Rita Valverde - JOGO

@Exalted

Fama.
O que para a maioria dos mortais parece ser uma vantagem, para você parece um fardo. Sua paixão (se é que atualmente você ainda possui alguma após o abraço) lhe trouxe recursos mas com eles a inconveniência de não ser deixada em paz. Sua pesquisa é a única coisa que importa, mas constantemente é interrompida por compromissos com editoras e eventos sociais. Você praticamente trata (e é incomodada) por mortais longe de suas mortes e com pouco a oferecer além de alimento.

Sua existência, você não sabe se por influência da sua distante mestre, parece ainda passar despercebida pela Camarilla. Você conhece as tradições, mas ainda não se apresentou ao Príncipe e mesmo com a sua fama local você não foi abordada por eles – nem pelo sabbat.
O único cainita que demonstrou interesse foi Theo, um rapaz de aparência jovem, traços delicados, cabelos gritantemente vermelhos e de modos extremamente polidos, agradável de conversar. Ele lhe abordou em um evento de autógrafos de uma nova edição de um de seus livros. Ele se apresentou e fez um convite para caminhar com ele na noite fria curitibana após o evento.


Você apreciou o tempo com o rapaz, parecia ter extenso conhecimento de história (inclusive local e dos membros) e artes. Nas noites seguintes vocês conversaram mais via mensagens e pessoalmente. Em pouco tempo ele se revelou sendo um Seguidor de Set e dizia ter várias conexões, inclusive na Camarilla e ansioso para compartilhar seu conhecimento. Você gosta do aparentemente jovem cainita, mas ainda não consegue decifrar suas intenções, mas como ele é sua única pista para fazer parte do jogo em que a sua mestre quer que você participe, você segue com o jogo dele. No início desta noite ele telefona:
- O quanto você entende sobre arte? Um contato expressou grande interesse em uma pintura e acho que nós dois podemos tirar proveito desse interesse. Normalmente seria um trabalho simples pra mim, mas a tal pintura está em uma galeria e tem algum tipo de proteção... incomum, e preciso de alguém com mais conhecimento nesse tipo de coisa mística pra pegar ele pra mim. Tem interesse em me ajudar? Posso retribuir o favor da maneira que lhe for mais interessante – dinheiro, vitae, nomes... O que me diz?

Role 1d pra ver com quantos pontos de sangue vc começa.

Exalted efetuou 1 lançamento(s) de dados (d10.) :

7

Rita lia desinteressada um livro sobre a época do império brasileiro quando seu telefone tocou, ela aguardou algum tempo antes de atender, imaginando o que Theo estava querendo a essa hora.

- Arte? Não muito, mas conheço nomes, datas e alguns títulos de obras, nada que passaria no crivo de um expert.

- Proteção incomum quer dizer o que exatamente? Preciso de mais detalhes antes de te dar uma resposta, mas prefiro fazer isso pessoalmente, que tal no Terrazza em uma hora?

- Combinado. Quando você chegar estarei te aguardando - ele desliga o telefone.

Vai como pra lá?
Se for de carro, o que você dirige?
Pretende fazer algo antes ou no caminho?

Rita imediatamente agenda o Uber para não se atrasar, se veste como de costume, algo que adquiriu de sua senhora, roupas de classe e com ares de nobreza, mesmo que não haja muito espaço para esse tipo de coisa no Brasil, mas ela é famosa o suficiente para ser "excêntrica" ao invés de só uma louca que se veste como se pertencesse à outra época.

Ela vai ao restaurante e chega lá no horário combinado, Theo já deverá estar esperando, ela entra e procura a mesa onde ele está.

Você sobe o elevador exclusivo do restaurante que vai direto à cobertura.


Ao sair do elevador você é bem recebida pelo maitre com muita educação. Ao mencionar o nome do Theo ele te responde:
- Ah sim, sr. Theo está na área reservada.

Ele lhe leva por uma escada metálica até um mezanino com iluminação mais baixa e mesas mais espaçadas. Apesar de ele estar em uma área de penumbra, é fácil observa-lo em uma mesa ao canto. Theo sinaliza para que você vá até a mesa. Ele parece estar acompanhado de uma jovem de cabelos longos e negros e de pele clara. Ele fala algo próximo ao ouvido dela que se retira da mesa com rapidez. Em seguida ele se levanta para recebe-la:
- Boa noite srta. Valverde. Sempre um prazer encontra-la. Sente-se por favor. Gostaria de lhe oferecer algo, mas tenho pouca influência aqui e acredito que eles não tenham nada para nós no cardápio.

