Havia depositado a sua espada na grama do chão ao seu lado, ainda tinha uma estrada pela frente rumo a Tharbad, recentemente retornara das suas viagens no sul da terra media.
Não deixou-se perder no descanso, levantou-se e pôs-se a andar. Seu rumo era claro a cidade de Tharbad, o rico entreposto entre Gondor e Arnor, dali o seu destino abria como um mar de possibilidades. Para onde iria? Voltar para sua casa lá perto de Charneca Etten ou ficar em algum lugar trabalhando até criar coragem para encontrar seus pais novamente?
Olhou os pastos dourados de Minhiriath balançando com o vento e sua mente começou a se perder novamente na paisagem. Suas viagens nas terras de Gondor sul o fizeram cansado, apesar de jovem, dentro de si sentia o peso das batalhas enfrentadas nas terras do carvalho e da oliveira. O seu coração desajava ver pisar no povoado onde nascera e crescera. Queria ouvir canções no fim da tarde de sua mãe e as historias engraçadas contada pelo seu tio. Achava que a vida da espada e guerra era gloriosa, porém se enganara. Era algo vazio e vão se não tivesse um motivo justo para faze-lo, o seu orgulho simplesmente não era suficiente para preencher o vazio de estar numa terra distante e defendendo um lugar que mal criara raizes. Em contrapartida a sua teimosia também o impedia de ir diretamente para casa se entregar tão facilmente para seu pai, ainda se lembrava do discurso dele:
“Você não deveria ficar se preocupando com glorias perdidas do passado e tentando ser aquilo que a sua realidade não lhe exige. Sua vida é aqui cultivando tudo o que cresce como as arvores e as plantas. Procurar gloria em batalhas distantes em busca de um renome não condizente com só lhe irá fazer miseravel”
A memoria caiu como um raio na sua cabeça, certamente ainda era muito cedo para voltar para sua casa, concluiu.
Dias depois já na instalado num estalagem nas proximidades da cidade de Tharbad Haldreth conversava com o estalajeiro local sentado no balcão.
- Você disse que tava lá no sul pra além de Gondor?
- Sim o principe de Ithilien começou a colonizar as terras ao sul do delta do Anduin. Fui para lá para proteger as novas terras do principado da invasão de Haradrins e Homens de Umbar – Explicou Haldreth depois de tomar um gole da cerveja e botar o caneco no balcão – tinha alguma coisa além dos haradrins naquela terra. Eu não sei dizer, era uma especie de sombra, nas noites que fiquei de vigia nos campos podia ouvir sussuros no limiar da minha audição e sombras pareciam se mover de forma estranha entre a luz da fogueira e da escuridão,pode ter sido algo que os nossos antepassados enfrentaram o inimigo lá na terra das sombras.
Não seja tão exagerado, o que quer que for os nossos antepassados derrotaram lá no sul está morto e enterrado – continuou a limpar o balcão o estalajadeiro.
Era tarde lá fora e a hospadaria estava vazio. Haldreth descanva da sua viagem de Lond Daer até ali nos arredores de Tharbad.
- Você não tá me escutando tinha muitos homens experientes que encaravam haradrins e Umbarianos sem piscar os olhos, mas em determinadas noites se recusavam em ficar de vigia nos campos na fronteira oriental da colonia. Algo fora do comum estava naquelas terras, alguns locais diziam que um espirito almadiçoado circulava por ali. O chamavam de o mestre de muitas portas, pois ele abria qualquer porta trancada e levava muitas pessoas embora para nunca serem vistas de novo, especialmente crianças.
O taverneiro fechou o rosto em desgosto com o que Haldreth falara, afinal trazia más ideias a sua cabeça.
- Eu pensava que seres ruins assim tinham desaparecido há muito tempo atrás, ainda bem que aqui no norte nós temos paz.A quanto tempo não ouvimos falar de orcs por aqui?
- Acho que só nas montanhas da nevoa mesmo, eu mesmo nunca soube de nada lá na terra dos meus pais, mas também estou a muitos anos distante da minha terra natal.
Nesse momento Haldreth ouviu um barulho de cavalo fora da estalagem, foi possível ouvir também o som de descendo no chão. Logo depois um homem vestindo um casaco de cor castanho e uma capa verde musgo.
- Petrus? Que coincidencia você por aqui – Afirmou surpreso Haldreth.
