Episode 01 - Utopia
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Re: Episode 01 - Utopia
Haldor Sullivan
A marreta ia forte em direção ao muro.
BRUM!!!!!
Um som alto era ouvido fazendo um grande eco. Os colegas de trabalho de Haldor, Jack e Steven deram três passos para trás se protegendo do poderoso impacto que levantava a grande poeira em cima de todos.
- WOW!!! Essa foi boa Strong! - Disse Steven, um homem negro, sem cabelos, relativamente com seus 30 e tantos anos aparente.
Jack, um homem caucasiano de cavanhaque e calvo, gordo porém bem forte, virou a cara e deu uma tossida, logo eles sentiram o teto estremecer um pouco fazendo descer poeira. Jack dizia:
- Mas que merda, acho que você meteu a marreta onde não devia...
Estavam quase ao ar livre e de capacetes, o único cômodo que havia um teto ainda era onde estavam, mas haviam áreas marcadas onde eles estrategicamente deviam quebrar para facilitar a queda do teto futuramente. Aquele era um prédio demolido do que antes era um asilo para idosos, o que sobrara foram escombros e os homens teriam de quebrar na mão. Era uma tarde de quarta-feira, ensolarada, por volta das 14:20. Haldor estava em seu expediente normal, o almoço havia sido já a uma hora atrás.
Antes que Haldor pudesse responder a atenção dos três operários era desperta por uma tropa de três ambulâncias que passavam ao lado da área de desabamento. Era possível ver por uma janela semi-destruída os três veículos cortando as ruas numa urgência poderosa causando uma rápido estardalhaço nas ruas, cruzando um farol vermelho e quase causando mais acidentes do que o acidente que já tinha acontecido com as pessoas naquelas três ambulâncias. Todos da rua olhavam curiosos para a urgência das ambulâncias que já sumiram de vista, mas suas sirenes ainda eram ouvidas.
- Droga... - Exclamou Steven - Isso me faz lembrar que tenho que levar minha mulher no hospital ainda... Ela pegou uma daquelas febres...
Era de conhecimento geral que uma onda de febre começou a atacar as pessoas ultimamente. No inicio não, era nada demais, mas de de uns tempos pra cá mais e mais pessoas estavam com essa febre e comerciais de prevenção de saúde já tinham saído na televisão pedindo às pessoas que ficassem atentas a descuidos de saúde.
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Re: Episode 01 - Utopia
Nathan Smith
Aquele era o segundo maço de cigarro naquele dia. Nathan atirou a bituca ao chão daquele beco enquanto esperava as viaturas finalmente ir embora e as pessoas começassem a se dispersar da baderna que havia ocorrido. As pessoas estavam furiosas, a polícia praticamente cercou todo o local pra impedir uma confusão grande e Nathan nada podia fazer além de esperar toda aquela palhaçada passar. Mas qual o motivo daquilo tudo? Um doido estava arrumando briga com um outro cara, foi muito de repente e não era um doido qualquer... O cara deu uma mordida no braço do outro homem tão forte que arrancou pedaço e um esguicho de sangue começou a jorrar, era um doido de pedra. Os dois começaram a brigar depois disso e então a polícia chegou, o cara tinha saído totalmente de si e atacou também o policial mordendo a sua mão, simplesmente não dava pra render o cara, estava muito violento, completamente insano, o policial se viu forçado a atirar, o doido tombou e bateu com força a cabeça na quina da calçada, as pessoas ficaram revoltadas e se amontoaram no policial, depois chegaram reforços pra ajudar o policial a sair daquela onde de fúria dos cidadãos e claro... A ambulância para socorrer o cara que levou aquela mordida tão forte no braço que não parava de jorrar sangue e o próprio policial que perdera alguns dedos.
A policia afastava a todos, celulares e câmeras gravando a confusão, os paramédicos levavam o policial e o homem que teve quase metade do braço arrancado numa mordida só e com a partida da ambulância e das viaturas as pessoas que vaiavam a policia em ondas de protesto se dispersavam finalmente indo tomar conta de suas vidas.
Bem... A polícia saíra, sobraram uns poucos policiais e muitos transeuntes espalhados de modo que Natham podia já tentar sair se misturando por aí ou esperar um pouco mais. Ela estava a caminho de ir procurar Drake ou Garcia, vai saber onde ambos aqueles caras estão? Nathan apenas sabia que ambos moravam em Atlanta e ainda estavam na ativa mesmo depois da prisão.
- Vinah
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- Mensagem nº5
Re: Episode 01 - Utopia
A bituca de cigarro ainda queimava mesmo quando esta já se encontrava no solo, lançando fios finos de fumaça que se perdiam em questões de segundos no ar. Nathan encarava a bituca, observando-a ser consumida. Não que ele de fato estivesse interessado naquele processo, mas enquanto seus olhos focavam naquele pequeno objeto, sua mente tentava absorver o que havia acontecido. Ali dentro do beco, Nathan vira uma grande confusão se formar. Uma briga comum de rua havia se transformado em uma merda das grandes. Um homem havia enlouquecido, pois havia mordido o seu rival e ainda arrancara os dedos do policial que havia tentado dar um fim a briga.
" Quando é que essa porra de mundo enlouqueceu tanto? Eu devo ter perdido muita coisa enquanto eu estava preso."
Aquela situação foi totalmente estranha e desconfortável, pois ver um homem agir como um louco e depois ser abatido em meio a multidão era uma experiência que faria qualquer um sentir-se mal. Mesmo que Nathan já houvesse matado alguém, aquilo era novo para ele. Assistir ao lado de centenas de pessoas uma morte era algo que trazia sentimentos a tona, e por pouco, Nathan não cedera a tentação de juntar-se aos protestos contra a polícia. Ele sentia pena do homem que havia sido morto, pois ele claramente estava fora de si.
