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    [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON

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    Mensagem por Brujah Girl Sex Jun 23, 2017 1:01 pm










    ♦ IZABEL PERSON ♦







    | Quinta-feira, 24 de outubro de 2012 | 19:15 | Refúgio do Sire |



    A noite chegava em New Orleans e com ela, o despertar de Izabel e a habitual libertação dos pesadelos que atormentavam-lhe, agora, durante os dias. Em sua mente tudo ainda parecia bastante vivo e a lembrança de ver sua mãe sendo horrendamente torturada pela terrível criatura que, mesmo com todo seu conhecimento ainda não sabia exatamente o que era e quais as motivações que tinha para aterrorizá-la, fazia com que aquele início de noite fosse bastante amargo.

    Apesar de ter passado o dia no sono sobrenatural, Izabel sentia como se não tivesse fechado os olhos o dia inteiro. Sabia que quando isso acontecia, não estaria a 100% ao longo da noite. Duas batidas secas são ouvidas na porta. Izabel nem sequer tinha saído da cama ainda. A porta é destrancada e semi-aberta. A voz do servo de Stein é ouvida:



    – Sra. Person, está desperta?


    Tão logo Izabel falasse algo ou indicasse que estava acordada, o servo diria, sem entrar no quarto. Permanecia no corredor, atrás da porta entreaberta:


    – Boa noite! Mister Stein mandou avisar-lhe que sua presença é aguardada às 20h na sala principal. Ele também determinou que se vestisse de forma sóbria e elegante. Há diversas opções em seu closet. A senhora precisa de algo mais antes que eu parta?


    O servo então se cala e aguarda por alguma manifestação de Izabel, e caso ela não falasse nada, voltaria a fechar a porta do quarto, desta vez sem trancar, e seguiria com seus afazeres, deixando Izabel sozinha para se preparar.

    A relação de Stein e da jovem criança da noite não era das melhores, e ela tentou imaginar porque Stein queria que ela se vestisse de forma formal. Será que pela primeira vez ela sairia daquela casa desde que passara pelo “abraço”? Por vezes sentia-se uma prisioneira e realmente precisava sair, embora imaginar como seria a primeira vez nas ruas desde que se tornara uma vampira podia ser bastante assustador. Conhecia as criaturas da noite, e pior, sabia do que aqueles “monstros” podiam ser capazes. Será que ela também se transformaria em algo que seus próprios ancestrais tanto combatiam? Por quanto tempo a pessoa que ela fora em vida conseguiria se manter no controle antes de ser completamente tomada pela bestialidade a qual, a maior parte dos seres da noite eram arrastados noite após noite? O que Ruth, sua querida mãe, pensaria se ainda estivesse ciente do mundo que lhe cercava? As questões eram muitas e certamente, para descobrir as respostas, a jovem criança da noite, ainda teria muito o que “vivenciar” em sua nova condição.





    Rolagem Pesadelos:






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    Mensagem por Convidado Qua Jun 28, 2017 10:35 pm

    “Mesmo após abrir meus olhos todo o terror e agonia pareciam reais.  A vítima do dia: Minha mãe. O torturador: O mesmo e velho Azazel. Será que nem depois da morte ele irá me deixar em paz? Ainda me questiono quem ele é de verdade e porque atormentar-me ao longo dos anos. Permaneço olhando para o teto tentando limpar minha mente e focar-me na realidade.

    O que pode ser pior para uma bruxa do que tornar-se uma vampira?! Se Azazel queria destruir-me ele perdeu a chance, Stein roubou-lhe o prazer. Em pensar que eu vim para essa cidade recomeçar, desejando uma vida comum e ficar longe da magia e agora, graças a Stain, nunca mais será possível. Mas, devo admitir, isso me fez perceber o quanto eu gostava de ser como era, apesar dos problemas que isso causava. Se não fosse por minha mãe eu preferiria a morte a permanecer como um deles. Eles são monstros, capazes de cometer verdadeiras atrocidades e... Eu sou uma deles agora! Certamente, se minha mãe tivesse o mínimo de consciência do mundo a sua volta ela iria preferir ver-me morta a me ver como uma vampira. Mas, felizmente ela não tem e ninguém mais cuidará dela se eu desaparecer. Eu preciso continuar e sair daqui. Ao sentar-me na cama percebo que por mais que tenha dormido o dia todo sentia como se estivesse permanecido acordada.

