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[PRÓLOGO] - IZABEL PERSON
- Brujah Girl
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Reputação : 16
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[PRÓLOGO] - IZABEL PERSON
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Re: [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON
“Mesmo após abrir meus olhos todo o terror e agonia pareciam reais. A vítima do dia: Minha mãe. O torturador: O mesmo e velho Azazel. Será que nem depois da morte ele irá me deixar em paz? Ainda me questiono quem ele é de verdade e porque atormentar-me ao longo dos anos. Permaneço olhando para o teto tentando limpar minha mente e focar-me na realidade.
O que pode ser pior para uma bruxa do que tornar-se uma vampira?! Se Azazel queria destruir-me ele perdeu a chance, Stein roubou-lhe o prazer. Em pensar que eu vim para essa cidade recomeçar, desejando uma vida comum e ficar longe da magia e agora, graças a Stain, nunca mais será possível. Mas, devo admitir, isso me fez perceber o quanto eu gostava de ser como era, apesar dos problemas que isso causava. Se não fosse por minha mãe eu preferiria a morte a permanecer como um deles. Eles são monstros, capazes de cometer verdadeiras atrocidades e... Eu sou uma deles agora! Certamente, se minha mãe tivesse o mínimo de consciência do mundo a sua volta ela iria preferir ver-me morta a me ver como uma vampira. Mas, felizmente ela não tem e ninguém mais cuidará dela se eu desaparecer. Eu preciso continuar e sair daqui. Ao sentar-me na cama percebo que por mais que tenha dormido o dia todo sentia como se estivesse permanecido acordada.
Droga! Se eu tivesse permanecido acordada talvez estive em uma condição melhor. Será uma longa e terrível noite! Novamente me deito na cama quando escuto as batidas na porta e seu destrancar. Nesse momento tenho a certeza de que aquela noite acabava de ficar pior, mas ao invés da voz de Stain é a de seu servo que escuto.”
– Sim. Boa noite!
“Sobria e elegante?! Bastardo, não basta tudo o que já fez vai querer determinar como me visto também! Eu era uma bruxa não uma hippie dos anos 80! Tomo alguns instantes para controlar minha raiva. Será que ele sabe a monstruosidade a qual serve? Por mais que tente ser cordial minha voz sai em um tom seco e frio.”
– Eu estarei lá como solicitado. Não, obrigado.
“Levanto-me enquanto escuto a ser fechada, mas dessa vez ele não a tranca o que me traz um pouco de alivio. Entretanto, ainda me sinto como uma prisioneira. Ao acender a luz verifico o horário no relógio em meu pulso. 45 minutos... deve ser suficiente. Enquanto tomava banho tentei desvincular minha mente das imagens horríveis com as quais Azazel presenteou-me durante o dia. Nunca entendi as pretensões de Azazel ou suas motivações e eu busquei o conhecimento necessário para entende-lo e me livrar dele. Entretanto, apesar de todo o conhecimento acumulado ainda não livrei-me dele, se que agora eu poderei. Afinal, não sou mas uma bruxa. A noite começou de um modo ruim e tudo indica que poderá piorar.
Desligo o chuveiro. Enquanto me seco é inevitável pensar porque ele fez tal exigência. Será que finalmente irei sair dessa casa? Eu estou enlouquecendo aqui, mas... Isso pode terminar muito mal. Por mais que tente manter minha consciência, eu sou uma deles e eventualmente eu posso acabar cedendo a mesma bestialidade para a qual eles são arrastados noite após noite. E, no fim, tornarei-me aquilo que meus ancestrais deram suas para combater. O que eu estou fazendo?!