"Bem, não importa, esse maluco me fez um grande favor. Aposto que os malditos jornais vão exibir e falar dessa porra a semana inteira! Desse jeito ninguém vai se lembrar do que aconteceu ontem a noite. Parece que a sorte ta do meu lado agora. Finalmente. "
De dentro do beco, Nathan havia ficado escondido enquanto assistia aquela confusão se desenrolar. Ele tentou permanecer sem chamar atenção, e sentiu-se aliviado quando aquela situação já estava se dissipando, uma vez que o número de policiais e pessoas reduziu exponencialmente. Então, quando por fim tudo aquilo acabou, ele decidiu que havia chegado a hora de sair para a rua.
Nathan passou as mãos em suas roupas, um gesto involuntário enquanto ele dava seus primeiros passos em meio as pessoas. Anda havia algumas pessoas por causa do ocorrido, mas ele tentou não prestar atenção em ninguém, apenas caminhou em meio a massa, tentando afastar-se daquele local sem levantar nenhum suspeita. Se fosse reconhecido ali, no meio de uma multidão enfurecida, Nathan não sabia o que poderia acontecer. Nem mesmo estava curioso para saber. Seu objetivo já estava bem claro em sua mente, iria procurar um de seus amigos naquela cidade caótica. Só tinha um problema nesse grande plano, o qual era a localização de seus amigos. Nathan não sabia onde eles poderiam estar.
Dessa forma, enquanto tentava se afastar do local, Nathan olhou para seu relógio, tentando calcular quantas horas faltava para o cair da noite. Sua melhor chance de encontrar seus amigos seria de noite, pois certamente havia alguns bares na região em que ocorriam algumas transações ilícitas. E uma vez que encontrasse locais assim, as chances de encontrar a localização de Pablo ou Garcia se elevariam. Então, como de costume, acendeu mais um cigarro com maestria, tragando-o logo em seguida.
" Quando é que essa porra de mundo enlouqueceu tanto? Eu devo ter perdido muita coisa enquanto eu estava preso."
Aquela situação foi totalmente estranha e desconfortável, pois ver um homem agir como um louco e depois ser abatido em meio a multidão era uma experiência que faria qualquer um sentir-se mal. Mesmo que Nathan já houvesse matado alguém, aquilo era novo para ele. Assistir ao lado de centenas de pessoas uma morte era algo que trazia sentimentos a tona, e por pouco, Nathan não cedera a tentação de juntar-se aos protestos contra a polícia. Ele sentia pena do homem que havia sido morto, pois ele claramente estava fora de si.
"Bem, não importa, esse maluco me fez um grande favor. Aposto que os malditos jornais vão exibir e falar dessa porra a semana inteira! Desse jeito ninguém vai se lembrar do que aconteceu ontem a noite. Parece que a sorte ta do meu lado agora. Finalmente. "
De dentro do beco, Nathan havia ficado escondido enquanto assistia aquela confusão se desenrolar. Ele tentou permanecer sem chamar atenção, e sentiu-se aliviado quando aquela situação já estava se dissipando, uma vez que o número de policiais e pessoas reduziu exponencialmente. Então, quando por fim tudo aquilo acabou, ele decidiu que havia chegado a hora de sair para a rua.
Nathan passou as mãos em suas roupas, um gesto involuntário enquanto ele dava seus primeiros passos em meio as pessoas. Anda havia algumas pessoas por causa do ocorrido, mas ele tentou não prestar atenção em ninguém, apenas caminhou em meio a massa, tentando afastar-se daquele local sem levantar nenhum suspeita. Se fosse reconhecido ali, no meio de uma multidão enfurecida, Nathan não sabia o que poderia acontecer. Nem mesmo estava curioso para saber. Seu objetivo já estava bem claro em sua mente, iria procurar um de seus amigos naquela cidade caótica. Só tinha um problema nesse grande plano, o qual era a localização de seus amigos. Nathan não sabia onde eles poderiam estar.
Dessa forma, enquanto tentava se afastar do local, Nathan olhou para seu relógio, tentando calcular quantas horas faltava para o cair da noite. Sua melhor chance de encontrar seus amigos seria de noite, pois certamente havia alguns bares na região em que ocorriam algumas transações ilícitas. E uma vez que encontrasse locais assim, as chances de encontrar a localização de Pablo ou Garcia se elevariam. Então, como de costume, acendeu mais um cigarro com maestria, tragando-o logo em seguida.
- Ação.:
- Se der, irei esperar a noite começar e ir para um bar. Caso contrário, vu ficar andando pela cidade enquanto tento pensar em uma solução melhor.
- Imagem do Nathan Smith:
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- Mensagem nº6
Re: Episode 01 - Utopia
Nathan Smith
A confusão estava acabada, ou ao menos para aquele homem que encontrara o fim de seus dias de uma forma triste, perdendo sua sanidade, perdendo a si mesmo, terminando como um animal abatido em meio à rua da ruas quentes de Atlanta. Ruas quentes de um mundo frio. Nathan via ao redor algumas pessoas ainda possuíam a expressão de raiva, outras tinham o choque em seu rosto, não eram como Nathan que já vira a morte de perto mais de uma vez, e pelas próprias mãos.
Bem ao fundo na cidade era possível ouvir as sirenes das ambulâncias e das viaturas deixando o local. O trânsito estava bem parado, o sol ardia na cabeça das pessoas e agora de Nathan que havia saído das sombras opacas do beco. Ninguem o encarava, deviam estar pensando no que aconteceu, talvez estivessem pensando agora em si mesmas, em suas vidas, o que fariam com elas de agora em diante. Ver alguém morrer provocava esses tipos de pensamentos, mas era pensamentos que já haviam passada pela cabeça de Nathan mais de uma vez.
Ele seguia seu caminho, passava pelas calçadas das ruas, de forma simples e casual, como mais um cidadão que não tinha nada a esconder, seu rosto ter sido anunciado uma vez em uma cidade tão grande como Atlanta não faria tanto efeito agora, só quando fosse anunciando tantas vezes que as pessoas pudessem gravar, e até lá ele era apenas um cidadão comum entre muitos outros.
Já havia passado algumas ruas, não haviam mais multidões nem policias, apenas o cotidiano com carros passando e logo indo encontrar um congestionamento à frente, reflexo da confusão de agora a pouco.
