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Park Hyun Hee
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- Mensagem nº1
Park Hyun Hee
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- Mensagem nº2
Re: Park Hyun Hee
Viver na Califórnia não era tão ruim, Hyun Hee podia desfrutar do imóvel luxuoso da família que tinha uma praia no quintal da casa e todas as comodidades de gente rica, que muitas pessoas morreriam para ter.
Mas o que significava tudo aquilo se ele estava isolado? Durante o tempo em que ficou hospedado na Califórnia, não houve nenhum contato de sua família, nem de seu irmão menor. O que aumentava o rancor do rapaz, pois só comprovava o quanto o mundo era cruel e sombrio.
Houve momentos em que era muito bom ter tanto dinheiro e não ter nenhuma preocupação num país estrangeiro. Ele aprendeu a andar de moto, saia com uma galera descolada e teve alguns romance. Mas no fim do dia, ele sempre esteva solitário naquela casa vazia.
Em fevereiro as coisas mudaram drasticamente, depois de muito tempo sem notícias de ninguém, seu avô apareceu de surpresa.
Era quase duas horas da tarde, Hyun Hee estava dormindo após uma noite de farra com amigos. A casa estava uma bagunça, cheia de garrafas de bebida pelos cantos, apesar dele não ter bebido nada. O jovem demora para focar a visão no homem parado na porta do quarto.
Obviamente seu avô não gostou do estilo de vida que seu neto estava levando. E sua mensagem foi curta e grossa, ele iria voltar para a Coreia no começo do mês.
E assim como chegou seu avô partiu. Não houve nenhum afeto, nenhuma palavra de consolo ou de saudade. A sensação era que Hyun Hee estava sendo usado para um propósito maior e ninguém quis lhe perguntar sobre o que realmente ele queria fazer da vida.
Irritado, o jovem começa a se preparar para seu regresso a Coréia. Em poucas horas havia arrumado sua mala e estava embarcando. O vôo era um incômodo, pois não iria conseguir relaxar. Os soníferos estavam na bagagem de mão, mas ele só iria usá-los se fosse estritamente necessário. Pois sempre que ele apagava por conta dos medicamentos, sofria de terríveis pesadelos.
Quando ele estava devidamente instalado no vôo, ele sorriu de modo charmoso para uma das aeromoças.
-Bom dia linda...Eu gostaria de um fone de ouvido, por favor.
Seu sorisso se alargava conforme conversava com a moça e por fim deu uma piscadinha sexy para a jovem.
Após ter seu pedido atendido, o jovem tenta relaxar enquanto escutava música. Quando começou a ficar sonolento, ajustou o relógio para que despertasse de 30 em 30 minutos, assim poderia dormir, mas sem que o sono fosse profundo demais.
Assim que pisou em solo coreano, Hyun Hee tinha uma pontada de esperança que seu irmão estaria o aguardando, mas não se surpreendeu ao ver somente um funcionário. O jovem retira os óculos escuros e se aproxima do homem de terno. Era um contraste ao seu estilo despojado, pois estava usando um casaco de pele, uma regata branca e alguns acessórios.
Seus cabelos brilhavam como fogo com o reflexo do sol pela manhã, o que chamava a atenção de algumas pessoas do aeroporto. O jovem fez apenas um aceno com a cabeça e seguiu o empregado até o carro. No caminho ele não disse nenhuma palavra, estava perdido em seus próprios pensamentos.
Mas o que significava tudo aquilo se ele estava isolado? Durante o tempo em que ficou hospedado na Califórnia, não houve nenhum contato de sua família, nem de seu irmão menor. O que aumentava o rancor do rapaz, pois só comprovava o quanto o mundo era cruel e sombrio.
Houve momentos em que era muito bom ter tanto dinheiro e não ter nenhuma preocupação num país estrangeiro. Ele aprendeu a andar de moto, saia com uma galera descolada e teve alguns romance. Mas no fim do dia, ele sempre esteva solitário naquela casa vazia.
Em fevereiro as coisas mudaram drasticamente, depois de muito tempo sem notícias de ninguém, seu avô apareceu de surpresa.
Era quase duas horas da tarde, Hyun Hee estava dormindo após uma noite de farra com amigos. A casa estava uma bagunça, cheia de garrafas de bebida pelos cantos, apesar dele não ter bebido nada. O jovem demora para focar a visão no homem parado na porta do quarto.
Obviamente seu avô não gostou do estilo de vida que seu neto estava levando. E sua mensagem foi curta e grossa, ele iria voltar para a Coreia no começo do mês.
E assim como chegou seu avô partiu. Não houve nenhum afeto, nenhuma palavra de consolo ou de saudade. A sensação era que Hyun Hee estava sendo usado para um propósito maior e ninguém quis lhe perguntar sobre o que realmente ele queria fazer da vida.
Irritado, o jovem começa a se preparar para seu regresso a Coréia. Em poucas horas havia arrumado sua mala e estava embarcando. O vôo era um incômodo, pois não iria conseguir relaxar. Os soníferos estavam na bagagem de mão, mas ele só iria usá-los se fosse estritamente necessário. Pois sempre que ele apagava por conta dos medicamentos, sofria de terríveis pesadelos.
Quando ele estava devidamente instalado no vôo, ele sorriu de modo charmoso para uma das aeromoças.
-Bom dia linda...Eu gostaria de um fone de ouvido, por favor.
Seu sorisso se alargava conforme conversava com a moça e por fim deu uma piscadinha sexy para a jovem.
Após ter seu pedido atendido, o jovem tenta relaxar enquanto escutava música. Quando começou a ficar sonolento, ajustou o relógio para que despertasse de 30 em 30 minutos, assim poderia dormir, mas sem que o sono fosse profundo demais.
Assim que pisou em solo coreano, Hyun Hee tinha uma pontada de esperança que seu irmão estaria o aguardando, mas não se surpreendeu ao ver somente um funcionário. O jovem retira os óculos escuros e se aproxima do homem de terno. Era um contraste ao seu estilo despojado, pois estava usando um casaco de pele, uma regata branca e alguns acessórios.
Seus cabelos brilhavam como fogo com o reflexo do sol pela manhã, o que chamava a atenção de algumas pessoas do aeroporto. O jovem fez apenas um aceno com a cabeça e seguiu o empregado até o carro. No caminho ele não disse nenhuma palavra, estava perdido em seus próprios pensamentos.
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- Mensagem nº3
Re: Park Hyun Hee
Hyun Hee era inegavelmente charmoso e o ocidente parece ter elevado ainda mais toda essa ousadia que habitava o novo homem que ele era. Sim, porque o rapaz que tinha sido expulso da Coreia não era o mesm oque estava retornando. Não apenas por conta da idade que havia mudado, mas também por todas as experiências que ele tinha vivido, todos os traumas e os sonhos que simplesmente se foram.
O Secretário Lee não pareceu surpreso quando viu o estilo do rapaz. Estava devidamente informado acerca da personalidade do rapaz e como deveria proceder caso Hyun se tornasse um desafio.
Para sua surpresa, o rapaz pareceu cooperar. Os dois seguiam até a esteira para recuperar a mala dele. No local, havia uma jovem com uma expressão bem mau humorada e de braços cruzados, esperando por sua mala. Esteve naquele mesmo vôo que Hyun-Hee, mas os dois se sentaram em lugares completamente diferentes, tanto que não repararam um no outro. Seu rosto estava um pouco inchado por conta do sono e o cabelo num tom alaranjado estava com metade escondido por um gorro. Usava uma camiseta do Nirvana e calças jeans justas com um camisa jeans de manga comprida amarrada na cintura.
(O Arauto do Mau Humor)
Tão logo viu a mala, ela se prontificou a pegá-la, agarrando de qualquer jeito e arrastando. Por conta de seu "piloto automatico" - ou seja, estava dormindo - ela não foi muito delicada e quando se virou, esbarrou no ombro de Hyun Hee. Franziu as sobrancelhas, olhando pra cara dele - mas descendo o olhar pelo traje, nitidamente julgando - terminou fazendo um muxoxo, ajeitando a propria mochila, a mala média que levou consigo no avião e arrastando a maior e mais pesada mala...preta.
Foi acelerando e logo sumiu de vista, se misturando à multidão e seguindo seu próprio rumo.
Não demorou para que outra mala preta ficasse em evidência. A mala de Hyun Hee que, por coincidencia, era idêntica ao gosto da menina que tinha acabado de partir. O secretário pegou a mala para você e colocou no carrinho para que pudessem ir embora.
Durante todo o caminho, ninguém disse nada. Parecia que Hyun estava dentro de uma sala à prova de som, completamente sozinho. Pelo menos tinha a companhia de seus fones de ouvido e um carregador para o seu celular, caso precisasse. Também foi o momento de refletir sobre o seu retorno e talvez, mais do que isso, se perdesse pelas ruas de Seul. Estavam diferentes do que ele se lembrava.
Mas a sensação, no fim das contas, era quase boa.
Tudo podia ser diferente, mas Hyun sabia que estava no lugar certo.
Será que estava na hora certa também?
O destino final se fez presente diante dos olhos de Hyun depois de passarem pela entrada do condomínio de luxo. Não era a casa onde ele tinha crescido, pois não estava de volta à casa de seus pais. Ali ele tinha passado alguns momentos de sua infância, mas tinha, pelo menos dois anos que não pisava ali. A casa do avô materno trazia uma sensação mista de alegrias e tristezas.
Antes da morte da avó, a casa era super animada, com reuniões quinzenais. Todos viviam sorrindo e alegres comendo os quitutes da avó - apesar de ser uma mulher riquissima, ela tinha uma mão maravilhosa para a cozinha. E gostava de ficar lá!
Não foram poucas as vezes que Hyun e Jung roubaram bolinhos e doces. Mas também aprenderam alguns segredinhos que a avó passou para a mãe deles e depois para eles. Alguns Hyun podia se lembrar até hoje.
O secretário o ajudaria a seguir até o interior da casa.
- A viagem foi deveras cansativa e longa. Seu quarto já está preparado para sua estadia. Pode descansar, pois ainda está cedo. Caso queira comer alguma coisa agora, peço para que a Governanta Cha leve até você. O almoço será servido às 12:30 e seu avô estará esperando. - Reverenciou depois de dar as instruções necessárias.
Hyun podia explorar a casa ou subir para seu quarto. Caso explorasse a casa, uma das primeiras coisas que chamaria atenção era a sala de estar. Lá havia uma sessão de porta retratos que ficavam logo atrás do sofá principal e, obviamente, a foto mais bonitas de todas não podia pertencer à outra que não fosse sua mãe: Yang Chul quando ainda era Hong Yang Chul. Aquela foto tinha sido ainda na faculdade e ela era uma das moças mais bonitas do mundo. Ela sorria com vontade e tinha uma aura de extrema alegria.
(Mãe aos 20 e poucos anos)
Algo completamente oposto ao que seu amado filho sentia agora.
Avisos
O Secretário Lee não pareceu surpreso quando viu o estilo do rapaz. Estava devidamente informado acerca da personalidade do rapaz e como deveria proceder caso Hyun se tornasse um desafio.
