23 de nightal de 1367 – Noroeste de Cormanthor, Terra dos Vales Ainda havia brasas ardendo entre o que restara dos corpos e madeira. A neve sob a pira estava coberta de cinzas e, onde Barruluck e os outros orcs caminharam, as botas deixaram um rastro de aspecto sujo e desagradável. Sete corpos, sete irmãos e irmãs que, assim como os três que sobreviveram, deixaram as cavernas das Montanhas da Boca do Deserto para dedicarem suas vidas à outro propósito que a conquista de outros povos. Druidas e rangers, os orcs escolheram desafiar a própria natureza para proteger o mundo natural, e alguns pagaram o preço final por isso. O ataque veio de repente. Um grupo de vinte orcs comandados por Kruarg, um antigo conhecido do pouco usual círculo druidico. Alguns companheiros morreram sem saber quem os atacava ou o motivo e, se não fossem pelas magias dos druidas, ninguém teria sobrevivido para poder honrar os caídos. "Traídor" foi a palavra que Barruluck mais ouviu quando decidiu deixar as cavernas e vir para Cormanthor, e por causa disso Kruarg e os outros orcs tinham vindo para matar todos eles. Se os que conseguiram escapar sobreviverem ao inverno, com certeza voltarão com mais força. Apesar do inverno estar chegando ao seu ápice, não havia neve. Apenas uma brisa fria que vinha do norte e do leste, do Mar das Estrelas Cadentes, o que fez as chamas da pira dançarem sem saber ao certo para onde ir. Sugha, uma orc com quase trinta anos, foi a primeira a se afastar das cinzas, procurando algo para fazer uma fogueira. Logo anoiteceria. - Não tem comida. Qog tava indo caçar quando Kruarg chegou - a voz rouca de Sugha vacilou por um instante. Alta e forte, a pele esverdeada estava quase totalmente coberta de peles. Os olhos castanhos de Sugha estavam distantes, levados para longe pela tristeza que ela sentia. Barruluck e os outros sabiam que Qog era mais do que um amigo para Qog. - Eu vou - Kagan foi o único ranger que permaneceu vivo. Ele é mais velho, um dos mais experientes entre os vivos e os mortos. Magro para um orc, grande para um humano, ele é mais um filho dos inúmeros ataques às vilas da região. Kagan herdou a pele de tom rosado da mãe humana, mas ela também tem o tom amarronzado do pai. Os cabelo do ranger eram lisos e esverdeados, com poucos fios brancos surgindo perto das têmporas, e seus olhos, completamente humanos, eram azuis, mas o nariz era achatado como o de alguns orcs. O ranger vestia suas roupas usuais, botas de couro forradas por dentro com peles, um colete e calças de couro, com apenas um manto grosso e escuro de lã para se proteger do frio - É melhor mudarmos o acampamento de lugar. Sugha concordou acenando a cabeça e olhou para Vorgarag, o druida mais experiente ali. Foi ele quem trouxe Barruluck para o grupo e o ensinou boa parte do que o druida sabe hoje. Todos os seus cabelos grossos já abandonaram o preto, assumindo uma diversidade de tons de cinza. Rugas surgiam por baixo de seus olhos, cruzando a testa e dos dois lados da boca, e os olhos amarelos transmitiam tanto sabedoria quanto cansaço. O corpo outrora forte do orc começava a se tornar flácido, e agora estava encondido sobre um manto branco e cinza feito com pele de lobo, decorado com penas e guizos. - De fato - a voz de Vorgarag era profunda - Faremos isso enquanto você caça. Depois você procura lenha Sugha e Barruluck pode te ajudar, isso é mais importante agora. Os outros dois concordaram em silêncio, e Kagan partiu imediatamente. Sugha começou a caminhar para onde o grupo estava acampado, e logo Vorgarag a seguiu com passos vagarosos. |
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- Mensagem nº1
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- Mensagem nº2
Re: Despedidas e Apresentações
Barruluck observava toda a destruição, sangue e corpos no chão, as palavras de traidor e as ameaças agora se concretizavam, a intolerância de seus irmãos ao chamado da natureza que recaiu sobre ele e seu grupo resultou numa tragédia.
