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    Prologue: Blacklist

    Shady Dope
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    Mensagem por Shady Dope Sex maio 12, 2017 11:34 am

    BLACKLIST

    Armazém abandonado, Burnley, Gotham City.
    Quarta-feira, 13 de Outubro de 1993.

    Não havia tempo melhor que a noite de Gotham City para a prática de qualquer ato criminoso ou altruísta. Luke sabia bem disso, e o quê estava prestes a fazer se encaixava no meandro entre as duas coisas. Aguardava pacientemente pela chegada da van branca a qual Markus Graham
    — amigo farmacêutico — havia identificado para Dr. Campbell. Não era de agora que Markus tinha problema com saqueadores em sua farmácia, mas só agora Luke havia sido prejudicado diretamente pelos criminosos. Todos os componentes químicos encomendados por ele havia sido levado em um piscar de olhos, e nem a polícia, nem o chefe de crime que extorquia Markus em troca de proteção, conseguiam eliminar os saques realizados periodicamente na farmácia de Markus. De alguma maneira, Luke tinha que interceptar o veículo dos saqueadores antes que sua encomenda fosse revendida no mercado negro.

    Não havia ninguém no armazém, o quê deu tempo suficiente para Luke vasculhar o local. Estava vazio, certamente o grupo de criminosos não utilizava aquele local para armazenar os produtos roubados. Era apenas um ponto de encontro, como ele havia imaginado após ouvir o relato de um morador de rua minutos antes de adentrar o armazém. Uma quantia pequena de dinheiro foi o suficiente para que o morador de rua deixasse o local antes que os criminosos chegassem.

    Um latão enferrujado coberto de fuligem ficava ao centro do armazém, algumas banquetas de madeira o circundava. Inúmeros blocos de jornais antigos estavam empilhados lado a lado, como se alguém estivesse colecionando. A pouca iluminação quase não permitia Luke de enxergar os móveis mais as extremidades do armazém, mas pela silhueta podia concluir que vários balcões e escrivaninhas espalhavam-se por toda sua área. Aparentava como um escritório de telemarketing abandonado, sem os equipamentos de trabalho ou quaisquer documentos. Engastada na parede dos fundos, uma escada de aço levava até uma cabine de contêiner, trancada. Talvez ali dentro fosse guardada qualquer coisa que pudesse ter algum valor, mas Luke não tinha em mãos nada que pudesse arrombar aquelas trancas. Até então, a cabine era a única coisa que tinha um sistema de segurança mais elaborado, pois até então Luke não havia encontrado dificuldade nenhuma em adentrar o local. Talvez os criminosos em questão fossem amadores, local não tinha tanto valor para eles.

    As altas vidraças do armazém reflete o clarão dos faróis que viravam a esquina no lado de fora. Alguém estava chegando, e muito provavelmente era a tal van branca que Luke procurava. Uma batida de porta de veículo fora escutada no lado de fora, e Luke — ainda sem sua máscara — aguardava agachado atrás de uma das inúmeras escrivaninhas do local. Logo a porta de aço do armazém começa a se abrir, enrolando-se através das roldanas. O farol do veículo traspassa a entrada do armazém e ilumina boa parte do seu interior. O veículo acelera e adentra o armazém, aproveitando-se do espaço aberto deixado até o latão enferrujado servir como obstáculo para o veiculo não continuar. Luke espia por um vão ao lado da escrivaninha para ver se sua suspeita se confirma. Então, observa a van branca estacionando a poucos metros de onde estava. Luke sente alguma satisfação por aquilo, pois estava prestes a recuperar sua encomenda.

    A porta de correr na lateral da van se abre, e dali três homens saem. – Falei que hoje seria um dia tranquilo, não falei? – Algum deles comentava enquanto o motorista da van também saia, batendo a porta em seguida.

    Outra vez Luke escuta a porta de aço do armazém, agora se fechando, ecoando dentro do armazém. Uma contagem rápida faz Luke concluir que se tratava de cinco homens, todos encapuzados, um deles em um nível de obesidade avançado.

