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    As espadas de Arnor

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    As espadas de Arnor Empty As espadas de Arnor

    Mensagem por Edu Ter Dez 05, 2023 12:44 am

    As espadas de Arnor _72ef310

    Nine rings,
    Nine kings,
    One dies,
    One reigns,

    Bright Flame kills Dark flame,
    But they are not the same?




    O caminho de volta



    Olhava as nuvens no céu lentamente sendo carregadas pelo vento como se tudo o que acontecesse abaixo não tivesse a menor importância. Haldreth sentiu uma sensação de paz enquanto estava sentado próximo a margem do rio cinzento. Havia depositado a sua espada na grama do chão ao seu lado, ainda tinha uma estrada pela frente rumo a Tharbad, recentemente retornara das suas viagens no sul da terra media.

    Não deixou-se perder no descanso, levantou-se e pôs-se a andar. Seu rumo era claro a cidade de Tharbad, o rico entreposto entre Gondor e Arnor, dali o seu destino abria como um mar de possibilidades. Para onde iria? Voltar para sua casa lá perto de Charneca Etten ou ficar em algum lugar trabalhando até criar coragem para encontrar seus pais novamente?

    Olhou os pastos dourados de Minhiriath balançando com o vento e sua mente começou a se perder novamente na paisagem. Suas viagens nas terras de Gondor sul o fizeram cansado, apesar de jovem, dentro de si sentia o peso das batalhas enfrentadas nas terras do carvalho e da oliveira. O seu coração desajava ver pisar no povoado onde nascera e crescera. Queria ouvir canções no fim da tarde de sua mãe e as historias engraçadas contada pelo seu tio. Achava que a vida da espada e guerra era gloriosa, porém se enganara. Era algo vazio e vão se não tivesse um motivo justo para faze-lo, o seu orgulho simplesmente não era suficiente para preencher o vazio de estar numa terra distante e defendendo um lugar que mal criara raizes. Em contrapartida a sua teimosia também o impedia de ir diretamente para casa se entregar tão facilmente para seu pai, ainda se lembrava do discurso dele:

    “Você não deveria ficar se preocupando com glorias perdidas do passado e tentando ser aquilo que a sua realidade não lhe exige. Sua vida é aqui cultivando tudo o que cresce como as arvores e as plantas. Procurar gloria em batalhas distantes em busca de um renome não condizente com só lhe irá fazer miseravel”

    A memoria caiu como um raio na sua cabeça, certamente ainda era muito cedo para voltar   para sua casa, concluiu.

    Dias depois já na instalado num estalagem nas proximidades da cidade de Tharbad Haldreth  conversava com o estalajeiro local sentado no balcão.

    - Você disse que tava lá no sul pra além de Gondor?

    - Sim o principe de Ithilien começou a colonizar as terras ao sul do delta do Anduin. Fui para lá para proteger as novas terras do principado da invasão de Haradrins e Homens de Umbar – Explicou Haldreth depois de tomar um gole da cerveja e botar o caneco no balcão – tinha alguma coisa além dos haradrins naquela terra. Eu não sei dizer, era uma especie de sombra, nas noites que fiquei de vigia nos campos podia ouvir sussuros no limiar da minha audição e sombras pareciam se mover de forma estranha entre a luz da fogueira e da escuridão,pode ter sido algo que os nossos antepassados enfrentaram o inimigo lá na terra das sombras.
    Não seja tão exagerado, o que quer que for os nossos antepassados derrotaram lá no sul está morto e enterrado – continuou a limpar o balcão o estalajadeiro.

    Era tarde lá fora e a hospadaria estava vazio. Haldreth descanva da sua viagem de Lond Daer até ali nos arredores de Tharbad.

    - Você não tá me escutando tinha muitos homens experientes que encaravam haradrins e Umbarianos sem piscar os olhos, mas em determinadas noites se recusavam em ficar de vigia nos campos na fronteira oriental da colonia. Algo fora do comum estava naquelas terras, alguns locais  diziam que um espirito almadiçoado circulava por ali. O chamavam de o mestre de muitas portas, pois ele abria qualquer porta trancada e levava muitas pessoas embora para nunca serem vistas de novo, especialmente crianças.

