O Acerto

Lars levanta-se com tudo já combinado e imediatamente vai até a sacerdotisa e passa seu braço direito por cima dela, colocando-o sobre os ombros da moça, então sorrindo segue "abraçado" com ela e ouvindo Gunnar falar então responde:

-Esqueçam o Kinkle...lembrei que ele está num trabalho muito complexo a uns dias, mas eu tenho outro nome em mente...Um Hafling chamado Pança...ele é gordo para os padrões da raça, mas continua furtivo e muito eficiente, acho que vocês já devem ter ouvido falar dele?

Encerrava o Tiefling esperando a resposta.

Gunnar levantou uma sobrancelha ao ouvir o nome do candidato, suspirando logo em seguida.

- Só espero que ele seja eficiente como você diz e que você não esteja apenas querendo economizar algumas peças de ouro.

O mago se levantou e endireitou suas roupas magicamente com um breve gesto de sua mão. Com outro movimento mágico, sua mochila levitou do chão até suas costas. Gunnar se retirou sem nenhuma despedida, fazendo um pequeno lembrete antes de começar a caminhar até a saída.

- Portão leste em duas horas.

Lars ouve as palavras de Gunnar e se despede logo em seguida então vira-se para a sacerdotisa com um ar maldoso e indaga:

-Então...vamos procurar o Pança, depois acho que teremos tempo de nos "divertir" um pouco... Não é?

Comentava ele olhando mais uma vez o corpo da sacerdotisa de cima abaixo e dessa vez mordendo os labios.

Lars chega ao local e encontra o hafling dormindo, ao seu redor muitos pedaços de maçã entre outras coisas. O tiefling cerra os olhos e comenta com a sacerdotisa:

-Huummm...parece que ele devorou um caixa inteira de maçãs...

Então um sorriso malicioso se vê na face combatente, ele olha para Westra sorrindo então abaixa-se e arrasta a caixa que o Hafling estava encostado para que ele perdesse o apoio e caísse, enquanto isso o Tiefling encarava-o esperando que ele acordasse com a queda.

- Temos uma proposta para você pequenino. Um trabalho no campo dos mortos, o que me diz, hein? - propõe Westra ao halfling com um sorriso.

Westra nem se deu ao trabalho de dar atenção ao tiefling. Sabia que ele iria ficar jogando essas piadas o tempo todo, mas não estava interessada mesmo, então não se dava o trabalho de responder.

Lasr cai na gargalhada ao ver o caos que causou ao acordar o hafling, então assim que o pequeno se recupera ele ouve a moça explicar a Pança sobreo trabalho e então com um sorriso no rosto completa suspirando...

-Mulher direta ao ponto...do jeitinho que eu gosto...

Dizia ele lançando mais gracinhas para a moça então vira-se para Pança e responde:

-Exatamente, não tenho nada no bolso, mas teremos bolsos cheios se cumprirmos esse trabalho!

Dizia Lars bastante empolgado e dando um tapinha levemente exagerado nas costas do pequenino.

O tempo passava rapidamente enquanto o mago conduzia sua pesquisa, utilizando suas conexões na academia para obter informação e acesso a documentos oficiais. Enquanto ele se ocupava em analisar um grande livro de registros pessoais, usava uma magia para copiar alguns mapas que poderiam ser úteis em sua missão. Alguns de seus colegas - que incluíam magos, médicos, professores, alquimistas e até nobres, - o consideravam uma pessoa bastante excêntrica, mas nenhum deles duvidava de sua eficiência em buscar conhecimento. Ou de produzir conhecimento, uma vez que Gunnar tinha escrito alguns livros bastante referenciados em sua área de conhecimento.

Após algum tempo se perdendo em divagações sobre sua investigação, seu familiar o alertou que estava na hora de partir. A ave, que se revezava entre voar em círculos pelo céu e descansar sobre o telhado das construções, havia avistado seus companheiros se dirigindo ao ponto de encontro. Os livros voaram rapidamente de volta para as prateleiras e os pertences do adivinho se organizaram em sua mochila. Sem demora, Gunnar partiu para o portão leste da cidade.

O tiefling sorri quando Pança diz ter um serviço grande mas abriria exceção para eles e enquanto andam comenta:

-Você continua um grande conversador, pequeno amigo...Temos que ir ao campo dos mortos e devemos proteger essa bela ex-donzela...Ela tem um filho, logo não pode mais ser chamada de donzela, mas basta ela estalar os dedos que eu cuidaria dela...

Esse negocio de donzela é tão sem graça....não sei o que vêem nisso, prefiro as experientes... Hahaha

Dizia ele lançando mais de suas gracinhas para a moça e logo em seguida gargalhando.

Então chega o Namfoodle de modo discreto e surpreendendo até o Pança e lhes faz outra proposta:

-Mais um trabalho e no mesmo lugar!? Que maravilha...Veja Pança, agora tenho certeza que nossos bolsos vão ficar pesados!

Ele vira-se para o gnomo:

-Nos diga, do que se trata e quanto quer pagar pequenino!

- Que tipo de trabalho Namfoodle? E Lars nunca fui uma donzela - responde ela ao Tiefling e pergunta ao Gnomo.

Os olhos do tiefling brilham ao ouvir falar em pedras preciosas, um largo sorriso surge em sua face e então ele aperta a mão do gnomo apressadamente:

-Há! Trato feito! Moedas sempre são bem vindas, não é Pança? haha! O que me diz mago?

Indagava ele para Gunnar

-Gosto de ouvir sua opinião porque você analisa bem toda a situação.

A história da bruxa intrigava Gunnar, que não havia encontrado referências de sua existência em sua pesquisa sobre a região. Isso não queria dizer, entretanto, que ela não existia. Poderia ser um dos perigos que habitam os montes da região, poderia ser um evento recente ou ela poderia ser inteligente suficiente para não se deixar ser notada. De qualquer forma, seria uma criatura perigosa que mais cedo ou mais tarde precisaria ser confrontada. O resgate, entretanto, não poderia ser atrasado.

- Nossa outra missão requer urgência e cautela, um paradoxo em si. - ele começou a divagar, olhando para o solo com uma expressão pensativa. - No momento, não temos tempo para procurar a bruxa naquela região. Se você tiver mais informação sobre ela, podemos aceitar a missão, caso contrário, precisamos completar nossa outra missão primeiro.

- Devo dizer que concordo com o mago. A nossa outra missão é complicada e requer foco total, como vamos buscar uma bruxa no meio de tal empreitada? E Lars você devia conter a sua urge por ouro e joias um pouco, tentar abraçar o mundo com a pernas não vai adiantar lá vai lhe trazer a fortuna desejada. Precisamos fazer uma coisa de cada vez, temos um tempo de manobra pelo Namfoodle? - indaga ela olhando para o pequeno - Algo que nos permita livrar a jovem do cativeiro e traze-la de volta.

O mago levantou o olhar e fitou Namfoodle por um instante, então virou-se para Lars, Pança e Westra.

- Dessa forma, me parece razoável. - ele falou, aguardando a confirmação de seus companheiros. - Para ser mais claro, a missão é resgatar a bolsa ou algo que deveria estar dentro dela?

Lars ouve o gnomo e a ponderação do mago, ele apenas acena positivamente e responde:

-Eu já tinha aceitado, agora o mago aceitou e quanto a vocês?

Indagava ele para os demais membros do grupo.

- Ah, tanto faz, se o mago e o tiefling aceitaram que diferença faria eu recusar? Só espero que isso não nos atrapalhe no resgate da menina lá - concorda também Westra.