O jovem Orc, tinha uma expressão nada boa em sua face, ódio e revolta era o que estava tomando conta de seu corpo, porém, seu "topor" foi quebrado pelas palavras de Sugha sobre a falta de comida e o perceptível vacilo em sua voz. A orca estava emocionada, mas como Orc que era não costumava demonstrar isso.
Então Kagan se pronunciou, oferecendo-se para caçar, ninguém melhor que o Ranger pra isso. E além disso, ele sugeriu uma mudança de acampamento, essa sem dúvida era uma ideia que Barruluck iria expor, mas agora ja foi exposta. No fim, Vorgarag o velho orc que Barruluck considerava um pai deu seu veredito para a mudança.
-Não podemos nos mudar para um local muito próximo daqui! Uma nova tentativa e eles não teriam muita dificuldade em nos encontrar.
Sei das dificuldades, mas devemos nos mudar para mais próximo do Vale e buscar um contato menos isolados com eles, além de convence-los que não somos ameaça.
A voz de Barruluck soa retumbante e forte.
-Além disso, não podemos deixar as coisas assim, Kruag merece uma resposta a altura!
Era visível a revolta e raiva de Barruluck e isso, somado a seu coração jovem e disposto pode causar faíscas e talvez até pensamentos fora da razão. Ele desejava atacar Kruag, mas como? Em seu covil com outros orcs? exterminar sua própria raça? Nada disso tinha passado ainda a sua mente enquanto essa porira não baixasse.
O jovem Orc, tinha uma expressão nada boa em sua face, ódio e revolta era o que estava tomando conta de seu corpo, porém, seu "topor" foi quebrado pelas palavras de Sugha sobre a falta de comida e o perceptível vacilo em sua voz. A orca estava emocionada, mas como Orc que era não costumava demonstrar isso.
Então Kagan se pronunciou, oferecendo-se para caçar, ninguém melhor que o Ranger pra isso. E além disso, ele sugeriu uma mudança de acampamento, essa sem dúvida era uma ideia que Barruluck iria expor, mas agora ja foi exposta. No fim, Vorgarag o velho orc que Barruluck considerava um pai deu seu veredito para a mudança.
-Não podemos nos mudar para um local muito próximo daqui! Uma nova tentativa e eles não teriam muita dificuldade em nos encontrar.
Sei das dificuldades, mas devemos nos mudar para mais próximo do Vale e buscar um contato menos isolados com eles, além de convence-los que não somos ameaça.
A voz de Barruluck soa retumbante e forte.
-Além disso, não podemos deixar as coisas assim, Kruag merece uma resposta a altura!
Era visível a revolta e raiva de Barruluck e isso, somado a seu coração jovem e disposto pode causar faíscas e talvez até pensamentos fora da razão. Ele desejava atacar Kruag, mas como? Em seu covil com outros orcs? exterminar sua própria raça? Nada disso tinha passado ainda a sua mente enquanto essa porira não baixasse.
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- Mensagem nº3
Re: Despedidas e Apresentações
Kagan se arrumava para caçar, pegando seu arco, a aljava e a sua fiel adaga, e não partiu antes de Vorgarag concluir o que dizia. O ranger era ao mesmo tempo impulsivo e racional, então provavelmente ele concordava que Kruarg merecia uma visita, mas sabia que apenas eles não conseguiriam concluir a missão. Ainda havia o fato de que Vorgarag estava velho. Ele era um druida com certo poder, mas pouco poderia fazer se alguns orcs o cercassem.
– Volto para cá depois que encontrar comida – Kagan olhava para todos, mas sempre se demorava mais no velho druida – Eu 'tou cansado, mas acredito que a gente tem que mudar o acampamento ainda hoje. Kruarg pode voltar durante a noite.
Sem esperar resposta, o ranger sumiu entre as árvores e Sugha começou a juntar o que precisava, para depois guardar tudo nas bolsas. Houve um longo silêncio. A druida não tinha o que dizer, aparentemente mergulhada no próprio luto, e Vorgarag havia se sentado sobre o toco de uma árvore que deve ter sido cortada a muito tempo. O druida não olhava para nada e Barruluck sabia que Vorgarag estava pensando. Era melhor não dizer nada agora, o velho druida era teimoso e sempre começava um assunto que julgava mais importante que o resto quando tinha terminado de divagar. Barruluck não tinha muito o que fazer além de ajudar Sugha. Depois de quase dez minutos, Vorgarag quebrou o silêncio.
