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    Mensagem por Valen Sex Jul 14, 2017 1:18 pm

    Período da Criação do Multiverso: A Era Remota

    Antes de tudo, lá estavam os Dez Primeiros. Não há qualquer relato, pista ou estudo que diga que houve alguma coisa antes destes dez seres de capacidades incomensuráveis. Sua origem é, portanto, desconhecida.

    Não havia qualquer conceito de grandezas, linguagem ou existência propriamente dita. No início, eles não eram seres físicos, atuando e influenciando em tudo a sua volta somente com o pensamento.

    Ninguém sabe quanto tempo se passou nesse status quo. Alguns estudiosos afirmam que foram milhões de anos, outros dizem que, como o conceito de tempo não existia, pode ter sido um piscar de olhos. Não há qualquer consenso sobre o fato. No entanto, é no final da Era Remota que as primeiras diferenças começam a acontecer, sendo um marco na história do multiverso.

    Diferente da crença geral de que as duas forças opostas (Ordem e Caos) foram a primeira diferenciação, há um consenso geral entre os grandes pesquisadores que o primeiro conceito criado foi o gênero. Em um determinado momento, os Dez Primeiros entenderam que precisavam de formas físicas, e daí desenvolveram o conceito de masculino e feminino.

    Cinco adotaram o gênero feminino:
    - Merlavina
    - Lirien
    - Anéntema
    - Finerga
    - Calemara

    Os outros cinco, o gênero masculino:
    - Tenarram
    - Megrain
    - Ultharon
    - Olinthius
    - Torlanthil

    O primeiro grande marco da criação e o fim da Era Remota dá-se na criação de corpos físicos para os Dez Primeiros.
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    Mensagem por Valen Ter Jul 18, 2017 9:56 am

    Período da Criação do Multiverso: A Era da Expansão

    Pela ausência do conceito de tempo, é difícil precisar onde exatamente a Era Remota teve seu fim para dar lugar à Era da Expansão. O único marco foi a criação dos corpos físicos dos Dez Primeiros, que não aconteceram exatamente ao mesmo tempo - fato que, para alguns estudiosos, significa que a Era da Expansão teve início em momentos distintos para cada um dos dez. Quando Merlavina, a última a adotar a forma física, se apresenta aos seus iguais, Olinthius finalmente insere o conceito de tempo e espaço, que foi aceito por unanimidade.

    Armados com poderes absolutos e uma criatividade enorme, aos poucos, os dez foram idealizando seus próprios mundos. Com a ajuda do conceito de espaço, eles dividiram o grande vazio onde viviam em formas finitas que chamaram de universos. Somente bem mais tarde que o coletivo deles seria nomeado Multiverso.

    Aos poucos, nove deles começaram suas criações. Incalculáveis anos se passaram enquanto eles testavam, falhavam, criavam, destruíam e recriavam. Inúmeros sóis, planetas, e todo o tipo de corpo celeste eram os resultados de planos cuidadosos, desde seu formato até sua composição. Muitas vezes, os resultados mostravam-se instáveis, mas a beleza da existência os convencia a manter sua criação.

    O décimo, Ultharon, apenas observava seus iguais. Ele não entendia a beleza na criação, e achava tudo aquilo patético. Porém, com o passar do tempo, ele tentou suas próprias criações, mas eram os piores fiascos. Ultharon então se enfureceu e decidiu que o seu universo seria um grande vácuo destinado a destruir as criações dos seus irmãos. Em tempo, ele começou a invejar a capacidade dos outros nove, e sabotava-os sempre que possível, tomando o cuidado necessário para não ser descoberto.

    Durante muito tempo, só existiam os corpos celestes no Multiverso. Quando tudo aquilo começou a ficar repetitivo, os nove se reuniram para discutir suas criações. Foi neste ponto que eles idealizaram os diferentes planos de existência, expandindo assim ainda mais a gama de possibilidades. Alguns deles inclusive trabalharam juntos nessas ideias. O Plano Astral, por exemplo, é a soma das ideias dos nove em um único conceito - por isso ele existe em todas as cosmologias.