Nathan olhava as horas, seja em seu relógio, seja em seu celular e via que eram ainda 14:20, ainda demoraria para anoitecer e como um homem pertencente às ruas, sabia que não se fazia certas perguntas por aí de dia, certos nomes eram para ficar no anonimato, apenas aqueles que já ouviram falar desses nomes podem conhecer esses nomes, ou dizê-los. Ele caminhava em direção às ruas, tinha tempo pra matar até a noite... Ele passava por uma loja de eletrônicos onde a televisão falava mais uma vez sobre a febre que estava pegando todo mundo por aí, davam dicas de saúde, etc.
Nathan via muitas coisas pela cidade, lembrava dos tempos de quando era uma pessoa relativamente normal, lembrava de tudo o que passou. Sentiria falta daquilo tudo?
Ele passeara por uma praça e sentava-se em um banco, logo duas mulheres idosas sentavam próximos de Nathan, conversando. Nathan não tinha nada pra fazer, apenas sentava refletindo sua vida enquanto inevitavelmente escutava a conversa da senhora com sua amiga, elas conversavam sobre a sua filha Lori que estava numa fase difícil com seu marido Rick, segundo a senhora estavam brigando direto, ao menos Lori brigava, e ela tinha medo que seu neto Carl viesse a sofrer com isso, a amiga contava então de seu filho Adam, que ele também não estava se dando bem com a esposa Donna, ambas falavam sobre os relacionamentos dos seus filhos até que, Nathan cansa-se de ter que ficar ouvindo aquela conversa, ou ele finalmente fica tanto com a cabeça avoada que nem vê o tempo passar e as senhoras indo embora finalmente.
Ele já via o por do sol no horizonte, era hora de andar nas regiões mais perigosas. O ex presidiário então pegava um transporte público, ia até uma região mais urbana, um pouco mais pobre e não demora muito até ele encontrar um bar onde nenhuma música tocava, apenas alguns homens suspeitos tomavam uma bebida. Havia ali também o barman, ele era sério, apenas limpava um dos copos enquanto conversava com um dos caras no bar. Ele pede para o colega esperar um pouco e então pergunta à Nathan.
- E aí, colega, o que vai ser?
Assim como Nathan, dava pra ver que ele era fumante, estava com um cinzeiro ao lado da mesa, muitos ali eram fumantes, o bar não era pra gente de classe, mas também não havia nenhum letreiro "marginais e psicopatas sujos aqui".
- Convidado
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- Mensagem nº7
Re: Episode 01 - Utopia
Daniele Fairchield
A música tocava baixo no quarto de Angela, a avó de Daniele e Tatiana. Eram 14:20, a senhora Angela gostava muito de The Doors, escutava bastante quando explodiram as vendas. Daniele estava medindo a pressão de sua avó, infelizmente ela fora uma das vítimas dessa febre que andou atacando todo mundo, ela estava ardendo como nunca antes e Daniele só poderia ficar muito preocupada com a pressão altíssima de sua avó, até mesmo para a idade dela, mas não importava... Angela teimava que queria deixar a música ligada, ficar só de cama já a deixava ruím o suficiente, dizia ela.
Estava um dia quente, a janela estava bem aberta, muita luz entrava no quarto e ventilação também. Tatiana estava ao lado da porta, digitando mensagens no celular, seu tio Jonatham havia saído pra comprar mais alguns remédios. Felizmente Daniele estava de férias, por alguma ironia do destino essa onda de febre veio justamente na época que podia se disponibilizar totalmente para a sua avó e infelizmente era a única época que podia se disponibilizar um pouco para si mesma. Seu avô Owen estava em uma grande e confortável poltrona ao lado da cama de Angela, ele apenas estava quieto esperando o que sua neta viria a dizer agora.
- John Milton
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- Mensagem nº8
Re: Episode 01 - Utopia
A vida de Haldor ficava muito mais simples quando estava com uma marreta nas mãos.
Ele, praticamente, se esquecia do mundo quando manejava aqueles, quase, 10 quilos de metal reforçado...
Era só ele, a marreta e a sua meta.
BRUM!!!!!
O som alto do impacto o trouxera de volta a realidade e a nuvem de poeira que caíra do teto o mostrara que ele tinha ido um pouco longe de mais
-Merda!
Deveria controlar a força dos seus golpes... Mais um pouco e ele poderia ter se complicado, com aquele teto balançando por sobre sua cabeça.
Ele ouve seus colegas de trabalho externarem suas próprias preocupações...
Não que ele se importasse com o que Jack e Steven pensavam... Mas eles curtiam estar com Haldor e isso o ajudava a lidar com aquela parte do dia... Até a hora de conseguir ir treinar na academia.
Ele coloca a marreta no ombro e quando vai respondê-los as sirenes calam a todos
Era notório que, quem estivesse dentro dela ou estava morrendo ou prestes a começar a ficar assim... Seria por conta daquela febre?
Quando se distanciava a ambulância ele ouve o que Steven comentara e então responde
- Ih cara... Dá mole com essa virose não... Lá na academia algumas pessoas pegaram isso também...
Ele troca a marreta de ombro, mais por tique do que por estar realmente pesando
- Isso ai deve ser falta de vitaminas... Tem tempo que ela tá assim?
- Eleonor
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- Mensagem nº9
Re: Episode 01 - Utopia
Eu estava preocupada com minha avó, mas deixava transparecer o mínimo possível. Agora entendia a cara de paisagem que os médicos faziam em hospitais e eu mesma fazia isso atualmente. Como amenizar a notícia para meu avô? Me levantei da beirada cama após tirar a pressão e olhei para a rua lá fora em silêncio. O dia podia estar belo e claro, mas para mim estava negro e tempestuoso. Eu temia que a situação de minha avó piorasse e não entendia o que aquela febre esquisita era... E para piorar a pressão estava alta demais. Isso pode matar ela, mas o que posso fazer quando não sei a causa da febre? A pressão posso controlar com remédios, mas como se medica uma doença de origem desconhecida?, pensei e me voltei para o quarto mais uma vez. Owen e Ângela haviam cuidado de mim e de Tatiana quando eramos jovens e eu deveria lutar por eles até o fim.