Aqueles pensamentos conflitantes juntamente com a condição imposta por um dia mal dormido me fazem demorar mais do que o habitual para concluir aquela simples tarefa de me arrumar. Precisava encontrar um pouco de foco para chegar a tempo na sala principal, faltavam alguns poucos minutos para a hora marcada por Stain. Enquanto olhava-me uma última vez no espelho e chegava a conclusão de que havia conseguido vestir-me como o solicitado era inevitável questionar-me porque ele havia feito isso comigo? Porque me fazer passar pelo ‘abraço’? Ele podia simplesmente ter me matado por ser uma bruxa. Isso, tornar-me uma deles, é o pior de todos os castigos.
Abro a porta e começo a dirigir-me a sala principal. Como permanecia distraída em meus pensamentos em alguns momentos duvidei se estava no caminho correto e parava para localizar-me tornando a andar em seguida.
Que vampiros e bruxas tem problemas uns com os outros não é novidade, mas, as vezes, seus comentários me fazem pensar que o problema dele é com minha mãe. Se esse é o caso, tudo torna-se pessoal e meu tormento não terá fim, a menos que...É melhor não pensar nisso. Por mais que o deteste eu não posso fazer nada, ao menos não por enquanto; eu não tenho o poder pra isso e não posso arriscar enquanto minha mãe estiver viva e precisar de mim.
Ao chegar na sala principal olho para Stain e ao cumprimenta-lo tento novamente usar um tom cordial, mas novamente dá a impressão de um tom seco e frio.”
– Boa noite!
“Confiro o horário no relógio e caso esteja atrasada peço desculpa pela demora.”
O que pode ser pior para uma bruxa do que tornar-se uma vampira?! Se Azazel queria destruir-me ele perdeu a chance, Stein roubou-lhe o prazer. Em pensar que eu vim para essa cidade recomeçar, desejando uma vida comum e ficar longe da magia e agora, graças a Stain, nunca mais será possível. Mas, devo admitir, isso me fez perceber o quanto eu gostava de ser como era, apesar dos problemas que isso causava. Se não fosse por minha mãe eu preferiria a morte a permanecer como um deles. Eles são monstros, capazes de cometer verdadeiras atrocidades e... Eu sou uma deles agora! Certamente, se minha mãe tivesse o mínimo de consciência do mundo a sua volta ela iria preferir ver-me morta a me ver como uma vampira. Mas, felizmente ela não tem e ninguém mais cuidará dela se eu desaparecer. Eu preciso continuar e sair daqui. Ao sentar-me na cama percebo que por mais que tenha dormido o dia todo sentia como se estivesse permanecido acordada.
Droga! Se eu tivesse permanecido acordada talvez estive em uma condição melhor. Será uma longa e terrível noite! Novamente me deito na cama quando escuto as batidas na porta e seu destrancar. Nesse momento tenho a certeza de que aquela noite acabava de ficar pior, mas ao invés da voz de Stain é a de seu servo que escuto.”
Servo escreveu:– Sra. Person, está desperta?
– Sim. Boa noite!
Servo escreveu:– Boa noite! Mister Stein mandou avisar-lhe que sua presença é aguardada às 20h na sala principal. Ele também determinou que se vestisse de forma sóbria e elegante. Há diversas opções em seu closet. A senhora precisa de algo mais antes que eu parta?
“Sobria e elegante?! Bastardo, não basta tudo o que já fez vai querer determinar como me visto também! Eu era uma bruxa não uma hippie dos anos 80! Tomo alguns instantes para controlar minha raiva. Será que ele sabe a monstruosidade a qual serve? Por mais que tente ser cordial minha voz sai em um tom seco e frio.”
– Eu estarei lá como solicitado. Não, obrigado.
“Levanto-me enquanto escuto a ser fechada, mas dessa vez ele não a tranca o que me traz um pouco de alivio. Entretanto, ainda me sinto como uma prisioneira. Ao acender a luz verifico o horário no relógio em meu pulso. 45 minutos... deve ser suficiente. Enquanto tomava banho tentei desvincular minha mente das imagens horríveis com as quais Azazel presenteou-me durante o dia. Nunca entendi as pretensões de Azazel ou suas motivações e eu busquei o conhecimento necessário para entende-lo e me livrar dele. Entretanto, apesar de todo o conhecimento acumulado ainda não livrei-me dele, se que agora eu poderei. Afinal, não sou mas uma bruxa. A noite começou de um modo ruim e tudo indica que poderá piorar.