    Droga! Se eu tivesse permanecido acordada talvez estive em uma condição melhor. Será uma longa e terrível noite! Novamente me deito na cama quando escuto as batidas na porta e seu destrancar. Nesse momento tenho a certeza de que aquela noite acabava de ficar pior, mas ao invés da voz de Stain é a de seu servo que escuto.”


    Servo escreveu:– Sra. Person, está desperta?

    – Sim. Boa noite!

    Servo escreveu:– Boa noite! Mister Stein mandou avisar-lhe que sua presença é aguardada às 20h na sala principal. Ele também determinou que se vestisse de forma sóbria e elegante. Há diversas opções em seu closet. A senhora precisa de algo mais antes que eu parta?

    “Sobria e elegante?! Bastardo, não basta tudo o que já fez vai querer determinar como me visto também! Eu era uma bruxa não uma hippie dos anos 80! Tomo alguns instantes para controlar minha raiva. Será que ele sabe a monstruosidade a qual serve? Por mais que tente ser cordial minha voz sai em um tom seco e frio.”

    – Eu estarei lá como solicitado. Não, obrigado.

    “Levanto-me enquanto escuto a ser fechada, mas dessa vez ele não a tranca o que me traz um pouco de alivio. Entretanto, ainda me sinto como uma prisioneira. Ao acender a luz verifico o horário no relógio em meu pulso. 45 minutos... deve ser suficiente. Enquanto tomava banho tentei desvincular minha mente das imagens horríveis com as quais Azazel presenteou-me durante o dia. Nunca entendi as pretensões de Azazel ou suas motivações e eu busquei o conhecimento necessário para entende-lo e me livrar dele. Entretanto, apesar de todo o conhecimento acumulado ainda não livrei-me dele, se que agora eu poderei. Afinal, não sou mas uma bruxa. A noite começou de um modo ruim e tudo indica que poderá piorar.
    Desligo o chuveiro.  Enquanto me seco é inevitável pensar porque ele fez tal exigência. Será que finalmente irei sair dessa casa? Eu estou enlouquecendo aqui, mas... Isso pode terminar muito mal. Por mais que tente manter minha consciência, eu sou uma deles e eventualmente eu posso acabar cedendo a mesma bestialidade para a qual eles são arrastados noite após noite. E, no fim, tornarei-me aquilo que meus ancestrais deram suas para combater. O que eu estou fazendo?!

    Aqueles pensamentos conflitantes juntamente com a condição imposta por um dia mal dormido me fazem demorar mais do que o habitual para concluir aquela simples tarefa de me arrumar. Precisava encontrar um pouco de foco para chegar a tempo na sala principal, faltavam alguns poucos minutos para a hora marcada por Stain. Enquanto olhava-me uma última vez no espelho e chegava a conclusão de que havia conseguido vestir-me como o solicitado era inevitável questionar-me porque ele havia feito isso comigo? Porque me fazer passar pelo ‘abraço’? Ele podia simplesmente ter me matado por ser uma bruxa. Isso, tornar-me uma deles, é o pior de todos os castigos.
    Abro a porta e começo a dirigir-me a sala principal. Como permanecia distraída em meus pensamentos em alguns momentos duvidei se estava no caminho correto e parava para localizar-me tornando a andar em seguida.

    Que vampiros e bruxas tem problemas uns com os outros não é novidade, mas, as vezes, seus comentários me fazem pensar que o problema dele é com minha mãe. Se esse é o caso, tudo torna-se pessoal e meu tormento não terá fim, a menos que...É melhor não pensar nisso. Por mais que o deteste eu não posso fazer nada, ao menos não por enquanto; eu não tenho o poder pra isso e não posso arriscar enquanto minha mãe estiver viva e precisar de mim.

    Ao chegar na sala principal olho para Stain e ao cumprimenta-lo tento novamente usar um tom cordial, mas novamente dá a impressão de um tom seco e frio.”


    – Boa noite!

