Quando Isabelle comenta que Alicia ainda tinha que esclarecer algumas coisas, a mulher fita Isabelle como quem não concordasse com aquilo. Mas respondia de acordo apesar da feição que fazia. - Claro... Acho que você merece alguma informação. - Outra vez Isabelle percebe aquele olhar de admiração sobre ela. Alicia volta a dar ouvidos para Isabele, esperando a primeira pergunta.
- Não... Quero dizer... Acho que sim... Talvez... - A feição de Alicia era bastante confusa, continuava olhando para a autoestrada, mas Isabelle podia perceber que ela ainda tentava buscar uma resposta melhor que aquela. - Eu também perdi a memória, então não sei se a gente se conhecia. - E outra vez a mulher fitava Isabelle, dessa vez estampando um sorriso fora de contexto em seu rosto. E outra vez ficou em silêncio esperando a próxima pergunta.
- Eu sei que seu nome é Angeline, sei que seus dons foram objetos de pesquisa... E eu sei que você já fez parte dos planos de agências de inteligência de diversos países. Ter alguém com suas capacidades nos serviços de inteligência seria algo extraordinário... Mas você se tornou invisível em um certo período... Coincidentemente era o período que ficou em coma. - Ela observou o rosto de Isabelle em uma pausa mais longa na fala, depois voltou a se concentrar na autoestrada enquanto continuava. - E uma fonte anônima jura que sua mente é a arma mais poderosa que a humanidade possui... Eu acho que isso é papo de maluco, as pessoas são muito exageradas... Ah, e eu tenho convicção que nessas horas você deve estar sendo procurada. Aparecer nos jornais foi uma péssima ideia. - Desta vez Alicia esperava Isabelle fazer todas as perguntas que lhe vinha na cabeça para responder em sequência.
- Eu invadi seu apartamento porquê você é descuidada. Como eu disse, aparecer nos jornais foi uma péssima ideia. - Para Alicia aquela parecia uma boa resposta, já não era surpresa para Isabelle que a mulher tinha um comportamento exótico e uma inaptidão em socializar de forma normal. - Eu quero que você aprenda a usar seus dons. Não só essas coisas de ver o passado, futuro, falar com espíritos... Não... Eu quero que você aprenda tudo. Curar ferimentos, criar campos de força, telecinese... Essas coisas mais legais... Sempre quis ver isso com meus próprios olhos. - Alicia voltava seu olhar para Isabelle e outra vez sorria. Era uma resposta muito insana, mesmo para ela, talvez Alicia fosse mesmo louca. - E quem sabe depois disso eu te convença a encontrar as pessoas por trás da sua amnésia, e da minha... Antes que nos encontrem. - Essa deveria ser a resposta por trás do propósito de Alicia.
- Seu namorado tem avançado bastante nas investigações que fazia. Graças a ele eu cheguei até você, não foi só culpa dos jornais. E se ele foi para Wanaque, parte das respostas sobre seu passado devem estar ali... Não sei se a gente vai encontrar alguém, você que deveria saber... Mas espero que a gente encontre seu namorado. - Houve um silêncio por alguns minutos entre Alicia e Isabelle. A mulher abaixou o volume do rádio e o som que saíam pelas caixas de som eram quase inaudíveis, permitindo que o ronco do motor fosse ouvido.
Mas Alicia se permitiu a falar um pouco mais. - Eu estou tentando encontrar um sentido sobre mim faz um longo tempo. - Alicia comentou com a feição séria enquanto encarava a autoestrada. - É exaustivamente horroroso quando você tenta viver uma "vidinha" normal e alguém do seu passado, de alguma forma, começa a te mostrar informações sobre seu passado. E depois de um tempo eu não consegui mais manter minha "vidinha" normal após descobrir tudo que eu havia feito no passado... E eu era apenas uma criança... - A mulher soltou um longo suspiro antes de terminar. - Com o tempo você vai perceber que é impossível levar uma vida normal. - Ficava claro que Alicia tinha uma história que a levou a seguir por aquele caminho que levou até Isabelle, e a coincidência sobre as duas não se limitava apenas a perda da memória, alguns fantasmas do passado de Alicia a perturbavam por um período tão longo que talvez justificasse as insanidades que ela promovia.