O homem era esguio com cabelo escuros e uma feição calma porém profunda. Ele ajeitou a sela do cavalo e deu um tapinha amistoso no pescoço de sua montaria. Finalmente se virou para Haldreth.
- Meu negocios me trouxeram para cá. Pensei que você voltaria para a casa de seu pai – respondeu Petrus.
- Eu estou descansando da viagem e avaliando minhas opções não sei se quero ver meu pai e minha mãe ainda.
- Hum... não deveria fugir assim dos seus pai, ainda mais contando os anos que ficou distante. Devem achar que já está morto – ele olhou ao redor – vamos entrar não gosto de ficar conversando do lado de fora, Arnor não está tão segura quanto todos imaginam podem ter espiões por aqui.
Hadreth ia responder mas Petrus indicou para que entrassem na taverna antes.
Com isso os dois retornaram a taverna e sentaram numa mesa mais distante do balcão. O taverneiro pareceu ter perdido o interesse na conversa que tivera com Haldreth e agora voltara a suas atividades normais no lugar.
Assim que se sentaram Haldreth foi logo perguntando:
- Como assim Arnor não está tão segura quanto pensamos? Você sabe de algo?
- Enquanto você voltava pro norte eu viajei por vários lugares e com conversei com alguns velhos conhecidos ali por Calenardhon. Anões que vinham descendo de Khazad-dûm, eles me contaram a historia de muitos de seu povo que tentaram criar minas nas montanhas de ferro e desapereceram. Muitos anões dizem que existe um mal naquelas montanhas e que está crescendo.
- E porquê você acha que Arnor pode não estar mais segura?
- Por causa disso, esse simbolo estava desenhado em uma das minas abandonadas dos anões nas montanhas de ferro – Petrus botou em cima da mesa um pedaço de papel com o simbolo desenhado:
Haldreth olhou o desenho e sentiu um frio na espinha, um olho no espelho. Era o simbolo do Mestre de muitas portas. Ele estava no norte.
- Entende o que isso significa? Você precisa voltar para a casa do seus pais o quanto antes Haldreth. Ele tem muitos espíões não demorará muito até ele sabe aonde seus pais vivem.
- Como ele poderia saber isso? E qualquer coisa que fizer por ali vai atrair a atenção dos elfos – retrucou Haldreth incomodado com a ideia de ter que encarar o seu pai e seu primo também, depois de todo o contexto que ocorrera quando ele foi embora.
- Acredito que não podemos menosprezar ele, por causa de nossa vitoria lá no sul. O mestre de muitas portas não é apenas um espirito amaldiçoado de Harondor, desconfio que ele seja muito mais.
Haldreth olhou para Petrus com uma expressão consternada e tamborrilhou os dedos na mesa da taverna.
- Preciso de pelo menos de um mês em algum outro lugar antes de voltar para lá e não me refiro ao tempo na estrada.
- Acho que já sei para onde você pode ir, tem um casal de anciões que precisa de ajuda para tomar conta do rebanho de vacas deles. As terras deles são lá ao norte daqui perto da margem do Lhûn. Eles são boas pessoas e o ajudarão no que precisa.
Continuou olhando para Petrus agora com um tom mais desanimado no olhar.
- Cuidar de vacas? Serio? Vai ser uma experiencia tão boa que depois de um mês nisso vou estar implorando para voltar para a terra dos meus pais. E ainda perto dos elfos? - Deu suspiro profundo - ainda bem que passei no meu teste de ver damas elfas dançando na floresta.
Petrus gargalhou com a fala do jovem homem do norte.
- Você é um Dunedain mesmo? - perguntou rindo.
- Ah Petrus! As vezes eu me faço a mesma pergunta – olhou lá fora da taverna e viu que já estava escuro – Já é tarde, hora de ir para o meu quarto e me preparar para a animadora viajem até essa fazenda. Qual o nome do casal mesmo?
- Os Hackett, as terras deles ficam depois de Caras Celairnen.No momento de chegada na cidade é só perguntar para a primeira pessoa que ver e ela indicará facilmente para qual direção seguir.
- Caras Celairnen? Nunca tinha ouvido falar desse lugar. Parece um lugar aonde os elfos moram.
- No passado foi, muitos anos atrás antes mesmo da vinda dos rei pelo mar – afirmou Petrus.
Haldreth se levantou e disse antes de ir para o seu quarto:
- Irei para esse lugar por falta de opções, espero que não me arrependa. Tenha uma boa noite de sono Petrus. – Tendo dito isso foi embora subindo as escadas.
