Um Dia na Vida de Julian Macbeth
Era tarde da noite quando Marlene pegava o pequeno John, um menino de cinco anos de idade que estava chão de casa e o botava na cama que ficava no mesmo cômodo. Marlene: - Hora de dormir meu pequeno capitão. O pequeno John era filho de um marinheiro, e brincava com um pequeno barco de metal. Seu pai Erick tinha voltado a pouco tempo de uma viagem para a marinha real, uma missão perigosa para proteger o Duque em um objetivo diplomático com outros nobres das terras mais distantes. Neste momento estava no porto trabalhando em cargas novas que tinham chegado. O pequeno John sentia sono mas não queria admitir, era um jovem sonhador e inteligente mesmo para sua idade. John: - Ah mãe! Só mais um pouco! Marlene já colocava o pequeno na cama e colocava o seu barco e o controle remoto na escrivaninha ao lado da lanterna. Marlene: - Não senhor! Você é um adulto, e adultos são responsáveis, precisam dormir pra ficarem bem espertos no dia seguinte e enfrentarem os perigos. John fazia uma cara emburrada e logo depois bocejava entregando o sono que sentia. Marlene: - Viu só? Você já está com sono. John era uma bom menino, seu pai e sua mãe o educavam corretamente, mais sua mãe pois Erick viajava muito e ficava ausente muito tempo. Ele se deixava convencer de que iria dormir naquele momento: John: - Tá bom... Mas canta pra mim aquela musica de novo? Marlene: - Aquela musica que seu pai cantou pra você? Ela é horrível! John: - Não é não, eu gosto dela! É de Piratas! Marlene torceu um pouco o nariz, haviam muitas histórias de piratas retratando-os como aventureiros mas a mulher sabia que se tratavam de monstros em forma de gente. O próprio Erick gostava de contos de Piratas embora ele soubesse que o que eles eram, nunca entenderia aquele pensamento, talvez fosse coisa de homem, talvez fosse coisa de pai e filho mas Marlene gostava de agradar ao filho e por tanto cantava a música para ele: Marlene: - Ok vamos lá... “ O reei despertoou a raiiinha do maaaar... O baaarco aaa acorrentoooou... Por oooonde andaares, são teeeeus os mares... Queeem ooouviu remooooou... John começava a se emocionar com essa canção e logo começavam a cantar junto com Marlene bem baixinho, John adorava aquela canção. John e Marlene: Yooo.. Hoo. Toooodos. Nooossas cores ergueeer… Laaadrões…eee Meeendigos, jamais irããããoo... Morreeeer... Yooo.. Hoo. Toooodos. Nooossas cores ergueeer… Laaadrõõões eee Meeendigos, jamais irããããoo... Morreeeer... Subitamente Marlene ouviu algo do lado de fora, ouviu gritos e interrompeu a canção, assim como John. John: - O que foi isso mãe??? Perguntou assustado. Marlene olhou para seu filho que puxava o cobertor e dizia: Marlene: - Fique aqui! Marlene imediatamente caminhou até a porta em passos rápidos a mesma se abriu e Marlene levou um susto soltando um grito, era Erick e mais outros dois amigos, Orion e Rubens que imediatamente fechavam a porta. Erick: - Querida você está bem? Mais gritos e tiros eram ouvidos do lado de fora e Marlene perguntou assustada: Marlene: - Erick! O que está acontecendo?? Rubens logo dizia para Orion com urgência em sua voz, urgência e medo enquanto sacava a espada: Rubens: - Quantos você acha que são??? Orion: - Eu não sei... Talvez 50, talvez 60, são muitos! Mais tiros eram ouvidos do lado de fora, John ficava assustado e começava a gritar: John: - O QUE TA ACONTECENDO??? Eles escutavam os gritos ficarem mais altos, logo escutavam também gargalhadas, os três homens já estavam com espadas sacadas, e Erick dizia: Erick: - Rapido querida! Entre no alçapão!! Marlene: - Erick, POR DEUS O QUE TÁ ACONTECENDO??? Eric: - PIRATAS MARLENE!!! AGORA ENTRE LOGO NA DROGA DO ALÇAPÃO!!! Assustada, mas sem responder, Marlene abre uma expressão de choque e imediatamente abria uma entrada secreta embaixo do tapete da sala e adentrava no mesmo pegando John consigo. Erick rapidamente já cobria a entrada com tapete novamente e dizia para os dois: Erick: - Fiquem aí dentro e não saiam por nada neste mundo! Marlene assentiu, mas John com a voz chorosa começava a balbuciar: John: Mãe... O papai, ele não vai vir?? Mãe!! Mãe!!! Marlene fechava os olhos, a afliação era grande em seu olhar: Marlene: - Shhhh... Ele vai vir depois