    Mas tudo ficou monótono rápido demais. Eles já estavam experientes na criação, e falhavam com muito menos frequência (em parte graças à ilusão de que tudo estava perfeito criada por Ultharon a fim de sabotá-los). Lirien, a mais criativa dentre os Dez Primeiros, idealiza a primeira criatura senciente. A ideia foi ovacionada pelos outros - o novo conceito de vida.

    Ultharon ficou impressionado. Por vezes, tentou reproduzir a vida, mas só gerava criaturas irracionais e totalmente deformadas.

    O grande marco foi alcançado por Anéntema. Ao invés de simplesmente dar vida aleatoriamente, Anéntema criou dois seres a partir da própria essência, e nomeu-os Eron e Erianna. Eles seriam responsabilizados por auxiliá-la, e Anéntema deu a eles a tarefa de criar um planeta e mostrar os resultados. Ela então volta sua atenção para o resto do universo, enquanto Eron e Erianna vão ao trabalho.

    Não foi preciso muito tempo para encontrarem as primeiras divergências. Ambos eram extremamente poderosos e tinham muitos planos, mas discordavam em quase tudo. Erianna representava a criação e a ordem, enquanto Eron representava a destruição e o caos. Muito tempo se passou num impasse total, até que eles mesmos decidiram criar uma terceira existência como eles, no intuito de colocar um fim nas discussões eternas. Nasce Eurídice, com parte da essência de Eron e Erianna. Esta é a origem dos que seriam, mais tarde, conhecidos como Supra-Entidades.
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    Mensagem por Valen Ter Jul 18, 2017 11:28 am

    Primeira Era de Nentur: A Era Primordial

    Eron, Erianna e Eurídice finalmente conseguiam chegar à conclusões. Nasce então Nentur, nome que deram ao planeta que idealizaram. Erianna foi a mais ativa durante este período, seguida de Eurídice e, por fim, Eron - às vezes mais destruindo com seus "desastres naturais" do que ajudando. No entanto, essa era a natureza dele, e Erianna entendia que todo início deveria ter um fim.

    Mas era tudo estéril demais. Erianna era poderosa, mas não fazia ideia de como iria criar vida para Nentur. Ela não queria criar algo sem propósito, então pediu conselhos a seus irmãos. A ideia, no mínimo inovadora, veio de Eurídice: Dar uma alma ao planeta. Eurídice sugeriu desfazer-se da matéria e adotar Nentur como seu corpo físico, dando assim a matéria-prima para a criação da vida em Nentur. E assim foi feito.

    Mas tudo era monótono demais. Eurídice sentia-se vazia, apenas existindo junto com o fluxo, sem nada de novo a oferecer. Ela então sugeriu a criação de seres sencientes, mas, assim como sua irmão, não gostaria que fosse algo sem propósito. Assim, Eurídice sugere a criação de Entidades - seres de poder superior aos sencientes que existiam até então em outros planetas, que serviriam para guiar e governar os seres menores. Erianna, de pronto, aderiu à ideia, e assim começaram os planos para o futuro de Nentur.

    Erianna então deu existência à Achiel, representando toda a vida em Nentur / Eurídice. Mas Achiel estava sozinha demais, e pediu iguais à Erianna. Nascem Leefa, representando a natureza e Nerandir, representando a Ordem e a Justiça.

    Eurídice teve também sua própria criação, mesmo que de forma diferenciada. Ela pediu a seus irmãos que dessem a ela um pouco de sua essência, e, a partir disso e da própria essência, criou a Trama. No início, a Trama era descontrolada, e Eurídice notou que era necessário uma existência dedicada à ela. Nasce Eallar, representando a magia.