Não deixou-se perder no descanso, levantou-se e pôs-se a andar. Seu rumo era claro a cidade de Tharbad, o rico entreposto entre Gondor e Arnor, dali o seu destino abria como um mar de possibilidades. Para onde iria? Voltar para sua casa lá perto de Charneca Etten ou ficar em algum lugar trabalhando até criar coragem para encontrar seus pais novamente?
Olhou os pastos dourados de Minhiriath balançando com o vento e sua mente começou a se perder novamente na paisagem. Suas viagens nas terras de Gondor sul o fizeram cansado, apesar de jovem, dentro de si sentia o peso das batalhas enfrentadas nas terras do carvalho e da oliveira. O seu coração desajava ver pisar no povoado onde nascera e crescera. Queria ouvir canções no fim da tarde de sua mãe e as historias engraçadas contada pelo seu tio. Achava que a vida da espada e guerra era gloriosa, porém se enganara. Era algo vazio e vão se não tivesse um motivo justo para faze-lo, o seu orgulho simplesmente não era suficiente para preencher o vazio de estar numa terra distante e defendendo um lugar que mal criara raizes. Em contrapartida a sua teimosia também o impedia de ir diretamente para casa se entregar tão facilmente para seu pai, ainda se lembrava do discurso dele:
“Você não deveria ficar se preocupando com glorias perdidas do passado e tentando ser aquilo que a sua realidade não lhe exige. Sua vida é aqui cultivando tudo o que cresce como as arvores e as plantas. Procurar gloria em batalhas distantes em busca de um renome não condizente com só lhe irá fazer miseravel”
A memoria caiu como um raio na sua cabeça, certamente ainda era muito cedo para voltar para sua casa, concluiu.
Dias depois já na instalado num estalagem nas proximidades da cidade de Tharbad Haldreth conversava com o estalajeiro local sentado no balcão.
- Você disse que tava lá no sul pra além de Gondor?
- Sim o principe de Ithilien começou a colonizar as terras ao sul do delta do Anduin. Fui para lá para proteger as novas terras do principado da invasão de Haradrins e Homens de Umbar – Explicou Haldreth depois de tomar um gole da cerveja e botar o caneco no balcão – tinha alguma coisa além dos haradrins naquela terra. Eu não sei dizer, era uma especie de sombra, nas noites que fiquei de vigia nos campos podia ouvir sussuros no limiar da minha audição e sombras pareciam se mover de forma estranha entre a luz da fogueira e da escuridão,pode ter sido algo que os nossos antepassados enfrentaram o inimigo lá na terra das sombras.
Não seja tão exagerado, o que quer que for os nossos antepassados derrotaram lá no sul está morto e enterrado – continuou a limpar o balcão o estalajadeiro.
Era tarde lá fora e a hospadaria estava vazio. Haldreth descanva da sua viagem de Lond Daer até ali nos arredores de Tharbad.
- Você não tá me escutando tinha muitos homens experientes que encaravam haradrins e Umbarianos sem piscar os olhos, mas em determinadas noites se recusavam em ficar de vigia nos campos na fronteira oriental da colonia. Algo fora do comum estava naquelas terras, alguns locais diziam que um espirito almadiçoado circulava por ali. O chamavam de o mestre de muitas portas, pois ele abria qualquer porta trancada e levava muitas pessoas embora para nunca serem vistas de novo, especialmente crianças.
O taverneiro fechou o rosto em desgosto com o que Haldreth falara, afinal trazia más ideias a sua cabeça.
- Eu pensava que seres ruins assim tinham desaparecido há muito tempo atrás, ainda bem que aqui no norte nós temos paz.A quanto tempo não ouvimos falar de orcs por aqui?
- Acho que só nas montanhas da nevoa mesmo, eu mesmo nunca soube de nada lá na terra dos meus pais, mas também estou a muitos anos distante da minha terra natal.
Nesse momento Haldreth ouviu um barulho de cavalo fora da estalagem, foi possível ouvir também o som de descendo no chão. Logo depois um homem vestindo um casaco de cor castanho e uma capa verde musgo.
- Petrus? Que coincidencia você por aqui – Afirmou surpreso Haldreth.
O homem era esguio com cabelo escuros e uma feição calma porém profunda. Ele ajeitou a sela do cavalo e deu um tapinha amistoso no pescoço de sua montaria. Finalmente se virou para Haldreth.
