Grupo 1 - Delvar/Shmul e Toshiharu/Gaijin

O samurai Toshiharu vê o gnomo Tainsa correr em direção ao anão Delvar e abraçá-lo com entusiasmo. “Delvar, velho amigo, há quanto tempo!” O samurai vê que ao lado de Delvar estava uma humana, Elisie, que não parecia acreditar no que via.
- Tainsa? Você por aqui? O mundo realmente é pequeno... Se bem que para um gnomo, que também é pequeno, está no tamanho certo... – comenta ela.

O fada Moonbeam zumbe e pousa no ombro do meio-orc Vojta.



Ele diz:

- Será que o problema do dinheiro está resolvido? Anões costumam ter sacos de moedas guardadas em suas cavernas.
Vojta alça os ombros.



- Não importa. Anões não emprestar dinheiro.

A halfling Sybel da um cutucão em Vojta, que grunhe.



- Não vamos ser preconceituosos. Vojta, comporte-se.

Toshiharu espera afinal se são velhos amigos devem primeiro falar entre eles para então falar com outros.

- Muito singular. - Diz mais para si mesmo do que para outros.

Tainsa, seu pequeno diabo – dá um abraço de “urso” usando bastante força – Como você esta? Esta com uma cara boa! As Deusas estão sendo piedosas com você, aparentemente – gargalha.

Delvar não ouviu a conversa dos outros indivíduos, pois o local estava barulhento.
- O que faz aqui? Coisa boa não deve ser... - sorri

Tainsa fica momentaneamente sem ar com o entusiasmo do abraço do amigo de longa data. Ele tosse um pouco e diz:
- Estou bem, estou bem, Delvar. Você sabe que para nós gnomos e anões não aparentamos a idade que temos – diz, e olha pra Elisie – e você deve ser Elisie... Reconheci pela cara emburrada. Cresceu, hein, menina! Pena que seja magrela e alta como uma vareta...

Elisie da um sorriso de canto de boca.
- Realmente, Tainsa, não mudou nada. Com as mesmas piadas sem graça de sempre. Pensava que desde que fugiu da vila, tivesse melhorado seu repertorio. Sabia que tio Delvar ficou triste quando voce “desapareceu”?

Tainsa alça os ombros.
- Pois é, tem coisas na vida que a gente não tem controle... Mas espera um pouco, deixe-me apresentar meus amigos – diz, e faz um sinal para os outros se aproximem. – Bem, estes são do meu grupo aventureiro... o meio-orc Vojta, bravo guerreiro, a maga halfling Sybel, Toshiharu, de Ling-Xao, e Moonbeam, uma fada macho... um fado?



Depois dos cumprimentos, o gnomo continua.
- Então, Delvar, tudo indica que o universo conspira a nosso favor... É o seguinte: tem o nosso chefe do grupo, Byron, que está preso, e estamos sem dinheiro para pagar a fiança e solta-lo. No total temos 6 peças de ouro, 3 de prata e 8 de cobre, e a fiança são 10 peças de ouro. Teria como contribuir?

Enquanto isto, Moonbeam cochicha no ouvido de Toshiharu.
- Esta vendo esta tal de Elisie aí? Parece ser uma boa guerreira... Quem sabe se voce ir la conversar com ela, pode aprender umas boas técnicas de luta...

Delvar faz um aceno com a cabeça para o grupo como cumprimento e então diz:
- Tainsa, eu lhe considero muito, e você sabe, mas dai me dizer que tem um grupo, que seu grupo tem um “chefe” e que este “chefe” esta preso... pela bigorna de Fenrir, por que eu haveria de te ajudar com algo assim? Se ele esta preso, ou é um bandido ou é muito estupido - O anão já começava a se arrepender de ter encontrado seu velho amigo - além do que, eu teria que te dar todo meu dinheiro para conseguir soltar este individuo.

Toshiharu observa as apresentações e educadamente a moda de Ling Xiao faz o cumprimento (reverência) e escuta o pequeno Moonbeam e resmunga algo
em baixa voz para que apenas ele o escutasse - Será que sempre que uma moça bem apessoada aparece você vai me dar estas indiretas? Caolho sou, mas não cego.