Com os cabelos soltos, me aproximei de meu avô e me ajoelhei ao lado da poltrona, procurando as palavras certas para dar aquela notícia para ele. Falei em um tom mais baixo, para que ficasse entre nós dois e não preocupar minha irmã distraída antes da hora.
-- Vovô, as notícias não são boas. Vovó está com a pressão alta demais e tem a febre não tem melhorado... Na verdade, está ardendo em febre. Posso controlar a pressão e tentar diminuir a febre, mas não vou enganar o senhor. A situação não é boa. A vovó pode não resistir.
Minha expressão deixou transparecer minha preocupação e meu medo de perder minha avó. Esperava que meu tio chegasse logo com os remédios que eu havia pedido. Estava dedicando todo meu tempo livre - que era pouco - a aprender sobre aquela febre e achar uma forma eficaz de cuidar de minha avó. Tentava medicamentos para controlar a pressão e diminuir a febre, remédios para suprir as vitaminas que faltavam e as vezes também precisava injetar soro na veia, porque ela estava fraca demais. A situação era horrível.
-- Tatiana, pode buscar água fresca e algumas toalhas, por favor? Vou precisar para a vovó. -- Pedi, cansada.
Com os cabelos soltos, me aproximei de meu avô e me ajoelhei ao lado da poltrona, procurando as palavras certas para dar aquela notícia para ele. Falei em um tom mais baixo, para que ficasse entre nós dois e não preocupar minha irmã distraída antes da hora.
-- Vovô, as notícias não são boas. Vovó está com a pressão alta demais e tem a febre não tem melhorado... Na verdade, está ardendo em febre. Posso controlar a pressão e tentar diminuir a febre, mas não vou enganar o senhor. A situação não é boa. A vovó pode não resistir.
Minha expressão deixou transparecer minha preocupação e meu medo de perder minha avó. Esperava que meu tio chegasse logo com os remédios que eu havia pedido. Estava dedicando todo meu tempo livre - que era pouco - a aprender sobre aquela febre e achar uma forma eficaz de cuidar de minha avó. Tentava medicamentos para controlar a pressão e diminuir a febre, remédios para suprir as vitaminas que faltavam e as vezes também precisava injetar soro na veia, porque ela estava fraca demais. A situação era horrível.
-- Tatiana, pode buscar água fresca e algumas toalhas, por favor? Vou precisar para a vovó. -- Pedi, cansada.
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- Mensagem nº10
Re: Episode 01 - Utopia
Liberdade. Essa é palavra certa para descrever o que Nathan Smith estava sentindo enquanto andava pelas ruas da cidade. Apesar de ser um procurado pela polícia, e por isso, ter de estar sempre atento a qualquer movimento ou olhar suspeito, ele sentia uma espécie de paz. Não importava mais o que tinha acontecido com o homem louco há pouco tempo, pois agora o jovem desenterrava um sentimento há muito tempo perdido. Era um momento dele, e por várias vezes, Nathan se viu com um sorriso no rosto enquanto caminhava. O mundo podia acabar naquele mesmo dia, mas para Nathan o mundo estava se reconstruindo novamente.
Nathan andou por várias ruas sem destino, admirando as casas e prédios que despontavam de todos os lados. Observava o verde das árvores, e por diversas vezes, pegou-se parado observando algumas cenas do cotidiano. Estava finalmente livre daquele confinamento fornecido pela prisão, e agora gozava com aquela nova sensação. Nathan passou por uma loja de eletrônicos, e a única coisa que foi capaz de desviar sua atenção para um assunto mais sério foi quando uma manchete de um jornal informava sobre um surto de febre. Aquilo retirou outro sorriso de seu rosto.
" Parece que o mundo não mudou tanto assim afinal. Essas merdas de jornais ainda continuam passando as mesmas manchetes sobre a desgraça humana. Esses jornalistas são mesmo um grande bando de filhos da puta. Fico imaginando o que esses putos vão dizer sobre aquele homem que morreu... será que vão colocar ele como louco ou como um pobre coitado que sofreu com a maldade dos policiais? Eu aposto minha cabeça que ele vai ser retratado como uma vítima que não fez nada e vão foder a vida do policial de vez. No momento achei que a culpa foi do polícia, mas o que ele poderia fazer? O cara tava visivelmente fora de si, se o policial bobeasse ele se foder bonito. Foda-se. Essa porra já encheu o saco. É melhor eu me afastar e ir para um local mais tranquilo esperar que anoiteça."
Nathan então caminhou até uma praça, sentando-se em um banco de madeira. A praça não estava vazia, havia algumas crianças brincando e algumas pessoas fazendo cooper pelo local, e Nathan então achou fascinante esse tipo de cena. A vida ali parecia mais fácil, as pessoas realmente pareciam felizes, e isso o agradou. Tudo bem que sua vida tivera muitos momentos tristes, mas sentado ali no banco da praça, ele só conseguia relembrar os bons tempos. Lembrou da mãe e do pai juntos deitado ao seu lado quando era pequeno, a família havia se reunido para ver um filme de faroeste. Seu pai adorava filmes daquele tipo, mas Nathan nunca gostara realmente desse estilo de filme.
" Será que ainda fazem filmes de faroeste hoje em dia? Depois quando eu me arrumar vou ver alguns, certamente devem ter sido lançados vários filmes assim."
Nathan Smith também lembrou do dia que a família saíra para fazer um lanche ao ar livre. Foi exatamente nesse dia que seu pai o ensinou a andar de moto. Desde aquele dia então, Nathan havia se apaixonado pela sensação de dirigir. Enquanto relembrava seu passado, duas senhoras idosas sentaram perto dele, e ele não mostrou-se incomodado. Apenas continuou sentado, ainda pensando na incrível sensação de estar livre, e de tempo em tempos, acabava absorvendo um pouco do que as duas mulheres falaram.
" Eu sempre imaginei que as sogras falassem mal dos companheiros dos seus filhos... Aposto que se eu ficar aqui eu descubro isso."