    O taverneiro fechou o rosto em desgosto com o que Haldreth falara, afinal trazia más ideias a sua cabeça.

    - Eu pensava que seres ruins assim tinham desaparecido há muito tempo atrás, ainda bem que aqui no norte nós temos paz.A quanto tempo não ouvimos falar de orcs por aqui?

    - Acho que só nas montanhas da nevoa mesmo, eu mesmo nunca soube de nada lá na terra dos meus pais, mas também estou a muitos anos distante da minha terra natal.

    Nesse momento Haldreth ouviu um barulho de cavalo fora da estalagem, foi possível ouvir também o som de descendo no chão. Logo depois um homem vestindo um casaco de cor castanho e uma capa verde musgo.

    - Petrus? Que coincidencia você por aqui – Afirmou surpreso Haldreth.

    O homem era esguio com cabelo escuros e uma feição calma porém profunda. Ele ajeitou a sela do cavalo e deu um tapinha amistoso no pescoço de sua montaria. Finalmente se virou para Haldreth.

    - Meu negocios me trouxeram para cá. Pensei que você voltaria para a casa de seu pai – respondeu Petrus.

    - Eu estou descansando da viagem e avaliando minhas opções não sei se quero ver meu pai e minha mãe ainda.

    - Hum... não deveria fugir assim dos seus pai, ainda mais contando os anos que ficou distante. Devem achar que já está morto – ele olhou ao redor – vamos entrar não gosto de ficar conversando do lado de fora, Arnor não está tão segura quanto todos imaginam podem ter espiões por aqui.

    Hadreth ia responder mas Petrus indicou para que entrassem na taverna antes.

    Com isso os dois retornaram a taverna e sentaram numa mesa mais distante do balcão. O taverneiro pareceu ter perdido o interesse na conversa que tivera com Haldreth e agora voltara a suas atividades normais no lugar.

    Assim que se sentaram Haldreth foi logo perguntando:

    - Como assim Arnor não está tão segura quanto pensamos? Você sabe de algo?

    - Enquanto você voltava pro norte eu viajei por vários lugares e com conversei com alguns velhos conhecidos ali por Calenardhon. Anões que vinham descendo de Khazad-dûm, eles me contaram a historia de muitos de seu povo que tentaram criar minas nas montanhas de ferro e desapereceram. Muitos anões dizem que existe um mal naquelas montanhas e que está crescendo.

    - E porquê você acha que Arnor pode não estar mais segura?

    - Por causa disso, esse simbolo estava desenhado em uma das minas abandonadas dos anões nas montanhas de ferro – Petrus botou em cima da mesa um pedaço de papel com o simbolo desenhado:

    As espadas de Arnor Image_10

    Haldreth olhou o desenho e sentiu um frio na espinha, um olho no espelho. Era o simbolo do Mestre de muitas portas. Ele estava no norte.

    - Entende o que isso significa? Você precisa voltar para a casa do seus pais o quanto antes Haldreth. Ele tem muitos espíões não demorará muito até ele sabe aonde seus pais vivem.

    - Como ele poderia saber isso? E qualquer coisa que fizer por ali vai atrair a atenção dos elfos – retrucou Haldreth incomodado com a ideia de ter que encarar o seu pai e seu primo também, depois de todo o contexto que ocorrera quando ele foi embora.

    - Acredito que não podemos menosprezar ele, por causa de nossa vitoria lá no sul. O mestre de muitas portas não é apenas um espirito amaldiçoado de Harondor, desconfio que ele seja muito mais.

    Haldreth olhou para Petrus com uma expressão consternada e tamborrilhou os dedos na mesa da taverna.

    - Preciso de pelo menos de um mês em algum outro lugar antes de voltar para lá e não me refiro ao tempo na estrada.

    - Acho que já sei para onde você pode ir, tem um casal de anciões que precisa de ajuda para tomar conta do rebanho de vacas deles. As terras deles são lá ao norte daqui perto da margem do Lhûn. Eles são boas pessoas e o ajudarão no que precisa.

    Continuou olhando para Petrus agora com um tom mais desanimado no olhar.

    - Cuidar de vacas? Serio? Vai ser uma experiencia tão boa que depois de um mês nisso vou estar implorando para voltar para a terra dos meus pais. E ainda perto dos elfos? - Deu suspiro profundo - ainda bem que passei no meu teste de ver damas elfas dançando na floresta.