    - O chefe falou que ia limpar o caminho... E ele sempre cumpre com o prometido. – Respondeu uma segunda voz, abafada pelo lenço sobre a boca. Quatro deles começavam a descarregar a van, enquanto um deles anotava algo em uma prancheta. Nenhum deles desconfiava que dentro do armazém havia um intruso. Luke.
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    Mensagem por Magistrado Sáb maio 13, 2017 6:36 am

    Spoiler:

    https://www.youtube.com/watch?v=pQIZJPIhnB8

    ♫♪ ♫ ♩ ♫ ♭ ♪
    I could've been a hero, I could've been a zero
    Could've been all these things
    I could've been nothing, I could've been bluffing
    Could've been all these things
    And if I am unable, tell him that I'll try
    ♫♪ ♫ ♩ ♫ ♭ ♪

    A melodia percorria a mente de Luke enquanto vestia a máscara. Ainda estava com um certo cheiro de mofo, mesmo assim os vidros oculares haviam sido limpos e a estrutura metálica oferecia alguma proteção, tanto para sua identidade quanto para sua integridade física.

    Dr. Campbell tinha uma certeza ao olhar para o armazém através das lentes, sentir o ar mais denso dentro da máscara e a própria silhueta na parede ao segurar o bastão com o símbolo do Caduceu de Hermes em sua empunhadura...naquele momento ele era The Plague Doctor.

    "Duas vezes na minha vida a criminalidade tirou algo de mim, meus pais na 1ª e minha esposa e filha na 2ª, não deixarei que uma terceira aconteça"

    Aguardava para ver o carregamento com os próprios olhos antes de agir.
    Com passos descuidados o médico caminhava em direção aos assaltantes. Supondo a reação deles a princípio, que seria o de tomar um susto, seguindo provavelmente de um medo coletivo e do ato-reflexo de qualquer animal assustado e encurralado, o de usar qualquer meio à disposição para tentar hostilizá-lo.

    — Vocês roubaram algo que é meu! - elevando a voz, enquanto apontava com o bastão para a carga roubada, parecendo resmungar consigo mesmo antes de um ultimato:
    — Ninguém fará isso comigo novamente; Escolham sabiamente, pois essa decisão será o seu destino!
    - dessa vez girava o bastão, onde uma ponta metálica surgia do seu centro, transformando-o em uma lança, pronto para agir em legítima defesa.
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    Mensagem por Shady Dope Sáb maio 13, 2017 7:20 pm

    O momento tinha chegado. Luke coloca a máscara sobre o seu rosto com uma das mãos, e logo se preenche com autoconfiança. Colocar a máscara ainda era um ato novo para ele, e aquilo servia para separar as duas personalidades, Luke e Plague Doctor. Os desejos do primeiro serviam de combustível para a força do segundo. A melodia tocando apenas na mente de Luke termina coincidentemente junto a aparição de caixotes com o logo da farmácia de Markus sendo retiradas da van. Pela quantidade, haviam saqueado muito mais do quê a encomenda de Luke.

    Sem temor em seus passos, a confiança emanava pela máscara e percorria em suas artérias e desafiava a razão. Se tratava de um homem caminhando em direção a cinco criminosos, disposto a confrontá-los para recuperar sua encomenda. Um a um, os criminosos sacam suas armas. Não todos, o criminoso obeso não tinha o feito. Mas os que fizeram apenas reagiam a aparição inesperada de Plague Doctor, empunhar suas armas era a forma que encontraram para se defenderem, afinal, o homem disposto a confrontá-los poderia ser louco o suficiente para atacá-los. A reação nos olhares de cada um traduziam-se em sentimentos diferentes. Surpresa, temor, curiosidade, mas não para o criminoso obeso, este permanecia indiferente a situação.

    Luke tinha conhecimento suficiente para identificar as armas que cada um empunhava. Três Glock 19 — arma semelhante ao modelo que Plague Doctor utilizava — e uma Ingram MAC 10 semi-automática. Plague Doctor sabia que os projéteis daqueles modelos eram muito inferiores aos limites que sua composição física resistiam, representando uma ameaça muito pequena para ele.

    - Mas que diabos é essa coisa!? - Expressou de forma surpresa um dos criminosos.