    Mas tudo era pacífico demais. Então Eron apresentou as suas ideias, com as quais Eurídice concordou e Erianna foi vencida. Nascem então Vector, representando a guerra e Vyrdraal, representando a morte.

    No entanto, foram necessárias várias tentativas durante a criação destas Entidades. Eles eram inexperientes, e falharam inúmeras vezes até encontrar a fórmula correta. Tais falhas tiveram duas grandes consequências que afetariam para sempre Nentur.

    A primeira delas foi o que as Supra-Entidades nomearam de Abortos. Trata-se basicamente da tentativa da criação de uma Entidade que falhou, mas mesmo assim perseverou e continuou existindo. Estas criaturas ganharam consciência algum tempo depois, e foram responsáveis pelas primeiras grandes batalhas onde as Entidades criadas tiveram que forjar uma aliança para vencer.

    A segunda, e mais importante, foi o nascimento dos Primais. Os esforços titânicos gerados por Eron, Erianna e Eurídice tinham um dispêndio enorme de energia, que aos poucos foi se acumulando. A criação desenfreada de Erianna acabou gerando vida nestas massas de pura energia, dando origem à Ea (Fogo), Xiiph'os (Terra), Okeanus (Água) e Lenora (Ar), os Primais Elementais Veldig. Tratados como "efeitos colaterais", eles receberam o título de Entidades, mas jamais foram reconhecidos por seus criadores como iguais aos seis primeiros. Eurídice então os classificou entre Deuses e Primais, já que os elementais não tinham as mesmas características dos Abortos.

    Ao contrário do que se imaginaria, os Primais tornaram-se existências mais poderosas que os Deuses. Eles invejavam os seis primeiros e seu reconhecimento, mesmo que fossem superiores em vários aspectos; mas também tinham divergências entre si, fato que foi determinante para nunca terem derrubado os Deuses. Assim, eles se isolaram nas suas criações: Os planos elementais.

    A partir deste ponto, com várias raças mortais já existentes (criados tanto pelas Supra-Entidades quanto pelos Deuses), inicia-se um período de caos com o objetivo de destruir todos os Abortos, que ameaçavam a existência das Entidades. Outras divindades surgiram, seja por vontade das Supra-Entidades ou por pedidos dos Deuses, que requeriam ajuda nas batalhas e elevaram alguns mortais ao posto de Deus. Já os Primais finalmente começam a conversar entre si (vendo o número de Deuses aumentando) e decidiram tomar também uma atitude. Como eles não podiam recorrer às Supra-Entidades ou elevar ninguém, eles relacionaram-se entre si na intenção de aumentar seus números. Alguns mortais também acabaram se destacando e foram acolhidos por eles, tornando-se Primais simplesmente pelo nível de poder alcançado. Claro que não chegavam nem aos pés dos Elementais, mas tinham poderes quase divinos por mero esforço próprio.

    O marco final da Primeira Era foi a erradicação dos Abortos, culminado pela elevação de Khali, representando a paz, ao posto de Deusa.
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    Mensagem por Valen Qui Jul 20, 2017 8:26 am

    Segunda Era de Nentur: E Era Entrópica

    A Segunda Era inicia-se com mais um episódio de criação desenfreada, mas dessa vez muito diferente. Os Deuses e os Primais começam a tomar as rédeas de tudo, e há um afastamento significativo das Supra-Entidades, que passam a ser mais espectadores dos eventos que se desenrolam. Vários ascendem à posição de Divindade, e outros começam a conquistar seus postos como Primais (além dos relacionamentos entre os Primais Elementais).

