Do canto escuro da taverna uma mulher usando um traje de frio, rosto duro e quadrado com ar sério e levemente irritadiço. Em seu traje havia uma capa marrom escuro que descia até o chão e em seus ombros, prendendo a capa, haviam chifres de alces coroando os longos cabelos castanhos.
Ela acariciava uma leoparda branca a seu lado e, erguendo a voz, faz seu comentário e pergunta:
- Toda essa baboseira de perguntas é ridículo. O que quero saber, criatura, é se você possui ou não alguma qualidade ÚTIL para se aproveitar em uma Guerra.Sophia e sua leoparda branca aguardavam a resposta do gnomo, sem muito interesse. Afinal a druida não acreditava que aquele ser pequeno e engomado poderia servir de algo em grandes guerras que assolavam os pesadelos de todos nas Terras do Norte.
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Após a primeira resposta do gnomo, uma batida na porta da taverna é ouvida.
Era estranho baterem na porta e não entrarem, afinal era uma taverna e qualquer um - até o que não eram bem-vindos - poderiam entrar ali.
Houve um súbito silêncio no lugar, e enquanto todos começavam a sussurrar uns com os outros a estranha batida naquela hora da noite, o taverneiro se emburrece, sai detrás do balcão distribuindo maldições e reclamações sobre o incômodo no meio da entrevista, e abre a posta abruptamente.
Um homem grande e forte anuncia a entrada de sua senhora a taverneiro, a mesma que desce de sua carruagem e, deixando seus lobos atrozes do lado de fora, ela pára na frente do taverneiro ainda do lado de fora.
O homem imediatamente lhe dá as boas vindas e disse-lhe que se sentisse em seu próprio lar.
Lilith, A Senhora das Trevas, havia adentrado o salão.
Ela se senta no centro da multidão e ordena que as luzes ao redor dela sejam apagadas. O taverneiro e seu servo se aprontam e apagam alguns castiçais de velas que iluminavam a taverna, mesmo com as reclamações dos outros.
Após sentir-se acomodada, ela abre um sorriso malicioso para o Gnomo que estava sobre o tablado respondendo as perguntas e lhe indaga:
- Diga-me, Senhor... Qual o seu método preferido de tortura? Eu, particularmente, gosto de ver o medo e o terror misturar-se na face da criatura à minha frente enquanto me deleito esfolando cada pedaço de pele e carne... Ah sim, preservaria o seu bigode, ele ficaria lindo em seu cadável ensanguentado depois que implorasse por sua morte.Após terminar a pergunta, ela passa a língua nos lábios superiores, deixando claro que se deliciava com a ideia de torturar o gnomo à sua frente.
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Após a pergunta estranha e cruel, um calafrio percorreu a sala em que todos se encontravam e um silêncio repousou na taverna, mesmo após a resposta do gnomo.
Foi Allana quem quebrou o silêncio, chutando uma garrafa de cidra que estava sobre a mesa à sua frente (a bebida não era dela) quando ela subiu na mesa e gritou para o gnomo:
- Hey! Baixinho! Gosta de explosões?! Eu adoraria explodir essa taverna imunda e tornar a noite mais divertida!Dizia e ria, feliz com a ideia do caos e chamas tomarem conta da taverna.