    - É o Batman? - Questionou temeroso uma voz jovem de uma figura que se escondia atrás do criminoso gordo. E imediatamente outro criminoso lhe dá um tapão na cabeça.

    - Cara! Como você é burro... Batman não existe. - Reclamou o criminoso que deu o tapão no garoto. Em seguida observa a figura de Plague Doctor de cima a baixo, comentando. - É apenas um maluco saído de um baile à fantasia.

    Ainda era incerto qual a ameaça que Plague Doctor representava ao grupo de criminosos, e quando revelou que eles tinham algo que pertencia a ele, dois dos criminosos fitaram os produtos roubados, como se estivessem se perguntando quem poderia estar reivindicando aquela carga. Entretanto, Plague Doctor não havia dado muitas opções a eles. Devolver sua encomenda era a única opção, embora não falasse de forma tão clara. Os criminosos observam Plague Doctor girar o bastão em frente a eles, aparentando total segurança.

    - Ele está blefando... É só um maluco afim de apanhar. - Comentou o criminoso que estava mais a frente, menos de três metros de distância de Plague Doctor.

    - Ele pode ser um desses heróis. - Respondeu outro deles, descansando o braço que estava mirando a arma na direção de Plague Doctor. - Mano. A última vez que vi um desses malucos fiquei sem poder mexer os braços por cinco meses. - O comentário fez com que o homem mais próximo de Plague Doctor se incomodasse.

    - Ninguém vai te entregar nada... Vá embora e agradeça a Deus por ele ter te dado outra chance. - Exclamou o criminoso em frente a Plague Doctor.

    Apesar da desconfiança e insegurança de alguns dos cinco criminosos, nenhum se mostrou disposto a entregar quaisquer produto que Plague Doctor fosse reivindicar. O criminoso obeso ficou calado e indiferente durante todo o tempo. Plague Doctor não sabia se aquele homem era muito confiante ou mentalmente alheio a toda situação.
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    Mensagem por Magistrado Sáb maio 13, 2017 9:06 pm

    "Eles realmente acham que é uma piada, quem diabos é Batman?"

    The Plague Doctor não perdia tempo, aproveitando-se da distração dos marginais para agir primeiro.
    Seria um teste inicial para as futuras investidas conta a GothCorp.

    — Como queiram. - arremessava a lança no marginal mais próximo, correndo em sua direção para fazê-lo de escudo, esperando que a reação dos demais fosse abrir fogo, ignorando o comparsa ferido.

    Aguardava a saraivada cessar, retirando o bastão do cadáver antes de avançar contra os outros ladrões, evitando de enfrentar o obeso, deixando-o para o final. Até porque ele parecia ser o "cabeça" do bando, pois ninguém rouba uma carga tão específica de forma aleatória, sem dúvida um receptador estava oculto na operação.
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    Mensagem por Shady Dope Qua maio 17, 2017 11:07 am

    Os cinco já esperavam que o sujeito mascarado fosse louco o suficiente para atacá-los, mas mesmo assim foram pegos de surpresa enquanto conversavam. Plague Doctor arremessa o bastão na testa do criminoso a sua frente. O golpe seco faz o bastão ricochetear e cair sobre uma das escrivaninhas entre os criminosos e Plague Doctor, a dor fez com que as mãos do criminoso vacilassem e deixasse sua arma cair, mas não fora um golpe fatal. O homem coloca as duas mãos na testa, gritando em dor. Plague Doctor podia ver respingos de sangue na bochecha do sujeito, indicando que seu golpe havia feito um corte no criminoso.

    Os outros três homens armados esboçaram puxar o gatilho, mas rapidamente Plague Doctor avança até o criminoso mais próximo para rendê-lo, que no caso era o mesmo que Plague Doctor já havia desferido o golpe. Ao contrário do que esperava, os criminosos não puxaram o gatilho. Ao verem um de seus comparsas brevemente rendido pelo sujeito mascarado, os criminosos desistiram de abrir fogo. Plague Doctor não havia conseguido aplicar o golpe corretamente, o criminoso ainda estava frouxo em seus braços, conseguindo movimentar-se atrapalhando os seus planos. O criminoso joga sua cabeça para trás, em direção ao rosto de Plague Doctor, que estava protegido com sua máscara. Mas o golpe o incomodo, entortando a máscara em seu rosto e abrindo sua guarda. O criminoso aproveita a situação para livrar-se dos braços de Plague Doctor, lhe dando uma cotovelada na boca do estomago. O impacto fora forte o suficiente para empurrar Plague Doctor alguns centímetros para trás, e o criminoso já não estava mais rendido por ele.