    Recém elevada ao posto de Primal, Christa inicia sua posição criando a segunda Lua de Nentur, Pandora (a primeira se chama Elara). Em uma de suas contemplações, ela profetiza o fim da vida Nenturiana pelas mãos de uma ameaça capaz de destruir até mesmo as Entidades. Quando ela leva isso ao conhecimento dos Primais Elementais, eles resolvem nada fazer na esperança de que tal ameaça ensine aos Deuses uma lição. Não demora para que a profecia se cumpra, e surge, praticamente do nada, Anomalus - uma força descaracterizada e irracional, permeada pelo caos absoluto feito de tudo e nada ao mesmo tempo.

    Num primeiro momento, os Aspectos de Anomalus (criaturas criadas à partir da sua essência, igualmente irracionais) começam a destruir seres menores, que estavam ainda em fase de desenvolvimento. Elfos, Anões e Humanos foram o principal alvo, não tendo a menor chance de revidar. Em pouco tempo, mais da metade da população mortal Nenturiana fora dizimada, enfurecendo os criadores e fazendo com que algumas Divindades resolvessem interferir diretamente.

    Apenas para serem sumariamente derrotados.

    Os olhos de Eurídice se voltam para a ameaça. As proporções já eram grandes demais, e ela não teve escolha. Sabendo que mesmo as Divindades Maiores ou os Primais Elementais não seriam páreo para Anomalus, Eurídice convoca o Protetorado pela primeira vez.

    -------

    "- Chegou a hora de vocês, os primeiros, saberem das verdades de Nentur.

    A face pálida de Eurídice continuava a transparecer toda a calma e paz de sempre. Os longos cabelos negros balançavam numa brisa inexistente, dentro do ambiente atemporal do Elevador de Pensamentos. A pequena ruína que simbolizava o centro de tudo comportava pouco, mas parecia uma imensidão para Vector, Leefa, Vyrdraal, Nerandir, Achiel e Eallar. Os seis formavam um semi-círculo, convocados pela Supra-Entidade horas atrás.

    - Há muito o que contar, minhas crianças. Mas temo que não há tempo o suficiente para que vocês conheçam e compreendam cada particularidade e atitude pertinente a nós três. Por agora, precisamos que vocês defendam a sua casa.

    Eallar parecia o mais inquieto. Não apreciava em nada a companhia de outrem, mas jamais poderia ter recusado o chamado. Como poucos, ele entendia a gravidade de uma convocação como essa, mesmo sem saber detalhes intrínsecos. Verdade seja dita - ele mal sabia que Eurídice residia ali, num espaço que nem mesmo Eallar conhecia. E pela face dos outros, ele não era o único desinformado.

    Ao contrário de Eallar, Achiel parecia tão calma quando Eurídice. Nitidamente também não tinha qualquer conhecimento do Elevador de Pensamentos ou do que se seguiria, mas estar na presença da Grande Mãe por si só era algo maravilhoso. Em pouco tempo, Achiel conseguiu entender, mesmo que em parcela ínfima, a natureza do Elevador. Ela podia sentir vida ali, em cada canto. Cada nuvem. Cada rocha.

    - Com tudo o que pudermos.

    Era Nerandir. Mesmo sem saber qual seria a resposta de seus irmãos (ou mesmo se haveria uma), suas palavras cortaram o ar com a certeza inabalável de que, qualquer que fosse o problema, ele daria sua vida para eliminar. Resoluto, de imediado pôs-se de joelhos, atraindo o olhar depreciativo de Vector.

    Este último, por sua vez, não sabia exatamente o que pensar. À exceção de Vyrdraal, Vector era o mais odiado entre eles, não entendendo muito bem o motivo de sua presença. Tudo o que ele sabia fazer era lutar, e todos sabiam disso. Seria esse o propósito? Brandir suas armas? Se sim, contra quem? O pensamento jogou um calafrio rápido e uma pequena taquicardia em seu ser, e ele subitamente sentiu seus punhos cerrados, sedentos pelo calor da batalha.

    - Mesmo nós, no pico de nossas capacidades, somos falhos. Não existe perfeição senão aquela advinda de utopias. Este é o mundo real, e nele, erros acontecem... Mais do que vocês imaginam.