- Não... Quero dizer... Acho que sim... Talvez... - A feição de Alicia era bastante confusa, continuava olhando para a autoestrada, mas Isabelle podia perceber que ela ainda tentava buscar uma resposta melhor que aquela. - Eu também perdi a memória, então não sei se a gente se conhecia. - E outra vez a mulher fitava Isabelle, dessa vez estampando um sorriso fora de contexto em seu rosto. E outra vez ficou em silêncio esperando a próxima pergunta.
- Eu sei que seu nome é Angeline, sei que seus dons foram objetos de pesquisa... E eu sei que você já fez parte dos planos de agências de inteligência de diversos países. Ter alguém com suas capacidades nos serviços de inteligência seria algo extraordinário... Mas você se tornou invisível em um certo período... Coincidentemente era o período que ficou em coma. - Ela observou o rosto de Isabelle em uma pausa mais longa na fala, depois voltou a se concentrar na autoestrada enquanto continuava. - E uma fonte anônima jura que sua mente é a arma mais poderosa que a humanidade possui... Eu acho que isso é papo de maluco, as pessoas são muito exageradas... Ah, e eu tenho convicção que nessas horas você deve estar sendo procurada. Aparecer nos jornais foi uma péssima ideia. - Desta vez Alicia esperava Isabelle fazer todas as perguntas que lhe vinha na cabeça para responder em sequência.
- Eu invadi seu apartamento porquê você é descuidada. Como eu disse, aparecer nos jornais foi uma péssima ideia. - Para Alicia aquela parecia uma boa resposta, já não era surpresa para Isabelle que a mulher tinha um comportamento exótico e uma inaptidão em socializar de forma normal. - Eu quero que você aprenda a usar seus dons. Não só essas coisas de ver o passado, futuro, falar com espíritos... Não... Eu quero que você aprenda tudo. Curar ferimentos, criar campos de força, telecinese... Essas coisas mais legais... Sempre quis ver isso com meus próprios olhos. - Alicia voltava seu olhar para Isabelle e outra vez sorria. Era uma resposta muito insana, mesmo para ela, talvez Alicia fosse mesmo louca. - E quem sabe depois disso eu te convença a encontrar as pessoas por trás da sua amnésia, e da minha... Antes que nos encontrem. - Essa deveria ser a resposta por trás do propósito de Alicia.
- Seu namorado tem avançado bastante nas investigações que fazia. Graças a ele eu cheguei até você, não foi só culpa dos jornais. E se ele foi para Wanaque, parte das respostas sobre seu passado devem estar ali... Não sei se a gente vai encontrar alguém, você que deveria saber... Mas espero que a gente encontre seu namorado. - Houve um silêncio por alguns minutos entre Alicia e Isabelle. A mulher abaixou o volume do rádio e o som que saíam pelas caixas de som eram quase inaudíveis, permitindo que o ronco do motor fosse ouvido.
Mas Alicia se permitiu a falar um pouco mais. - Eu estou tentando encontrar um sentido sobre mim faz um longo tempo. - Alicia comentou com a feição séria enquanto encarava a autoestrada. - É exaustivamente horroroso quando você tenta viver uma "vidinha" normal e alguém do seu passado, de alguma forma, começa a te mostrar informações sobre seu passado. E depois de um tempo eu não consegui mais manter minha "vidinha" normal após descobrir tudo que eu havia feito no passado... E eu era apenas uma criança... - A mulher soltou um longo suspiro antes de terminar. - Com o tempo você vai perceber que é impossível levar uma vida normal. - Ficava claro que Alicia tinha uma história que a levou a seguir por aquele caminho que levou até Isabelle, e a coincidência sobre as duas não se limitava apenas a perda da memória, alguns fantasmas do passado de Alicia a perturbavam por um período tão longo que talvez justificasse as insanidades que ela promovia.