- Meu negocios me trouxeram para cá. Pensei que você voltaria para a casa de seu pai – respondeu Petrus.
- Eu estou descansando da viagem e avaliando minhas opções não sei se quero ver meu pai e minha mãe ainda.
- Hum... não deveria fugir assim dos seus pai, ainda mais contando os anos que ficou distante. Devem achar que já está morto – ele olhou ao redor – vamos entrar não gosto de ficar conversando do lado de fora, Arnor não está tão segura quanto todos imaginam podem ter espiões por aqui.
Hadreth ia responder mas Petrus indicou para que entrassem na taverna antes.
Com isso os dois retornaram a taverna e sentaram numa mesa mais distante do balcão. O taverneiro pareceu ter perdido o interesse na conversa que tivera com Haldreth e agora voltara a suas atividades normais no lugar.
Assim que se sentaram Haldreth foi logo perguntando:
- Como assim Arnor não está tão segura quanto pensamos? Você sabe de algo?
- Enquanto você voltava pro norte eu viajei por vários lugares e com conversei com alguns velhos conhecidos ali por Calenardhon. Anões que vinham descendo de Khazad-dûm, eles me contaram a historia de muitos de seu povo que tentaram criar minas nas montanhas de ferro e desapereceram. Muitos anões dizem que existe um mal naquelas montanhas e que está crescendo.
- E porquê você acha que Arnor pode não estar mais segura?
- Por causa disso, esse simbolo estava desenhado em uma das minas abandonadas dos anões nas montanhas de ferro – Petrus botou em cima da mesa um pedaço de papel com o simbolo desenhado:
Haldreth olhou o desenho e sentiu um frio na espinha, um olho no espelho. Era o simbolo do Mestre de muitas portas. Ele estava no norte.
- Entende o que isso significa? Você precisa voltar para a casa do seus pais o quanto antes Haldreth. Ele tem muitos espíões não demorará muito até ele sabe aonde seus pais vivem.
- Como ele poderia saber isso? E qualquer coisa que fizer por ali vai atrair a atenção dos elfos – retrucou Haldreth incomodado com a ideia de ter que encarar o seu pai e seu primo também, depois de todo o contexto que ocorrera quando ele foi embora.
- Acredito que não podemos menosprezar ele, por causa de nossa vitoria lá no sul. O mestre de muitas portas não é apenas um espirito amaldiçoado de Harondor, desconfio que ele seja muito mais.
Haldreth olhou para Petrus com uma expressão consternada e tamborrilhou os dedos na mesa da taverna.
- Preciso de pelo menos de um mês em algum outro lugar antes de voltar para lá e não me refiro ao tempo na estrada.
- Acho que já sei para onde você pode ir, tem um casal de anciões que precisa de ajuda para tomar conta do rebanho de vacas deles. As terras deles são lá ao norte daqui perto da margem do Lhûn. Eles são boas pessoas e o ajudarão no que precisa.
Continuou olhando para Petrus agora com um tom mais desanimado no olhar.
- Cuidar de vacas? Serio? Vai ser uma experiencia tão boa que depois de um mês nisso vou estar implorando para voltar para a terra dos meus pais. E ainda perto dos elfos? - Deu suspiro profundo - ainda bem que passei no meu teste de ver damas elfas dançando na floresta.
Petrus gargalhou com a fala do jovem homem do norte.
- Você é um Dunedain mesmo? - perguntou rindo.
- Ah Petrus! As vezes eu me faço a mesma pergunta – olhou lá fora da taverna e viu que já estava escuro – Já é tarde, hora de ir para o meu quarto e me preparar para a animadora viajem até essa fazenda. Qual o nome do casal mesmo?
- Os Hackett, as terras deles ficam depois de Caras Celairnen.No momento de chegada na cidade é só perguntar para a primeira pessoa que ver e ela indicará facilmente para qual direção seguir.
- Caras Celairnen? Nunca tinha ouvido falar desse lugar. Parece um lugar aonde os elfos moram.
- No passado foi, muitos anos atrás antes mesmo da vinda dos rei pelo mar – afirmou Petrus.
Haldreth se levantou e disse antes de ir para o seu quarto:
- Irei para esse lugar por falta de opções, espero que não me arrependa. Tenha uma boa noite de sono Petrus. – Tendo dito isso foi embora subindo as escadas.