querido, fique quieto. John com medo obedecia a mãe e logo todos podiam ouvir a porta sendo espancada e risadas de homens do lado de fora. Orion: - Eles chegaram... Preparem-se! Os três homens erguiam as espadas. Erick: - Amigos... minha alma sempre ficará em débito com vocês. Rubens:- Você vai pagar seu débito com um balde de cerveja! Logo a porta é espancada novamente e podiam-se ver um homem de capuz adentrando com uma espada e uma pistola apontada para o grupo e junto dele, haviam três homens, Erick estava no centro, com aquela pista não havia como vencer, pelo menos orava que sua familia estivesse a salvo. Erick: - Não vai nem nos dar a chance de um combate digno? Não tem honra? Imediatamente após a resposta o homem encapuzado dispara contra o peito de Erick, e responde em claro deboche: Encapuzado: Não... Na verdade, não. Homens... São todos seus. Imediatamente os outros piratas avançavam contra Rubens e Orion e rapidamente eles eram abatidos porem apenas Rubens ainda não estava morto, estava ferido. O pirata encapuzado logo se aproximava de Rubens: Encapuzado: - Você é forte rapaz... E então ele pressionava a ferida de Rubens que soltava um grito de dor e o encapuzado dava risada. Imediatamente Rubens segurava o grito de dor e cuspia na cara do encapuzado que sessava a risada e os outros piratas logo começavam a rir do encapuzado. Ele limpava o cuspe e podia-se ver a face de ódio de Rubens. O Encapuzado limpava a face de saliva com uma ira contida e logo dizia: Encapuzado: - Ta vendo o que você fez? Me fez ficar mal na frente deles. Agora o que eu faço contigo? Você vai ter que me ajudar a me redimir com eles de alguma forma. Rubens, quase cuspindo sangue dizia: Rubens: - Vai pro inferno! O Encapuzado dava uma risada debochada e dizia se levantando: Encapuzado: - Claro... Você primeiro. E então ele sacava sua espada e em um movimento rápido enfiava na garganta de Rubens eu agonizava sufocando e logo num movimento teve a cabeça decepada rolando no chão. O corpo jorrava sangue... Muito sangue... A cabeça com os olhos abertos em choque. Marlene e John estavam quietos, Marlene tentando conter o próprio choro e contendo com a mão a do filho. Os piratas logo começavam a quebrar todo o lugar, buscando pedras, ouro, ferramentas, qualquer coisa que lhes fossem útil, saqueando e saindo, mas apenas o encapuzado ficava pra traz. Um dos piratas parava na porta. Pirata: - Você vai ficar aí? Encapuzado: - Eu já vou com vocês. Pirata: - E o que você vai fazer aí? Encapuzado: Vou trepar com os corpos, você quer ver? O pirata olhava feio para o encapuzado: Pirata: - Covarde... O encapuzado ficou em silêncio, apenas esperando o pirata sair e logo que ficou sozinho ele foi até a porta para confirmar se estava mesmo sozinho e após alguns segundos de confirmar ele voltou para a sala e começou a caminhar em círculos em volta do tapete cantando uma canção conhecida. Encapuzado: - Uuuns morrerããoo... Outros vivos estããoo... Oooutros naveeeegam no maaaar... Com as chavees da prisãããoo... E o diaabooo de prontidãão... Remaaando seeem cessaaaar. Da fooossa profundaaa sobe o sinooo a tocaaar, cooomo um sooom sepulcraaal. Vem cooonvocar pra reeetornar... Aoo destiiino finaaal. Yoooo, hooo, toooodos juntoos... Noooossas coreees ergueeeer... Laaaadrõõões eee mendigoooos... Nãão aceeeitam morreeer... Os passos sessavam. Marlene e John estavam soando aterrorizados, e logo eles soltavam um grito quando o tapete é puxado rapidamente de cima do chão e o encapuzado enxergava claramente os dois sobreviventes. Ele puxava a alavanca abrindo a passagem e apontando a pistola para Marlene e a criança. Encapuzado: – Saiam... Marlene chorosa, começava a entrar em desespero: Marlene: - Não... Por favor, não nos faça nenhum mal, por favor... Encapuzado: - EU MANDEI SAÍREM!!! Asustada e com o pequeno John chorando em prantos eles saíam tremendo com o pânico do que lhes aconteceria. Eles então viam o corpo de Erick com o tiro no peito derramando todo o sangue. Marlene: - Não!!! Ah meu deus.... Porque...?? Porque você fez isso??? John: - PAAAIII!!!! Os dois choravam e pareciam querer avançar, John tentava avançar no corpo de seu pai mas Marlene não deixava. Encapuzado: - Deixe ele. Você