    “Confiro o horário no relógio e caso esteja atrasada peço desculpa pela demora.”
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    Mensagem por Brujah Girl Dom Jul 02, 2017 9:16 am










    ♦ IZABEL PERSON ♦







    | Quinta-feira, 24 de outubro de 2012 | 20:00 | Refúgio do Sire |



    Izabel passa se prepara e durante todo o tempo seus pensamentos fizeram-lhe companhia. Não era nem um pouco fácil ter sido arrastada para aquela nova condição e muito menos quando no passado costumava fazer parte de um grupo que na maioria das vezes se opunha as criaturas da noite. Mas não havia nada que Izabel pudesse fazer para reverter esta situação, a menos, não que soubesse... e considerando seus conhecimentos, podia praticamente afirmar que a única coisa que poderia salvá-la daquilo, era abraçar a própria morte, mas até o momento isso não fazia parte dos planos de Izabel.

    Por fim, devidamente trajada, Izabel deixa seu quarto e segue para o andar inferior, onde, após descer as escadarias, chegaria ao salão principal.


    Imagem:


    Stein estava de pé, observando um dos quadros próximo à lareira, de costas para a escadaria, e ele responde, ainda de costas, ao cumprimento de sua cria:

    Imagem:



     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9

    – Boa noite, srta. Person.


    O relógio antigo, assim como todos os móveis e artigos de decoração daquela sala (ou melhor, da casa inteira), marca de forma sonora a chegada das 20h. Stein vira-se, e Izabel pode mais uma vez observar seu rosto soturno e misterioso. A cicatriz que cruzava em diagonal seu olho esquerdo, e possivelmente o motivo de seu olho cego, era a característica mais marcante de seu rosto. Talvez ele pudesse ser um homem bonito se não fosse aquele “detalhe”, mas Stein era um homem elegante. O cabelo devidamente arrumado, sempre com gel, a barba, naquela noite, devidamente feita. Do alto dos seus 1,83m, Stein era alguém que inspirava respeito, e em momentos menos calmos: temor absoluto.

    Felizmente, naquela noite, ele parecia calmo, enquanto caminhava na direção de Izabel:


     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9

    – Aprecio sua pontualidade. *Um pequeno sorriso é visto em seu rosto, o que poderia surpreender Izabel, que nunca tinha visto o seu senhor sorrir.* – Imagino que talvez esteja curiosa sobre a ocasião, srta. Person. Esta noite comemoramos 7 noites de seu abraço e iremos celebrar. Primeiramente irei apresentar-lhe a uma pessoa de extrema importância dentro de nossa sociedade e depois tenho uma surpresa para ti. Além disso, aproveitaremos a noite para conversarmos... Acredito que ainda tenha muitas dúvidas e é chegado o momento de começar a saná-las, tornando assim, a nossa relação, mais agradável.


    Termina de falar, já diante de Izabel, que talvez pudesse estar um pouco confusa com aquela personalidade “mais amigável” de Stein, algo que ainda não tinha visto.




    OFF::






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     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON Empty Re: [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON

    Mensagem por Convidado Qua Jul 05, 2017 3:53 pm

    “Duas coisas eu não poderia negar a respeito de Stain: Ele é uma criatura cruel e possuía um admirável bom gosto para decoração. A casa inteira respirava a decoração e arquitetura européia do século XIII. Algumas peças eu arriscaria dizer que se tratavam de originais. Como uma boa amante da história esse é um detalhe difícil de ignorar e gastar meu tempo com essas análises foi o que trouxe um pouco de distração a minha mente nos últimos dias. Afinal, não importava o quanto eu desejasse reverter essa situação eu não conhecia um meio, ao menos não ainda; e embora não conseguisse me conformar também era incapaz de tomar a única saída de salvação que tinha.

    Stain estava parado próximo a lareira observando um dos vários belos quadros que aquele salão continha, ele permanece de costas ao responder meu cumprimento e eu permaneço parada na base da escada. Eu desprezava Stain, pois desprezava o que ele me tornou. Entretanto, infelizmente, eu precisava ceder e entrar em seu jogo, ao menos enquanto precisasse sobreviver. Embora tenha fortes dúvidas se serei capaz de realizar algumas coisas que minha nova condição exige. Cada um dos dias que passei com Stain serviu para reafirmar que estávamos corretos em nos opor a tais criaturas.