Nathan deu uma risadinha, aquilo era estar livre. Nada mais comum do que fazer uma piadinha infame sentando em um banco numa praça qualquer da cidade. Após um tempo curtindo essa sensação, havia chegado a hora dele ser quem realmente era. O dia era agradável e bonito, mas durante a noite Nathan poderia realmente se libertar. E assim, o jovem procurado se levantou, indo em um bairro mais afastado da região. Não demorou muito e ele encontrou um bar que poderia obter alguma informação, então ele adentrou o recinto. Quando Nathan se ajeita e o barman se aproxima, ele fala:
- Manda uma cerveja aí cara. - Ele fez uma pausa. - Não, manda logo três que eu to com uma puta sede. Faz tempo que não tomo uma e hoje eu vi um maluco mordendo um cara e retirando um pedaço dealguém. Acredita nessa merda? - Ele então espera o barman voltar com a cerveja, e nesse meio tempo acende um cigarro. Quando o barman volta, ele diz. - Essa cidade não para de me surpreender.
Nathan Smith começou com uma abordagem mais calma, afim de engatar um papo para ver qual era a do barman e dos outros clientes do bar.
Nathan andou por várias ruas sem destino, admirando as casas e prédios que despontavam de todos os lados. Observava o verde das árvores, e por diversas vezes, pegou-se parado observando algumas cenas do cotidiano. Estava finalmente livre daquele confinamento fornecido pela prisão, e agora gozava com aquela nova sensação. Nathan passou por uma loja de eletrônicos, e a única coisa que foi capaz de desviar sua atenção para um assunto mais sério foi quando uma manchete de um jornal informava sobre um surto de febre. Aquilo retirou outro sorriso de seu rosto.
" Parece que o mundo não mudou tanto assim afinal. Essas merdas de jornais ainda continuam passando as mesmas manchetes sobre a desgraça humana. Esses jornalistas são mesmo um grande bando de filhos da puta. Fico imaginando o que esses putos vão dizer sobre aquele homem que morreu... será que vão colocar ele como louco ou como um pobre coitado que sofreu com a maldade dos policiais? Eu aposto minha cabeça que ele vai ser retratado como uma vítima que não fez nada e vão foder a vida do policial de vez. No momento achei que a culpa foi do polícia, mas o que ele poderia fazer? O cara tava visivelmente fora de si, se o policial bobeasse ele se foder bonito. Foda-se. Essa porra já encheu o saco. É melhor eu me afastar e ir para um local mais tranquilo esperar que anoiteça."
Nathan então caminhou até uma praça, sentando-se em um banco de madeira. A praça não estava vazia, havia algumas crianças brincando e algumas pessoas fazendo cooper pelo local, e Nathan então achou fascinante esse tipo de cena. A vida ali parecia mais fácil, as pessoas realmente pareciam felizes, e isso o agradou. Tudo bem que sua vida tivera muitos momentos tristes, mas sentado ali no banco da praça, ele só conseguia relembrar os bons tempos. Lembrou da mãe e do pai juntos deitado ao seu lado quando era pequeno, a família havia se reunido para ver um filme de faroeste. Seu pai adorava filmes daquele tipo, mas Nathan nunca gostara realmente desse estilo de filme.
" Será que ainda fazem filmes de faroeste hoje em dia? Depois quando eu me arrumar vou ver alguns, certamente devem ter sido lançados vários filmes assim."
Nathan Smith também lembrou do dia que a família saíra para fazer um lanche ao ar livre. Foi exatamente nesse dia que seu pai o ensinou a andar de moto. Desde aquele dia então, Nathan havia se apaixonado pela sensação de dirigir. Enquanto relembrava seu passado, duas senhoras idosas sentaram perto dele, e ele não mostrou-se incomodado. Apenas continuou sentado, ainda pensando na incrível sensação de estar livre, e de tempo em tempos, acabava absorvendo um pouco do que as duas mulheres falaram.
" Eu sempre imaginei que as sogras falassem mal dos companheiros dos seus filhos... Aposto que se eu ficar aqui eu descubro isso."
Nathan deu uma risadinha, aquilo era estar livre. Nada mais comum do que fazer uma piadinha infame sentando em um banco numa praça qualquer da cidade. Após um tempo curtindo essa sensação, havia chegado a hora dele ser quem realmente era. O dia era agradável e bonito, mas durante a noite Nathan poderia realmente se libertar. E assim, o jovem procurado se levantou, indo em um bairro mais afastado da região. Não demorou muito e ele encontrou um bar que poderia obter alguma informação, então ele adentrou o recinto. Quando Nathan se ajeita e o barman se aproxima, ele fala:
- Manda uma cerveja aí cara. - Ele fez uma pausa. - Não, manda logo três que eu to com uma puta sede. Faz tempo que não tomo uma e hoje eu vi um maluco mordendo um cara e retirando um pedaço dealguém. Acredita nessa merda? - Ele então espera o barman voltar com a cerveja, e nesse meio tempo acende um cigarro. Quando o barman volta, ele diz. - Essa cidade não para de me surpreender.
Nathan Smith começou com uma abordagem mais calma, afim de engatar um papo para ver qual era a do barman e dos outros clientes do bar.
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- Mensagem nº11
Re: Episode 01 - Utopia
Haldor Sullivan
Steven apenas respondia:
- Não, foi muito de repente. Ela acordou mal hoje, tava um caco. Vou ver com o George pra eu sair mais cedo e levar ela, já volto.
George era o supervisor de ambos, era um cara legal, mas levava o trabalho muito a sério e isso levava alguns a acharem ele bem marrento, mas na verdade era por conta que era viúvo, desde que sua esposa morreu ele tem descontado e dedicado sua vida ao trabalho como rota de fuga. Haldor sabia disso porque era o mais próximo dele que os outros operários.
Steven já ia saindo e Jack dizia interrompendo-o:
- Peraí, estamos indo também, precisamos ver os outros pontos, isso se já não derrubamos todos.
No caminho de volta para o lado externo Jack continuava comentando com os dois colegas:
- Essa onda febre de parece até moda, todo mundo pegando isso...
Do lado externo podiam ver o planejamento de obras do lado da rua, haviam faixas impedindo a passagem de veículos e pedestres em determinada área, George não estava ali, Steven se separava da dupla indo procurar o supervisor.
