A lua cheia refletia nas águas trêmulas do porto, uma leve bruma pairava aquela noite, tornando mais melancólica a fuga de um neófito para uma terra distante, mas já conhecida. A América.
As chances de sobrevivência seriam maiores, isso era o que Max acreditava e claramente foi por isso enviou John a seu novo destino, Chicago. Em uma sacola com bolsas de sangue para viagem com certeza o pequeno John não passaria fome e não teria a chance de conhecer a besta que havia se tornado horas antes do embarque, pouco foram os efeitos colaterais passados por aquele novo desmorto que agora se preocupava mais com a luz do sol que enfrentaria no raiar do dia. Dez mil e quinhentos quilômetros, essa seria a distância percorrida, 15 dias de viagem se não houver nenhuma interferência pelo clima, um bom caminho pela frente. Esses e mais cálculos começavam a passar pela cabeça de John, afinal era um futuro escuro que enfrentaria, sem planos, sem conhecidos, sem documentos, sem vida.
Apenas sua nova forma, e uma lembrança de sua filha triturada ao chão, e de sua esposa, que não viu nem o corpo. Uma mágoa percorre a mente de John, quem eram os homens de terno? O que queriam? Que raios era aquele monstro e quem era ele? E por que estava ali? Que diabos sua família havia feito para merecer isso? John chora, sua cabeça está completamente dividida, sentimentos humanos inundam sua mente enquanto outras problemáticas do pós-vida lhe incomodam. John começa a realizar a bagunça que se meteu e que esta sua segunda vida não foi uma benção, mas sim um pesadelo. Poderia ele ter morrido com sua família, ser encontrado morto e ter suas lápides compartilhadas, mas não, John carregaria a culpa de nem poder enterrar sua própria família e ainda sair como um covarde fugindo de terra que o alimentou por tantos anos, com nada nas mãos a não ser o remorso pela sua incapacidade, um inútil, um completo inútil. Que DESONRA, iria dizer seu sogro. As palavras da filosofia japonesa assolavam ainda mais a mente perturbada de John.
Todo esse turbilhão de pensamentos e a ingenuidade do neófito fizeram se perder, não percebendo a presença do Garou que se aproximava de seu barco, com um som seco de suas patas no convés o Garou em forma de Chrinos com sua pelagem prateada refletindo a luz da lua, a avó lua, que por um momento mostrou em seu semblante um vermelho sangue nas garras daquele que se aproximava do neófito sem esperanças no fundo do barco. As garras alvejam a janela quase alcançando a garganta de John, os novos instintos de John lhe fazem dar um sobressalto indo para o lado e desviando das afiadas unhas que lhe procuravam. Por um momento o pânico toma conta de John, pára ele tudo era novo, sua mente ainda com lógica humana não conseguia reconhecer o que era aquilo, quem era aquilo e muito menos, por que o perseguiu? A BESTA dentro de John gritava em seus ouvidos, seus dentes afiados se projetavam reagindo ao perigo, sem saber lidar com aquilo tudo, John cai sobre seus joelhos ofegante, apesar de seus pulmões começarem a atrofiar a associação humano-besta ainda era recente. John poderia sair dali vivo ou morrer de vez, era uma linha tênue entre aprender na marra a lidar com suas emoções e seu novo eu, ou cair ali mesmo e ser enterrado junto a sua família.
As chances de sobrevivência seriam maiores, isso era o que Max acreditava e claramente foi por isso enviou John a seu novo destino, Chicago. Em uma sacola com bolsas de sangue para viagem com certeza o pequeno John não passaria fome e não teria a chance de conhecer a besta que havia se tornado horas antes do embarque, pouco foram os efeitos colaterais passados por aquele novo desmorto que agora se preocupava mais com a luz do sol que enfrentaria no raiar do dia. Dez mil e quinhentos quilômetros, essa seria a distância percorrida, 15 dias de viagem se não houver nenhuma interferência pelo clima, um bom caminho pela frente. Esses e mais cálculos começavam a passar pela cabeça de John, afinal era um futuro escuro que enfrentaria, sem planos, sem conhecidos, sem documentos, sem vida.
Apenas sua nova forma, e uma lembrança de sua filha triturada ao chão, e de sua esposa, que não viu nem o corpo. Uma mágoa percorre a mente de John, quem eram os homens de terno? O que queriam? Que raios era aquele monstro e quem era ele? E por que estava ali? Que diabos sua família havia feito para merecer isso? John chora, sua cabeça está completamente dividida, sentimentos humanos inundam sua mente enquanto outras problemáticas do pós-vida lhe incomodam. John começa a realizar a bagunça que se meteu e que esta sua segunda vida não foi uma benção, mas sim um pesadelo. Poderia ele ter morrido com sua família, ser encontrado morto e ter suas lápides compartilhadas, mas não, John carregaria a culpa de nem poder enterrar sua própria família e ainda sair como um covarde fugindo de terra que o alimentou por tantos anos, com nada nas mãos a não ser o remorso pela sua incapacidade, um inútil, um completo inútil. Que DESONRA, iria dizer seu sogro. As palavras da filosofia japonesa assolavam ainda mais a mente perturbada de John.
Todo esse turbilhão de pensamentos e a ingenuidade do neófito fizeram se perder, não percebendo a presença do Garou que se aproximava de seu barco, com um som seco de suas patas no convés o Garou em forma de Chrinos com sua pelagem prateada refletindo a luz da lua, a avó lua, que por um momento mostrou em seu semblante um vermelho sangue nas garras daquele que se aproximava do neófito sem esperanças no fundo do barco. As garras alvejam a janela quase alcançando a garganta de John, os novos instintos de John lhe fazem dar um sobressalto indo para o lado e desviando das afiadas unhas que lhe procuravam. Por um momento o pânico toma conta de John, pára ele tudo era novo, sua mente ainda com lógica humana não conseguia reconhecer o que era aquilo, quem era aquilo e muito menos, por que o perseguiu? A BESTA dentro de John gritava em seus ouvidos, seus dentes afiados se projetavam reagindo ao perigo, sem saber lidar com aquilo tudo, John cai sobre seus joelhos ofegante, apesar de seus pulmões começarem a atrofiar a associação humano-besta ainda era recente. John poderia sair dali vivo ou morrer de vez, era uma linha tênue entre aprender na marra a lidar com suas emoções e seu novo eu, ou cair ali mesmo e ser enterrado junto a sua família.
- OFF:
- Gaijin, faz um teste de autocontrole para resistir a besta e a um possível frenesi. =)