Apesar das circunstâncias é um bom conhece-los. diz de forma cortês.

Tainsa acena com a cabeça, concordando.
- De fato, Delvar. Mas veja bem, é uma boa oportunidade para continuarmos juntos novamente! Vejo que você esta aqui na Guilda dos aventureiros, mas que são só você e Elisie, certo? Então, junte-se ao nosso grupo! Voce já me conhece, e posso dizer também que meus companheiros são pessoas confiáveis. Quanto ao chefe, Byron, com certeza deve ter acontecido algum mal-entendido...

O gnomo tem que se por na ponta dos pés para bater no ombro do anão.
- Vamos lá, rapaz! Um pequeno investimento, para depois juntos nós descobrirmos riquezas por este mundo afora! Topas?

Elisie alça uma sobrancelha.
- Não sei não, Tainsa, você já desapareceu uma vez sem dizer nada... Seu nível de confiabilidade não é muito alto.

Tainsa olha bravo para Elisie.
- Um dia eu explico pra vocês porque tive que fugir. Tem que confiar em mim!

Por sua vez, Toshiharu reclama com Moonbeam sobre sua “ajuda” com as mulheres. O fada acena com a cabeça.
- Mas é claro! É sempre bom manter o olho aberto toda vez que surgir novas oportunidades. Voce não esta a procura de experiências para se aprimorar? Acontece que nem todas batalhas se lutam no campo de guerras, hehehe...

Após sua apresentação, Elisie se aproxima e olha Toshiharu de perto, curiosa.
- Voce... é diferente. Tem uma roupa estranha e os olhos puxados... espere! Nossa, você perdeu o olho numa batalha? Que demais! Como é que foi, como você venceu seu inimigo? Não acha legal a maneira como uma lamina trespassa o inimigo?

Sybel comenta com Vojta.
- Não sei não, esta tal de Elisie é meio-psicopata, não acha?
- O que ser psicopata? – responde o meio-orc.

O samurai escuta o "fado" e apenas franze o cenho.

Ante a torrente de questões a ele feitas Toshiharu ergue uma sobrancelha e embora lhe seja vergonhoso ele, o samurai, não mente jamais.

- Não. Vencido fui e deixado vivo como exemplo. Sobrevivi, o único dentre sete e com as consequenciais que carregarei até o derradeiro momento onde usarei esta espada e talharei a retribuição entre meus inimigos e assim ir para casa de cabeça erguida recuperando a honra de meus finados companheiros. -

Ouve atento as palavras de Tainsa e responde:
- Elisie esta certa. E se você se meter em outra enrascada levando todos nós juntos e depois desaparecer? Seria muita estupidez de minha parte, mas Elisie achar que devemos... – o anão aguarda receoso a resposta da garota que estava conversando com o samurai, e acaba escutando as conversas paralelas.

Elisie ouve entretida a historia de Toshiharu e sorri ao final.
- Nossa, demais! Sabe que voce tem uma historia de vida parecida com a minha e a do meu tio? Tambem queremos recuperar a honra dos Powderkeg, fazendo rolar a cabeça do tirano que tomou conta do clã – diz, e se vira para Delvar – Acho que temos um grupo bom aqui, tio. Talvez devêssemos dar um voto de confiança pro Tainsa, afinal de contas vocês eram amigos... Além do que, vamos precisar de um grupo de aventuras, e pelo menos o Tainsa a gente conhece.

Elisie olha para o resto do grupo, que era o meio-orc, o fada e a halfling.
- Temos um grupo bem variado, isto posso dizer. De qualquer maneira, a ideia de termos um chefe fixo não me cai bem. Sugiro fazermos um grupo sem chefe, onde as decisões são tomadas por todos em conjunto, maioria simples. O que acham?

- Acho justo todos poderem opinar – Delvar observou cada um dos presentes – Que Fenrir nos abençoe e nos guie – diz levantando seu símbolo sagrado.