    Eurídice mantinha um tom de voz baixo e linear, como um professor que conhece o respeito que impõe tentando chamar a atenção dos alunos.

    - Nós fomos longe demais tentando atingir esta "utopia". Criamos o mais próximo que conseguimos chegar do perfeito, mas houve dano colateral. No processo cuidadoso de Erianna, mesmo que ela mantivesse toda a atenção em sua criação, um piscar de olhos foi suficiente para que a energia empregada gerasse uma espécie de sobrecarga. Tal energia tomou forma e vida.

    Achiel sorriu levemente mediante a afirmação, mas o olhar vigilante de Leefa a repreendeu por um momento. Tratava-se de uma criatura não natural, e ela percebeu o quanto Eurídice preocupava-se com o fato. Na curta história de Nentur, não havia sequer um ser não-natural que não tivesse causado problemas de grandes proporções, e Leefa era aquela que buscava destruir cada pedaço de tais "heresias". Mesmo apesar de sua gentileza lendária e seu humor indestrutível, ela simplesmente tornava-se implacável quando o assunto era de tom similar ao abordado.

    - Mais que isso - continuou Eurídice - deu frutos. É chegada a hora de lidar com este infortúnio, utilizando a Tríplice Reincarnação.

    Vyrdraal revirou os olhos. Ela não entendia como tudo e todos almejavam sempre a um ciclo sem fim, eternidade e ressurreição. Desde sempre, Vyrdraal entendia que tudo deve ter um fim, como criado pelas Supra-Entidades. Nem mesmo eles, as primeira criações, eram imortais. Nada que veio depois deles era eterno. Ora... Então por que Nentur deveria ser?

    - Vocês serão o Protetorado. Responsáveis por assessorar a ameaça e decidir o próximo passo a ser tomado. O fruto do erro, um erro se torna. É algo que não deveria ser. Sem a menor dúvida, vocês enfrentarão um inimigo pior do que todos os que foram um dia, e decidirão o futuro de Nentur.

    Silêncio pairava no Elevador de Pensamentos. Aos poucos, um a um, eles iam entendendo sua missão, a seu próprio modo. Fora Nerandir, mais uma vez, o primeiro a falar.

    - Para proteger nosso mundo, não há nada que nenhum de nós não fará - olhando nos olhos de cada um, como se intimasse seus irmãos a concordar - colocando nossas vidas na linha. No entanto, tenho um favor a pedir.

    Houve uma pausa longa. Nerandir parecia buscar aprovação nos olhares dos irmãos, e consentimento no rosto de Eurídice. Somente Leefa e Achiel acenaram com um leve movimento para que continuasse, e Eurídice não o interrompeu.

    - Tenho ums aprendiz. Alguém de valor que muito contribuirá para esta empreitada. Eu gostaria que ela também fizesse parte do Protetorado.

    Eurídice ponderou durante longos segundos.

    - É arriscado para alguém que não tem as mesmas origens que vocês. Está certo de que Shireen pode lidar com isso?

    - Sem a menor dúvida. - Não havia um sinal sequer de hesitação.

    Num piscar de olhos, Shireen estava presente no Elevador. Devido às características do local, ela estava subitamente ciente de tudo o que havia se passado. Encontrou-se pensando no tamanho da honra que recebera ao ser convocada e indicada por Nerandir, seu mentor, confidente e amigo. Mesmo que pessoas como Vyrdraal ou Eallar fossem ser seus companheiros, ela daria sua vida pela deles. Assim era sua natureza.

    - Que vocês sete tenham a força e a sabedoria necessária para assessorar e enfrentar seu inimigo. Esta é uma batalha como jamais existiu, e tamanha é sua periculosidade, que não há outro senão Vector para liderá-los frente ao Anomalus.