    Pontualidade é algo que faz o perfil de Stain e por isso esforcei-me para conseguir ser pontual e temia não ser. Com o soar do relógio ao marcar precisamente 20h sinto-me um pouco aliviada; embora a presença de Stain não me permitia ficar tranquila ainda mais nessa noite, afinal estou exausta embora tenha dormido e isso me deixa muito próxima de falhas banais. O relógio ainda anunciava a chegada das 20h quando Stain vira-se e ao olhar em seu rosto eu me sinto desconfortável, não por sua cicatriz, mas por seu olhar soturno e sua essência misteriosa. Por trás de toda sua elegância e educação eu via o monstro que havia nele. Sua postura inspirava respeito, isso eu não poderia negar, mas o que não sei dizer é o motivo; apesar de no meu caso respeitá-lo por temê-lo. Em seus piores momentos ele era habilidoso em gerar um temor que jamais senti antes em minha vida. Hoje ele parecia estar calmo e sem dúvidas eu não desejo que isso mude!

    Não consigo esconder minha surpresa ao vê-lo sorrir, durante todo esse tempo isso nunca ocorreu; o que tornava tal fato assustador. Sinto um misto de revolta e repulsa ao ouvi-lo dizer o motivo da comemoração. Certamente, eu não via aquilo como um motivo de celebração, mas eu não queria irritá-lo e tento ao máximo esconder meus sentimentos a respeito. Acabo desviando meu olhar para um ponto qualquer da sala enquanto ele caminha em minha direção.

    Acredito que ao dizer ‘pessoa de extrema importância’ dentro dessa sociedade signifique outro vampiro mais velho e poderoso. Era tudo que eu precisava essa noite! Quando o escuto dizer que tinha uma surpresa para mim eu não consigo evitar de deixar um pouco do meu receio e medo transparecer eu meu olhar, que instintivamente voltou-se para ele por instantes antes de desviá-lo novamente. Fecho meus olhos diante a indignação que sinto com suas últimas palavras. Como Stain pode acreditar que o que ele tem a dizer ou que alguma explicação que possa dar fará com que eu aceite o que fez ou torne nossa relação melhor?!

    Assim que abro novamente meus olhos Stain já estava parado diante a mim. Procuro usar um tom cordial e respeitoso em minha voz ao respondê-lo.”


    – Como desejar, Mr. Stain. Essa apresentação ocorrerá aqui?

    “Enquanto espero sua resposta e as próximas instruções temo não ter sido capaz de esconder meus sentimentos e ter acabado expondo algo que o fizesse abandonar aquela ‘personalidade amigável’ que pela primeira vez demonstrará e, se isso acontecesse, eu não tinha dúvidas de que me arrependeria amargamente.”



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    Mensagem por Brujah Girl Sáb Jul 08, 2017 3:41 pm










    ♦ IZABEL PERSON ♦







    | Quinta-feira, 24 de outubro de 2012 | 20:00 | Refúgio do Sire |



    Izabel sentia que pisava em ovos. Por um lado desejava que Stein continuasse daquela forma menos monstruosa, por outro temia não conseguir conter todo o asco que sentia por ele e terminar sendo traída por si própria, mas por enquanto tudo parecia fluir bem. Ele responde-lhe:


     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9

    – Não, minha cara. Nós iremos ao encontro de nosso anfitrião. Venha, é hora de irmos. Não tolero atrasos. O automóvel está à nossa espera.


    Ele oferece o braço para Izabel como um cavalheiro. A informação ainda era absorvida por Izabel que compreendia que pela primeira vez iria sair daquela casa desde que fora “amaldiçoada” e se tornara uma criatura das trevas. Um leve temor invade-lhe, por mais estranho que fosse, estar reclusa naquela casa, trazia-lhe uma certa segurança, e agora que iria sair, temia o que sua nova natureza poderia causar-lhe.

    Stein aguardava que Izabel desse-lhe o braço para seguirem até o pátio, onde o carro aguardava. Saber que aquele monstro aguardava por seu toque para que pudessem sair dali, não tornava as coisas mais simples.