Volta a atenção para todos:
- Por onde começamos? Devo lembrar que não possuo o dinheiro para libertar o antigo “líder” de vocês.

Toshiharu apenas termina seu relato e escuta a história de Elisie e embora ache que sua desgraça não possa ser qualificada como "demais." apenas move a cabeça em assentimento quando ela conta sua própria história e parece tornar-se mais tranquilo quando a conversa toma outros rumos para a questão da libertação de Byron.

- Não sabemos quanto exatamente é a tal fiança somente se formos até lá para questionar. -

O anão volta a atenção para o samurai - Foi dito que a fiança era de 10 moedas de ouro - então aguarda explicações de Tainsa - De onde você tirou esse valor, Tainsa?

O gnomo Tainsa coça a cabeça.
- Ambos estão certos, não sabemos exatamente o preço... 10 moedas de ouro é a fiança para delitos leves aqui em União. Precisamos ir até lá para saber o que o velho Byron fez desta vez...

O grupo segue então em direção da parte sul da cidade, logo chegando na guarda.
- Voces são amigos de Byron? – diz o atendente da guarda – Ele esta aqui por furto, um delito leve. Fiança no valor de 10 moedas de ouro.

Antes que possam chegar num acordo, Elisie põe o valor da fiança na bacada, o tilintar das moedas trazendo boas recordações em todos ali presentes.
- Deixe comigo, pego de volta quando recebermos pela nossa primeira aventura – diz ela, em tom serio.

O atendente acena com a cabeça, e da ordem de soltura para Byron.



Do lado de fora da guarda, Byron chega e cumprimenta a todos, porem Vojta, Sybel e Tainsa não parecem nada amigáveis desta vez.
- Preso por furto? É isto que voce estava fazendo? Pensava que estava procurando uma maneira de nos livrar da enrascada que nos meteu! Lembre-se que a Guilda da Serpente esta atrás de nós! – diz a halfling Sybel.

Byron alça os ombros.
- E estava. Armaram para mim, e acabei na cadeia. Mas vejam, consegui o Toshiharu para fazer parte do nosso grupo... Agora podemos dar inicio a missão...

Elisie interrompe Byron, e explica o que o grupo tinha combinado na Guilda para Byron. Ele passa a mão na barba, pensativo.
- Entendo... O que acontece é que este é o meu grupo aventureiro... E não me lembro de ter convidado vocês para participar. – diz, apontando para Elisie e Delvar - Portanto caiam fora daqui!

- Ah, verdade que esse é o “seu” grupo? Devo lhe dizer que sua palavra não tem mais força do que a de ninguém aqui, talvez tenha até menos. Dito isso, é melhor você implorar perdão para mim e para Elisie ou eu vou te esmurrar até você cagar as 10 moedas de ouro que lhe “emprestamos” para te tirar da prisão – Delvar estava quase espumando pela boca. O olho direito esbugalhado de ódio.

Toshiharu meneia a cabeça negativamente para então acrescentar. - Creio que não há muita posição para certas escolhas Byron para te tirar dai é necessário ajuda. -

Delvar se enraivece com as palavras de Byron e ameaça o ladino a devolver as moedas de ouro pelo seu lado mais obscuro. Elisie gargalha, enquanto segura o anão furioso.
- Hahaha, meu tio esta certo, você vai virar nossa galinha das moedas de ouro!

Diante do comentário de Toshiharu, Byron acena com a cabeça e levantas as mãos em defesa.
- Esta bem, esta bem, ninguém precisa perder a cabeça com isto. Diante do impasse, vamos então resolver pela escolha de cada um. Quem do grupo quiser seguir o anãozinho e a garota, esta livre para ir.

Vojta, Sybel e Tainsa ficam ao lado de Delvar e Elisie. A boca de Byron quase vai ate o chão. Ele cerra o sobrecenho e diz, esmurrando a palma da própria mao.
- Então é isto? Um motim! Ah, e depois de tudo que fiz por vocês... Tudo bem, já devia saber que não se pode confiar nas pessoas mesmo... Bem, sejam felizes na sua nova democracia... Mas se der tudo errado, não venham chorando atrás de mim – diz, e então toma seu caminho.