fica, e senta aí! Ele apontava para a cama. A mulher soltava John que imediatamente ia correndo chorar em cima do corpo do pai. Marlene olhava para a cama e dizia em prantos: Marlene: - Não... por favor... Não na frente do meu filho, isso não... O Encapuzado logo dizia com impaciência: Encapuzado: - Eu não vou te estuprar, mulher! Sente-se! A mulher ia tremulante até a cama onde se sentava enquanto o pequeno John chorava. O Encapuzado então tirava o capuz: Encapuzado: - Entenda que o que vou te oferecer aqui, é a melhor saída, pra você e pro seu filho. A mulher então dizia chorosa: Marlene: - Sim... Por favor... Eu faço qualquer coisa... Julian então pegava uma cadeira e botava-a de costas para Marlene, porém sentava-se de frente para ela com as pernas abertas e ainda apontando a arma. Julian: - Eu vou lhe dar uma faca. Você vai cortar os seus pulsos e vai entrar denovo naquele alçapão. O que vai acontecer é que vou escoltar o seu filho dentro de um saco improvisado com os lençois até os limites da cidade e lá vou deixar ele à própria sorte e se os deuses tiverem piedade dele, ele vai ser achado por alguém, seja bom ou ruím, isso pode dar a chance dele sobreviver, coisa que ele não vai ter se estiver aqui. Você vai cortar os seus pulsos porque no final de cada saque eu mesmo revisto todos os lugares saqueados e encontro esses locais, como o seu alçapão, se eu deixasse vocês aqui vocês seriam encontrados, você seria morta na frente do seu filho da pior forma que você pode imaginar, e ele ia virar mercadoria pro mercado de escravos, ou morreria dependendo de quem estivesse comigo e eu não poderia fazer nada. Marlene aflita olhava para o menino que ainda chorava em cima do pai: Marlene: - Não tem mesmo outro jeito? Você não pode levar nos dois? Julian balançava a cabeça negativamente e Marlene continuava olhando para o filho, ela então olhava pra baixo: Marlene: - Posso cortar os meus pulsos, e os dele? Assim... Ele não vai correr o risco de sofrer. Julian olhava para a mãe surpreso. Julian: - Você tem certeza disso? Seu filho ainda pode sobreviver. Marlene: - Mas se ele não sobreviver... Ele vai morrer com sofrimento. Pelo menos assim ele só vai... Dormir... Julian ficava em silencio por alguns instantes: Julian: - A mãe é como Deus aos olhos de uma criança. Nunca duvidei do instinto de uma mãe, se você prefere assim, então será assim. O Pirata levantou-se da cadeira e tirou das vestes uma adaga e estendeu o cabo para Marlene sentada e disse com firmeza antes de entregar: Julian: - Se você tentar me ferrar com isso, eu juro que arranco a sua cabeça, na frente do seu filho e deixo ele aqui à própria sorte e não darei a minima se meus colegas o acharem. A mulher engoliu a seco após a intimidação do Pirata, ela ficou hesitante por algum tempo, alguns segundos e Julian apenas aguardava ela tomar sua decisão e então ela pegou sua faca e lentamente respirou de forma profunda até cortar os dois pulsos que logo começaram a sangrar. Julian então apenas observou Marlene se aproximar do filho. Marlene: - Querido... Me de suas mãos... O pequeno John então erguia seu rosto inchado de tanto chorar: John: - Mãe... o papai não levanta... Ele tá gelado... Marlene pegava carinhosamente os braços do filho. Marlene: - Eu sei querido... Vai doer só um pouquinho... Mas vai ficar tudo bem. Nós logo vamos ver o papai. John se deixava pegar por sua mãe e enquanto a mulher passava a lâmina no primeiro pulso John só não chorava porque já tinha chorado demais por uma noite, apenas resmungava da dor. Marlene: - Agora o outro braço, querido... John erguia o braço pra mãe, com medo. John: - Mãe... O que você tá fazendo? Isso doi... Marlene derramava mais lágrimas: Marlene: - Eu sei meu bebe... Eu sei... Depois de terminar de cortar os pulsos do filho, Marlene o pegou no colo, e o levou pra baixo do alçapão onde Julian estava com ele aberto. Ela adentrou no mesmo, mas antes deu uma ultima olhada pro corpo do marido e depois para Julian, os olhos da mulher eram suplicantes enquanto a frieza e indiferença pairavam nos olhos do pirata que de alguma forma achava que estava fazendo uma boa ação. Ela então sentava com o seu filho no colo, o menino rapidamente já ficava palido e sonolento. Ela