Desligo o chuveiro. Enquanto me seco é inevitável pensar porque ele fez tal exigência. Será que finalmente irei sair dessa casa? Eu estou enlouquecendo aqui, mas... Isso pode terminar muito mal. Por mais que tente manter minha consciência, eu sou uma deles e eventualmente eu posso acabar cedendo a mesma bestialidade para a qual eles são arrastados noite após noite. E, no fim, tornarei-me aquilo que meus ancestrais deram suas para combater. O que eu estou fazendo?!
Aqueles pensamentos conflitantes juntamente com a condição imposta por um dia mal dormido me fazem demorar mais do que o habitual para concluir aquela simples tarefa de me arrumar. Precisava encontrar um pouco de foco para chegar a tempo na sala principal, faltavam alguns poucos minutos para a hora marcada por Stain. Enquanto olhava-me uma última vez no espelho e chegava a conclusão de que havia conseguido vestir-me como o solicitado era inevitável questionar-me porque ele havia feito isso comigo? Porque me fazer passar pelo ‘abraço’? Ele podia simplesmente ter me matado por ser uma bruxa. Isso, tornar-me uma deles, é o pior de todos os castigos.
Abro a porta e começo a dirigir-me a sala principal. Como permanecia distraída em meus pensamentos em alguns momentos duvidei se estava no caminho correto e parava para localizar-me tornando a andar em seguida.
Que vampiros e bruxas tem problemas uns com os outros não é novidade, mas, as vezes, seus comentários me fazem pensar que o problema dele é com minha mãe. Se esse é o caso, tudo torna-se pessoal e meu tormento não terá fim, a menos que...É melhor não pensar nisso. Por mais que o deteste eu não posso fazer nada, ao menos não por enquanto; eu não tenho o poder pra isso e não posso arriscar enquanto minha mãe estiver viva e precisar de mim.
Ao chegar na sala principal olho para Stain e ao cumprimenta-lo tento novamente usar um tom cordial, mas novamente dá a impressão de um tom seco e frio.”
– Boa noite!
“Confiro o horário no relógio e caso esteja atrasada peço desculpa pela demora.”
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Narração | Izabel Person
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- Mensagem nº4
Re: [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON
“Duas coisas eu não poderia negar a respeito de Stain: Ele é uma criatura cruel e possuía um admirável bom gosto para decoração. A casa inteira respirava a decoração e arquitetura européia do século XIII. Algumas peças eu arriscaria dizer que se tratavam de originais. Como uma boa amante da história esse é um detalhe difícil de ignorar e gastar meu tempo com essas análises foi o que trouxe um pouco de distração a minha mente nos últimos dias. Afinal, não importava o quanto eu desejasse reverter essa situação eu não conhecia um meio, ao menos não ainda; e embora não conseguisse me conformar também era incapaz de tomar a única saída de salvação que tinha.
Stain estava parado próximo a lareira observando um dos vários belos quadros que aquele salão continha, ele permanece de costas ao responder meu cumprimento e eu permaneço parada na base da escada. Eu desprezava Stain, pois desprezava o que ele me tornou. Entretanto, infelizmente, eu precisava ceder e entrar em seu jogo, ao menos enquanto precisasse sobreviver. Embora tenha fortes dúvidas se serei capaz de realizar algumas coisas que minha nova condição exige. Cada um dos dias que passei com Stain serviu para reafirmar que estávamos corretos em nos opor a tais criaturas.