Tainsa faz um gesto de descaso.
- Nem esquenta, é tudo cena. Se ele salvou nossa pele algum dia, é porque foi ele primeiro que nos meteu em enrascadas.

Vojta suspira, e seu suspiro meio-orc tem o som de um arroto.
- Vojta não sentir bem... Byron ajudar bastante Vojta. Byron parecer triste.

Sybel bate no ombro de Vojta, em sinal de conforto.
- Não se preocupe Vojta, Byron ira superar isto. Não me surpreenderia se agora mesmo estivesse dando risada disto tudo.

Moonbeam borboleteia pelo grupo.
- Gostei do anão, ele é bem engraçado. – diz e olha para Elisie de cima a baixo– e gostei de você, gatinha. Tem namorado?

Elisie ignora totalmente o fada.
- Bem, agora que o problema Byron foi resolvido, que faremos? – pergunta, olhando para o grupo.

- Eu não sei ele tinha a missão propriamente dita, por isso é importante tira-lo dai. - Diz Toshiharu.

- Bom, pelo que entendi vocês estão envolvidos com o grupo da Serpente. Eu tive o desprazer de cruzar com dois lacaios do bando e sei de um "Sir" que talvez tenha planos contra essa organização - Observava a todos com muito orgulho por terem optado ficar ao lado do Anão no embate com Byron - Me desculpem por ter criado toda essa situação, mas odeio pessoas prepotentes.

A jovem Elisie ouve a fala de Toshiharu e alça os ombros.
- Qualquer que seja a missão que ele tivesse, ele não vai querer compartilhar com a gente. Vamos ter que ir atrás de outra... E que pague bem, pois o Byron é que não vai me devolver minhas moedas...

Delvar da a sua sugestão, ao que o gnomo Tainsa responde:
- Byron sempre foi mandão, e nunca iria concordar em ficar num grupo que não tivesse um líder. Além disto, ele foi o responsável pelos nossos problemas com a Guilda da Serpente.

A halfling Sybel continua.
- Então, o Byron arranjou um serviço para nós, que era para entrar numa mansão de um nobre e roubar um pergaminho – diz, e fica com a face rubra – Eu sei que isto é errado, mas estávamos a tanto tempo sem dinheiro que as vezes deixamos nossos princípios de lado...

Vojta passa a mão na cabeça da halfling, e sua demonstração de solidariedade a deixa totalmente descabelada.
- Byron dizer que pergaminho ser roubado, e ladrão que rouba ladrão tem mil anos de perdão.

Tainsa faz um gesto de descaso.
- Vojta, Byron disse isto só pra enganar a gente. Fato é que, quando executamos a ação, fomos descobertos... Conseguimos o pergaminho, mas o nobre reconheceu Byron, algo que também surpreendeu a gente, pois ele não tinha contado que conhecia o nobre.

Moonbeam, que borboletava pelo grupo, pousou no ombro de Tainsa.
- Mas o que tem isto a ver com a Guilda da Serpente?

O gnomo suspira.
- Depois que fugimos da mansão, perguntamos pro Byron que raios estava acontecendo. Ele disse só que era para gente esconder, porque aquele nobre pertencia a Guilda da Serpente. Nós ficamos apavorados, pois é a Guilda de ladrões daqui de União. Fomos para o nosso esconderijo, e Byron então disse que ia procurar um outro lugar para nós irmos, provavelmente Ling-Xao, e disse para esperarmos sua volta. Levou o pergaminho e sumiu.

Elisie arregala os olhos.
- Caramba, esta Guilda é tão barra pesada assim? Pra vocês irem até o outro lado do continente? – diz, e se recosta em uma parede – fiquei curiosa para saber o que tinha neste pergaminho...

Tainsa da um sorriso e mostra um pedaço de papel.
- Bem, por via das duvidas fiz uma copia, de precaução. Mas não tem muita coisa, só o desenho de uma torre em ruínas, com o nome de Hightower, e alguns pontos de referencia.