sentou-se no fundo e olhou para Julian, assentiu para ele e ele assentiu para ela então, fechando o porta do alçapão dizendo: Julian: - Mantenha a faca perto pra eles acharem. Não iriam identificar aquela faca com Julian, ela era apenas uma faca comum sem valor pessoal, coisa que você compra em qualquer lugar, sendo assim o pirata olhou ao redor e saiu da casa. Quando Julian saiu botou seu capuz novamente e caminhou em meio aos cadáveres, ao fogo, o cheiro da polvora, o calor, o sangue e logo viu um guarda se aproximar gritando e bradando uma espada, a pistola de Julian saiu rapidamente de sua manga e atirou friamente contra o guarda que vinha atacá-lo. Ele continuou caminhando vendo todo o caos e a destruição que seus compatriotas e ele tinha causado de forma indiferente, como se aquilo fosse apenas mais um dia de trabalho. Ele seguia seu rumo até de volta ao porto e lá haviam reféns ajoelhados e amordaçados, boa parte era nobre, haviam os capitães e quando Julian passou por um deles ele ouviu o mesmo cuspir no chão, como um claro sinal de despreso pelo pirata. Julian parou imediatamente e virou-se e viu que o sangue que o capitão, não... Não era capitão, era comodoro... Cuspiu, era na verdade para ser saliva mesmo. Julian sorriu e então se aproximou do comodoro que, de alguma forma, achava que o pirata iria simplesmente ignorar pois logo começava a tremer de medo. Julian abaixou-se e ficou da altura dele. Julian: - Você não sabe que é feio sujar o chão? Não tem amor ao patrimônio publico que vocês idiotas e debiloides pagam com tanto esforço com esses... Como é o nome mesmo? Impostos? O Pirata então se levantava e segurava o comodoro pelos cabelos e empurrava a cabeça do mesmo no chão aonde o mesmo havia cuspido sangue e começou a esfregar seu rosto no mesmo e depois o puxou. Julian: - Pra você aprender um pouco de boas maneiras rapaz... Os nobres que estavam ao lado, olhavam horrorizados, os piratas colegas que estavam ao lado davam risada da humilhação que Julian o fazia passar. Nobre: - Pare com isso agora!!! Julian viu o nobre e os colegas piratas também, um deles se aproximou dele e lhe deu uma coronhada com o cabo da espada na cabeça do mesmo que ficou desorientado. Pirata: - Cala a boca, seu bosta! Julian dava risada se divertindo com a situação, se aproximava do Nobre e do colega pirata. Julian: - Calma amigo... Não precisa ser duro com o nosso anfitrião. Ele só quer mostrar que tem bolas. E então Julian olhava para o colega com malicia, e o mesmo o olhava de volta. Julian: - Talvez nós devessemos mostrar essas bolas pra todo mundo, porque não tiramos elas pra ficar mais fácil? E então o Nobre ficava chocado e logo começava a se desesperar enquanto os dois piratas riam da piada. Nobre: - Não, não!!! Por favor!!!! A gritaria do Nobre já começava a ficar alta e chamar atenção, então Julian deu um soco na cara do Nobre pra calar a boca dele e disse: Julian: - Para com isso! Eu estava brincando, o que pensa que somos? Barbaros? Selvagens? Por Menoth, somos todos civilizados aqui. Uma mulher Nobre logo bradou a voz: Nobre 2: - Vocês são covardes!!! A atenção foi voltada pra ela, os dois piratas a olharam, depois olharam entre si sérios, um segundos depois começaram a gargalhar juntos e concordavam abertamente entre si que ela tinha razão. Julian então passava a ignorar todos os nobres, os dois colegas piratas se cumprimentavam e Julian seguia seu caminho. Então chegava até o cais onde o capitão Gordon Black estava com o governador da cidade, e o imediato, Gilbert estava com ele. O governador estava tentando negociar com o capitão Black. Capitão Black era uma criatura assustadora, cruel e astuta... Se quem quer que seja acredita que os piratas da tripulação da Mão Negra são criaturas malditas em alma é porque não imaginavam ainda que quem os inspirava era o próprio diabo. Não foi diferente com Julian, ele era, como o pequeno John, uma vítima da tripulação da Mão Negra, mas ao invés de jurar vingança contra eles, resolveu se juntar a eles. Após ter conseguido matar de surpresa um dos seus invasores quando era criança, teve a sorte de que o imediato Gilbert, um homem que tinha o mais próximo de uma noção de honra do que todos ali, confiscou