O restante do dia fora comum, conseguiram terminar todo o trabalho ainda hoje, por mais que Haldor fosse uma montanha de músculos estava cansado do trabalho, mas é claro que ele sempre podia arrumar alguma energia para a academia. Eram 18:00, já estava escurecendo, todos estavam batendo as folhas de ponto, Steven não chegou a voltar para a obra o que significava que sim, havia conseguido levar sua esposa para o médico.
Jack estava com Haldor e após bater a sua folha dava um suspiro e dizia:
- Falou Strong, até amanhã.
E seguia seu caminho. Logo era a vez de Haldor bater o seu cartão e tão logo ele o faz ele via George se aproximando da maquina ao lado da cabine.
- E aí Strong, vamos tomar uma cerveja no bar?
George tinha uma estatura mediana, seus 50 e tantos anos, era forte e tinha barba por todo o rosto, olhos castanhos e cabelos grisalhos, se geralmente não estava com um semblante sério estava com um semblante deprimido, em alguns poucos momentos se pegava George sorrindo com algum comentário engraçado ou uma noticia boa. Strong tinha planos de ainda ir pra academia, mas uma cerveja após um dia de trabalho também era uma ótima, mas bastava ao gigante decidir o que fazer.
- John Milton
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- Mensagem nº12
Re: Episode 01 - Utopia
- Isso é verdade Steven... Ta todo mundo pegando isso...
Strong abaixa a marreta deixando-a alinhada com seu corpo.
Qualquer um que deixasse aquela " sexta-feira" abaixada teria que arrastá-la pelo chão. Mas não com Haldor.... A cabeça do martelão balançava próximo ao seu joelho. Só aquela visão intimidaria qualquer engraçadinho a olhar para o lado.
Ele anuiu com a cabeça e dá um sorriso de esguelha
-Vamos logo.... Talvez tenha algumas coisas para a gente derrubar
E havia... Haldor exercitara seu corpo quase a exaustão... As vezes estar ali o cansava mais que qualquer treino de academia...
Ali o esforço era verdadeiro e não havia nenhum frouxinho que parasse para apreciar a visão dos seus músculos suados.
Quando a sirene tocara, informando que o expediente acabara, ele sentia cada músculo do seu corpo doer e ficara feliz com aquilo...
Sem dor não havia ganho
Ele se despedia de Jack, que era um cara comum e queria o quanto antes chegar em casa para descansar. Strong não o culpava... Ele devia ter uma vida ... Mas Haldor não... Desde a morte da sua mãe não conseguira se relacionar com mulher alguma... Sua vida era sua carreira, fosse como operário como como halterofilista.
Ele tinha planos... Iria puxar um pouco de ferro ainda, antes de cair exausto na sua cama de solteiro naquele quarto espartano, em seu apartamento alugado...
Mas George estava no caminho...
Ele era um cara legal, e Strong simpatizava com sua dor... Ele quase sentia pena daquele cara e talvez uma cerveja com ele ajudasse a equilibrar o karma...
Ele olhara George de cima e sorri para o cara
-Fala amigo... Uma cerveja vai cair bem... Eu pago uma rodada
-
- Convidado
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- Mensagem nº13
Re: Episode 01 - Utopia
Daniele Fairchield
Para Daniele, o clarão belo e cristalino do dia não passava de trevas minuciosas que só rondavam os membros de sua família. Owen permanecia quieto enquanto esperava respostas e Daniele procurava palavras que não fossem duras demais, pois não haviam palavras suaves para aquela ocasião. Ela se levantava e caminhava até a janela, Owen não desviou o olhar de Ângela que estava soando e pegou em sua mão que repousava sobre o corpo, ela dormindo mas longe de ser um sono tranquilo.
Daniele via do lado de fora a sua vizinhança. Haviam carros passando até que o semáforo fecha para o sentido centro, e como normalmente acontecia os carros paravam, havia pelo menos uma motocicleta na rua e na garupa havia moça sendo que o piloto era um homem, ambos de capacetes. Um cão marcava território no hidrante, transeuntes passavam com o fechamento do semáforo para os carros. Quantas pessoas daquelas lá fora estariam passando por algum problema? Todos tínhamos problemas, isso era um fato, alguns problemas eram mais nebulosos que outros, mas quantas daquelas pessoas estariam tendo um problema tão grande ou pior quanto o que Daniele estava passando agora? Enfrentar uma adversidade tão grande que estava fora de seu alcance era no mínimo assustador, mas o pior era que alguém que amava é que sofreria com essa impotência.
Um vento batia suave contra seu rosto balançando seus cabelos levemente, a brisa que entrava pelo menos era um pouco refrescante, como se fosse o único consolo que o mundo poderia dar à ela naquele momento, o mínimo que a natureza podia fazer, antes de ela quem sabe... Prosseguir com seu curso.
Após finalmente reunir as forças Daniele se ajoelhava para então soltar palavras que sairiam rasgando sua garganta como fogo. Owen olhava para sua neta mais velha e depois olhava para a neta mais nova, e neste exato momento Tatiana também olhava para ele. Owen tinha uma expressão cansada, muito pesada, como se estivesse talvez até mais cansado do que Daniele estava. Ele nada falava, apenas pousava a mão sobre as de Daniele e duas vezes dava um leve e vagaroso tapinha nas mesmas assentindo com a cabeça e os olhos fechados e naquele momento Daniele sentia que talvez seu avô já soubesse disso o tempo todo e que apenas estivesse em tolas esperanças de que estivesse errado.
Daniele via Tatiana, a menina ainda estava com o celular nas mãos mas seu rosto fitava a irmã mais velha, a menina estava um pouco sem expressão, parecia que o olhar de seu avô já tinha dito tudo o que ela precisava saber, ela só reagiu de fato quando Daniele fez soar sua voz como o único som principal do ambiente, claramente destacado do som de fundo da paisagem urbana.
- Tá...
Disse a menina com uma voz vazia voltando-se para o corredor e desaparecendo no mesmo. Após alguns segundos, Owen dizia com uma voz pesada e ainda fitando apenas Ângela e segurando em sua mão a acariciando.
- Querida... Quando sua irmã voltar com as toalhas, gostaria que me deixasse sozinho com a sua avó, eu cuidarei dela. Tudo bem?