Para sua surpresa, o rapaz pareceu cooperar. Os dois seguiam até a esteira para recuperar a mala dele. No local, havia uma jovem com uma expressão bem mau humorada e de braços cruzados, esperando por sua mala. Esteve naquele mesmo vôo que Hyun-Hee, mas os dois se sentaram em lugares completamente diferentes, tanto que não repararam um no outro. Seu rosto estava um pouco inchado por conta do sono e o cabelo num tom alaranjado estava com metade escondido por um gorro. Usava uma camiseta do Nirvana e calças jeans justas com um camisa jeans de manga comprida amarrada na cintura.
(O Arauto do Mau Humor)
Tão logo viu a mala, ela se prontificou a pegá-la, agarrando de qualquer jeito e arrastando. Por conta de seu "piloto automatico" - ou seja, estava dormindo - ela não foi muito delicada e quando se virou, esbarrou no ombro de Hyun Hee. Franziu as sobrancelhas, olhando pra cara dele - mas descendo o olhar pelo traje, nitidamente julgando - terminou fazendo um muxoxo, ajeitando a propria mochila, a mala média que levou consigo no avião e arrastando a maior e mais pesada mala...preta.
Foi acelerando e logo sumiu de vista, se misturando à multidão e seguindo seu próprio rumo.
Não demorou para que outra mala preta ficasse em evidência. A mala de Hyun Hee que, por coincidencia, era idêntica ao gosto da menina que tinha acabado de partir. O secretário pegou a mala para você e colocou no carrinho para que pudessem ir embora.
Durante todo o caminho, ninguém disse nada. Parecia que Hyun estava dentro de uma sala à prova de som, completamente sozinho. Pelo menos tinha a companhia de seus fones de ouvido e um carregador para o seu celular, caso precisasse. Também foi o momento de refletir sobre o seu retorno e talvez, mais do que isso, se perdesse pelas ruas de Seul. Estavam diferentes do que ele se lembrava.
Mas a sensação, no fim das contas, era quase boa.
Tudo podia ser diferente, mas Hyun sabia que estava no lugar certo.
Será que estava na hora certa também?
O destino final se fez presente diante dos olhos de Hyun depois de passarem pela entrada do condomínio de luxo. Não era a casa onde ele tinha crescido, pois não estava de volta à casa de seus pais. Ali ele tinha passado alguns momentos de sua infância, mas tinha, pelo menos dois anos que não pisava ali. A casa do avô materno trazia uma sensação mista de alegrias e tristezas.
Antes da morte da avó, a casa era super animada, com reuniões quinzenais. Todos viviam sorrindo e alegres comendo os quitutes da avó - apesar de ser uma mulher riquissima, ela tinha uma mão maravilhosa para a cozinha. E gostava de ficar lá!
Não foram poucas as vezes que Hyun e Jung roubaram bolinhos e doces. Mas também aprenderam alguns segredinhos que a avó passou para a mãe deles e depois para eles. Alguns Hyun podia se lembrar até hoje.
O secretário o ajudaria a seguir até o interior da casa.
- A viagem foi deveras cansativa e longa. Seu quarto já está preparado para sua estadia. Pode descansar, pois ainda está cedo. Caso queira comer alguma coisa agora, peço para que a Governanta Cha leve até você. O almoço será servido às 12:30 e seu avô estará esperando. - Reverenciou depois de dar as instruções necessárias.
Hyun podia explorar a casa ou subir para seu quarto. Caso explorasse a casa, uma das primeiras coisas que chamaria atenção era a sala de estar. Lá havia uma sessão de porta retratos que ficavam logo atrás do sofá principal e, obviamente, a foto mais bonitas de todas não podia pertencer à outra que não fosse sua mãe: Yang Chul quando ainda era Hong Yang Chul. Aquela foto tinha sido ainda na faculdade e ela era uma das moças mais bonitas do mundo. Ela sorria com vontade e tinha uma aura de extrema alegria.
(Mãe aos 20 e poucos anos)
Algo completamente oposto ao que seu amado filho sentia agora.
Avisos
- Você pode procurar uma foto de um quarto que esteja do seu agrado, Lari.
- Se for abrir a mala, não diga o que tem dentro.
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- Mensagem nº4
Re: Park Hyun Hee
Hyun Hee estava mais calado do que o habitual. Ele se perguntava por que depois de tanto tempo seu avô o trouxe de volta. Tinha um mau pressentimento, por isso não foi hostil com o secretário, mas também não deu tanta importância assim para ele, nem se dignou a lhe dar bom dia.
Enquanto ele esperava sua mala aparecer na esteira de bagagens, tinha uma menina ao seu lado. Seu estilo rockeiro chamou sua atenção, mas ela estava com uma cara fechada e nem reparou no rapaz. Quando eles se trombaram, o mau humor típico do ruivo veio a tona.
-Ya!! Olha por onde anda.
Ele bufa quando a garota sai andando como se nada tivesse acontecido. No carro, o ruivo tinha uma cara emburrada. Não queria ouvir música, por isso ficou girando o celular entre os dedos enquanto observava a paisagem de Seul.
Hyun Hee ficou um ano e meio no exterior e mesmo que não tivesse sido tanto tempo assim, ele tinha a estranha sensação de que havia perdido o crescimento da cidade.
Estranhou quando o motorista entrou no condomínio fechado do seu avô. Então ele não estava voltando para sua casa? O que significava isso?? Ele sentia a ansiedade crescendo dentro dele, o que não era um bom sinal.
Quando entrou na casa do seu avô, o lugar estava carregado de memórias de sua infância. Mas pareciam ser de uma outra pessoa, numa outra vida. Ele se lembrava do irmão e ele brincando de desenhar quando era eram pequenos.
Hyun Hee sentiu um nó na garganta e precisou engolir com esforço. Parecia que os pais iriam aparecer a qualquer momento, assim como o cheiro de biscoito recém-assado de sua avó.
- Aisshhh....
Irritado, o jovem esfrega as mãos no rosto com força para afastar aquelas memórias. E também não queria demonstrar nenhuma fraqueza para o secretário que disse que o rapaz poderia descansar até a hora do almoço. O ruivo foi um pouco rude ao dizer.
- Pode ir embora, não preciso mais de você.
Não o agradeceu por ter buscado no aeroporto e nem por ter carregado a mala, para o rapaz ele era um empregado que deveria servi-lo.
Hyun Hee poderia subir e se instalar em algum quarto, mas queria explorar mais a casa e as memórias, mesmo que isso o fizesse sofrer.
Na sala de estar, tinha um móvel de madeira e havia alguns portas retratos em cima. O adorno mais bonito era um porta retrato de prata brilhante, com uma foto de sua mãe ainda jovem. Ele se lembrava daquele sorriso, conseguia escuta-lo mesmo depois de tantos anos.
Ao mesmo tempo que lhe veio a memória da mãe sorrindo. Numa intensidade muito maior surgiu em sua mente os olhos dela arregalados de medo.
O porta retrato caiu de suas mãos trêmulas e ele recuou alguns passos para trás. Não pegou o objeto do chão e nem quis ver se tinha causado algum dano, pois sentia aquela sensação ruim de falta de ar e opressão no peito.
Aos tropeços ele caminha até o lado de fora para respirar o ar fresco. Lembrava das palavras do terapeuta dizendo que ele precisava ser mais forte que as crises, que não poderia deixar as emoções domina-lo. Hyun Hee observa suas mãos tremendo e fecha o punho com força, nessas horas a raiva o corroía.
Enquanto ele esperava sua mala aparecer na esteira de bagagens, tinha uma menina ao seu lado. Seu estilo rockeiro chamou sua atenção, mas ela estava com uma cara fechada e nem reparou no rapaz. Quando eles se trombaram, o mau humor típico do ruivo veio a tona.
-Ya!! Olha por onde anda.
Ele bufa quando a garota sai andando como se nada tivesse acontecido. No carro, o ruivo tinha uma cara emburrada. Não queria ouvir música, por isso ficou girando o celular entre os dedos enquanto observava a paisagem de Seul.
Hyun Hee ficou um ano e meio no exterior e mesmo que não tivesse sido tanto tempo assim, ele tinha a estranha sensação de que havia perdido o crescimento da cidade.
Estranhou quando o motorista entrou no condomínio fechado do seu avô. Então ele não estava voltando para sua casa? O que significava isso?? Ele sentia a ansiedade crescendo dentro dele, o que não era um bom sinal.
Quando entrou na casa do seu avô, o lugar estava carregado de memórias de sua infância. Mas pareciam ser de uma outra pessoa, numa outra vida. Ele se lembrava do irmão e ele brincando de desenhar quando era eram pequenos.
Hyun Hee sentiu um nó na garganta e precisou engolir com esforço. Parecia que os pais iriam aparecer a qualquer momento, assim como o cheiro de biscoito recém-assado de sua avó.
- Aisshhh....
Irritado, o jovem esfrega as mãos no rosto com força para afastar aquelas memórias. E também não queria demonstrar nenhuma fraqueza para o secretário que disse que o rapaz poderia descansar até a hora do almoço. O ruivo foi um pouco rude ao dizer.
- Pode ir embora, não preciso mais de você.
Não o agradeceu por ter buscado no aeroporto e nem por ter carregado a mala, para o rapaz ele era um empregado que deveria servi-lo.
Hyun Hee poderia subir e se instalar em algum quarto, mas queria explorar mais a casa e as memórias, mesmo que isso o fizesse sofrer.
Na sala de estar, tinha um móvel de madeira e havia alguns portas retratos em cima. O adorno mais bonito era um porta retrato de prata brilhante, com uma foto de sua mãe ainda jovem. Ele se lembrava daquele sorriso, conseguia escuta-lo mesmo depois de tantos anos.
Ao mesmo tempo que lhe veio a memória da mãe sorrindo. Numa intensidade muito maior surgiu em sua mente os olhos dela arregalados de medo.
O porta retrato caiu de suas mãos trêmulas e ele recuou alguns passos para trás. Não pegou o objeto do chão e nem quis ver se tinha causado algum dano, pois sentia aquela sensação ruim de falta de ar e opressão no peito.
Aos tropeços ele caminha até o lado de fora para respirar o ar fresco. Lembrava das palavras do terapeuta dizendo que ele precisava ser mais forte que as crises, que não poderia deixar as emoções domina-lo. Hyun Hee observa suas mãos tremendo e fecha o punho com força, nessas horas a raiva o corroía.
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- Mensagem nº5
Re: Park Hyun Hee
Hyun Hee não demoraria a perceber que seu retorno para a Coréia tinha um sabor amargo. Apesar de ter a janela de oportunidades que ele precisava para combater seus próprios demônios e encontrar sua paz, também o portal de seus piores sentimentos e lembranças. Não seguir direto para sua antiga residência seria a primeira das muitas surpresas que estavam por vir. A casa do avô não era estranha para ele, mas talvez fosse o pior lugar para se estar agora.
Felizmente, seus medicamentos estavam controlados quando esteve diante da foto de sua mãe. A dor no peito e a falta de ar eram sintomas normais, que ele já estava acostumado a lidar.
Do lado de fora, ele encontrou o ar puro que precisava. O cansaço somado àquela emoção, por outro lado, deixou seu corpo muito cansado. Não demoraria para que um apagão viesse. Teria que procurar pelo primeiro lugar que encontrasse, no caso, o banco da varanda, antes que a falta de consciência o tomasse por completo.