    -------

    Não há relatos de como se deu o desaparecimento de Anomalus. Acredita-se que o Protetorado de Eurídice tenha tido sucesso absoluto, visto que nenhum dos membros morreu e a força irracional, erradicada. No entanto, o resultado da campanha foi a Convergência das Esferas, fenômeno que atingiu todo Multiverso, sentido até mesmo pelos Dez Primeiros - cuja existência já havia sido esquecida.

    A Segunda Era termina com o surgimento dos patronos das raças - Deuses ou Primais que tornaram-se alvos de adoração por todo um povo. Caem nessa categoria Felurian, Dorin e Her'zog, elevados ao posto de Divindades quando foram enaltecidos por seus iguais. Surgem assim as grandes capitais élficas (Eldoran, para os Eladrin e Sindoran, para os Elfos da Lua) e o Forte Khadar, em Dol'Barad - grande cidade anã dedicada à Dorin.
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    Mensagem por Valen Sex Jul 21, 2017 10:47 am

    O Protetorado de Eurídice

    Em algum momento da história de Nentur, as Supra-Entidades idealizaram um mecanismo de defesa de existência a fim de alcançar a eternidade. Eles viam as criações anteriores de Anéntema, assim como as criações de outros universos, eventualmente morrendo. Tudo tem um fim, mas Eron, Erianna e Eurídice não aceitavam isso.

    Por muito tempo, os três ponderaram e chegaram à conclusão que os principais motivos da destruição eram os próprios residentes de determinado planeta. A tendência era que os próprios habitantes destruíssem a própria casa, pelos mais variados motivos. Poucas eram as ameaças exteriores, e mesmo quando aconteciam, não causavam tanto estrago quanto os conflitos internos.

    Eis que surge a ideia do Protetorado. Eurídice é Nentur - o planeta é o corpo físico da terceira Supra-Entidade. Para proteger a si mesma, Eurídice seria responsável por convocar seis seres sencientes de Nentur e incumbi-los de assessorar o risco. Normalmente, o Protetorado é convocado quando Eurídice entende que não há outra saída senão ativar seu principal mecanismo de defesa.

    O primeiro Protetorado foi formado pelas Divindades Maiores, ao enfrentar Anomalus. Durante sua formação, um sétimo membro foi escolhido, mudando um pouco a regra inicial. A partir de sua formação, o Protetorado possui duas vertentes e dois objetivos distintos. A primeira vertente é quando o Protetorado é formado com seres poderosos, em caráter emergencial. Quando isso acontece, os sete são "forçados" a seguir diretamente para o foco da ameaça.

    A segunda vertente é quando o Protetorado é convocado mais como uma medida de segurança. Nesse caso, os sete não são obrigados a seguir para a ameaça diretamente - mas são forçados a sempre fazer alguma coisa que, no mínimo, diminua o risco, mesmo que indiretamente. Seja minando as alianças do inimigo ou adquirindo poder, todas as ações precisam ser com a finalidade de enfrentar a ameaça.

    Mas e se o Protetorado não for capaz de deter a ameaça?

    Como dito anteriormente, o Protetorado de Eurídice pode possuir dois objetivos distintos: Salvação ou Aniquilação.

    Salvação: É quando o Protetorado assessora a ameaça e chega à conclusão que pode lidar com ela. Assim, o Protetorado é unicamente responsável por destruir / aprisionar / banir a ameaça, o que for mais aplicável.

    Aniquilação: É quando o Protetorado não consegue lidar com a ameaça. Nesse caso, o Protetorado deve varrer Nentur, matando e destruindo tudo o que encontrar no caminho. Assim, Nentur está pronta para recomeçar do zero, como se aquela ameaça nunca tivesse existido. Desnecessário dizer que a Aniquilação só pode ser escolhida quando o inimigo é INTERNO, ou seja, nada de ameaças externas.

