Dúlamán não se lembra de onde nasceu ou de seus pais e provavelmente se os encontrasse não seria um encontro feliz, considerando as circunstâncias em como se separaram. O fato é, próximo da cidade onde nasceu existia um pântano e dentro deste morava uma bruxa verde chamada Melka (O Humanóide Monstruoso, não a classe). Felizmente ela era pacífica, mas infelizmente a ignorância dos nativos não os permitia entender isso e sempre que aparecia um inseto venenoso causando alardes ou um monstro aparecia na região achavam que era ela, a consequência disso é que a davam presentes: comida, mantimentos, roupas, móveis, tudo que conseguissem pensar, no começo ela tentou fazê-los entender que não era uma ameaça, mas depois que os presentes se tornaram uma conveniência ela deixou por isso mesmo.
Certo dia, uma hidra apareceu no pântano e custou a vida de muitos dos aldeões. Eles, temendo a fúria da bruxa, decidiram tomar uma medida drástica e o próximo presente para a bruxa foi um bebê para ser usado em seus "rituais malignos" e tirar a criatura da cola dos aldeões. Melka obviamente ficou totalmente perdida naquele instante e acabou tendo que criar o pequeno Dúlmán e acabou se apegando ao mesmo nos meses seguintes. Obviamente ela não tinha nenhum poder sobre a besta mágica, e quando houve outro ataque o prefeito do vilarejo decidiu que bastava! Ele contratou mercenários e os enviou para derrotar Melka e sua besta. Sem muitas opções, a bruxa teve que fugir.
A chalé onde Dúlamán cresceu era um lugar bastante isolado e simplório, um casebre com vista para o mar em uma colina, certamente um lugar com uma vista bela, mas fora isso nada demais. Melka foi parte de sua vida por muitos anos, o protegeu, o alimentou, o deu afeto e mesmo apesar de seu temperamento explosivo sempre foi gentil com ele. Infelizmente crescer sozinho transformou o feiticeiro em alguém bastante solitário. Como uma druida de Erastil, Melka tentou ensinar para o garoto o que pôde sobre a arte, mas ele era simplesmente terrível nisso, eventualmente ele despertou seu poder mágico inato, o sangue das fadas, e atraiu para si a companhia de um pequeno dinossauro bebê que ele chamou de Leprechaum por ser bastante travesso, isso o permitiu se convencer que havia terminado seu treinamento e Melka eventualmente concluiu que não valia a pena convencê-lo do contrário.
E foi assim que o mesmo cresceu, em uma vida isolada, brincando com seu amigo dinossauro, explorando as redondezas, tendo aulas de Melka, ajudando-a com os afazeres domésticos... Infelizmente quando a puberdade chegou tudo mudou, ânimo se tornou tédio e aquele lugar parecia mais uma prisão que sua casa. Precisou de muito convencimento, mas eventualmente ele convenceu sua mãe a permiti-lo ir para a cidade de Riverwood, a mais próxima de sua chalé. Ele passou anos morando na cidade fazendo todos os tipos de bicos, depois de um tempo ninguém mais se importava com seu dinossauro ou com sua ladainha, só outra pessoa no meio da vida do cotidiano. Obviamente ele sempre visitava sua mãe quando podia. Já tinha namorada, amigos, um emprego de vendedor de peixes na cidade (e cantor de taverna em turnos ruins) e era famoso entre as garotas de Riverwood (especialmente depois que começou a tingir os cabelos em homenagem a alga que deu seu nome) quando algo inesperado aconteceu: sua mãe que nas suas últimas visitas estivera mais introspectiva e entristecida simplesmente sumiu certo dia. Ela deixara uma carta implorando que a esquecesse e não tentasse encontrá-la, mas algo na carta parecia errado, forçado.
Precisou de alguns meses para se convencer que era sua vez de ajudar sua mãe com qualquer que fosse o problema que ela tinha. Mas onde? Como? Ele não tinha nem um ponto de partida, sua única rota foi se tornar um aventureiro, conquistar e desbravar o mundo como sempre quisera desde criança, enquanto isso ele tenta vasculhar rumores sobre uma druida bruxa amigável e explosiva vagando o mundo. Abandonar o lugar onde passou toda sua vida foi uma experiência aterrorizante certamente, mas sempre capaz de manter um sorriso no rosto, poucas coisas abalam Dúlamán e poucas coisas vencem sua perseverança.