Foi um sono sem sonhos.
Hyun Hee simplesmente apagou, pelo menos à principio. Sem saber quanto tempo tinha se passado, ele começaria a sentir aromas nostálgicos. Isso o forçaria a abrir os olhos. Estava no antigo quarto que ele compartilhava com o irmão quando ficavam mais de um dia ali. Nada havia mudado, apesar dele ter o corpo que tem hoje em dia. Curioso como era, não demoraria a explorar aquela casa, ainda mais com o cheiro dos biscoitos de sua avó que tinham acabado de serem feitos. Algumas risadas puderam ser ouvidas enquanto ele descia até o primeiro lugar.
Ainda na escada, ele perceberia que a movimentação vinha de um dos cômodos laterais, uma das salas. Para seu espanto, seus avós estavam reunidos com sua mãe. Eles tomavam uma bebida em meio a sorrisos, mas pararam quando o viram se aproximando. A mãe o encarou um pouco melhor e sorriu com sinceridade.
Era um quadro quase que perfeito. Porém, ainda que não fosse a perfeição, ele sabia que...
Não era real.
A porta foi batida duas vezes - não dava para saber quantas vezes tinha sido batida - mas somente agora o corpo dele voltava à realidade. De fato, Hyun estava num quarto. Sim, era o antigo quarto que ele compartilhava com o irmão, mas totalmente reformulado para alguém da idade dele.
A porta se abriu e o Secretário Lee entrou novamente.
- Sr. Park. - Iniciou. - Como se sente?
Dependendo de como ele se sentisse, sua presença seria solicitada para o almoço. Caso olhasse para o relógio, veriam que já eram 14h. Muito tempo tinha se passado desde o horário combinado para o almoço, mas diante do fato de terem encontrado o rapaz desacordado, a melhor opção foi deixá-lo dormir.
Só esperavam que não tivesse sido pra sempre.
Felizmente, seus medicamentos estavam controlados quando esteve diante da foto de sua mãe. A dor no peito e a falta de ar eram sintomas normais, que ele já estava acostumado a lidar.
Do lado de fora, ele encontrou o ar puro que precisava. O cansaço somado àquela emoção, por outro lado, deixou seu corpo muito cansado. Não demoraria para que um apagão viesse. Teria que procurar pelo primeiro lugar que encontrasse, no caso, o banco da varanda, antes que a falta de consciência o tomasse por completo.
Foi um sono sem sonhos.
Hyun Hee simplesmente apagou, pelo menos à principio. Sem saber quanto tempo tinha se passado, ele começaria a sentir aromas nostálgicos. Isso o forçaria a abrir os olhos. Estava no antigo quarto que ele compartilhava com o irmão quando ficavam mais de um dia ali. Nada havia mudado, apesar dele ter o corpo que tem hoje em dia. Curioso como era, não demoraria a explorar aquela casa, ainda mais com o cheiro dos biscoitos de sua avó que tinham acabado de serem feitos. Algumas risadas puderam ser ouvidas enquanto ele descia até o primeiro lugar.
Ainda na escada, ele perceberia que a movimentação vinha de um dos cômodos laterais, uma das salas. Para seu espanto, seus avós estavam reunidos com sua mãe. Eles tomavam uma bebida em meio a sorrisos, mas pararam quando o viram se aproximando. A mãe o encarou um pouco melhor e sorriu com sinceridade.
Era um quadro quase que perfeito. Porém, ainda que não fosse a perfeição, ele sabia que...
Não era real.
A porta foi batida duas vezes - não dava para saber quantas vezes tinha sido batida - mas somente agora o corpo dele voltava à realidade. De fato, Hyun estava num quarto. Sim, era o antigo quarto que ele compartilhava com o irmão, mas totalmente reformulado para alguém da idade dele.
A porta se abriu e o Secretário Lee entrou novamente.
- Sr. Park. - Iniciou. - Como se sente?
Dependendo de como ele se sentisse, sua presença seria solicitada para o almoço. Caso olhasse para o relógio, veriam que já eram 14h. Muito tempo tinha se passado desde o horário combinado para o almoço, mas diante do fato de terem encontrado o rapaz desacordado, a melhor opção foi deixá-lo dormir.
Só esperavam que não tivesse sido pra sempre.
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- Mensagem nº6
Re: Park Hyun Hee
A raiva o fazia tensionar o maxilar. Odiava se sentir vulnerável e estando naquela casa iria ver sua mãe em cada cômodo, o lembrando constantemente do crime que cometeu.
Na varanda Hyun Hee puxava o ar com dificuldade, procurando se acalmar e deixar aquela carga de tensão ir embora, mas devido ao cansaço do vôo e pela forte emoção do porta retrato, ele sentiu sua vista escurecer. Havia uma poltrona branca onde ele se deitou.
O ruivo apoiou o antebraço sobre os olhos para bloquear os raios solares. Apesar de saber que aquilo não era um ataque de pânico, a imagem de sua mãe era uma pontada de dor em sua consciência.
Sem perceber ele adormeceu na poltrona. Ele sentia apenas o corpo pesado e a escuridão o envolvendo. Ao abrir os olhos ele viu o quarto que compartilhava com o irmão na infância.
A casa do seu vô estava exatamente igual ao passado. Pois depois da morte de sua avó, houve uma reforma na casa. Ele caminha pela casa antiga e é atraído pelo som das risadas e pelo cheiro de cookie.
Ele desce as escadas, vendo cada canto da casa com uma sensação de nostalgia. Quando entra na sala Hyun Hee congela no batente da porta. Seus avós estavam sentados no sofá tomando chá gelado e sua mãe estava sentado a frente deles, rindo de alguma coisa que foi dita.
- Omoni... - Sua voz sai rouca e arranhada
Ela o encarou e então ele percebeu que tudo aquilo era um pesadelo, não podia ser real. O som agudo de freada e de vidro se estilhaçando faz ele acordar assustado.
Então percebeu que estava deitado na cama, num quarto muito bem decorado.
Alguém batia na porta e o secretário Lee entrou. Hyun Hee Se senta na cama, sentia o corpo suado e a cabeça latejava um pouco nas têmporas. Ele percebe que a mala estava ao lado da cama e o relógio do pulso indicava que havia perdido o horário do almoço com seu avô.
- Eu estou bem. - Mentiu - Meu avô já chegou?
Se desse tempo ele iria direto para o chuveiro, sem se preocupar de olhar a mala antes. O banho gelado iria acorda-ló e afastar as memórias do sonho que acabou de ter.
Na varanda Hyun Hee puxava o ar com dificuldade, procurando se acalmar e deixar aquela carga de tensão ir embora, mas devido ao cansaço do vôo e pela forte emoção do porta retrato, ele sentiu sua vista escurecer. Havia uma poltrona branca onde ele se deitou.
O ruivo apoiou o antebraço sobre os olhos para bloquear os raios solares. Apesar de saber que aquilo não era um ataque de pânico, a imagem de sua mãe era uma pontada de dor em sua consciência.
Sem perceber ele adormeceu na poltrona. Ele sentia apenas o corpo pesado e a escuridão o envolvendo. Ao abrir os olhos ele viu o quarto que compartilhava com o irmão na infância.
A casa do seu vô estava exatamente igual ao passado. Pois depois da morte de sua avó, houve uma reforma na casa. Ele caminha pela casa antiga e é atraído pelo som das risadas e pelo cheiro de cookie.
Ele desce as escadas, vendo cada canto da casa com uma sensação de nostalgia. Quando entra na sala Hyun Hee congela no batente da porta. Seus avós estavam sentados no sofá tomando chá gelado e sua mãe estava sentado a frente deles, rindo de alguma coisa que foi dita.
- Omoni... - Sua voz sai rouca e arranhada
Ela o encarou e então ele percebeu que tudo aquilo era um pesadelo, não podia ser real. O som agudo de freada e de vidro se estilhaçando faz ele acordar assustado.
Então percebeu que estava deitado na cama, num quarto muito bem decorado.
Alguém batia na porta e o secretário Lee entrou. Hyun Hee Se senta na cama, sentia o corpo suado e a cabeça latejava um pouco nas têmporas. Ele percebe que a mala estava ao lado da cama e o relógio do pulso indicava que havia perdido o horário do almoço com seu avô.
- Eu estou bem. - Mentiu - Meu avô já chegou?
Se desse tempo ele iria direto para o chuveiro, sem se preocupar de olhar a mala antes. O banho gelado iria acorda-ló e afastar as memórias do sonho que acabou de ter.
- Persephone
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- Mensagem nº7
Re: Park Hyun Hee
O Secretário Lee era um homem difícil de ser lido. Sua expressão não demonstrou nada: não parecia que tinha acreditado ou duvidado da mentira de Hyun Hee sobre estar bem. Ele apenas meneou positivamente, ainda com aquela presença discreta, porém imponente. Quanto à pergunta, ele disse.
- Sim. O Sr. Hong está no escritório nesse momento. Está esperando até o momento que o senhor se sinta melhor. Posso pedir para que sirvam o seu almoço aqui no quarto antes que desça.
As ordens de Hyun Hee seriam atendidas, independente das que fossem. A única coisa que o Secretário Lee tinha deixado bem claro é que ele deveria se apresentar ao escritório do avô tão logo se estivesse disposto. Uma ducha e um pouco de comida deveriam bastar, aparentemente.
A mala preta ainda estava deixada de lado. Até porque, as roupas que ele mais práticas estavam na mochila. Tão logo ele saísse do banho, poderia se vestir como quisesse - estava em casa, não havia porque formalidades. - e, caso tivesse pedido a comida, ela também estaria ali em cima. Seu celular tinha sido recuperado durante seu sono e estava carregando, desligado, nesse momento. A bateria estava em quase 100%.
Hyun Hee sabia o caminho do escritório.
O escritório do avô ainda tinha muito dos elementos que Hyun se lembrava: era clássico, com móveis feitos de couro e madeira nobre, fora aquele cheiro típico de tabaco, por conta dos charutos que ele fumava com certa eventualidade. O que tinha de diferente eram algumas modernidades aqui e ali por conta do notebook de última geração, o projetos, telefone e novas luzes. De resto, nada parecia ter mudado.
O avô estava sentado atrás de sua mesa, lendo uma pasta. Somente quando chegou na última linha, voltou os olhos na direção de Hyun e o convidou a se sentar numa das poltronas. O homem também se levantou e dava para ver que os anos e as responsabilidades tinham pesado em suas costas. A bengala tremia um pouco até que ele se firmou e começou a seguir até o sofá. Carregava a pasta consigo até que se inclinou, deixando a pasta em cima da mesinha central e sentou-se.
Ainda apoiado à sua bengala com um tigre de prata na ponta, ele olhou para Hyun-Hee.
- Imagino que você tenha muitas perguntas em sua mente. Isso tudo não é surpreendente somente para você.
O homem iniciou. Pulou todas as formalidades ou perguntas preocupadas acerca da saúde física ou mental do neto. Também não quis perguntar sobre as 17 horas de vôo, nem o porquê de Hyun estar desacordado na varanda e ter sido carregado até seu quarto. Não, a praticidade e a frieza do avô não tinham mudado. Desde que sua avó tinha morrido, esse gelo tinha se tornado inquebrável para qualquer um que tentasse.
