por Claude Speedy Dom Mar 10, 2024 4:11 pm
De fato, Matheus tinha razão, estavam olhando para a biblioteca da casa onde o Escorpião os levou, o lugar onde conheceram Michael Huemer...
Ao que parece um som estranho de uma respiração começava a ecoar por dentro da biblioteca vista apenas pela fresta na parede e o cheio de bolor do quarto onde estavam ficava mais forte...
Conforme o som aumenta de uma respiração ofegante e pesados passos parecem andar lentamente pelos livros, duas pequelas luzes brilham e calor emamana das chamas das velas que tremulavam antes em meio à escuridão, mas que ascenderam sem sobreaviso lançando sombras dançantes nas estantes repletas de livros empoeirados também lá dentro.
Havia então um altar com um talismã , um crânio e uma estranha adaga sobre uma mesa no canto oposto à fresta na parede e nesse altar foi onde as velas se acenderam.
Matheus, o músico corista celestial, e Akon, membro da Irmandade de Akasha, percebiam agora que encontravam-se presos na passagem secreta da antiga biblioteca. A atmosfera carregada de mágika e segredos de um primórdio manipulada de forma corrompida os envolvia quando, de repente, aquele som da respiração deu lugar a um arrastar de tecidos e folhas distante e horripilante que ecoou pelos corredores, sinalizando a aparição iminente de algo que não tinha lógica clara caminhando por entre os livros da parte externa.
Enquanto os dois magos olhavam pela fresta, Akon com seu conhecimento sobre Cosmologia da Umbra reconheceu nitidamente um espírito que o próprio Matheus viu o tentar aprisionar com Camille...
Esse emergiu das sombras, uma figura enigmática e sinistra, envolta em uma névoa espectral. Seu corpo parecia inicialmente formado por sombras densas e fluídas, e seus contornos pareciam se desvanecer entre as realidades. Vestia um palitó escuro que esvoaçava, mesmo na ausência de vento, como se guiada por forças sobrenaturais.
Os olhos do ser eram como poças de água escura que no instante seguinte tornam-se luminescentes e de um tom indescritível, brilhavam com uma inteligência antiga e insana. Sua presença era um eco de um tempo esquecido, um resíduo de entidades cósmicas que transcendiam a compreensão humana.
Cada passo dele deixava um rastro de sombras retorcidas, como se ele estivesse caminhando através de portais entre dimensões. Seus membros, embora humanoides em forma, pareciam estender-se indefinidamente, desafiando as leis da física e distorcendo a realidade ao seu redor.
A boca, quase imperceptível sob o capuz sombrio, era uma fenda escura, de onde emitia murmúrios ininteligíveis, como se estivesse sussurrando segredos de tempos insondáveis. Ao se aproximar, uma sensação de frio penetrante emanava dele, congelando o ar ao redor e causando arrepios na espinha dos que estavam próximos.
Sua presença não apenas sugeria uma entidade sobrenatural, mas uma conexão direta com o desconhecido e o cósmico. A aura ao redor dele pulsava com uma energia que transcendia a compreensão humana, evocando o terror de forças além da compreensão da profundidade do plano espiritual.
Não era apenas um inimigo físico, mas uma encarnação de mistérios insondáveis, um ser interdimensional que desafiava a lógica e a razão. Enfrentar essa entidade era como confrontar a própria escuridão do cosmos, uma experiência que deixava uma marca indelével naqueles que ousavam cruzar seu caminho e esse ser saído da Umbra e trazido por Matheus por uma manipulação do Escorpião agora estava na biblioteca procurando alguma coisa atravessando pratileiras como se essas fossem feitas de nada...
(off: Façam um teste Arete cd 6 e um de Força de Vontade cd 8, se tiverem um sucesso conseguem agir, se não vocês falharem em qualquer um dos testes vão acabar se sentindo acuados e com medo do ser e atualizem com o maior medo que o personagem de vocês tem aparecendo dentro desse quarto secreto e ganharam dois pontos de paradoxo. Entendam que ainda assim poderão agir, mas descrevendo esses medos secretos e traumas do personagem que começam a ser revividos enquanto vocês pensam no que fazer )