Nicolle dos Zangbeto [ON]

O dia de Nicolle havia terminado, era o início da noite, fim de semana. Ela estava em sua casa e, naquele momento, cabia-lhe decidir seu próprio caminho.

Para alguém recém-desempregada, o que faria agora? Procurar outro emprego nas redes sociais? Passear pela noite belorizontina? Ir a um bar? Tentar encontrar outros bruxos?

Nicolle não tinha sucesso em sua busca por emprego.

Subitamente, um flash surge em sua mente. Primeiro ela vê Aizã – sua Vodun padroeira. Ela ergue-se cercada por suas serpentes. A Deidade aponta para uma direção e então a Zangbeto vê um cemitério – ela conhece aquele lugar, é perto dali. Um vulto misterioso usando um manto negro, derramando algo negro e espesso sobre o solo. Então a figura parte... e três desmortos começam a se erguer do chão, rompendo a terra.

Desperta subitamente, diante do computador. Aquilo era real, sabia – estava acontecendo agora!

Nicolle chega ao pequeno cemitério e consegue entrar com facilidade, pois o portão estava aberto e não havia ninguém à vista.

Então nota três covas abertas, rompidas de dentro para fora.

Da escuridão três mortos-vivos emergem.


A Bruxa já tinha conhecimento sobre aquelas coisas. Mortos que não podiam descansar, reanimados por alguma vontade, humana ou não. Uma ameaça aos vivos que cruzavam seu caminho.