- Sua ida para os Estados Unidos foi um absurdo. Um verdadeiro golpe dado por seu tio, você bem deveria saber. De início me ofendi, porque você nem se quer pensou em pedir minha ajuda, simplesmente atendeu às ordens daquele moleque. - Disse com rancor e meneando negativamente. - Precisei de um tempo até ter poder e provas o suficiente para ter sua guarda e buscá-lo.
Indicou a pasta que estava em cima da mesa. Eram os papeis e documentos de guarda, fora a matricula de Hyun-Hee e as ações. Um pequeno dossiê de quanto o menino custava.
- Gostando ou não, você está de volta à Coreia. Esqueça o que aconteceu na Califórnia, pois duvido que tenha feito algum bem a você. Essa semana você será avaliado por um psiquiatra da família e, se for necessário, seu tratamento será aqui. - Encarou o menino. - Ande, faça suas perguntas. Essa é sua chance de ter respostas.
- Sim. O Sr. Hong está no escritório nesse momento. Está esperando até o momento que o senhor se sinta melhor. Posso pedir para que sirvam o seu almoço aqui no quarto antes que desça.
As ordens de Hyun Hee seriam atendidas, independente das que fossem. A única coisa que o Secretário Lee tinha deixado bem claro é que ele deveria se apresentar ao escritório do avô tão logo se estivesse disposto. Uma ducha e um pouco de comida deveriam bastar, aparentemente.
A mala preta ainda estava deixada de lado. Até porque, as roupas que ele mais práticas estavam na mochila. Tão logo ele saísse do banho, poderia se vestir como quisesse - estava em casa, não havia porque formalidades. - e, caso tivesse pedido a comida, ela também estaria ali em cima. Seu celular tinha sido recuperado durante seu sono e estava carregando, desligado, nesse momento. A bateria estava em quase 100%.
Hyun Hee sabia o caminho do escritório.
O avô estava sentado atrás de sua mesa, lendo uma pasta. Somente quando chegou na última linha, voltou os olhos na direção de Hyun e o convidou a se sentar numa das poltronas. O homem também se levantou e dava para ver que os anos e as responsabilidades tinham pesado em suas costas. A bengala tremia um pouco até que ele se firmou e começou a seguir até o sofá. Carregava a pasta consigo até que se inclinou, deixando a pasta em cima da mesinha central e sentou-se.
Ainda apoiado à sua bengala com um tigre de prata na ponta, ele olhou para Hyun-Hee.
- Imagino que você tenha muitas perguntas em sua mente. Isso tudo não é surpreendente somente para você.
O homem iniciou. Pulou todas as formalidades ou perguntas preocupadas acerca da saúde física ou mental do neto. Também não quis perguntar sobre as 17 horas de vôo, nem o porquê de Hyun estar desacordado na varanda e ter sido carregado até seu quarto. Não, a praticidade e a frieza do avô não tinham mudado. Desde que sua avó tinha morrido, esse gelo tinha se tornado inquebrável para qualquer um que tentasse.
- Sua ida para os Estados Unidos foi um absurdo. Um verdadeiro golpe dado por seu tio, você bem deveria saber. De início me ofendi, porque você nem se quer pensou em pedir minha ajuda, simplesmente atendeu às ordens daquele moleque. - Disse com rancor e meneando negativamente. - Precisei de um tempo até ter poder e provas o suficiente para ter sua guarda e buscá-lo.
Indicou a pasta que estava em cima da mesa. Eram os papeis e documentos de guarda, fora a matricula de Hyun-Hee e as ações. Um pequeno dossiê de quanto o menino custava.
- Gostando ou não, você está de volta à Coreia. Esqueça o que aconteceu na Califórnia, pois duvido que tenha feito algum bem a você. Essa semana você será avaliado por um psiquiatra da família e, se for necessário, seu tratamento será aqui. - Encarou o menino. - Ande, faça suas perguntas. Essa é sua chance de ter respostas.
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- Mensagem nº8
Re: Park Hyun Hee
Hyun Hee apertava as têmporas com as pontas dos dedos, numa tentativa de aliviar um pouco a dor. Quando o secretário Lee fala sobre o encontro com o avô ele acena com a cabeça, talvez precisasse mesmo comer algo. Ele pede um lanche, enquanto tomaria banho.
Ele leva sua mochila para o banheiro, lá dentro havia algumas mudas de roupa e os frascos de remédio. O ruivo pega o calmante e toma um comprimido a seco, sabia que precisaria estar tranquilo quando fosse conversar com o avô. Ele caminha para o boxe deixando as roupas largadas no chão. O banho foi rápido e com jatos de água gelada para despertar.
Ele opta por usar uma camiseta fashion preta e vermelha, calça jeans preta justas e rasgada, pois era as roupas que ele costumava usar nos EUA. Hyun Hee gostava de colocar seus colares como acessórios e nas orelhas tinha alguns brincos e piercing. Um estilo totalmente bad boy e punk.
Quando saiu do banheiro, percebeu que tinha um prato com um lanche natural ao lado do celular desligado.
Enquanto ele dá algumas mordidas no lanche, o ruivo liga o aparelho e vê se tem alguma mensagem importante, se não deixaria o aparelho ligado no quarto e sairia para o escritório.
Hyun Hee parou na entrada do escritório, aquele lugar estava praticamente igual ao passado. Ele sentiu aquele incômodo sentimento de nostalgia novamente, mas não foi tão forte, pois quando crianças não podiam entrar no escritório sem permissão. Era um lugar reservado para os adultos.
Seu avô parecia estar mais frágil e curvado, continuava com aquela áurea de imponência, mas não dava para negar que esses dois anos castigou a todos.
- Boa tarde Abeoji ( avô)... - Ele faz uma pequena reverência antes de sentar na poltrona e ficarem frente a frente.
O ruivo estava tenso e a conversa foi direto ao ponto de seu retorno. Quando seu avô diz que o rapaz não o procurou por ajuda, ele ergue um pouco as sobrancelhas surpreso.
- Então o senhor queria me ajudar?? Mesmo depois de eu ter matado meus pais??... Engraçado... Não me lembro do senhor ter me visitado naquela época.
A conversa já tinha começado da maneira errada. Mas não podiam julga-lo por guardar tanto rancor do passado. Ele pega a pasta e lê os papéis que davam detalhes sobre as ações da empresa e sobre a escola que ele iria frequentar.
Hyun Hee larga a pasta na mesa com um certo desleixo, o rapaz apoia os braços na poltrona e encara o senhor a sua frente. Ele sabia que seu avô não o trouxe de volta porque estava preocupado com ele. Pois se tivesse, teria o buscado antes.
Não... O rapaz sabia que estava sendo usado e entraria numa briga direta entre seu avô e seu tio. Havia muitas coisas em jogo, mas ele tinha uma curiosidade genuína do que ele causaria a família.
- Meu irmão já sabe que voltei? O que ele acha disso?
A última recordação que ele tinha do irmão, tinha sido dolorosa e desgastante para os dois.
Ele leva sua mochila para o banheiro, lá dentro havia algumas mudas de roupa e os frascos de remédio. O ruivo pega o calmante e toma um comprimido a seco, sabia que precisaria estar tranquilo quando fosse conversar com o avô. Ele caminha para o boxe deixando as roupas largadas no chão. O banho foi rápido e com jatos de água gelada para despertar.
Ele opta por usar uma camiseta fashion preta e vermelha, calça jeans preta justas e rasgada, pois era as roupas que ele costumava usar nos EUA. Hyun Hee gostava de colocar seus colares como acessórios e nas orelhas tinha alguns brincos e piercing. Um estilo totalmente bad boy e punk.
Quando saiu do banheiro, percebeu que tinha um prato com um lanche natural ao lado do celular desligado.
Enquanto ele dá algumas mordidas no lanche, o ruivo liga o aparelho e vê se tem alguma mensagem importante, se não deixaria o aparelho ligado no quarto e sairia para o escritório.
Hyun Hee parou na entrada do escritório, aquele lugar estava praticamente igual ao passado. Ele sentiu aquele incômodo sentimento de nostalgia novamente, mas não foi tão forte, pois quando crianças não podiam entrar no escritório sem permissão. Era um lugar reservado para os adultos.
Seu avô parecia estar mais frágil e curvado, continuava com aquela áurea de imponência, mas não dava para negar que esses dois anos castigou a todos.
- Boa tarde Abeoji ( avô)... - Ele faz uma pequena reverência antes de sentar na poltrona e ficarem frente a frente.
O ruivo estava tenso e a conversa foi direto ao ponto de seu retorno. Quando seu avô diz que o rapaz não o procurou por ajuda, ele ergue um pouco as sobrancelhas surpreso.
- Então o senhor queria me ajudar?? Mesmo depois de eu ter matado meus pais??... Engraçado... Não me lembro do senhor ter me visitado naquela época.
A conversa já tinha começado da maneira errada. Mas não podiam julga-lo por guardar tanto rancor do passado. Ele pega a pasta e lê os papéis que davam detalhes sobre as ações da empresa e sobre a escola que ele iria frequentar.
Hyun Hee larga a pasta na mesa com um certo desleixo, o rapaz apoia os braços na poltrona e encara o senhor a sua frente. Ele sabia que seu avô não o trouxe de volta porque estava preocupado com ele. Pois se tivesse, teria o buscado antes.
Não... O rapaz sabia que estava sendo usado e entraria numa briga direta entre seu avô e seu tio. Havia muitas coisas em jogo, mas ele tinha uma curiosidade genuína do que ele causaria a família.
- Meu irmão já sabe que voltei? O que ele acha disso?
A última recordação que ele tinha do irmão, tinha sido dolorosa e desgastante para os dois.
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- Mensagem nº9
Re: Park Hyun Hee
O celular não tinha nenhuma mensagem, mas Hyun Hee saiu do quarto antes que ele estivesse completamente atualizado. De repente, 8 ligações não atendidas apareceram. Era um número desconhecido que fez o celular dele vibrar pela 9º vez. Até ele voltar, provavelmente aquelas ligações teriam triplicado de quantidade.
No escritório do avô, Hyun chegou mantendo a compostura. Pelo menos isso.
Já bastava ao avô ter que lidar com aquelas roupas esquisitas e estilo de mau gosto - ainda chegariam nesse ponto da conversa, mas o Sr. Hong era um homem objetivo, que sempre preferiu ir direto ao ponto ao invés de dar muitas voltas. E, naquele instante, o principal ponto de conversa - e colisão - era o retorno do seu neto.
Havia muito em jogo.
Quando escuta aquela pergunta petulante saindo da boca daquele rebelde, o Sr. Hong cerrou os olhos e fechou a mão na bengala com mais vontade.
- Você é mesmo um tolo, Hyun. - Disse rispidamente.- Você perdeu seus pais, eu perdi minha filha. MINHA ÚNICA FILHA. Ao menos a única que eu ainda tinha.