- Boa noite Sr. Theo.

Ela se senta calmamente à mesa, cruza as pernas e põe a bolsa ao seu lado.

- É uma pena, um lugar tão acolhedor como este.... Enfim, nesse caso devemos ir direto aos negócios?

- Ah sim, claro - ele pega uma taça de água gelada das duas que estão sobre e mesa e finge dar um pequeno gole antes de começar a falar - um associado meu, um estudioso como nós mas também um patrono das artes. Ele comentou ter visto uma pintura de um artista local em uma galeria e que ficou intrigado com ela. Disse que existia uma espécie de aura ou proteção nela que o impedia de se aproximar. Tentou adquirir o quadro mas a galeria disse que era apenas exposição e que não estava à venda.

Ele muda de posição na cadeira e adota um tom mais baixo ao continuar:
- Sei que ele vai encontrar alguém disposto a obter a pintura para ele. Pensei que você podia ter interesse em pegar pra ele esta obra da galeria e quem sabe descobrir mais sobre esta obra peculiar e sua origem. Além de pagamento adequado, claro.

Rita precisava de alguém lhe devendo favores, algo que pudesse ser cobrado em um momento oportuno, o homem a sua frente parecia querer mesmo que ela se envolvesse, mas isso seria suicídio se não sem conhecer os riscos envolvidos.

- Preciso ver a pintura antes de mais nada, se seu cliente tem pressa, ele não sabe o que está fazendo.

Ela pega o copo e finge tomar um gole, deixando nele uma marca de batom.

- Como te disse antes, essa não é minha especialidade, então além de mim, há mais alguém envolvido?

- Nem mesmo o meu contato sabe que estou propondo isso a você, para o caso de não te expor caso você decline. Mas pela descrição dele, esse trabalho pode exigir algum conhecimento de ocultismo e não tenho ninguém que me pareça mais adequada que você para isso. Se você quiser avaliar a obra, ela está na Casa João Turim, uma galeria/museu público que funciona até as 21 horas durante a semana. A entrada é gratuita - essa última parte ele fala com um sutil ar de deboche.

- Ok, irei vê-la, e entro em contato com você assim que tiver uma resposta.

Rita está acostumada com a fama, e com ser bajulada por quem a cerca, o ar de deboche do cainita à sua frente causa mais raiva do que deveria, ela não gosta nem um pouco da liberdade que o garoto está tomando com ela, mas também não pode abrir mão da oportunidade que se apresenta, não dá pra saber "quando e se" terá outra.

- Sr. Theo, caso eu aceite o trabalho, o que está disposto a oferecer?

(Off: se a resposta for um valor em dinheiro ela vai dar uma risada de desacreditada, levantar e ir embora)

- Tudo é negociável, posso providenciar pagamento em dinheiro, vitae, rebanho... Mas acredito que você possa se interessar simplesmente em ter acesso à biblioteca particular do meu cliente, além de conhece-lo pessoalmente. Ele compartilha nossa maldição e ao longo dos séculos a família dele acumulou conhecimento e volumes muito peculiares... O que me diz?

Meus olhos começam a brilhar com a palavra biblioteca, agora ele tem minha atenção irrestrita.

- Me parece que temos um acordo Sr. Theo, devo ir à galeria e amanhã decidiremos os detalhes, após eu ver o quadro.

(que horas são agora?)

São 22:40 da noite. Pras criaturas da noite ela ainda mal começou, mas a galeria está fechada.

- Fico no aguardo do seu contato. Então vou deixa-la para tratar dos seus assuntos. Agradeço pelo seu tempo e me desculpe por não oferecer algo do cardápio.

Ele se levanta da mesa e a moça que estava com ele retorna para acompanha-lo na saída. Junto com ele outra jovem bem apessoada se aproxima da mesa:
- Boa noite, sra. Rita. Theo me mandou para que eu lhe atenda... posso fazer qualquer coisa - essa última parte ela fala baixinho.

Ela se inclina pra frente falando perto do seu ouvido expondo o pescoço com um perfume suave em frente ao seu rosto:
- A mesa está vazia e parece que você ainda tem fome. Você pode me levar para onde quiser pra resolver isso.

Olho a garota com um sorriso, ela parece um filhotinho, ótimo.

- Qual o seu nome criança?

(eu não conheço Curitiba , a Rita vai levar ela pra alguma boate, já que não tem nada pra fazer pelo resto da noite)