    - Seu idiota! Olha o quê você fez! - Exclamou o criminoso enquanto observava as mãos ensanguentadas após passar sobre o ferimento aberto em sua testa. E em seguida descontou sua raiva tentando desferir um soco na direção do rosto de Plague Doctor, que instintivamente fecha sua guarda com uma maestria que ele mesmo se surpreende. Os outros criminosos ainda estavam receosos quanto se deveriam ou não puxar o gatilho, afinal de contas, seu comparsa ainda estava engajado em um combate corpo a corpo com Plague Doctor. A dúvida os levou a flanquear Plague Doctor para que tivessem uma visão mais limpa para o caso de decidirem abrir fogo contra Plague Doctor, mas ainda não era o caso.

    Agora Plague Doctor se via parcialmente cercado pelos criminosos, mas o sujeito muito acima do peso ainda não estava disposto a entrar no combate, voltando sua atenção para as mercadorias e continuando o serviço daquele que estava fazendo anotações na prancheta.
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    Mensagem por Magistrado Qui maio 18, 2017 3:03 am

    — Vocês realmente não entenderam ainda. - gargalhava enquanto ajeitava a máscara, caminhando de encontro a bengala, notava um leve brilho escarlate em um dos lados da lâmina acima do símbolo do Caduceu de Hermes.

    — Como pretendem se defender depois que estiverem sem balas? - fechava levemente os olhos, aguardando os primeiros disparos, por mais que sua capacidade de regeneração fosse extremamente potente, os projéteis ainda incomodavam ao atingir, nada que não fosse capaz de acostumar-se com o tempo.

    Com a bengala-lança em mãos, era a vez de Plague Doctor atacar, estocando um por um, até remanescer somente o obeso que fiscalizava a carga, provavelmente seria mais fácil arrancar alguma informação com ele tendo consciência do perigo de vida que corria, após ver os comparsas mortos.
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    Mensagem por Shady Dope Qua maio 31, 2017 8:03 pm

    A gargalhada de Plague Doctor ecoava no armazém, o mais jovens dos criminosos sente o calafrio subir pelo seu corpo, como quem estivesse prevendo que algo de ruim aconteceria a seguir. Confusos, ninguém responde a pergunta desconexa de Plague Doctor. O justiceiro mascarado balança a bengala-lança na frente dos criminosos, girando entre seus dedos e emendando com um golpe oportuno, perfurando o abdômen do homem que havia tentado lhe desferir um golpe anteriormente.

    - Mas que merda! - Expressou surpreso um dos homens ao ver o sangue de seu comparsa escorrer pela bengala-lança de Plague Doctor, extravasando em várias gotas até o chão. Dessa vez Plague Doctor previu corretamente. O primeiro disparo quebra o silêncio enquanto a vida se esvaia do corpo a frente de Plague Doctor. A bala perfura o sobretudo de Plague Doctor como se não fosse nada atingindo-o próximo ao coração. A princípio, a dor que sentira era a mesma que qualquer outro ser humano sentiria. Até mesmo o projétil disparado chega a perfurar a epiderme de Plague Doctor, mas era um dano muito pequeno. A bala alojada no corpo de Plague Doctor rapidamente começava a ser expulsa de seu corpo, recuperando-se de forma impressionante. O projétil é expelido totalmente, caindo por dentro do sobretudo de Plague Doctor e colidindo com o chão. O som metálico do projétil batendo no chão chama a atenção de um dos criminosos. - O quê? - Pergunta retoricamente enquanto tentava processar a informação que visualizava.