Hyun Hee sabia que não era bem verdade. Sua mãe tinha uma irmã alguns anos mais velha, mas que foi deserdada pelo avô por ter engravidado de um militar de baixa patente que a abandonou. Sua tia tivera um filho, apenas, Chang-Wook. O rapaz não era reconhecido pelo avô, mas a avó sempre abraçou essa filha mesmo contra a vontade do marido. Com sua pequena fortuna, a avó tinha ajudado a filha a criar sozinha o menino. Chang-Wook tinha frequentado a Wangjo Daehag. Os primos se viram algumas vezes enquanto a avó ainda era viva. Sua tia tinha sido bem sucedida, mas não mantinha os mesmos padrões da irmã caçula. Ela chegou a visitá-lo no hospital junto de seu filho e tinha presenteado o rapaz com uma de suas essências.
Mas ao avô nunca mais tinha entrado em contato com essa filha, muito menos com seu neto mais velho. Era como se eles não existissem. Era cruel, porque depois que ele focou todo seu amor e dedicação à filha caçula, o universo a tirou dele. Pouco tempo depois dele ter perdido sua esposa também.
- O natural é que os filhos vejam os pais morrerem, pois é a lei da vida. Agora, um pai ser obrigado a enterrar a própria filha? Isso é errado, Hyun. E você não tem direito, muito menos idade para julgar meus atos. Eu tive meus motivos e limitações legais. Você não se lembra das visitas porque ficou seis meses em coma. O que acha que perdeu nesse tempo? Mais do que uma visita, certamente.
Estava bem irritado e bateu a bengala no chão.
- Seu irmão concorda com o que você disse. Ele acha que você matou os dois. Mas seu irmão não é mais quem você conhecia, ele mudou. Fisica e mentalmente. Jung-Mi... - Franziu as sobrancelhas.- É o filho que o seu tio ainda não teve. Mas seu tio tem planos, pois está noivo de uma das acionistas da WangJo.
Encarou o neto, pensando nas duras palavras que diria a seguir.
- Eu não te trouxe de volta para você usar seu coração ou recuperar sua família. Sua família, minha família, está morta. Você tem que aprender com a mesma velocidade que Jung aprendeu. Essa é a única forma de você recuperar tudo o que era seu, tudo o que seu pai te deixou. E essa é a minha forma de fazer justiça à minha filha. Eu sei que você vai me odiar, vai me aborrecer e eu terei que ser babá de um moleque de 17 anos. Mas...
Cerrou os olhos de novo.
- Quando você chegar na minha idade, vai me agradecer.
> WangJo é a Chaebol dominada pela família Wang (eles têm 48% das ações). A mulher que ele citou, é uma outra acionista, que não tem o sobrenome Wang.
> Chang Wook não usa o nome Hong, pois foi registrado com o nome Lee. Sua mãe perdeu o sobrenome depois de ser deserdada.
No escritório do avô, Hyun chegou mantendo a compostura. Pelo menos isso.
Já bastava ao avô ter que lidar com aquelas roupas esquisitas e estilo de mau gosto - ainda chegariam nesse ponto da conversa, mas o Sr. Hong era um homem objetivo, que sempre preferiu ir direto ao ponto ao invés de dar muitas voltas. E, naquele instante, o principal ponto de conversa - e colisão - era o retorno do seu neto.
Havia muito em jogo.
Quando escuta aquela pergunta petulante saindo da boca daquele rebelde, o Sr. Hong cerrou os olhos e fechou a mão na bengala com mais vontade.
- Você é mesmo um tolo, Hyun. - Disse rispidamente.- Você perdeu seus pais, eu perdi minha filha. MINHA ÚNICA FILHA. Ao menos a única que eu ainda tinha.
Hyun Hee sabia que não era bem verdade. Sua mãe tinha uma irmã alguns anos mais velha, mas que foi deserdada pelo avô por ter engravidado de um militar de baixa patente que a abandonou. Sua tia tivera um filho, apenas, Chang-Wook. O rapaz não era reconhecido pelo avô, mas a avó sempre abraçou essa filha mesmo contra a vontade do marido. Com sua pequena fortuna, a avó tinha ajudado a filha a criar sozinha o menino. Chang-Wook tinha frequentado a Wangjo Daehag. Os primos se viram algumas vezes enquanto a avó ainda era viva. Sua tia tinha sido bem sucedida, mas não mantinha os mesmos padrões da irmã caçula. Ela chegou a visitá-lo no hospital junto de seu filho e tinha presenteado o rapaz com uma de suas essências.
Mas ao avô nunca mais tinha entrado em contato com essa filha, muito menos com seu neto mais velho. Era como se eles não existissem. Era cruel, porque depois que ele focou todo seu amor e dedicação à filha caçula, o universo a tirou dele. Pouco tempo depois dele ter perdido sua esposa também.
- O natural é que os filhos vejam os pais morrerem, pois é a lei da vida. Agora, um pai ser obrigado a enterrar a própria filha? Isso é errado, Hyun. E você não tem direito, muito menos idade para julgar meus atos. Eu tive meus motivos e limitações legais. Você não se lembra das visitas porque ficou seis meses em coma. O que acha que perdeu nesse tempo? Mais do que uma visita, certamente.
Estava bem irritado e bateu a bengala no chão.
- Seu irmão concorda com o que você disse. Ele acha que você matou os dois. Mas seu irmão não é mais quem você conhecia, ele mudou. Fisica e mentalmente. Jung-Mi... - Franziu as sobrancelhas.- É o filho que o seu tio ainda não teve. Mas seu tio tem planos, pois está noivo de uma das acionistas da WangJo.
Encarou o neto, pensando nas duras palavras que diria a seguir.
- Eu não te trouxe de volta para você usar seu coração ou recuperar sua família. Sua família, minha família, está morta. Você tem que aprender com a mesma velocidade que Jung aprendeu. Essa é a única forma de você recuperar tudo o que era seu, tudo o que seu pai te deixou. E essa é a minha forma de fazer justiça à minha filha. Eu sei que você vai me odiar, vai me aborrecer e eu terei que ser babá de um moleque de 17 anos. Mas...
Cerrou os olhos de novo.
- Quando você chegar na minha idade, vai me agradecer.
> WangJo é a Chaebol dominada pela família Wang (eles têm 48% das ações). A mulher que ele citou, é uma outra acionista, que não tem o sobrenome Wang.
> Chang Wook não usa o nome Hong, pois foi registrado com o nome Lee. Sua mãe perdeu o sobrenome depois de ser deserdada.
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- Mensagem nº10
Re: Park Hyun Hee
O ruivo se ajeita na poltrona um pouco desconfortável pelo conteúdo da conversa. A menção do tempo em que ficou em coma deixou o rapaz tenso, seu maxilar parecia que iria trincar de tão forte que ele apertava os dentes. Não é como se ele tivesse se isentando da culpa da morte dos pais, ele merecia todo o ódio que as pessoas nutriam por sua pessoa. Mas saber que seu irmão também o culpava, fez o garoto gelar. Não era de todo uma surpresa, mas confirmar esse fato, fez o menino se perder em pensamentos por um instante. Ele até inclinou a cabeça para o lado com um leve sorriso triste.
Ele lembrava vagamente do primo deserdado, mas aquele não era o tópico principal da conversa e sim seu irmão mais novo sendo manipulado pelo tio. Hyun Hee franze um pouco a testa, surpreso pelo noivado. Mas seu avô não deu mais abertura naquele assunto e finalizou a conversa dizendo que estava o usando como fantoche para recuperar as ações da empresa. Ou seja, ele entraria numa briga de gigantes e não sabia se estava preparado para isso.
Mas ele não tinha como recuar agora, estava novamente na Coreia e teria que dançar conforme as vontades do senhor Hong, mas não iria ser apenas um fantoche...usaria isso ao seu favor também. Ele inclina o corpo para frente e apoia os cotovelos no joelho e cruza os dedos abaixo do queixo.
- Está certo...faço o que o senhor quiser, mas com algumas condições. - Ele o encarava fixamente.
Ele sabia que estava cutucando a onça com a vara curta, mas se ele fosse se arriscar, teria que ser vantajoso para ele. Então o jovem estica a palma da mão em direção ao avô.
- Quero um cartão de crédito e uma moto nova, igual nos EUA
Era até que um acordo vantajoso, pois seu avô deveria saber que o menino não esbanjou muito dinheiro enquanto esteve no exterior, mas ele também queria viver confortavelmente. E a moto seria um desafio, pois sabia que possivelmente ele não aprovaria, mas a moto e a velocidade era sua válvula de escape.
Ele lembrava vagamente do primo deserdado, mas aquele não era o tópico principal da conversa e sim seu irmão mais novo sendo manipulado pelo tio. Hyun Hee franze um pouco a testa, surpreso pelo noivado. Mas seu avô não deu mais abertura naquele assunto e finalizou a conversa dizendo que estava o usando como fantoche para recuperar as ações da empresa. Ou seja, ele entraria numa briga de gigantes e não sabia se estava preparado para isso.
Mas ele não tinha como recuar agora, estava novamente na Coreia e teria que dançar conforme as vontades do senhor Hong, mas não iria ser apenas um fantoche...usaria isso ao seu favor também. Ele inclina o corpo para frente e apoia os cotovelos no joelho e cruza os dedos abaixo do queixo.
- Está certo...faço o que o senhor quiser, mas com algumas condições. - Ele o encarava fixamente.
Ele sabia que estava cutucando a onça com a vara curta, mas se ele fosse se arriscar, teria que ser vantajoso para ele. Então o jovem estica a palma da mão em direção ao avô.
- Quero um cartão de crédito e uma moto nova, igual nos EUA
Era até que um acordo vantajoso, pois seu avô deveria saber que o menino não esbanjou muito dinheiro enquanto esteve no exterior, mas ele também queria viver confortavelmente. E a moto seria um desafio, pois sabia que possivelmente ele não aprovaria, mas a moto e a velocidade era sua válvula de escape.
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- Mensagem nº11
Re: Park Hyun Hee
O Sr. Hong continuou encarando o neto. Estava visivelmente analisando o rapaz e chegou a cerrar um pouco os olhos quando percebeu que ele tinha aceitado com muita facilidade, tudo o que ele tinha acabado de dizer. O velho deu um discreto suspiro, mexendo a mão na bengala de novo, ainda ponderando.
Algumas opções surgiram na mente dele: Ou Hyun Hee não tinha entendido o que estava fazendo ali; ou ele não se importava com nada e facilitaria a vida do avô; ou aprontaria alguma.
O fato dele ter uma aparência de rebelde e se comportar de modo passivo era uma incognita para o velho. E não é que fosse algo ruim, afinal, quanto mais Hyun Hee facilitasse para ele, mais rápido conseguiriam agir tudo. O problema é que se ele não se importasse com o que o avô estava propondo, aquela luta já estava perdida. O que seria do futuro, quando ele não estivesse mais ali? Seria muito fácil Hyun perder tudo.
Aparentemente, ele teria muito trabalho pela frente.
O velho olhou para aquela mão esticada, exigindo um cartão de crédito e uma moto. Por muito pouco, um sorriso não surgiu nos lábios do velho. Ele viu ali uma oportunidade de...provocar.
Mas as exigências dele era muito pobres...Faltava ambição.
- Heh...Se tivesse lido a pasta direito, já teria visto seu cartão com a senha. - Comentou. - Não precisa ficar me pedindo esmolas assim. - Ajeitou. - Mas tem uma condição também. Roupas novas. Se eu chegar naquele closet e ver esses...trapos! - Indicou com a bengala - até o fim do mês, eu vou bloquear seu cartão.