Pontualidade é algo que faz o perfil de Stain e por isso esforcei-me para conseguir ser pontual e temia não ser. Com o soar do relógio ao marcar precisamente 20h sinto-me um pouco aliviada; embora a presença de Stain não me permitia ficar tranquila ainda mais nessa noite, afinal estou exausta embora tenha dormido e isso me deixa muito próxima de falhas banais. O relógio ainda anunciava a chegada das 20h quando Stain vira-se e ao olhar em seu rosto eu me sinto desconfortável, não por sua cicatriz, mas por seu olhar soturno e sua essência misteriosa. Por trás de toda sua elegância e educação eu via o monstro que havia nele. Sua postura inspirava respeito, isso eu não poderia negar, mas o que não sei dizer é o motivo; apesar de no meu caso respeitá-lo por temê-lo. Em seus piores momentos ele era habilidoso em gerar um temor que jamais senti antes em minha vida. Hoje ele parecia estar calmo e sem dúvidas eu não desejo que isso mude!
Não consigo esconder minha surpresa ao vê-lo sorrir, durante todo esse tempo isso nunca ocorreu; o que tornava tal fato assustador. Sinto um misto de revolta e repulsa ao ouvi-lo dizer o motivo da comemoração. Certamente, eu não via aquilo como um motivo de celebração, mas eu não queria irritá-lo e tento ao máximo esconder meus sentimentos a respeito. Acabo desviando meu olhar para um ponto qualquer da sala enquanto ele caminha em minha direção.
Acredito que ao dizer ‘pessoa de extrema importância’ dentro dessa sociedade signifique outro vampiro mais velho e poderoso. Era tudo que eu precisava essa noite! Quando o escuto dizer que tinha uma surpresa para mim eu não consigo evitar de deixar um pouco do meu receio e medo transparecer eu meu olhar, que instintivamente voltou-se para ele por instantes antes de desviá-lo novamente. Fecho meus olhos diante a indignação que sinto com suas últimas palavras. Como Stain pode acreditar que o que ele tem a dizer ou que alguma explicação que possa dar fará com que eu aceite o que fez ou torne nossa relação melhor?!
Assim que abro novamente meus olhos Stain já estava parado diante a mim. Procuro usar um tom cordial e respeitoso em minha voz ao respondê-lo.”
– Como desejar, Mr. Stain. Essa apresentação ocorrerá aqui?
“Enquanto espero sua resposta e as próximas instruções temo não ter sido capaz de esconder meus sentimentos e ter acabado expondo algo que o fizesse abandonar aquela ‘personalidade amigável’ que pela primeira vez demonstrará e, se isso acontecesse, eu não tinha dúvidas de que me arrependeria amargamente.”
Stain estava parado próximo a lareira observando um dos vários belos quadros que aquele salão continha, ele permanece de costas ao responder meu cumprimento e eu permaneço parada na base da escada. Eu desprezava Stain, pois desprezava o que ele me tornou. Entretanto, infelizmente, eu precisava ceder e entrar em seu jogo, ao menos enquanto precisasse sobreviver. Embora tenha fortes dúvidas se serei capaz de realizar algumas coisas que minha nova condição exige. Cada um dos dias que passei com Stain serviu para reafirmar que estávamos corretos em nos opor a tais criaturas.
Pontualidade é algo que faz o perfil de Stain e por isso esforcei-me para conseguir ser pontual e temia não ser. Com o soar do relógio ao marcar precisamente 20h sinto-me um pouco aliviada; embora a presença de Stain não me permitia ficar tranquila ainda mais nessa noite, afinal estou exausta embora tenha dormido e isso me deixa muito próxima de falhas banais. O relógio ainda anunciava a chegada das 20h quando Stain vira-se e ao olhar em seu rosto eu me sinto desconfortável, não por sua cicatriz, mas por seu olhar soturno e sua essência misteriosa. Por trás de toda sua elegância e educação eu via o monstro que havia nele. Sua postura inspirava respeito, isso eu não poderia negar, mas o que não sei dizer é o motivo; apesar de no meu caso respeitá-lo por temê-lo. Em seus piores momentos ele era habilidoso em gerar um temor que jamais senti antes em minha vida. Hoje ele parecia estar calmo e sem dúvidas eu não desejo que isso mude!
