Prólogo: Merripen, O Druida

Merripen estava a caminho de realizar mais uma de suas metas e rever àqueles que o criou quando passou próximo da vila de Phlan. Encontrou um grupo aparentemente maligno que caçava os animais para fazer algum tipo de oferenda. Ele então decidiu lutar bravamente com eles defendendo os animais e reestabelecendo o equilíbrio natural daquela floresta. A batalha não foi a mais difícil que o pequeno druida enfrentou. Havia viajado muito e continha várias experiências em combate, dentre outras habilidades, claro.

Quando seu companheiro animal Loque’nahk, um lindíssimo leopardo albino, deu o golpe que matou o último dos inimigos, um homem alto, com uma cicatriz no rosto e um olhar que causava medo e impunha um respeito natural aparece saindo das árvores da floresta, aplaudindo:

- Muito bom rapaz... Qual o seu nome?

Perguntava o homem enquanto se aproximava

O homem se aproxima calmamente e diz ao hallfling:

- Pode abaixar a arma, guerreiro... Não vim para lutar. Sou Helldeth.

Ele faz um aceno cumprimentando o leopardo sentado no gramado baixo.

- Vamos conversar em um lugar com menos sangue, o que acha?

O homem responde enquanto caminhava para seu acampamento a alguns minutos de caminhada dali:

- Isto é normal de acontecer no mar da lua e em qualquer lugar que exista pessoas dispostas a fazer qualquer coisa por ouro... Mas você se mostrou de grandes habilidades, raapz.

- Na verdade é o que nós podemos nos ajudar... Pensei em lhe ensinar algumas coisas, dar algumas dicas. Você tem potencial garoto, mas ainda é um pedaço de carvão que precisa de lapidamento para ser o diamante que esconde...

Dizia o homem com calma enquanto caminhava.
A floresta foi ficando menos densa e podia-se ouvir de longe sons de pessoas: era o vilarejo.

O homem apenas sorriu e continuou o caminho, agora junto de seu mais novo discípulo.

Um mês se passou desde esse encontro e Merripen pôde aprender várias coisas que antes não conhecia. Viveu mais próximo das pessoas e conheceu a malícia oculta em cada sorriso. Fez alguns serviços simples que Helldeth o solicitava.
Mas a principal das missões foi a que ele estava a mais de um mês, desde que encontrou e conheceu seu novo mestre.
Ele anciava por tentar descobrir qual é a seita, o clã, ou seja lá o que for, que estava atacando vários animais na floresta. Durante o mês ele matou muitos outros membros usando dos conselhos que Helldeth lhe dara. Alguns ele não matava para obter informações.

E foi em uma noite como qualquer outra que Helldeth leva um homem sangrando e amordaçado, com as mãos amarradas, até o local que estavam dormindo naqueles dias: uma casa abandonada.

- Veja o que eu encontrei nas florestas caçando esta noite, Pen.
"Pen" foi a forma que o homem passou a chamar seu pupilo com o tempo.

- Faça o que quiser, tenho uns assuntos para resolver...

Helldeth não podia ficar ali daquela vez, e logo que diz isso, sai da casa. Ele confiava que o seu pupilo havia aprendido o suficiente para isto.

*Olha para Loque'nahak e sorri.*

*Entendendo o comando, a leoparda começa a circular o prisioneiro. Decide ficar atrás dele, e as vezes respira próximo ao pescoço, ajudando um pouco na intimidação*

-Sabe... você não é o primeiro que nós encontramos. Claro, a gente sempre tenta arrancar informações de vocês, mas acabam virando comida para minha amiga aí atrás... mas isso porque meu mentor não tem tanta paciência com palavras.

*Sorri, fica de pé (o que não deve ser algo tão mais alto que o homem ajoelhado) e dá de ombros, enquanto brinca com a foice nas mãos*

-Então ou hoje é teu dia de sorte, já que ele não está aqui para te matar... ou será que ela vai acabar te comendo vivo mesmo?

*Loque rosna*

*Merripen ergue a mão e desce a foice em um arco, soltando a mordaça do prisioneiro. Se cortar a pele do prisioneiro ou não, não importa; ele só não pode morrer agora.*

-Então, comecemos. O que vocês tanto querem com tantos sacrifícios?

Spoiler:

Assim que ele é desamordaçado ele gospe no chão à frente de Merripen:

- Tire essa vira-lata sarnenta de perto de mim!

E não responde à pergunta.

*O pequeno druida sorri, segurando a raiva, e se aproxima do sujeito. A ponta da foice vai arranhando de leve o ombro do cara, até que ela encontra a clavícula. Merripen envia a foice por trás desse osso, rasgando carne, músculos e tendão. Ele larga a pequena foice lá.*

*Loque sobe nos pés do homem ajoelhado, evitando que se mova*

-Certo, vamos tentar de novo. Qual é o objetivo de vocês?

- Objetivo? Matar esses animais imundos! Ha ha ha ha

Ele mal gritou de dor quando Merripen gravou a foice em seu ombro. Suas roupas rasgaram ainda mais e cairam e Merripen pôde ver que ele tinha várias cicatrizes horríveis. Aparentemente já havia sobrevivido a muitas torturas.

*O pequeno druida acha que algo ali não é... natural. Não consegue entender como um pensamento desses fosse possível sem algum tipo de controle ou influência, vindas de um plano maior. Ele sinaliza para Loque sair das pernas do indivíduo, e pede ajuda a ela para arrastá-lo para fora da casa abandonada.*

*Com ele jogado para fora da casa, corta as amarras das pernas do infeliz assim como fere uma das pernas, apenas o suficiente para que sangre levemente, sem matar*

-Vamos, corra! Já tive o suficiente de você. Torça para não encontrar meu mestre.

*O druida espera que o prisioneiro fuja. Após alguns segundos, garantindo que ele não tenha mais visão de Merripen nem de Loque, ele estende a foice para sua leoparda, dando o comando:*

-Rastreie.

*Contente com a ação, Loque cheira o sangue na foice e tenta captar o cheiro no ar e chão, que foi facilitado pelo sangramento na perna do homem*

Assim que o homem foi solto ele disparou para correr e só parou quando viu movimentação. Foi quando ele entrou em uma taverna qualquer da cidade, não muito longe de onde Merripen estava.

Loque estava farejando logo atrás e sabe onde o rapaz está, embora ele nem desconfie de nada.

Merripen finalmente alcança Loque e entram juntos na taverna.

Ela estava bem cheia para a hora do dia, e, para a infelicidade do grupo, ainda estava tendo uma briga entre dois barbaros no taverna e, um deles, era o próprio Taverneiro.
Sem precisar de grandes observações via-se que os braços deles estavam com leves cortes e sangrando, provavelmente por terem sido atingidos por garrafas de vinho.

Estava um verdadeiro tumulto e não conseguia ver o homem de forma alguma ali dentro.