    O Protetorado é convocado de forma regrada. Eurídice escolhe o Porta-Voz, que é aquele que vai convocar o resto dos membros do Protetorado. O Porta-Voz deve ser sempre nativo do Plano Material. Uma vez que o Porta-Voz convoque os seis membros restantes, um deles (que não o Porta-Voz) será escolhido como líder. O Líder do Protetorado é o responsável por decidir por Salvação ou Aniquilação. A formação final é:

    Porta-Voz: Aquele que recebe as mensagens de Eurídice e repassa ao Protetorado. Precisa residir no Plano Material.
    Líder: Aquele que decide por Salvação ou Aniquilação.
    Estandarte: Guarda pessoal do Porta-Voz, para assegurar que Eurídice sempre poderá se comunicar com o Protetorado diretamente.
    Lâminas: Os quatro membros restantes.
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    Mensagem por Valen Ter Jul 25, 2017 10:41 am

    O Elevador de Pensamentos

    Bom, nós já sabemos que Eurídice é uma das três Supra-Entidades e que o seu corpo físico é o planeta em si, Nentur. Dito isso, como funciona a fisiologia e a mente de Eurídice? Tudo isso é intrínseco ao corpo físico, mas nada foi dito até agora sobre este tópico.

    Para quem conhece Code Geass, vai ser um pouco mais fácil de entender a mente de Eurídice.

    O Elevador de Pensamentos é o ponto físico onde se concentra a consciência de Eurídice. Quando ela foi criada, tinha "vontade própria" e conseguia agir e interagir conforme bem quisesse. Aí vocês me perguntam: "Tinha?"... Sim, tinha. Conforme a vida foi crescendo em Nentur, várias outras criaturas das mais variadas mentes e consciências foram se multiplicando, e criando naturalmente um vínculo com Nentur (ou seja, Eurídice). Como a grande mãe que é, Eurídice nada fez para evitar que esse vínculo ficasse cada vez mais forte.

    Com o tempo, a mente de Eurídice se tornou uma só com os habitantes de seu corpo. Sim, estamos falando de consciência coletiva.

    Eurídice, aos poucos, foi perdendo a personalidade e se fundindo mentalmente com os povos de Nentur. A vontade desses povos passou a ser a vontade dela, e vice-versa. Lembram do Porta-Voz do Protetorado? Se Eurídice é uma Supra-Entidade de tanto poder, por qual motivo precisaria de alguém com a função de ser um mediador? Ela não poderia simplesmente entrar em contato com qualquer um? Pois é, ela não tem personalidade mais. É como se ela só representasse a vontade da maior parte dos povos do mundo, transmitindo essa informação diretamente na única pessoa capaz de compreender uma enxurrada de pensamentos desconexos e processar isso.

    O Elevador de Pensamentos é onde todas as mentes convergem. É um local dentro e fora da existência, onde a trama não alcança e as regras são definidas pela força do pensamento. É o único lugar onde Eurídice consegue formular palavras e frases coesas e coerentes, sendo portanto o ponto de convocação do Protetorado. No entanto, é um lugar extremamente sensível à imaginação e ao subconsciente. Quanto mais próximo do Elevador, mais seus pensamentos afetam Eurídice diretamente. Dentro deste espaço, uma pessoa treinada e com a mente forte poderia manipular os pensamentos de uma ou mais pessoas em qualquer lugar de Nentur, visto que estão conectador pelo "núcleo" de mentes - uma espécie de poder desejado por muitos. Por isso, pouquíssimos são aqueles que tem permissão para entrar no Elevador, e mesmo assim é arriscado. Um impulso mal controlado pode ser responsável por uma nação inteira se autodestruir, por exemplo. Tudo é possível.
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    Mensagem por Valen Seg Jul 31, 2017 8:37 am

    O Conclave Élfico: Os Três Pilares de Nentur

    Elfos, dos mais variados tipos, existem espalhados por todo o mundo. No início, eles não eram uma raça unida - a única coisa que tinham em comum era sua patrona, Felurian. Obviamente, nem todos os elfos veneravam Felurian como divindade primária, mas ela era no mínimo citada em suas preces como uma forma de agradecimento e respeito.