Não consigo esconder minha surpresa ao vê-lo sorrir, durante todo esse tempo isso nunca ocorreu; o que tornava tal fato assustador. Sinto um misto de revolta e repulsa ao ouvi-lo dizer o motivo da comemoração. Certamente, eu não via aquilo como um motivo de celebração, mas eu não queria irritá-lo e tento ao máximo esconder meus sentimentos a respeito. Acabo desviando meu olhar para um ponto qualquer da sala enquanto ele caminha em minha direção.
Acredito que ao dizer ‘pessoa de extrema importância’ dentro dessa sociedade signifique outro vampiro mais velho e poderoso. Era tudo que eu precisava essa noite! Quando o escuto dizer que tinha uma surpresa para mim eu não consigo evitar de deixar um pouco do meu receio e medo transparecer eu meu olhar, que instintivamente voltou-se para ele por instantes antes de desviá-lo novamente. Fecho meus olhos diante a indignação que sinto com suas últimas palavras. Como Stain pode acreditar que o que ele tem a dizer ou que alguma explicação que possa dar fará com que eu aceite o que fez ou torne nossa relação melhor?!
Assim que abro novamente meus olhos Stain já estava parado diante a mim. Procuro usar um tom cordial e respeitoso em minha voz ao respondê-lo.”
– Como desejar, Mr. Stain. Essa apresentação ocorrerá aqui?
“Enquanto espero sua resposta e as próximas instruções temo não ter sido capaz de esconder meus sentimentos e ter acabado expondo algo que o fizesse abandonar aquela ‘personalidade amigável’ que pela primeira vez demonstrará e, se isso acontecesse, eu não tinha dúvidas de que me arrependeria amargamente.”
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Narração | Izabel Person
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Re: [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON
“Quando Stain oferece-me seu braço como se fosse um perfeito cavalheiro eu penso em recusar, só a minima ideia de tocá-lo gerava repulsa e raiva. Chego a entreabrir os lábios para dizer que não era necessário, mas desisto. Adolphus certamente tomaria isso como a ofensa que era e eu não queria provocá-lo dando-lhe “razões” para ser menos amigável. Como se ele precisasse de motivos! Mesmo desconfortável e totalmente contrariada eu correspondi ao seu gesto e peguei em seu braço.”
– Posso saber aonde vamos?
“Eu desejei sair daquela casa todos os dias; mas, agora que isso se tornaria real, eu sinto medo. Não por mim exatamente, mas sim por aqueles que eu jurei, a mim, usar meus poderes para proteger. Como pisarei nas ruas novamente sendo parte do mal ao qual nós nos opúnhamos?
Felizmente estou longe de casa, o que significa longe daqueles que um dia liderei e para os quais a minha nova condição de existência certamente seria uma das piores traições. Até esse momento não precisei me preocupar em conseguir resistir a minha nova natureza porque eu era um monstro enjaulado; sendo assim eu estava, de certa forma, segura contra o mal que eu poderia gerar aos outros e a minha consciência. O quanto disso eu aguentarei antes de perder-me assim como as outras criaturas das trevas ou escolher morrer? É tão estranho lembrar que eles, assim como eu, já foram humanos. Ah, droga! Eu preciso aguentar, preciso manter minha mente sã ou algo próximo disso. Pelo menos enquanto ela viver. Ela só tem a mim.
Esperava desesperadamente que o carro não estivesse longe e que aquilo não se estendesse por muito tempo. Eu sentia que precisava controlar melhor meus sentimentos e não sabia se seria capaz de fazê-lo em uma noite como aquela, principalmente por não ter despertado em minha melhor condição. Aquela era uma situação delicada, um movimento errado e toda aquela gentileza iria se dissipar transformando-se novamente em meu tormento diário ou em algo pior.”
