Prólogo - Johan
A ordem dos Cavaleiros do Julgamento Sagrado não era muito conhecida, principalmente nas terras do Norte onde Tyr possuía poucos adeptos. A ordem não contava mais do que uma centena de membros espalhados em todos os cantos de Faêrun, punindo criminosos e monstros malignos - especialmente demônios - e proferindo os dogmas d’A Mão Justa. Johan era um destes membros e atualmente é um cavaleiro errante, vagando pelo Norte em busca de oportunidades para mostrar serviço, especialmente no Vale de Sundabar e aos arredores.
Johan viaja sempre com o capuz encobrindo seu rosto e agradece o fato de não precisar também de um capuz para esconder o seu passado sanguinolento. A esta altura ele encontrava-se numa pequena aldeia chamada de Neve Morta, hospedado na taverna O Brasão. Era um estabelecimento pequeno de madeira, que servia carne de carneiro ou de vaca assada, e era frequentado mais por lenhadores, pastores e comerciantes locais. Poucos quartos estavam disponíveis para a locação, e Johan tratou logo de pegar um deles quando chegou à vila. O dito brasão estava desenhado na placa de madeira que ficava em frente ao local, era um símbolo de um grande escudo com um campo verde separado em duas metades horizontais por uma barra branca larga.
Todos os dias o cavaleiro descia de seu quarto, sentava num canto da taverna e observava o fluxo de pessoas e às conversas que se seguiam. Apenas de vez em quando ele resolvia sair para explorar o resto da aldeia, mas sempre retornava sem encontrar nada além de meros boatos.
Ele estava sentado na sua mesa habitual quando uma mulher – não devia ter mais do que 20 anos – entra na taverna, pede permissão ao proprietário e a seguir sobe em cima do balcão, chamando a atenção de todos os presentes. Ela tinha longos cabelos loiros entrançados, uma expressão endurecida pelos anos de vivência no Norte e trazia consigo além da armadura de couro, um escudo de madeira, uma maça leve e um arco com aljava às costas. No seu braço direito desnudado era possível ver uma tatuagem, embora à distância não se pudesse discernir sobre o que era. Apesar de não inspirar simpatia e carisma, era sem dúvida uma menina bonita.
- Senhores, eu peço um minuto da atenção de vocês. Estou formando uma expedição e necessito de ajuda de aventureiros experientes e capazes. A minha busca é por vingança pessoal, sim, mas ela também será em prol de todos os habitantes de Neve Morta. O boato que corre na boca do povo é verdadeiro. Uma tribo de orcs não muito longe daqui realmente pretende atacar à nossa aldeia e dizimá-la do mapa. Eles agem sob as ordens do Rei Obould e já a algum tempo tem atacado caravanas que chegam e partem daqui, inclusive foram eles os responsáveis por todas aquelas chacinas nas vilas que ficam nas encostas das Montanhas Inferiores. A Senhora Arletha Lança de Gelo está esperando eles atacarem ao invés de partir com um exército até as suas habitações. Eu não sou uma pessoa passiva que aprecia observar as coisas enquanto elas estão acontecendo ou para acontecer, então estou formando uma expedição para partir amanhã de manhã. E, se o que aquela comitiva enviada por Alustriel disse for verdade, será necessário pessoas astuciosas para ir nesta missão, pois pelo que foi dito o bando consta com um perigoso tanarruk, uma criatura descendente de orcs e demônios.
Esta última informação muito interessou ao cavaleiro encapuzado.
Johan viaja sempre com o capuz encobrindo seu rosto e agradece o fato de não precisar também de um capuz para esconder o seu passado sanguinolento. A esta altura ele encontrava-se numa pequena aldeia chamada de Neve Morta, hospedado na taverna O Brasão. Era um estabelecimento pequeno de madeira, que servia carne de carneiro ou de vaca assada, e era frequentado mais por lenhadores, pastores e comerciantes locais. Poucos quartos estavam disponíveis para a locação, e Johan tratou logo de pegar um deles quando chegou à vila. O dito brasão estava desenhado na placa de madeira que ficava em frente ao local, era um símbolo de um grande escudo com um campo verde separado em duas metades horizontais por uma barra branca larga.
Todos os dias o cavaleiro descia de seu quarto, sentava num canto da taverna e observava o fluxo de pessoas e às conversas que se seguiam. Apenas de vez em quando ele resolvia sair para explorar o resto da aldeia, mas sempre retornava sem encontrar nada além de meros boatos.
Ele estava sentado na sua mesa habitual quando uma mulher – não devia ter mais do que 20 anos – entra na taverna, pede permissão ao proprietário e a seguir sobe em cima do balcão, chamando a atenção de todos os presentes. Ela tinha longos cabelos loiros entrançados, uma expressão endurecida pelos anos de vivência no Norte e trazia consigo além da armadura de couro, um escudo de madeira, uma maça leve e um arco com aljava às costas. No seu braço direito desnudado era possível ver uma tatuagem, embora à distância não se pudesse discernir sobre o que era. Apesar de não inspirar simpatia e carisma, era sem dúvida uma menina bonita.
- Senhores, eu peço um minuto da atenção de vocês. Estou formando uma expedição e necessito de ajuda de aventureiros experientes e capazes. A minha busca é por vingança pessoal, sim, mas ela também será em prol de todos os habitantes de Neve Morta. O boato que corre na boca do povo é verdadeiro. Uma tribo de orcs não muito longe daqui realmente pretende atacar à nossa aldeia e dizimá-la do mapa. Eles agem sob as ordens do Rei Obould e já a algum tempo tem atacado caravanas que chegam e partem daqui, inclusive foram eles os responsáveis por todas aquelas chacinas nas vilas que ficam nas encostas das Montanhas Inferiores. A Senhora Arletha Lança de Gelo está esperando eles atacarem ao invés de partir com um exército até as suas habitações. Eu não sou uma pessoa passiva que aprecia observar as coisas enquanto elas estão acontecendo ou para acontecer, então estou formando uma expedição para partir amanhã de manhã. E, se o que aquela comitiva enviada por Alustriel disse for verdade, será necessário pessoas astuciosas para ir nesta missão, pois pelo que foi dito o bando consta com um perigoso tanarruk, uma criatura descendente de orcs e demônios.
Esta última informação muito interessou ao cavaleiro encapuzado.