    No início da Era Imperial (a ser citada mais à frente), os elfos sentiram a necessidade de formar uma comunidade deles. Os humanos, orcs e outras raças humanoides ganhavam força criando suas capitais muradas e fortalezas impregnáveis. Nações finalmente começavam a se formar, trazendo consigo disputas territoriais, guerras e violência. Sem um lugar para chamar de casa, os elfos se viam envolvidos em conflitos que não tinham interesse nem objetivo. Eles podiam ter a imortalidade temporal, mas o aço os mataria tanto quanto qualquer criatura perfurada.

    O estopim para a migração élfica fora o Massacre de Altevar. Durante uma das inúmeras batalhas ao longo do Infinito Infértil, a cidade de Altevar teria sido tomada por um bando de orcs. Muitos elfos residiam ali, e foram tomados como reféns e prisioneiros de guerra. Um único arcano, cujo nome jamais foi revelado, foi responsável por reduzir Altevar a pó - com todo mundo dentro. Os elfos se revoltaram com a atitude dos humanos, e se exilaram ao sul.

    Lá, as três Escolhidas de Felurian começaram suas longas conversas sobre a fundação de uma capital élfica. No entanto, como era de se esperar, elas não conseguiam concordar em muitas coisas, exceto que deveriam se afastar de todo o resto. Incapazes de encontrar uma solução boa o suficiente para as três líderes, elas se separaram e fundaram capitais em locais distintos do mapa, regidas pelo Conclave Élfico - inicialmente, um acordo de não-violência entre as três grandes cidades: Eldoran, Sindoran e Zurdoran.

    Eldoran, governada pela Casa Lianon, teve como primeira governante uma Paladina de Nerandir: Fayren. Fayren Lianon adotou o nome "Eladrin" para o seu povo, a fim de deixar claro para o mundo mortal que os habitantes de Eldoran possuíam uma certa descendência dos planos superiores, diferenciando-os dos outros povos élficos. Fayren que idealizou o Esquadrão dos Céus de Eldoran, uma divisão de cavaleiros que montavam grifos e guardavam o espaço aéreo de Eldoran. Geograficamente falando, Eldoran estava na melhor posição possível, tornando-se uma grande potência em menos de 15 anos de existência.

    Sindoran, por sua vez, teve como sua primeira rainha Saria, da casa Siannodel. A mais nova e mais gentil das três construiu Sindoran ao nordeste de Nentur, numa floresta fria e inóspita. Diferente de Eldoran, com seus muros enormes e magia arcana transbordando entre os metais e o concreto, Sindoran mesclou-se à natureza, criando uma conexão íntima com os arredores e com Leefa. Aos poucos, com o passar dos anos, Saria nomeou seu povo "Elfos da Lua", pois raramente o sol era visto de Sindoran.

    Por fim, ao sudeste de Nentur, nascia Zurdoran, governada por Shlanir Men'zur. Todavia, nos primeiros anos de vida, Zurdoran sofreu inúmeros ataques dos gigantes que ali habitavam, sendo forçados a recuarem para o subterrâneo. Sentindo-se abandonados por sua patrona, eles se autodenominaram Drows e passaram a venerar Anirel, finalmente levantando Zurdoran no subterrâneo da cidadela dos gigantes - completamente obliterados por Shlanir Men'zur.
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    Mensagem por Valen Seg Jul 31, 2017 8:40 am

    Próximos passos:

    - O Protetorado de Eurídice OK!
    - O Elevador de Pensamentos OK!
    - Eldoran, Sindoran, Zurdoran e o Conclave Élfico OK!
    - Caracterização da Terceira Era: A Era Imperial
    - Forte Khadar e a Casa dos Três
    - A Convergência das Esferas
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