Após a fala Isabel apenas acompanhará Stain.
– Posso saber aonde vamos?
“Eu desejei sair daquela casa todos os dias; mas, agora que isso se tornaria real, eu sinto medo. Não por mim exatamente, mas sim por aqueles que eu jurei, a mim, usar meus poderes para proteger. Como pisarei nas ruas novamente sendo parte do mal ao qual nós nos opúnhamos?
Felizmente estou longe de casa, o que significa longe daqueles que um dia liderei e para os quais a minha nova condição de existência certamente seria uma das piores traições. Até esse momento não precisei me preocupar em conseguir resistir a minha nova natureza porque eu era um monstro enjaulado; sendo assim eu estava, de certa forma, segura contra o mal que eu poderia gerar aos outros e a minha consciência. O quanto disso eu aguentarei antes de perder-me assim como as outras criaturas das trevas ou escolher morrer? É tão estranho lembrar que eles, assim como eu, já foram humanos. Ah, droga! Eu preciso aguentar, preciso manter minha mente sã ou algo próximo disso. Pelo menos enquanto ela viver. Ela só tem a mim.
Esperava desesperadamente que o carro não estivesse longe e que aquilo não se estendesse por muito tempo. Eu sentia que precisava controlar melhor meus sentimentos e não sabia se seria capaz de fazê-lo em uma noite como aquela, principalmente por não ter despertado em minha melhor condição. Aquela era uma situação delicada, um movimento errado e toda aquela gentileza iria se dissipar transformando-se novamente em meu tormento diário ou em algo pior.”
Após a fala Isabel apenas acompanhará Stain.
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- Mensagem nº7
Narração | Izabel Person
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- Mensagem nº8
Re: [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON
“Embora deteste surpresas apenas esboço um leve sorriso em concordância com a resposta e seguimos em direção ao carro. Os custos de contrariá-lo até o momento não valiam a pena. Mas, uma coisa era fato: Surpresas nunca me agradaram. Afinal elas geralmente costumam dar errado. Entretanto começo a pensar se Stain não estaria usando disso para me causar angústia. Perdi completamente o controle de minha vida... Droga! Sempre me esqueço! ... de minha existência. Embora o que mais me incomode seja que ao transformar tudo em uma surpresa ele me tira a chance de estar preparada e aumenta minhas chances de falha, ainda mais hoje. Eu não devia ter saído de minha cama!
Tento sorrir gentilmente para o servo de Stain antes dele fechar minha porta. Esforço-me para lembrar-me que embora eu odeie essa situação ninguém além de mim tem culpa e eu não posso descontar em ninguém minhas frustrações. A viajem se inicia e repouso minhas mãos em meu colo e distraio-me com a paisagem. Após os últimos dias ver aquelas imagens por mais simples que fossem traziam uma sensação boa de liberdade; embora revelassem também o medo de estar de volta como uma deles. O som do carro estava em um volume agradável. Era curioso como os sons eram diferentes agora e muitos tornaram-se irritantes.
Não deveriam ter se passado mais que cinco minutos até que tomássemos o acesso a ponte, momento esse em que Stein começa a falar. Continuo a olhar pela janela. Não queria olha-lo e nem ouvir o que tinha a dizer, embora escutasse cada uma de suas palavras com atenção. Ele me fazia lembrar que eu fui alguém importante em minha antiga sociedade e assim consegui os conhecimentos a que ele se refere e outros, mas os abandonei e talvez esse seja o preço a ser pago por isso.