E o cabelo? E os brincos?
Calma, uma implicância de cada vez...
Não se apressa o trabalho de um mestre.
- Você nem parece meu neto, vestido como um mendigo assim. - Estalou a lingua no céu da boca. - Quanto à moto, você a terá...Depois de passar pelo psiquiatra e tirar habilitação coreana. Eu disse que suas experiências na América não teriam valor aqui. E já que essas são suas duas únicas condições, você está liberado. Vou ver a fatura do cartão no fim do mês e seu armário.
Começou a se levantar.
- A moto estará sob análise. Até lá... - Olhou para o neto de um modo divertido.- O Secretário Lee estará ao seu dispor. Será meus olhos e ouvidos por onde você for. Eu disse que seria babá, mas não disse que não teria ajuda...hehe...
Depois de ficar de pé, ele indicou a pasta.
- Pode ficar com você, para ler depois com calma. Ler é importante, menino. Leituras dinâmicas sempre deixam detalhes de fora. Vá descansar, amanhã o seu trabalho começa.
Passou por Hyun, batendo no ombro dele e seguiu para sua cadeira de novo. Sentou-se, meio que se jogando de novo e voltou a atenção para a tela do computador. Isso significava que Hyun estava liberado, por hora.
Enquanto isso, no quarto dele, o celular marcava 19 ligações perdidas naquele curto período de tempo.
Algumas opções surgiram na mente dele: Ou Hyun Hee não tinha entendido o que estava fazendo ali; ou ele não se importava com nada e facilitaria a vida do avô; ou aprontaria alguma.
O fato dele ter uma aparência de rebelde e se comportar de modo passivo era uma incognita para o velho. E não é que fosse algo ruim, afinal, quanto mais Hyun Hee facilitasse para ele, mais rápido conseguiriam agir tudo. O problema é que se ele não se importasse com o que o avô estava propondo, aquela luta já estava perdida. O que seria do futuro, quando ele não estivesse mais ali? Seria muito fácil Hyun perder tudo.
Aparentemente, ele teria muito trabalho pela frente.
O velho olhou para aquela mão esticada, exigindo um cartão de crédito e uma moto. Por muito pouco, um sorriso não surgiu nos lábios do velho. Ele viu ali uma oportunidade de...provocar.
Mas as exigências dele era muito pobres...Faltava ambição.
- Heh...Se tivesse lido a pasta direito, já teria visto seu cartão com a senha. - Comentou. - Não precisa ficar me pedindo esmolas assim. - Ajeitou. - Mas tem uma condição também. Roupas novas. Se eu chegar naquele closet e ver esses...trapos! - Indicou com a bengala - até o fim do mês, eu vou bloquear seu cartão.
E o cabelo? E os brincos?
Calma, uma implicância de cada vez...
Não se apressa o trabalho de um mestre.
- Você nem parece meu neto, vestido como um mendigo assim. - Estalou a lingua no céu da boca. - Quanto à moto, você a terá...Depois de passar pelo psiquiatra e tirar habilitação coreana. Eu disse que suas experiências na América não teriam valor aqui. E já que essas são suas duas únicas condições, você está liberado. Vou ver a fatura do cartão no fim do mês e seu armário.
Começou a se levantar.
- A moto estará sob análise. Até lá... - Olhou para o neto de um modo divertido.- O Secretário Lee estará ao seu dispor. Será meus olhos e ouvidos por onde você for. Eu disse que seria babá, mas não disse que não teria ajuda...hehe...
Depois de ficar de pé, ele indicou a pasta.
- Pode ficar com você, para ler depois com calma. Ler é importante, menino. Leituras dinâmicas sempre deixam detalhes de fora. Vá descansar, amanhã o seu trabalho começa.
Passou por Hyun, batendo no ombro dele e seguiu para sua cadeira de novo. Sentou-se, meio que se jogando de novo e voltou a atenção para a tela do computador. Isso significava que Hyun estava liberado, por hora.
Enquanto isso, no quarto dele, o celular marcava 19 ligações perdidas naquele curto período de tempo.
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- Mensagem nº12
Re: Park Hyun Hee
Quem poderia saber o que se passava na cabeça de Hyun Hee, talvez nem ele entendeu a gravidade da situação e depois de tanto tempo isolado em outro país sem ter contato com a família, estar junto com o avô e ser usado como uma peça de tabuleiro era melhor do que viver naquela angustiante solidão.
Mas ele tinha certeza de uma coisa, não iria ser manipulado tão facilmente. Ele havia acabado de se tornar uma peça chave e iria analisar muito bem cada movimento daquele poderoso jogo de intriga.
Quando ele percebeu que o cartão já estava incluso nas papeladas e ele continuava com a mão esticada. Hyun Hee dá um sorisso sem graça, que morre lentamente nos lábios e cruza as mãos sobre o joelho.
O avô já se levantava da poltrona dando como encerrada aquela conversa. Pelo menos a moto ainda era uma possibilidade. E fazer outra avaliação psiquiátrica, depois de tantos médicos que o rapaz já passou, não era um grande desafio. Então ele dá de ombros e começa a se erguer quando recebe um tapinha no ombro do senhor.
Esse gesto fez ele congelar na poltrona. Em dois anos era o maximo de afeto que ele conseguia se lembrar do avô. Tanto que o ruivo piscou os olhos algumas vezes e pingarreou para voltar a realidade.
- Poderia ter me dado uma babá mais bonita e curvalinea - O jovem não contém o comentário, mas também não recusa o secretário Lee
Hyun Hee pega a pasta que foi indicada e caminha em direção ao quarto. Enquanto subia as escadas ele destacava o cartão de crédito do papel e memoriza a senha.
Ele entra no quarto e se joga na cama, lendo com mais calma os papéis que seu avô lhe entregou e ponderou sobre alguns quesitos.
Então era isso que seu avô queria lhe dizer sobre ler com calma. Mas antes de aprofundar-se demais na leitura, ele vê seu celular vibrando no criado mudo. Havia 19 ligações perdidas, que ele não havia percebido até então. Intrigado ele retorna a chamada para o número desconhecido.
- Yeoboseyo? (Alô?) - Sua voz era mais grave no celular
Mas ele tinha certeza de uma coisa, não iria ser manipulado tão facilmente. Ele havia acabado de se tornar uma peça chave e iria analisar muito bem cada movimento daquele poderoso jogo de intriga.
Quando ele percebeu que o cartão já estava incluso nas papeladas e ele continuava com a mão esticada. Hyun Hee dá um sorisso sem graça, que morre lentamente nos lábios e cruza as mãos sobre o joelho.
O avô já se levantava da poltrona dando como encerrada aquela conversa. Pelo menos a moto ainda era uma possibilidade. E fazer outra avaliação psiquiátrica, depois de tantos médicos que o rapaz já passou, não era um grande desafio. Então ele dá de ombros e começa a se erguer quando recebe um tapinha no ombro do senhor.
Esse gesto fez ele congelar na poltrona. Em dois anos era o maximo de afeto que ele conseguia se lembrar do avô. Tanto que o ruivo piscou os olhos algumas vezes e pingarreou para voltar a realidade.
- Poderia ter me dado uma babá mais bonita e curvalinea - O jovem não contém o comentário, mas também não recusa o secretário Lee
Hyun Hee pega a pasta que foi indicada e caminha em direção ao quarto. Enquanto subia as escadas ele destacava o cartão de crédito do papel e memoriza a senha.
Ele entra no quarto e se joga na cama, lendo com mais calma os papéis que seu avô lhe entregou e ponderou sobre alguns quesitos.
Então era isso que seu avô queria lhe dizer sobre ler com calma. Mas antes de aprofundar-se demais na leitura, ele vê seu celular vibrando no criado mudo. Havia 19 ligações perdidas, que ele não havia percebido até então. Intrigado ele retorna a chamada para o número desconhecido.
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- Mensagem nº13
Re: Park Hyun Hee
Aquele gesto teve uma grande importância para os dois. Hyun Hee chegou a travar porque era o primeiro contato que tinha com alguém de sua família, depois de quase dois anos de solidão. Mas para o avô também era um avanço, pois foi a primeira vez que tocou num dos herdeiros de sua filha depois de tanto tempo.
Era como senti-la ali presente de novo.
Mas o momento emotivo durou pouco tempo. O avô tinha que se manter firme em suas decisões e havia muito o que doutrinar o neto. Hyun Hee se via como peça num tabuleiro de xadrez, mas dentro do xadrez existem muitas peças importantes. Ele que decidiria através de suas ações, se seria um mero peão ou se tornaria o rei. Tudo depende da perspectiva que o rapaz tinha de si mesmo e do mundo.
O velho achou certa graça do comentário do neto e meneou negativamente.
- Não se preocupe, se quiser eu posso adiantar uma noiva...Que tal sua ex-namorada? Eun-Joo, não é?
Se Hyun queria fazer piadas, o avô tinha um repertório inteiro para tocar o terror no neto.
Quando ele se recolhesse para o quarto e desse uma olhada nos papeis, perceberia que eram cópias de documentos importantes ali. Havia o documento da guarda dele, dizendo que seu avô era o responsável legal por cuidar de sua parte da herança e as ações que ele ainda tinha na empresa. Hyun-Hee tinha cerca de 22% das ações da companhia hoje em dia. E a herança ainda estava em inventário, mas havia uma clausula onde dizia que os filhos só teriam acesso com a maioridade mesmo.
Também havia a matrícula na Wangjo, com a grade de aulas que ele teria naquele ano. Os clubes ainda estavam em aberto, porque ele poderia escolher ao longo da primeira semana de aula.
Fora isso, tinha a senha do cartão, o cartão e uma agenda para os proximos dias. Nela estavam as avaliações médicas e coisa do tipo. O avô tinha sido muito cauteloso em relação a isso.
O celular do rapaz finalmente ganhou seu foco. Havia 19 ligações perdidas e ele foi gentil em retornar para aquele número desconhecido. Diferente do que tinha acontecido, sua ligação foi prontamente atendida. Era uma voz feminina e meio rouquinha que atendia do outro lado da linha. Havia certo nervosismo na voz - também, depois de 19 ligações perdidas, era para se preocupar!
- Alô? Ahm..Sr. Park? - Engoliu em seco, nervosa. - Hm, desculpe por incomodá-lo, mas ahm...eu estou com sua mala e gostaria de devolvê-la. Por favor, me diga que o senhor está com a minha e que não a abriu.
A última parte, ela falou mais rápido.
Realmente, se ele voltasse sua atenção para a mala e a etiqueta que havia ali, veria o sobrenome Park...Mas o nome atendia por Chae-Young.
De repente, ele se lembraria do esbarrão que levou no aeroporto. A menina de cabelos alaranjados que nem tinha pedido desculpas e carregava uma mala igualzinha a sua. Bom, igualzinha porque, de fato, era a sua.
Era como senti-la ali presente de novo.
Mas o momento emotivo durou pouco tempo. O avô tinha que se manter firme em suas decisões e havia muito o que doutrinar o neto. Hyun Hee se via como peça num tabuleiro de xadrez, mas dentro do xadrez existem muitas peças importantes. Ele que decidiria através de suas ações, se seria um mero peão ou se tornaria o rei. Tudo depende da perspectiva que o rapaz tinha de si mesmo e do mundo.