    Plague Doctor não esperou os demais atirarem, retirou a bengala-lança do abdômen do homem que tinha seu tempo contado e partiu em uma investida contra o próximo. Nessa hora, todos — com exceção do homem obeso — disparam suas armas contra a figura intrépida de Plague Doctor. Os disparos são sentidos da mesma forma que antes, mas nada que impedisse o justiceiro mascarado de causar mais uma baixa entre os criminosos. Com as armas em mãos, o alvo em questão arregalava seus olhos quando percebia Plague Doctor se aproximando enquanto sua arma continuava disparando, até o click agudo vindo de dentro do ferrolho de sua pistola acusar não ter mais balas. Antes de receber o golpe, o criminoso olhava perdidamente para sua arma, em seguida sente sua carne rasgar, seu sangue escorrer pelas pernas, que sem força, tremiam, fazendo-o cair de bruços no chão enquanto respirava pesadamente escutando o combate continuar atrás de suas costas.

    Agora restava apenas três deles, incluindo o obeso. Plague Doctor percebe que agora tinha a atenção daquele homem, embora ainda apenas observasse o andamento da situação. Nessa altura, o criminoso mais velho percebe que de nada adiantava atirar em Plague Doctor, deixando de lado sua arma. Aproveitando-se de sua melhor agilidade, o criminoso acerta o rosto de Plague Doctor com um cruzado de direita, o quê faz sua máscara entortar no seu rosto, incomodando a visão do justiceiro por algum momento. Mesmo atrapalhado, Plague Doctor tenta desferir um golpe no homem, sem ter sucesso. A bengala-lança corta o ar enquanto por trás o criminoso mais jovem acerta um chute no joelho do justiceiro. O golpe faz Plague Doctor cair de joelhos no chão, sentindo no chão o sangue dos outros dois criminosos sujarem sua calça.

    Enquanto ainda tentava se levantar, Plague Doctor recebe outro golpe, dessa vez no outro lado de seu rosto. Não percebeu nem de onde havia vindo o golpe, mas fora tão forte que sentia seu ouvido zunir e sua cabeça latejar. Pelo menos o golpe servira para ajeitar a máscara novamente no rosto do justiceiro mascarado. O homem que desferia golpes pela frente de Plague Doctor estava muito furioso, disposto a espancar o justiceiro em vingança aos comparsas que jaziam já mortos no chão. O homem desferia um golpe atrás do outro, e descuidado, deixou sua guarda aberta. Plague Doctor se aproveitou para perfurar a lateral do tronco do criminoso com sua bengala-lança. Os golpes que havia recebido do homem deixaram Plague Doctor fraco e cansado, e ainda de joelho no chão, perde o equilíbrio quando o corpo do criminoso começa a ceder para o lado, fazendo Plague Doctor cair sobre sem conseguir retirar a bengala-lança espetada entre as costelas do homem. Tentou retirar uma, e mais duas vezes, mas a bengala-lança insistia em ficar presa no corpo do criminoso.

    O criminoso mais jovem hesita em continuar atacando Plague Doctor. O jovem por alguns segundos olhou ao seu redor e percebeu que só havia restado ele e o homem obeso, ainda sem iniciativa contra Plague Doctor. Mas enfim tomou alguma decisão. - Deus do céu!... Pra mim chega! Tô fora! - O jovem criminoso aproveita-se do momento de fraqueza de Plague Doctor e foge do local, deixando para trás o homem gordo, que sequer desvia o olhar de Plague Doctor, deixando o jovem sair pela porta do armazém sem qualquer reclamação.

    Aos poucos Plague Doctor sente o fôlego voltar, e com um esforço extra finalmente consegue retirar sua espada-lança entre as costelas do corpo desfalecido do criminoso estirado no chão. Vagarosamente volta a se levantar, se vendo sozinho contra o homem obeso.

    Percebendo que não havia mais ninguém para enfrentar Plague Doctor, o homem obeso deixa a prancheta sobre uma das escrivaninhas ao seu lado e encara o justiceiro mascarado com um semblante curioso. Sem intenção de lutar, o homem cruza os braços e pergunta para Plague Doctor. - O quê você quer? - A voz do homem surpreendia Plague Doctor pela calma e timbre, uma voz grave que causava tanto impacto sonoro quanto o impacto visual de sua aparência.
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