Assim que Stain diz que tais conhecimentos me qualificavam a tornar-me alguém especial o sentimento de raiva é alimentado e começa a crescer. Junto minhas mãos e as pressiono tentando dissipar a raiva. Eu era alguém especial, mas fui cega pela dor e fraca a ponto de Stain conseguir tirar de mim uma das últimas coisas que eu amava: Minha mágica. Adolphus faz uma pausa em sua fala e eu continuo a olhar através da janela tentando reaver meu equilíbrio. A tensão começa a dissipar-se e retorno a repousar minhas mãos sobre meu colo separadamente. Nesse instante ele questiona-me sobre a família Mikaelson e não consigo evitar de olhar em sua direção um pouco confusa com o rumo da conversa.
– Sim, um pouco.
“Nada do que ouvi a respeito deles pode ser considerado ‘bom’. Violentos e sanguinários os Mikaelson são personagens de uma das duas vertentes principais das lendas destinadas a explicar a criação dos vampiros. Entretanto, o perfil descrito por Stain de nosso ‘patrono’ é bem diferente do conhecimento que eu tinha. Mesmo que a verdade ninguém soubesse exatamente sempre tive maior tendência a acreditar que os vampiros eram crias de Lúcifer simplesmente porque não via o que levaria uma bruxa a criar algo como um vampiro... com o potencial de tornar-se um de seus piores inimigos.
O peso da importância daquele encontro era inegável e certamente deixei transparecer um pouco de minha preocupação em minha face. De todas as formas e não me sentia pronta para aquilo, afinal eu não conseguia aceitar minha nova existência e temia andar de volta entre humanos. Sem contar que eu não estava em minha melhor condição. Stain retoma a fala agora explicando-me um pouco sobre a estrutura da sociedade a qual pertencemos. Ele claramente tinha orgulho do que era e no que tinha me transformado, mas eu não compartilhava desse orgulho. Será que um dia irei?”
– Sim, eu pude notar. Eu entendo a importância desse encontro, mas... Eu preciso de mais instruções. Como devo dirigir a palavra a vocês? O que posso ou não fazer? Estaremos só entre seres como nós? Espera que eu seja perfeita e deslumbrante, mas eu não sei o necessário sobre nós porque eu n... - “...não escolhi ser isso. Eu nunca quis ser como vocês.” Person faz uma pausa e claramente muda o discurso. - ...Só conheço uma de suas regras e é a primeira vez que estou saindo. - Izabel volta a olhar pela janela. - Tudo ainda é confuso.
“Eles são mais organizados como sociedade do que esperava. Usam de uma estrutura hierárquica cujos termos remetem a monarquia e em latim o que mostra um certo domínio da cultura. Isso está bem longe do que esperava deles. Enquanto olhava pela janela eu aguardava a reação de Stain e eu tinha muitos receios quanto a isso. Eu nunca sabia o que esperar dele e qualquer uma de minhas palavras poderiam ser capazes de irritá-lo e era justamente o que eu vinha tentando evitar. Certamente de todos os seus títulos o Carrasco/Carnifex marca bem os aspectos de sua personalidade que conheço e que me apavoram.
Eu estava cheia de medos e receios enquanto olhava por aquela janela. Era a primeira vez que saia daquela casa. Pensar em ter que me alimentar de um humano ainda me assusta. Eu não conseguia aceitar minha condição ou Stain e agora eu teria que orquestrar tudo isso diante a um Original. Um ser supostamente indestrutível. Justo hoje, em uma das noites em que as chances de dar errado são enormes!”
Tento sorrir gentilmente para o servo de Stain antes dele fechar minha porta. Esforço-me para lembrar-me que embora eu odeie essa situação ninguém além de mim tem culpa e eu não posso descontar em ninguém minhas frustrações. A viajem se inicia e repouso minhas mãos em meu colo e distraio-me com a paisagem. Após os últimos dias ver aquelas imagens por mais simples que fossem traziam uma sensação boa de liberdade; embora revelassem também o medo de estar de volta como uma deles. O som do carro estava em um volume agradável. Era curioso como os sons eram diferentes agora e muitos tornaram-se irritantes.