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    Mensagem por Convidado Seg Jul 10, 2017 8:29 pm

    “Quando Stain oferece-me seu braço como se fosse um perfeito cavalheiro eu penso em recusar, só a minima ideia de tocá-lo gerava repulsa e raiva. Chego a entreabrir os lábios para dizer que não era necessário, mas desisto. Adolphus certamente tomaria isso como a ofensa que era e eu não queria provocá-lo dando-lhe “razões” para ser menos amigável. Como se ele precisasse de motivos! Mesmo desconfortável e totalmente contrariada eu correspondi ao seu gesto e peguei em seu braço.”

    – Posso saber aonde vamos?

    “Eu desejei sair daquela casa todos os dias; mas, agora que isso se tornaria real, eu sinto medo. Não por mim exatamente, mas sim por aqueles que eu jurei, a mim, usar meus poderes para proteger. Como pisarei nas ruas novamente sendo parte do mal ao qual nós nos opúnhamos?

    Felizmente estou longe de casa, o que significa longe daqueles que um dia liderei e para os quais a minha nova condição de existência certamente seria uma das piores traições. Até esse momento não precisei me preocupar em conseguir resistir a minha nova natureza porque eu era um monstro enjaulado; sendo assim eu estava, de certa forma, segura contra o mal que eu poderia gerar aos outros e a minha consciência. O quanto disso eu aguentarei antes de perder-me assim como as outras criaturas das trevas ou escolher morrer? É tão estranho lembrar que eles, assim como eu, já foram humanos. Ah, droga! Eu preciso aguentar, preciso manter minha mente sã ou algo próximo disso. Pelo menos enquanto ela viver. Ela só tem a mim.

    Esperava desesperadamente que o carro não estivesse longe e que aquilo não se estendesse por muito tempo. Eu sentia que precisava controlar melhor meus sentimentos e não sabia se seria capaz de fazê-lo em uma noite como aquela, principalmente por não ter despertado em minha melhor condição. Aquela era uma situação delicada, um movimento errado e toda aquela gentileza iria se dissipar transformando-se novamente em meu tormento diário ou em algo pior.”

    Após a fala Isabel apenas acompanhará Stain.

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    Mensagem por Brujah Girl Dom Jul 23, 2017 9:48 am










    ♦ IZABEL PERSON ♦







    | Quinta-feira, 24 de outubro de 2012 | 20:15 | Ruas de New Orleans |



    Stein apenas responde que seria uma surpresa e logo eles seguem para o carro: um Jaguar XJ6 preto de 1979, nada que Izabel pudesse classificar além de um carro preto antigo e talvez pudesse reconhecer a marca por seu símbolo: um Jaguar.
    O servo aguardava com as portas abertas e senhor e cria entram nos bancos de trás. Após todos devidamente acomodados, o servo fecha as portas e segue para seu lugar ao volante. O clássico, era bem cuidado e para suas pouco mais de 3 décadas, era como se ainda fosse novo. Pelo que pudera observar desde que ali estava, Stein parecia ter uns 3 ou 4 veículos neste estilo mais antigo, e apenas um mais recente.

    A viagem é iniciada. O som ambiente uma música ao piano em um volume bastante discreto era o único som durante os primeiros 5 minutos.

    Trilha sonora da viagem:

    Stein parecia apenas observar a paisagem à medida em que se afastavam de Algiers, a região em que viviam e pegavam o acesso para a ponte que levaria-os ao coração de New Orleans. Ele finalmente começa a falar:


     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9
    – Ao contrário da maior parte dos novos vampiros, você, minha cria, é uma privilegiada por já conhecer boa parte das nossas características. Você sabia, muito antes de se tornar uma de nós, que nada somos diante do sol, que podemos ser consumidos pelas chamas, que o sono sobrenatural obriga-nos a insconsciência durante o dia, que uma estaca no coração é capaz de imobilizar-nos, deixando-nos à mercê de quem conseguir fazer isso, que se nossa cabeça for arrancada do nosso corpo, encontraremos a morte final.  Isso e tantas outras coisas você já sabia, porque já possuía qualificações para se tornar alguém realmente especial. Entretanto, apesar de você já conhecer algumas peculiaridades nossas, ainda há muito o que aprender, afinal, nós também temos os nossos segredos.