Julian para que seu destino fosse decidido pelo capitão Black. O Capitão Black então o fez pagar com o próprio sangue. Espancou Julian e mostrou a ele que não havia justiça no mundo, que justiça era uma ilusão, uma desculpa pra fazer o que se quer sem que você se sinta mal, ou que os outros te julguem. Se quer matar, mate, se quer saquear, saqueie, se quer destruir, destrua. Não espere que alguém lhe faça essas coisas para que se sinta no direito de fazer o mesmo. O Capitão Black olhou o menino espancado e viu que talvez aquele garoto pudesse ser um diamante bruto, ele não era um moleque qualquer, via isso em seus olhos. O capitão então jogou Julian no cativeiro e lá ele viveu com as visitas apenas do capitão. De começo Julian o odiava, mas com o tempo passou a adimirá-lo e a se inspirar nele, Black aproveitou esse foco que Julian tinha nele para poder moldar à sua vontade, e conseguiu. Quando estava maior ele passou a fazer serviços de pequena importância mas pesados no navio, depois quando já era um homem forte o Capitão deu a ele a chance de matar os outros dois que tinham matado seus pais, sem regras. Julian lutou contra os dois, quase morreu, mas ele era mais novo e os outros já estavam mais velhos, embora muitos outros novos marujos tinham entrado na tripulação desde aquela época. Julian os matou e o Capitão perguntou a ele. Capitão Black: - Você matou esses homens. Por que? Julian olhou nos olhos dele, e o capitão viu a raiva e a satisfação em seus olhos e ouviria em sua voz: Julian: - Porque eu quis! O Capitão então deu um sorriso e a Mão Negra batizou seu novo marujo. Julian não fez justiça, não contava que isso fosse aliviar sua alma, tinha um propósito para tirar a vida daqueles homens e o fez porque quis, Julian tinha matado porque aqueles homens despertaram a vontade de matar, seja lá qual for o motivo, mesmo que pequeno, os motivos eram dele e eram bons o suficiente para ele. Julian tomou o que queria e todos ali respeitaram isso e o reconheceram como igual. Mas em meio a todo o caos que era vida da Mão Negra, ainda havia a ordem, e essa ordem era o Capitão Black... Todos tinham medo do Capitão Black ao mesmo tempo que os respeitavam, ficarem se matando assim uns aos outros despertaria a furia do capitão que iria matar pessoalmente o desordeiro. Isso já se chamava a “A lei do mais forte”. Todos eram livres, mas havia o porque de todos obedecerem o capitão Black, e se você o irritasse... Que Menoth tenha piedade da sua alma. O Capitão ouvia as propostas do Governador mas nada do que ele dizia eram mais vantajosas do que simplesmente tomar a cidade. Claro que não era assim tão simples, eles já haviam usado uma tática e ela não funcionaria duas vezes caso decidissem voltar um dia. A tática incluia em enganar os inimigos, tirar vantagem do campo. Julian tinha dado a ideia ao Capitão, apesar de Julian não ser o imediato, o Capitão o ouvia pois não falava besteira. Julian deu a ideia de enviarem espiões para desenharem um mapa da cidade, se passarem por turistas ou transeuntes buscando uma oportunidade de trabalho, eles espionariam o local e entenderiam a rotina da cidade, quando tivessem a vantagem dos costumes, discretamente veriam os tipos de armas portados pela guarda, depois iriam ver a geografia do local, atracariam com todos os homens que iriam invadir em outro pedaço de terra, e mandariam o Mão Negra para ficar a vista durante a noite. O navio pirata ficaria parado e todos os guardas ficariam alarmados e assim esperariam pois botariam a pressão nos guardas, marinheiros e capitães, enquanto estivessem preocupados com os piratas que não tomavam ação ainda, enviariam homens para atacar furtivamente os guardas e vestirem suas roupas e armas, eles então entrariam nas mansões dos nobres alegando estarem lá para trocarem de turno pois haviam piratas à espreita, então os nobres seriam pegos de reféns e quando os capitães fossem rendidos os outros homens começariam a matar a guarda usando os nobres de escudo humano. A vitória foi certa. No final, não houve acordo mas o capitão Black não deu sua palavra final, o governador e sua familia foram levados como refens para que talvez, um acordo mais benéfico fosse feito futuramente, quem sabe... |