Não deveriam ter se passado mais que cinco minutos até que tomássemos o acesso a ponte, momento esse em que Stein começa a falar. Continuo a olhar pela janela. Não queria olha-lo e nem ouvir o que tinha a dizer, embora escutasse cada uma de suas palavras com atenção. Ele me fazia lembrar que eu fui alguém importante em minha antiga sociedade e assim consegui os conhecimentos a que ele se refere e outros, mas os abandonei e talvez esse seja o preço a ser pago por isso.
Assim que Stain diz que tais conhecimentos me qualificavam a tornar-me alguém especial o sentimento de raiva é alimentado e começa a crescer. Junto minhas mãos e as pressiono tentando dissipar a raiva. Eu era alguém especial, mas fui cega pela dor e fraca a ponto de Stain conseguir tirar de mim uma das últimas coisas que eu amava: Minha mágica. Adolphus faz uma pausa em sua fala e eu continuo a olhar através da janela tentando reaver meu equilíbrio. A tensão começa a dissipar-se e retorno a repousar minhas mãos sobre meu colo separadamente. Nesse instante ele questiona-me sobre a família Mikaelson e não consigo evitar de olhar em sua direção um pouco confusa com o rumo da conversa.
– Sim, um pouco.
“Nada do que ouvi a respeito deles pode ser considerado ‘bom’. Violentos e sanguinários os Mikaelson são personagens de uma das duas vertentes principais das lendas destinadas a explicar a criação dos vampiros. Entretanto, o perfil descrito por Stain de nosso ‘patrono’ é bem diferente do conhecimento que eu tinha. Mesmo que a verdade ninguém soubesse exatamente sempre tive maior tendência a acreditar que os vampiros eram crias de Lúcifer simplesmente porque não via o que levaria uma bruxa a criar algo como um vampiro... com o potencial de tornar-se um de seus piores inimigos.
O peso da importância daquele encontro era inegável e certamente deixei transparecer um pouco de minha preocupação em minha face. De todas as formas e não me sentia pronta para aquilo, afinal eu não conseguia aceitar minha nova existência e temia andar de volta entre humanos. Sem contar que eu não estava em minha melhor condição. Stain retoma a fala agora explicando-me um pouco sobre a estrutura da sociedade a qual pertencemos. Ele claramente tinha orgulho do que era e no que tinha me transformado, mas eu não compartilhava desse orgulho. Será que um dia irei?”
– Sim, eu pude notar. Eu entendo a importância desse encontro, mas... Eu preciso de mais instruções. Como devo dirigir a palavra a vocês? O que posso ou não fazer? Estaremos só entre seres como nós? Espera que eu seja perfeita e deslumbrante, mas eu não sei o necessário sobre nós porque eu n... - “...não escolhi ser isso. Eu nunca quis ser como vocês.” Person faz uma pausa e claramente muda o discurso. - ...Só conheço uma de suas regras e é a primeira vez que estou saindo. - Izabel volta a olhar pela janela. - Tudo ainda é confuso.
“Eles são mais organizados como sociedade do que esperava. Usam de uma estrutura hierárquica cujos termos remetem a monarquia e em latim o que mostra um certo domínio da cultura. Isso está bem longe do que esperava deles. Enquanto olhava pela janela eu aguardava a reação de Stain e eu tinha muitos receios quanto a isso. Eu nunca sabia o que esperar dele e qualquer uma de minhas palavras poderiam ser capazes de irritá-lo e era justamente o que eu vinha tentando evitar. Certamente de todos os seus títulos o Carrasco/Carnifex marca bem os aspectos de sua personalidade que conheço e que me apavoram.
Eu estava cheia de medos e receios enquanto olhava por aquela janela. Era a primeira vez que saia daquela casa. Pensar em ter que me alimentar de um humano ainda me assusta. Eu não conseguia aceitar minha condição ou Stain e agora eu teria que orquestrar tudo isso diante a um Original. Um ser supostamente indestrutível. Justo hoje, em uma das noites em que as chances de dar errado são enormes!”
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