    Stein faz uma pequena pausa e prossegue:


     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9
    – Certamente você já ouviu falar de um Original, da lendária Família Mikaelson, certo? * Após a afirmativa de Izabel que tinha conhecimento sobre os supostos primeiros vampiros de uma vertente que acreditava que os vampiros teriam sido criados por uma poderosa bruxa há pouco mais de um milênio atrás, Stein prossegue: – Nós, eu e você, procedemos da distinta linhagem de Sir Elijah Mikaelson, dentro todos, o mais sábio dos vampiros. Nossa sociedade é dividida hierarquicamente, onde, obviamente, os melhores encontram-se no topo da pirâmide. Eu sou um destes, e desta forma, não espero de minha cria menos do que a excelência. Sir Elijah concedeu-lhe a honra de ser recebida por ele esta noite, algo destinado apenas ao “crème de la crème”, o que, devido ao meu sangue, agora é seu por direito, e sua obrigação é ser absolutamente perfeita e deslumbrante diante do mais poderoso vampiro de nossa linhagem.

    Izabel agora já sabia com quem se encontraria e podia sentir a importância daquele encontro, estaria diante de um Mikaleson, família que, de acordo com as lendas era uma das mais sanguinárias e possivelmente os primeiros vampiros que existiram, embora, outras vertentes da origem dos vampiros apontassem sua existência de eras atrás, onde até mesmo Caim era citado como o primeiro dos vampiros e outras vertentes acreditassem que os vampiros eram crias diretas de Lúcifer na terra. A verdade ao certo, talvez ninguém soubesse ao certo, mas dentro de seus conhecimentos, os Originals eram criaturas de extremo poder e dentro do que aprendeu, indestrutíveis. Como seria estar diante de alguém tão poderoso assim? Interrompendo seus pensamentos, Stein volta a falar:


     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9
    – Antes dos Mikaelson retornarem a cidade, New Orleans era regida por Marcellus Gerard, vulgarmente conhecido por Marcel. Ele era o que chamavámos de “Rex” da cidade, enquanto um grupo especial, o Alto-Conselho, formado pelos vampiros mais antigos e sábios de cada linhagem, chamado de “Senatus”, auxilia o Rex na tomada de decisões e se necessário, pode vir a questionar a sua regência. Eu sou um “Senator”, pois dentre os de nossa linhagem, sou o mais velho. Além disso, sou um “Dux”, um status adquirido pelos feitos que já realizei ao longo dos séculos, e também um “Carnifex”, o responsável por aplicar a devida correção naqueles que violam nossas leis. Como pode observar, sou alguém com muitas responsabilidades dentro de nossa sociedade.


    Ele dá um pequeno sorriso que mostrava um certo orgulho e então se cala, ainda olhando para Izabel, que entenderia a deixa como um momento para ela comentar ou questionar algo, se assim desejasse. Izabel, que sabia latim, teria entendido as palavras em latim que Stein utilizara: Rex=Rei, Senatus=Senado, Senator=Senador, Dux=Duque e por fim Carnifex=Carrasco. O último título com certeza exemplificava bem algo da personalidade firme e sádica de seu senhor. E assim, aos poucos, Izabel começava a conhecer um pouco da hierarquia dos vampiros, que aparentemente tinham uma sociedade bem organizada.

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     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON Empty Re: [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON

    Mensagem por Convidado Qui Jul 27, 2017 10:44 pm

    “Embora deteste surpresas apenas esboço um leve sorriso em concordância com a resposta e seguimos em direção ao carro. Os custos de contrariá-lo até o momento não valiam a pena. Mas, uma coisa era fato: Surpresas nunca me agradaram. Afinal elas geralmente costumam dar errado. Entretanto começo a pensar se Stain não estaria usando disso para me causar angústia. Perdi completamente o controle de minha vida... Droga! Sempre me esqueço! ... de minha existência. Embora o que mais me incomode seja que ao transformar tudo em uma surpresa ele me tira a chance de estar preparada e aumenta minhas chances de falha, ainda mais hoje. Eu não devia ter saído de minha cama!