Daniele via claramente que Owen estava triste, não estava assustado como ela mesma estava, apenas triste... Da mesma forma sentia em seu tom de voz que aquilo não era um pedido de permissão.
Logo após, Tatiana voltava com uma bacia de água e duas toalhas no ombro, observando a cena acinzentada ela dizia em um tom hesitante enquanto contornava o quarto para por a bacia e as toalhas em cima da mesinha de madeira.
- Não... É melhor levar a vóvó pra um hospital?
Ela punha pousava a bacia e se aproximava dois passos do avô e da irmã segurando timidamente o braço esquerdo com sua mão direita. Owen não respondia à pergunta da neta mais nova, continuava na mesma posição que estava, apenas esperando que suas netas o deixassem sozinho
- Tatiana:
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- Mensagem nº14
Re: Episode 01 - Utopia
Nathan Smith
O tempo só passava rápido de duas formas, quando estava se divertindo à beça ou quando sua mente viajava através do tempo e do espaço relembrando a nostalgia de cada momento mágico e feliz que sua alma conseguia se agarrar. Para algumas pessoas aquilo era tudo o que sobrava, para outras aquilo ainda era algo a que buscar...
O tempo voara e Natham já estava fora e em um possível local onde conseguiria as informações que desejava, era possível também que arrumasse uma baita confusão, era o que acontecia muitas vezes na vida do criminoso.
Após Nathan sentar-se, pedir as três cervejas e começar a narrar brevemente a ocorrência invulgar no seu dia o barman pegava um dos copos e já ia até um dos três filtros de cerveja que estava ao seu lado direito e ao lado esquerdo de Nathan. A boca estava virada para o lado do bar, naturalmente e o mesmo dizia enquanto enchia a caneca:
- Ah eu acredito sim meu chapa...
Rapidamente a primeira caneca era enchida e ele já mandava para Nathan pondo ao seu lado na mesa enquanto pegava outra caneca e dizia apontando a caneca para Nathan.
- Mas se você fica impressionado com isso, você iria chorar se estivesse na guerra...
Logo então ele ia para o filtro novamente e continuava enquanto enchia a caneca:
- Nunca estive lá mas... Meu pai esteve. As coisas que você vê, as coisas que você faz... Sabe...
Ele parecia bem reflexivo enquanto enchia a mesma, como se estivesse distante e então volta ao mundo físico logo no momento certo de tirar a caneca da boca da filtro e entregar para Nathan.
- Ver a morte em cada canto durante anos... As coisas que você tem de fazer, as coisas que você tem que aguentar, tudo pra sobreviver... Torturar, ser torturado, matar crianças, mulheres, ver seus amigos morrerem nas mãos de crianças... Esse tipo de coisa, cara... Fica impregnado na sua cabeça.
Ele então para e olha para Nathan por alguns instantes como se estivesse o analisando e depois pega a terceira caneca e ia levando até o filtro enquanto falava:
- Eu digo... O mundo não está louco, cara...
Ele então enchia a caneca e quando terminava e botava na mesa do bar concluía:
- Ele está do jeito que sempre foi.
O barman então apoiava as duas mãos na mesa encarando Nathan, parecia que uma breve introdução a uma conversação levara a uma coisa muito mais profunda e reflexiva, por um instante e do jeito que ele falava, com tanta convicção, pesar e ceticismo era difícil dizer se realmente estava falando da experiência de outra pessoa ou se era experiência própria.
Após um segundo o Barman estende a mão num cumprimento e dizia:
- Dwight...
O homem fumante ao lado que conversava com Dwight estava apenas em silêncio, observando a conversa dos dois, sua expressão era de que o tempo inteiro estava apenas concordando com tudo o que Dwight falava. As pessoas ao arredor do bar pareciam estar na delas ainda, nenhuma atenção desnecessária foi chamada.
- Convidado
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- Mensagem nº15
Re: Episode 01 - Utopia
Haldor Sullivan
As coisas iriam sair um pouco da rotina, mas o que de mal isso poderia causar? Quem sabe aquilo até poderia ser bom? Já estava quase escuro, apenas um risco alaranjado no horizonte, as luzes das ruas já estavam acesas e os faróis dos carros também já estavam erguidos para iluminar as ruas. Haldor concordava com a ideia de George de irem tomar uma cerveja no bar, ao que George assente positivamente com uma boa feição.
George oferece Haldor para irem em seu carro dizendo ao gigante que ele o deixaria em casa. O caminho não era longo até o bar, mesmo com o transito levara cerca de 20 minutos. A noite estaria tranquila não fosse por duas ambulâncias que quase bateram na traseira do carro de George. Os dois operários olharam para ambulância com curiosidade e comentaram a respeito, George comentava com Haldor que hoje um colega seu disse à ele que a tarde na rua houve um problema com a policia, um policial tinha matado um cara doido, o cara era violento e tava atacando os outros a dentadas, as pessoas ficaram revoltadas e precisou chamar reforço da policia para acalmar a situação, George falava que ficava puto da vida com essas coisas mas que como não estava lá e o cara tava doido e ninguem conseguia controlar talvez o policial não tivesse escolha.
Eles então chegavam no bar, estacionavam na primeira calçada que viram próximo do mesmo. Eles desceram, o movimento estava bem fraco naquela área, quase deserta, haviam alguns carros mas praticamente ninguem na rua, o único lugar que tinha gente era o bar que era também uma lanchonete. Ambos os dois entravam e poucas das poucas pessoas que estavam lá olharam para a dupla e depois voltaram a tomar conta dos seus negócios. Haviam apenas adultos ali, algumas pessoas um pouco mais velhas e outras um pouco mais novas, alguns eram casais, outros eram só grupos de amigos. Haldor e George sentaram em uma das mesas do bar, a garçonete se aproximava e perguntava:
- Boa noite senhores, o que vai ser?
Haldor podia notar que a garçonete estava um pouco jeitosa e tímida ao olhar para George e levantava um leve sorriso pra ele, mas George nem parecia notar, ele apenas olhava pro menu e respondia:
- Pode me ver uma porção de calabresas e uma cerveja, sim?