    Petrus gargalhou com a fala do jovem homem do norte.

    - Você é um Dunedain mesmo? - perguntou rindo.

    - Ah Petrus! As vezes eu me faço a mesma pergunta – olhou lá fora da taverna e viu que já estava escuro – Já é tarde, hora de ir para o meu quarto e me preparar para a animadora viajem até essa fazenda. Qual o nome do casal mesmo?

    - Os Hackett, as terras deles ficam depois de Caras Celairnen.No momento de chegada na cidade é só perguntar para a primeira pessoa que ver e ela indicará facilmente para qual direção seguir.

    - Caras Celairnen? Nunca tinha ouvido falar desse lugar. Parece um lugar aonde os elfos moram.

    - No passado foi, muitos anos atrás antes mesmo da vinda dos rei pelo mar – afirmou Petrus.

    Haldreth se levantou e disse antes de ir para o seu quarto:

    -  Irei para esse lugar por falta de opções, espero que não me arrependa. Tenha uma boa noite de sono Petrus.  – Tendo dito isso foi embora subindo as escadas.  
         
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    Mensagem por Edu Qua Dez 20, 2023 1:43 pm

    As Margens do Lhûn




    In the land green and quiet,
    A lady in blue lieth,
    To her heart she told,
    I will see the shores of gold,
             
    But a droplet in a leaf,
    Prevented her to leave,



    Semanas depois de uma viagem tranquila Haldreth caminhava em uma trilha as margens do rio Lhûn. Tirando as aguas que corriam lentas ao seu lado, tudo era a grama baixa chamada sinblas. O leve tom acinzentado da pastagem e a planicie que se estendia ao seu lado certamente o levava pensar em algo idílico, mas o perder da atenção da sua mente logo foi embora porquê ele viu no seu caminho um celeiro abandonado. Um brilho estranho emanava do lugar e Haldreth curioso foi investigar. Chegado perto no lugar aonde deveria estar as portas frontais, viu o que parecia ser uma mulher. Ela vestia azul, mas antes que pudesse ter qualquer pensamento acerca da senhora, havia sumido da sua visão.

    Coçou a sua cabeça se perguntando sobre o que tinha visto. Ia voltar para a estrada e continuar o seu caminho solitário para Caras Celairnen quando sentiu uma corda enroscar no seu pescoço e começar a sufoca-lo. Surpreso, sua reação institiva foi segurar o cabo para não perder a respiração. Nesse meio tempo que não deve ter sido mais que um segundo, um homem veio em direção dele com uma faca na mão para golpea-lo. Esse ataque se tivesse sido feito em uma pessoa não experiente provavelmente seria mortal mas Haldreth era um soldado vindo de muitas batalhas.

    Soltou uma das mãos da corda usando todas as suas forças para não perder a consciência e puxou uma faca do seu cinto num golpe rapido ficou a arma no homem que fazia o seu garrote, ele gritou e o soltou. Haldreth aproveitou a oportunidade rolou para lado e sacou a espada de forma muito rapida. O outro sujeito que ia esfaquea-lo tomou um susto, sua vitima tinha ido de indefesa para armada numa fração de segundo, como um borrão recebeu um golpe mortal no pescoço. Caiu morto sangrando no chão, já o seu companheiro que estava ainda tirando a adaga do corpo, não pode ver a estocada por vir e também veio a morrer.

    Haldreth alisou o seu pescoço que doia por causa do garrote. O que fora aquilo? Perguntou-se. Como tinha se deixado surpreender daquele jeito? Olhou os dois corpos no chão, parecia dois assaltantes de beira de estrada, não estavam bem armados. Esses com certeza não eram homens das colinas. Revistou os corpos para ver se encontrava alguma coisa, mas não encontrou nada que o levasse a crer serem algo além de assaltantes comuns.

    Olhou ao redor para ver ser tinha mais alguém, mas não parecia haver ninguém a mais. Voltou para a estrada e continuou o seu caminho naquele dia ensolarado. Deveria ser mais cuidadoso agora pois como Petrus dissera Arnor não era tão segura quanto achavam.

    - Acho que devo dizer obrigada.