    Tento sorrir gentilmente para o servo de Stain antes dele fechar minha porta. Esforço-me para lembrar-me que embora eu odeie essa situação ninguém além de mim tem culpa e eu não posso descontar em ninguém minhas frustrações. A viajem se inicia e repouso minhas mãos em meu colo e distraio-me com a paisagem. Após os últimos dias ver aquelas imagens por mais simples que fossem traziam uma sensação boa de liberdade; embora revelassem também o medo de estar de volta como uma deles. O som do carro estava em um volume agradável. Era curioso como os sons eram diferentes agora e muitos tornaram-se irritantes.

    Não deveriam ter se passado mais que cinco minutos até que tomássemos o acesso a ponte, momento esse em que Stein começa a falar. Continuo a olhar pela janela. Não queria olha-lo e nem ouvir o que tinha a dizer, embora escutasse cada uma de suas palavras com atenção. Ele me fazia lembrar que eu fui alguém importante em minha antiga sociedade e assim consegui os conhecimentos a que ele se refere e outros, mas os abandonei e talvez esse seja o preço a ser pago por isso.

    Assim que Stain diz que tais conhecimentos me qualificavam a tornar-me alguém especial o sentimento de raiva é alimentado e começa a crescer. Junto minhas mãos e as pressiono tentando dissipar a raiva. Eu era alguém especial, mas fui cega pela dor e fraca a ponto de Stain conseguir tirar de mim uma das últimas coisas que eu amava: Minha mágica. Adolphus faz uma pausa em sua fala e eu continuo a olhar através da janela tentando reaver meu equilíbrio. A tensão começa a dissipar-se e retorno a repousar minhas mãos sobre meu colo separadamente. Nesse instante ele questiona-me sobre a família Mikaelson e não consigo evitar de olhar em sua direção um pouco confusa com o rumo da conversa.

    – Sim, um pouco.

    “Nada do que ouvi a respeito deles pode ser considerado ‘bom’. Violentos e sanguinários os Mikaelson são personagens de uma das duas vertentes principais das lendas destinadas a explicar a criação dos vampiros. Entretanto, o perfil descrito por Stain de nosso ‘patrono’ é bem diferente do conhecimento que eu tinha. Mesmo que a verdade ninguém soubesse exatamente sempre tive maior tendência a acreditar que os vampiros eram crias de Lúcifer simplesmente porque não via o que levaria uma bruxa a criar algo como um vampiro... com o potencial de tornar-se um de seus piores inimigos.

    O peso da importância daquele encontro era inegável e certamente deixei transparecer um pouco de minha preocupação em minha face. De todas as formas e não me sentia pronta para aquilo, afinal eu não conseguia aceitar minha nova existência e temia andar de volta entre humanos. Sem contar que eu não estava em minha melhor condição. Stain retoma a fala agora explicando-me um pouco sobre a estrutura da sociedade a qual pertencemos. Ele claramente tinha orgulho do que era e no que tinha me transformado, mas eu não compartilhava desse orgulho. Será que um dia irei?”

    – Sim, eu pude notar. Eu entendo a importância desse encontro, mas... Eu preciso de mais instruções. Como devo dirigir a palavra a vocês? O que posso ou não fazer? Estaremos só entre seres como nós? Espera que eu seja perfeita e deslumbrante, mas eu não sei o necessário sobre nós porque eu n... - “...não escolhi ser isso. Eu nunca quis ser como vocês.” Person faz uma pausa e claramente muda o discurso. - ...Só conheço uma de suas regras e é a primeira vez que estou saindo. - Izabel volta a olhar pela janela. - Tudo ainda é confuso.

    “Eles são mais organizados como sociedade do que esperava. Usam de uma estrutura hierárquica cujos termos remetem a monarquia e em latim o que mostra um certo domínio da cultura. Isso está bem longe do que esperava deles. Enquanto olhava pela janela eu aguardava a reação de Stain e eu tinha muitos receios quanto a isso. Eu nunca sabia o que esperar dele e qualquer uma de minhas palavras poderiam ser capazes de irritá-lo e era justamente o que eu vinha tentando evitar. Certamente de todos os seus títulos o Carrasco/Carnifex marca bem os aspectos de sua personalidade que conheço e que me apavoram.