O velho achou certa graça do comentário do neto e meneou negativamente.
- Não se preocupe, se quiser eu posso adiantar uma noiva...Que tal sua ex-namorada? Eun-Joo, não é?
Se Hyun queria fazer piadas, o avô tinha um repertório inteiro para tocar o terror no neto.
Quando ele se recolhesse para o quarto e desse uma olhada nos papeis, perceberia que eram cópias de documentos importantes ali. Havia o documento da guarda dele, dizendo que seu avô era o responsável legal por cuidar de sua parte da herança e as ações que ele ainda tinha na empresa. Hyun-Hee tinha cerca de 22% das ações da companhia hoje em dia. E a herança ainda estava em inventário, mas havia uma clausula onde dizia que os filhos só teriam acesso com a maioridade mesmo.
Também havia a matrícula na Wangjo, com a grade de aulas que ele teria naquele ano. Os clubes ainda estavam em aberto, porque ele poderia escolher ao longo da primeira semana de aula.
Fora isso, tinha a senha do cartão, o cartão e uma agenda para os proximos dias. Nela estavam as avaliações médicas e coisa do tipo. O avô tinha sido muito cauteloso em relação a isso.
O celular do rapaz finalmente ganhou seu foco. Havia 19 ligações perdidas e ele foi gentil em retornar para aquele número desconhecido. Diferente do que tinha acontecido, sua ligação foi prontamente atendida. Era uma voz feminina e meio rouquinha que atendia do outro lado da linha. Havia certo nervosismo na voz - também, depois de 19 ligações perdidas, era para se preocupar!
- Alô? Ahm..Sr. Park? - Engoliu em seco, nervosa. - Hm, desculpe por incomodá-lo, mas ahm...eu estou com sua mala e gostaria de devolvê-la. Por favor, me diga que o senhor está com a minha e que não a abriu.
A última parte, ela falou mais rápido.
Realmente, se ele voltasse sua atenção para a mala e a etiqueta que havia ali, veria o sobrenome Park...Mas o nome atendia por Chae-Young.
De repente, ele se lembraria do esbarrão que levou no aeroporto. A menina de cabelos alaranjados que nem tinha pedido desculpas e carregava uma mala igualzinha a sua. Bom, igualzinha porque, de fato, era a sua.
- 2Miaus
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- Mensagem nº14
Re: Park Hyun Hee
Hyun Hee se sentiu mais próximo do avô pelo simples toque em seu ombro. Mas aquele momento de acolhimento durou poucos segundos já que o senhor retomou a atitude fria e distante de antes.
Ele parou no batente da porta ao escutar aquele comentário. Noiva??? Eun-Joo???
Todo o momento mágico se quebrou com aquele comentário. E o garoto fechou a cara e franziu as sobrancelhas irritado. Sempre que lhe lembravam do passado, era como se o garoto se fechasse para o mundo novamente. Ainda tinha muitas coisas que o ruivo precisava aprender a lidar.
Ele lança um olhar irritado para o avô, mas não diz nada. Ao subir as escadas, parecia que ele estava marchando para o quarto com os passos ecoando pela casa e fecha a porta com um estrondo.
Por que tinham que lhe lembrar de sua ex namorada? Ele nem se lembrava mais do rosto dela. E ele havia mudado muito com o passar do tempo, aquele jovem de 15 anos havia morrido junto com os pais naquele acidente.
- Aisshhhh.... - Ele senta na cama irritado
Depois de ler os documentos, percebe que as ações eram de apenas 22%, sendo que seus pais eram um dos acionistas principais. Provavelmente seu tio estava sendo responsável até ele atingir a maioridade. Mas o fato do seu avô ser agora seu tutor legal, colocaria a posição do tio em risco.
Sobre a matrícula da escola, ele tinha que fazer novamente o primeiro ano, já que não tinha concluído antes. Mas era a mesma escola que ele tinha estudado com o irmão e pelo seus cálculos, estaria no mesmo ano escolar.
Ou seja, teria que lidar com as mesmas pessoas que conviveu no passado, com quem ele tinha amizades e até mesmo um antigo relacionamento. Mas que agora estava tudo perdido.
Irritado ele joga os papéis na cama e sua atenção foca no telefone. A menina do outro lado da linha atendeu prontamente e disse que as malas tinham sido trocadas.
O ruivo se aproxima e olha o nome na etiqueta. E prontamente se lembra da menina que trombou nele no aeroporto e nem se desculpou.
- Então agora você decidiu ser educada?? Mas quando tromba nas pessoas nem ao menos pede desculpa. - Ele falava irritado, descontando sua raiva na menina. - Se você tivesse sido mais cuidadosa com suas coisas nada disso teria acontecido.
Ele finaliza a ligação falando para ela se encontrar com ele num shopping próximo da casa do avô. Mas antes dele avisar o secretário Lee, o ruivo se agacha e observa a mala preta com rodinhas. Mesmo que a garota pediu para não abrir, a curiosidade falava mais alto.
Hyun Hee abre o zíper e começa a mexer no conteúdo da mala.
Ele parou no batente da porta ao escutar aquele comentário. Noiva??? Eun-Joo???
Todo o momento mágico se quebrou com aquele comentário. E o garoto fechou a cara e franziu as sobrancelhas irritado. Sempre que lhe lembravam do passado, era como se o garoto se fechasse para o mundo novamente. Ainda tinha muitas coisas que o ruivo precisava aprender a lidar.
Ele lança um olhar irritado para o avô, mas não diz nada. Ao subir as escadas, parecia que ele estava marchando para o quarto com os passos ecoando pela casa e fecha a porta com um estrondo.
Por que tinham que lhe lembrar de sua ex namorada? Ele nem se lembrava mais do rosto dela. E ele havia mudado muito com o passar do tempo, aquele jovem de 15 anos havia morrido junto com os pais naquele acidente.
- Aisshhhh.... - Ele senta na cama irritado
Depois de ler os documentos, percebe que as ações eram de apenas 22%, sendo que seus pais eram um dos acionistas principais. Provavelmente seu tio estava sendo responsável até ele atingir a maioridade. Mas o fato do seu avô ser agora seu tutor legal, colocaria a posição do tio em risco.
Sobre a matrícula da escola, ele tinha que fazer novamente o primeiro ano, já que não tinha concluído antes. Mas era a mesma escola que ele tinha estudado com o irmão e pelo seus cálculos, estaria no mesmo ano escolar.
Ou seja, teria que lidar com as mesmas pessoas que conviveu no passado, com quem ele tinha amizades e até mesmo um antigo relacionamento. Mas que agora estava tudo perdido.
Irritado ele joga os papéis na cama e sua atenção foca no telefone. A menina do outro lado da linha atendeu prontamente e disse que as malas tinham sido trocadas.
O ruivo se aproxima e olha o nome na etiqueta. E prontamente se lembra da menina que trombou nele no aeroporto e nem se desculpou.
- Então agora você decidiu ser educada?? Mas quando tromba nas pessoas nem ao menos pede desculpa. - Ele falava irritado, descontando sua raiva na menina. - Se você tivesse sido mais cuidadosa com suas coisas nada disso teria acontecido.
Ele finaliza a ligação falando para ela se encontrar com ele num shopping próximo da casa do avô. Mas antes dele avisar o secretário Lee, o ruivo se agacha e observa a mala preta com rodinhas. Mesmo que a garota pediu para não abrir, a curiosidade falava mais alto.
Hyun Hee abre o zíper e começa a mexer no conteúdo da mala.
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- Mensagem nº15
Re: Park Hyun Hee
- Hm? - A garota do outro lado da linha não pareceu entender o que ele estava dizendo. Provavelmente nem se lembrava que tinha esbarrado nele ou, talvez, ele não tinha sido o único a trombar com ela naquele dia.
Porém...A forma como Hyun falava, descarregando toda raiva para cima dela logo foi absorvida pela e convertida numa explosão contra ele também.
- Escuta aqui, queridinho, você pode baixar o tom de voz pra falar comigo que eu não sou obrigada a te escutar! E quer saber?! Dane-se! - Disse, a grande desbocada. - Não vou ficar tomando sermão de desconhecido não! Passar bem!!
E desligou o telefone.
Foi uma sensação de alívio para Hyun ter descontado a raiva em alguém e essa pessoa ter se incomodado. Era quase divertido perceber que era capaz de tirar alguém do sério...manipular emoções. Mas será que aquela louca tinha mesmo desistido de suas coisas?
Claro que não. Menos de cinco segundos depois, o telefone dele tocou e, contando que ele atenderia, ela disse num tom mais meigo.
- Heheh...Mianeyo, ajosshi - Não sabia qual era a idade do homem do outro lado da linha. Então, ela tratava de modo mais educado. - Eu quero muito minha mala de volta. Prometo que não vou olhar a sua, por favooor, troque as malas, hm? hm!? Prometo que não vou abrir a sua.
Era quase possível ver uma menina fazendo aquelas carinhas fofas porque realmente queria algo em troca. Bom, pelo menos Hyun Hee tinha arranjado o que fazer para dar conta daquele tédio que o tomaria nas próximas horas se continuasse ali. Além do mais, era muito melhor ver a rua do que ficar preso naquelas paredes que pareciam tão opressoras.
O problema é que nenhum dos dois cumpria com suas palavras. Porque enquanto Hyun Hee via a mala dela, a garota já tinha revirado a mala dele toda - tinha entrado em choque quando descobriu roupas masculinas e URGH, CUECAS, ao invés de suas amadas maquiagens e roupas e perucas. Ela também encontrou o diário e atreveu-se a olhar, depois da ligação. Obviamente que ela ficou com receio de encontrá-lo, porque estava escrito ali que ele se tratava com um PSIQUIATRA. ERA UM LOUCO!! Pelo menos seria num shopping com movimento!
Já a mala da menina, bom, apesar do estilo desleixado dela, havia certa ordem ali. A mala era grande e ela tinha separado por compartimentos. Necessaires médias-grandes tinham muita, muita maquiagem. Novas, inclusives. Duas perucas - uma loira e outra rosé, fora mechas que dava para colocar e maquiagem para cabelo. Lingeries, meias que iam do infantil, como a de joaninha, até as rasgadas de caveirinha e arrastão. Roupas e mais roupas, fora um par de botas de cano alto que não cabia numa mala menor. Pensando bem, parecia bem organizada.
Num compartimento, ele também encontraria uma série de fotos polaroid. Tinha fotos dela sozinha, mas a maioria ela tava com o seu grupo de amigas. Todas as meninas eram muito bonitas, mas acima de tudo, pareciam muito felizes juntas.
Eram cerca de 6 p.m e o shopping ainda estava muito cheio. O dia também estava demorando a escurecer porque o verão tinha essa vantagem. Ainda parecia cedo, mesmo que já fosse "noite". Hyun Hee chegaria primeiro ao encontro, pelo menos até o ponto local. Porque a menina estava escondida perto do banheiro, com um óculos escuro na cara para que seu pânico e medo dele ser maluco não fosse transmitindo.
("Que ele não seja maluco, beu teus!")