    Uma voz feminina e melodiosa falou atrás de Haldreth. Ele imediatamente parou e se virou. Uma dama de vestido azul e cabelos estava em pé no caminho as suas costas. Reparou que um leve brilho emanava dela, certamente era uma eldar.

    - Quem é você? Não sabia que estava resgatando damas elficas em celeiros abandonados, mas aceito o obrigado.

    A dama riu.

    - Sou Miriel. Em minha curiosidade andei indo muito longe. Aqueles dois já estava me seguindo desde que atravessei o rio. Temia que iriam atacar qualquer hora, o que acabou acontecendo com você infelizmente. De qualquer jeito tenho que voltar para o outra margem e ir para casa, espero encontra-lo novamente, senhor?

    - Haldreth.

    - Pois então senhor Haldreth até outra oportunidade – E com isso a elfa começou a caminhar no sentido contrario dele até desaparecer no horizonte.

    Ficou aonde estava só observando a dama caminhar até sumir, pensando o quão de repente tudo tinha acontecido.Continuou a sua jornada novamente em silencio e com as tediosas planicies seguindo ao seu lado mas após algumas horas isso mudou, quando já estava no final do dia o jovem dunedain chegou até um rio que corria rapido até o Lhûn. Ele não era largo e tinha uma pequena ponte de madeira que o atravessava, do outro lado tinha a direita da estrada um bosque, depois disso o caminho seguia por dentro de uma mata a margem das águas.

    Haldreth chegou a Caras Celairnen no alto de noite certamente era perto da madrugada. Uma paliçada protegia a ponte sobre o afluente do Lhûn com um portão de madeira e do outro lado estava a cidade. Esse rio era mais largo que o anterior e com as águas correndo lentas rumo ao seu desague na fronteira entre Arnor e Lindon.

    Pela hora tarde da noite era claro que o portão já estaria fechado. Bateu forte três vezes. Uma pequena janelinha abriu e Haldreth pode ver que um homem jovem de cabelo castanhos lisos o olhava pelo buraco.

    - O que deseja em Caras Celairnen a essa hora da noite? - o homem na janelinha apertou os olhos – Um viajante e bem armado, vindo de onde?

    - Venho de Tharbad, como você já falou sou viajante e estou cansado, procuro acomodação para noite para seguir a minha jornada no dia seguinte até as terras dos Hackett.

    O jovem apertou ainda mais os olhos observando Haldreth.

    - Os Hackett não recebem visita a anos, só o Arnaroquen que vai até as terras deles. Vou deixar você entrar de qualquer jeito, mas não crie confusão aqui. Essa cidade não tem paciência para arruaceiros.

    - Não se preocupe comigo to aqui porquê disseram que os Hackett precisavam de alguém para ajudar eles na fazenda.

    - Os Hackett? Eles são as pessoas mais isoladas nos arredores do vilarejo, tem certeza que ouviu certo mesmo?- olhou desconfiado para Haldreth e aquiesceu - De qualquer forma seja bem vindo a Caras Celairnen.

    Com uns sons de cliques e claques o portão se abriu. Haldreth entrou na area guardada pelo muro de madeira. O porteiro devia ser mais jovem que ele, tinha cabelos curtos e parecia cansado. Logo depois começou o trabalho para fechar o portão.

    - A estalagem da cidade é logo depois da ponte e não seja tolo de pular nas águas do Lhûn quando ouvir os elfos cantarem – disse ele para Haldreth enquanto trancava as ultimas fechaduras.

    Haldreth parou no meio da ponte, olhou curioso para o garoto e depois para as aguas embaixo de onde estava, elas corriam calmas para Lhûn além estava a escuridão da noite que não permitia ver a terra dos elfos do outro lado. Sacudiu a cabeça e continuou. Já havia passado no teste das damas elficas dançando na floresta, não tinha nada que se preocupar.  
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    Mensagem por Edu Qua maio 08, 2024 6:20 am


    Um, Dois, Três Lobos






    Then a merchant from distants lands came,
    Between many trinkets he brought a dark mirror,
    Beautiful was with his perfect smooth glass,
    Then the mysterious man sold the mirror to a young boy,

    The perfect smooth glass,
    Carried within itself the darkness of a wolf's heart,
    Darkness now that is carried by the heart of the young boy,
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