    Eu estava cheia de medos e receios enquanto olhava por aquela janela.  Era a primeira vez que saia daquela casa. Pensar em ter que me alimentar de um humano ainda me assusta. Eu não conseguia aceitar minha condição ou Stain e agora eu teria que orquestrar tudo isso diante a um Original. Um ser supostamente indestrutível. Justo hoje, em uma das noites em que as chances de dar errado são enormes!”
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     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON Empty Narração | Izabel Person

    Mensagem por Brujah Girl Qui Set 07, 2017 8:00 am










    ♦ IZABEL PERSON ♦







    | Quinta-feira, 24 de outubro de 2012 | 20:25 | Ruas de New Orleans – Hotel Ritz-Carlton |



    Antes de responder sua “criança da noite”, Stein é interrompido por uma ligação, a qual atende e começa a conversar. Infelizmente, ou felizmente, apesar de Izabel ser versada em diversos idiomas, aquele não era um que ela compreendia, mas pela forma que era falado, poderia deduzir facilmente que era alemão.

    A conversa de Stein com seu interlocutor, que, por seus sentidos mais apurados, Izabel sabia ser uma mulher, acaba por se estender por um longo tempo e Izabel acaba por se distrair com as ruas da cidade. Cerca de uns 15 minutos acabam por se passar e o carro começava a seguir num ritmo mais lento pelas congestionadas ruas de New Orleans quando Stein encerra a ligação e volta a falar com Izabel:

     [PRÓLOGO] - IZABEL PERSON LyFPXB9
    – Desculpe pela interrupção, minha cara. Onde estávamos?... Ah, sim! Seus questionamentos! Não se preocupe, é tudo muito simples. Deverá trata-lo por “Imperator Mikaelson”, e apenas um Mikaelson recebe este título por serem reconhecidos em nosso meio como os Originals. Procure sempre tratá-lo de modo formal. Quanto a mim, a única diferença é que quando estivermos em “sociedade” deverá utilizar o meu título, desta forma: “Meu Sire, Senator Stein.”




    Realmente a única diferença era o acréscimo do Senator, pois apesar de odiar, Izabel sabia que devia se dirigir a Stein com o respeitoso ”Sire”, termo que as “crias” devia utilizar para se referir aos seus senhores. Ele prossegue:

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    – Não acredito que iremos encontrar outros, mas se acontecer, quando eu apresentá-la, deverá prestar atenção em como farei a apresentação do outro. Guarde o título e o sobrenome, sempre deverá se dirigir ao outro desta forma, e sobre o restante, não se preocupe, como uma jovem “criança da noite”, você será mais decoração do que qualquer outra coisa.

    Stein dá um sorriso malicioso e Izabel pode sentir a raiva pelo comentário dele que fazia questão de colocá-la em seu devido lugar: a base da nova cadeia alimentar da qual ela agora fazia parte. O carro agora estacionava diante do luxuoso Ritz-Carlton hotel, situado na famosa Canal Street. Stein olha em seus olhos e finaliza antes da porta ser aberta:

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    – Como pode ver, nosso “Imperator prefere encontros em locais públicos, portanto, passaremos pelos meros mortais até estarmos reunidos. Espero que isto não seja um problema.

    A porta é aberta pelo bellhop (carregador de malas) e o casal sai do carro e sem demora começam a seguir para o interior do hotel. Izabel não estava sedenta por sangue, mas era a primeira vez que estava em público, e acaba por ser invadida por uma torrente de sensações ainda não vivenciadas. Todas aquelas pessoas, sons, odores, invadiam seus sentidos e incitavam sua nova natureza, convidando-lhe a saborear o sangue que corria por todos aqueles corpos e percepção do que ia em sua mente, é algo que choca Izabel, que naquele momento, tinha, pela primeira vez, a completa certeza, de que viveria um pesadelo pelo resto de seus dias. Havia sido transformada em um monstro. Para sempre.

    Ritz-Carlton Hotel | 5stars - Canal Street |:

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