Mas quando viu quem o rapaz era, quase - QUASE - deu um sorriso sacana lembrando-se das coisas que tinha visto na mala. Interessante...Mas agora precisava chegar com a confiança de um tigre. Por isso ela ajeitou-se e começou a arrastar a mala de rodinhas até onde o rapaz estava.
A garota usava um short jeans claro desfiado, uma blusa com estampa de GoT, "The North Remembers" e ela também lembrava da grosseria ao telefone, só não lembrava de ter esbarrado nele antes. A meia preta era 3/4 e, nos pés, um all star vermelho de cano médio. O cabelo tava solto e ela tinha muitos acessórios nos pulsos e nos dedos, uma verdadeira confusão.
- Park Hyun Hee? - Chamou, vestindo a capa da seguranda enquanto retirava os óculos e o encarava.
Porém...A forma como Hyun falava, descarregando toda raiva para cima dela logo foi absorvida pela e convertida numa explosão contra ele também.
- Escuta aqui, queridinho, você pode baixar o tom de voz pra falar comigo que eu não sou obrigada a te escutar! E quer saber?! Dane-se! - Disse, a grande desbocada. - Não vou ficar tomando sermão de desconhecido não! Passar bem!!
E desligou o telefone.
Foi uma sensação de alívio para Hyun ter descontado a raiva em alguém e essa pessoa ter se incomodado. Era quase divertido perceber que era capaz de tirar alguém do sério...manipular emoções. Mas será que aquela louca tinha mesmo desistido de suas coisas?
Claro que não. Menos de cinco segundos depois, o telefone dele tocou e, contando que ele atenderia, ela disse num tom mais meigo.
- Heheh...Mianeyo, ajosshi - Não sabia qual era a idade do homem do outro lado da linha. Então, ela tratava de modo mais educado. - Eu quero muito minha mala de volta. Prometo que não vou olhar a sua, por favooor, troque as malas, hm? hm!? Prometo que não vou abrir a sua.
Era quase possível ver uma menina fazendo aquelas carinhas fofas porque realmente queria algo em troca. Bom, pelo menos Hyun Hee tinha arranjado o que fazer para dar conta daquele tédio que o tomaria nas próximas horas se continuasse ali. Além do mais, era muito melhor ver a rua do que ficar preso naquelas paredes que pareciam tão opressoras.
O problema é que nenhum dos dois cumpria com suas palavras. Porque enquanto Hyun Hee via a mala dela, a garota já tinha revirado a mala dele toda - tinha entrado em choque quando descobriu roupas masculinas e URGH, CUECAS, ao invés de suas amadas maquiagens e roupas e perucas. Ela também encontrou o diário e atreveu-se a olhar, depois da ligação. Obviamente que ela ficou com receio de encontrá-lo, porque estava escrito ali que ele se tratava com um PSIQUIATRA. ERA UM LOUCO!! Pelo menos seria num shopping com movimento!
Já a mala da menina, bom, apesar do estilo desleixado dela, havia certa ordem ali. A mala era grande e ela tinha separado por compartimentos. Necessaires médias-grandes tinham muita, muita maquiagem. Novas, inclusives. Duas perucas - uma loira e outra rosé, fora mechas que dava para colocar e maquiagem para cabelo. Lingeries, meias que iam do infantil, como a de joaninha, até as rasgadas de caveirinha e arrastão. Roupas e mais roupas, fora um par de botas de cano alto que não cabia numa mala menor. Pensando bem, parecia bem organizada.
Num compartimento, ele também encontraria uma série de fotos polaroid. Tinha fotos dela sozinha, mas a maioria ela tava com o seu grupo de amigas. Todas as meninas eram muito bonitas, mas acima de tudo, pareciam muito felizes juntas.
Eram cerca de 6 p.m e o shopping ainda estava muito cheio. O dia também estava demorando a escurecer porque o verão tinha essa vantagem. Ainda parecia cedo, mesmo que já fosse "noite". Hyun Hee chegaria primeiro ao encontro, pelo menos até o ponto local. Porque a menina estava escondida perto do banheiro, com um óculos escuro na cara para que seu pânico e medo dele ser maluco não fosse transmitindo.
("Que ele não seja maluco, beu teus!")
Mas quando viu quem o rapaz era, quase - QUASE - deu um sorriso sacana lembrando-se das coisas que tinha visto na mala. Interessante...Mas agora precisava chegar com a confiança de um tigre. Por isso ela ajeitou-se e começou a arrastar a mala de rodinhas até onde o rapaz estava.
A garota usava um short jeans claro desfiado, uma blusa com estampa de GoT, "The North Remembers" e ela também lembrava da grosseria ao telefone, só não lembrava de ter esbarrado nele antes. A meia preta era 3/4 e, nos pés, um all star vermelho de cano médio. O cabelo tava solto e ela tinha muitos acessórios nos pulsos e nos dedos, uma verdadeira confusão.
- Park Hyun Hee? - Chamou, vestindo a capa da seguranda enquanto retirava os óculos e o encarava.
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- Mensagem nº16
Re: Park Hyun Hee
Hyun Hee arregala um pouco os olhos ao perceber que ela havia desligado. Ele chega a encarar o aparelho que estava em suas mãos e fica mais irritado do que antes. Nesse meio tempo ele bagunçou a mala da garota, primeiro porque sua curiosidade falou mais alto quando ela disse que ele não poderia abrir a mala. E ao ver que só tinha algumas tranqueiras como maquiagem e perucas, nem se importou de arrumar no lugar. Ele observa a foto da garota com as amigas e olha surpreso para a meias pegando duas dela nas mãos. Uma era de joaninha e a outra um estilo rockeira com caveiras. Que tipo de garota era aquela??
Quando o telefone tocou novamente. Ele já gritou em resposta, nem parou para pensar se seria a mesma pessoa de antes.
-YAA!!
A voz da garota era doce novamente e ele quase podia imagina-la fazendo aquele gesto Aegyo. Ele se ergue de repente e passa as mãos na nuca. Aquela garota tinha o dom de estressa-lo ainda mais.
- Park Chae-Young.... Chugulle? (quer morrer?) - Ele falou de um modo ríspido e explosivo - Vamos trocar logo essas malas e assim você para de me encher. Estarei as 18:00 em frente a PartspARTs, se atrase e nunca mais verá sua mala de novo. Estamos entendidos?? - Dessa vez foi ele quem desligou sem esperar a resposta da menina.
No horário marcado o ruivo estava parado em frente a famosa loja de roupa. Ele usava uma camisa preta básica em gola canoa, um colar prata e optou por passar um lápis preto nos olhos para destaca-los. Ele consulta seu relógio mais uma vez e olha para os lados impaciente, o secretário Lee estava alguns metros de distância, caso desse algum problema na troca da bagagem.
Quando escuta alguém lhe chamando, ele analisa a garota da cabeça aos pés. Ela não parecia tão emburrada quando estavam no aeroporto. Como ele era mais alto que a jovem então de algum modo, isso parecia intimida-lá, Hyun Hee puxou a bagagem para a frente dos dois e apoiou seu cotovelo na alça levantada, assim ele tinha reduzido a altura e se aproximado bastante do rosto da menina. De alguma maneira essa menina o intrigava e ele gostava de provoca-lá, então ele inclina um pouco o rosto para o lado e diz num tom de voz rouco.
- Como combinado sua mala está aqui. Espero que você tenha cumprido sua palavra e não mexeu nas minhas coisas...
Assim que a menina lhe devolver sua mala, Hyun Hee desencostaria da mala dela e empurraria em direção a jovem e iria conferir se sua bagagem não tinha nenhum dano externo. Então depois de tudo resolvido, ele pegaria sua mala e caminharia em direção ao Lee. Mas antes de se afastar muito da jovem, ele faz um gesto com os dedos, enquanto caminhava numa direção contraria a dela.
- Até mais....Joaninha!!
Se afastando da jovem, Hyun Hee pediria para o secretário o acompanhar em algumas lojas e encomendaria algumas roupas de grife masculina. As roupas seriam num estilo social, mas nem todas eram discretas como seu avô gostaria que fosse. Por exemplo, encomendou um terno sob medida da cor vinho. Nem se preocupou com o valor gasto, já que estava usando o cartão que seu avô tinha lhe dado.
No caminho de casa, ele pediria para o secretário parar numa concessionária e escolheria sua moto. Mesmo que ele ainda não tivesse a habilitação e nem a aprovação do seu avô, não queria dizer que não poderia compra-lá agora.
Quando o telefone tocou novamente. Ele já gritou em resposta, nem parou para pensar se seria a mesma pessoa de antes.
-YAA!!
A voz da garota era doce novamente e ele quase podia imagina-la fazendo aquele gesto Aegyo. Ele se ergue de repente e passa as mãos na nuca. Aquela garota tinha o dom de estressa-lo ainda mais.
- Park Chae-Young.... Chugulle? (quer morrer?) - Ele falou de um modo ríspido e explosivo - Vamos trocar logo essas malas e assim você para de me encher. Estarei as 18:00 em frente a PartspARTs, se atrase e nunca mais verá sua mala de novo. Estamos entendidos?? - Dessa vez foi ele quem desligou sem esperar a resposta da menina.
No horário marcado o ruivo estava parado em frente a famosa loja de roupa. Ele usava uma camisa preta básica em gola canoa, um colar prata e optou por passar um lápis preto nos olhos para destaca-los. Ele consulta seu relógio mais uma vez e olha para os lados impaciente, o secretário Lee estava alguns metros de distância, caso desse algum problema na troca da bagagem.
Quando escuta alguém lhe chamando, ele analisa a garota da cabeça aos pés. Ela não parecia tão emburrada quando estavam no aeroporto. Como ele era mais alto que a jovem então de algum modo, isso parecia intimida-lá, Hyun Hee puxou a bagagem para a frente dos dois e apoiou seu cotovelo na alça levantada, assim ele tinha reduzido a altura e se aproximado bastante do rosto da menina. De alguma maneira essa menina o intrigava e ele gostava de provoca-lá, então ele inclina um pouco o rosto para o lado e diz num tom de voz rouco.
- Como combinado sua mala está aqui. Espero que você tenha cumprido sua palavra e não mexeu nas minhas coisas...
Assim que a menina lhe devolver sua mala, Hyun Hee desencostaria da mala dela e empurraria em direção a jovem e iria conferir se sua bagagem não tinha nenhum dano externo. Então depois de tudo resolvido, ele pegaria sua mala e caminharia em direção ao Lee. Mas antes de se afastar muito da jovem, ele faz um gesto com os dedos, enquanto caminhava numa direção contraria a dela.
- Até mais....Joaninha!!
Se afastando da jovem, Hyun Hee pediria para o secretário o acompanhar em algumas lojas e encomendaria algumas roupas de grife masculina. As roupas seriam num estilo social, mas nem todas eram discretas como seu avô gostaria que fosse. Por exemplo, encomendou um terno sob medida da cor vinho. Nem se preocupou com o valor gasto, já que estava usando o cartão que seu avô tinha lhe dado.
No caminho de casa, ele pediria para o secretário parar numa concessionária e escolheria sua moto. Mesmo que ele ainda não tivesse a habilitação e nem a aprovação do seu avô, não queria dizer que não poderia compra-lá agora.