A mulher então anotava o pedido, com o sorriso mais sutil e pergunta pra Haldor:
- E o senhor?
Após dizer o que iria querer, a garçonete anotaria o pedido e diria:
- Sai num minuto.
Ela olhava uma ultima vez pra George que apenas assente para ela e assim a garçonete saía da mesa.
- Eleonor
Mestre Jedi - Mensagens : 1126
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- Mensagem nº16
Re: Episode 01 - Utopia
Não via motivos para não deixar o homem fazer aquilo e, bem, não havia muito o que fazer mesmo. Concordei com a cabeça, sabendo que talvez um momento a sós com a esposa pudesse também ajudar ele. Os últimos dias vinham sendo terríveis para todos nós e um consolo as vezes poderia ser bom. Acho que meu avô se sentia tão impotente quanto eu e fazer algo pela esposa podia elevar um pouco seu humor, antes dela piorar. Oh, deuses... Por que eram tão cruéis com os humanos?
Quando minha irmã voltou e falou, mexi nos cabelos escuros e olhei um tempo o corpo de minha avó. Quase podia sentir o calor, o sofrimento e a morte exalando dela. Lutei contra as lágrimas que queriam vir e abri a boca algumas vezes para falar, mas nada saía. Então a voz finalmente veio, permitindo que meus pensamentos fossem expressados.
-- Talvez seja nossa melhor opção. Devem ter formas de controlar melhor os sintomas e diminuir o sofrimento da vovó lá... Mas a decisão é sua, vovô. -- Eu engoli meu orgulho ao dizer aquilo, mas a vida de minha família era mais importante que aquilo. Não sabia mais o que fazer por ela, ou forma de salvar ela sem ajuda. As lágrimas começaram a escorrer pela face e as sequei desajeitada com as costas da mão esquerda. -- Mas acho que talvez ainda possamos ter alguma esperança...
A quem eu queria enganar? Talvez a mim mesma, acho. De todo modo, esperaria a resposta de Owen e iria deixar ele cuidar da esposa, avisando a minha querida irmã que ele queria um pouco de tempo com a mulher.
Quando minha irmã voltou e falou, mexi nos cabelos escuros e olhei um tempo o corpo de minha avó. Quase podia sentir o calor, o sofrimento e a morte exalando dela. Lutei contra as lágrimas que queriam vir e abri a boca algumas vezes para falar, mas nada saía. Então a voz finalmente veio, permitindo que meus pensamentos fossem expressados.
-- Talvez seja nossa melhor opção. Devem ter formas de controlar melhor os sintomas e diminuir o sofrimento da vovó lá... Mas a decisão é sua, vovô. -- Eu engoli meu orgulho ao dizer aquilo, mas a vida de minha família era mais importante que aquilo. Não sabia mais o que fazer por ela, ou forma de salvar ela sem ajuda. As lágrimas começaram a escorrer pela face e as sequei desajeitada com as costas da mão esquerda. -- Mas acho que talvez ainda possamos ter alguma esperança...
A quem eu queria enganar? Talvez a mim mesma, acho. De todo modo, esperaria a resposta de Owen e iria deixar ele cuidar da esposa, avisando a minha querida irmã que ele queria um pouco de tempo com a mulher.
- Convidado
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- Mensagem nº17
Re: Episode 01 - Utopia
Daniele Farchield
Coisas ruins aconteciam todos os dias, as vezes, aconteciam mais com pessoas boas do que as más. Em sua mente Daniele apelava para o além, o Divino, algum ser superior que pudesse estar ao menos observando aquela tragédia, mas como com muitas pessoas ela não obtêm respostas, um silêncio sepulcral, sonoro e simbólico mantinha-se no quarto da enferma.
A militar ouvia a sugestão de sua irmã menor, e ela concordava que poderia ser o melhor a se fazer, com equipamentos e um centro de medicação de prontidão era bem possível que conseguissem condições melhores para o que talvez pudesse ser os últimos dias da sua avó Angela. O vento batera mais uma vez na janela, do lado de fora ouvia-se mais de uma sirene de ambulância passando pela vizinhança, talvez não muito distante. Aquilo indicava que não só sua avó, mas outras pessoas também estavam sofrendo, assim como os entes queridos dessas pessoas poderiam sofrer enquanto ao menos a dor do moribunda cessaria com o ultimo sopro da vida.
Mesmo com o alto som da sirene quebrando o momento, Angela não despertara de seu sono sofrido e Owen não mexera um músculo, não desviara um milímetro o olhar de sua tão amada esposa, ele apenas respondia Daniele em um tom de suplica, fechando os olhos, abaixando o rosto e segurando a voz chorosa:
-Querida, só... Me deixe com a sua avó, por favor...
Parecia que ele mesmo já tinha perdido totalmente as esperanças, talvez não fossem os médicos nem os hospitais que ajudariam em alguma coisa no ponto de vista de Owen, médicos já falharam tantas vezes com tantas coisas e o pensamento de muitas famílias antigas era de que quando Deus quer levar seu filho ou sua filha, homem algum pode impedir, talvez esse fosse o pensamento de seu avô nesse momento.
Respeitando a vontade de Owen, a própria Daniele que não conseguira mais segurar as lágrimas torna para sua irmã, podia-se ver que ela ainda estava processando o que estava acontecendo, a menina parecia não saber que cara fazer ou como reagir diante do que ocorria. Ela dizia para Tatiana para saírem, a menina concorda com a cabeça e dá um beijo no rosto do avô e um beijo na testa suada da avó, ambos de forma terna e bonita, um gesto de carinho para pessoas que precisavam de todo que poderiam ter e assim elas saem do quarto com Owen pedindo para que fechassem a porta e é isso que Tatiana fazia.
Com a porta fechada e o resto dos cômodos em ordem, num silencio funesto e o clima ainda negro, Tatiana dizia:
- Dani, você tá cansada... Vai dormir um pouco, você passou a manhã e a tarde toda cuidando da vóvó. Quando o tio chegar eu te acordo.
De fato Daniele sentia-se cansada e não havia nada mais que pudesse fazer por sua avó até seu tio chegar com os remédios que ela havia pedido.