– Nós não devemos retribuir o ataque de Kruag – Vorgarag dizia as palavras com severidade, apesar de não estar alterado de forma alguma – Não é nossa prioridade e não temos como atacar; somos quatro contra toda a tribo. Mas existe sabedoria nas palavras que você disse antes, Barruluck. Não podemos ser ingênuos e pensar que as pessoas do Vale das Sombras nos aceitarão sem provas de que queremos apenas viver em paz, mas nós devemos nos aproximar do povo de lá e estabelecer um acampamento fixo – O velho bateu o cajado no chão e se ergueu com um impulso, apesar disso não ter sido algo exatamente rápido de se ver – Sim, isso pode ser muito bom. Teremos proteção, já que os guerreiros da tribo nunca chegam tão perto da vila, e talvez a gente consiga viver em paz.
– Volto para cá depois que encontrar comida – Kagan olhava para todos, mas sempre se demorava mais no velho druida – Eu 'tou cansado, mas acredito que a gente tem que mudar o acampamento ainda hoje. Kruarg pode voltar durante a noite.
Sem esperar resposta, o ranger sumiu entre as árvores e Sugha começou a juntar o que precisava, para depois guardar tudo nas bolsas. Houve um longo silêncio. A druida não tinha o que dizer, aparentemente mergulhada no próprio luto, e Vorgarag havia se sentado sobre o toco de uma árvore que deve ter sido cortada a muito tempo. O druida não olhava para nada e Barruluck sabia que Vorgarag estava pensando. Era melhor não dizer nada agora, o velho druida era teimoso e sempre começava um assunto que julgava mais importante que o resto quando tinha terminado de divagar. Barruluck não tinha muito o que fazer além de ajudar Sugha. Depois de quase dez minutos, Vorgarag quebrou o silêncio.
– Nós não devemos retribuir o ataque de Kruag – Vorgarag dizia as palavras com severidade, apesar de não estar alterado de forma alguma – Não é nossa prioridade e não temos como atacar; somos quatro contra toda a tribo. Mas existe sabedoria nas palavras que você disse antes, Barruluck. Não podemos ser ingênuos e pensar que as pessoas do Vale das Sombras nos aceitarão sem provas de que queremos apenas viver em paz, mas nós devemos nos aproximar do povo de lá e estabelecer um acampamento fixo – O velho bateu o cajado no chão e se ergueu com um impulso, apesar disso não ter sido algo exatamente rápido de se ver – Sim, isso pode ser muito bom. Teremos proteção, já que os guerreiros da tribo nunca chegam tão perto da vila, e talvez a gente consiga viver em paz.
- Sandinus
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- Mensagem nº4
Re: Despedidas e Apresentações
Barruluck ouve as palavras do Ranger e do Velho Orc e basicamente todos concordaram em se mudar e de preferência para os arredores mais próximo do Vale das Sombras. Ele ajudava Sugha a recolher as coisas e logo que estivessem prontos iriam partir.
O jovem orc observa Vorgarag atento e logo após suas palavras o indaga:
-Pensando por este lado, você está certo, não podemos ataca-los, porém, isso não vai ficar assim... Darei um jeito de respondê-lo!
Para onde devemos
O druida respira fundo tentando se acalmar e logo se pronuncia com o tom de voz mais ameno:
-Conhece algum lugar onde podemos ter essa segurança nos arredores do vale? O que faremos primeiro, devemos ir até lá e justificar nossa passagem ou simplesmente ir?
Enquanto falava, Vargh, seu rato atroz escalava suas vestes e se dependurava em seu ombro olhando também para o velho druida curioso, até parecia que ele entendia algo. Barruluck começou então a acariciar seu companheiro animal enquanto conversava com os demais. Enquanto aguardava a resposta ele olha para os lados:
-Devemos ir agora ou esperar o Kagan? Eu acho que ele não terá dificuldades em nos rastrear...podemos ir andando, esse ambiente aqui não me agrada nem um pouco, ainda mais depois de tudo isso. A única coisa que sinto aqui é ódio...
O jovem orc observa Vorgarag atento e logo após suas palavras o indaga:
-Pensando por este lado, você está certo, não podemos ataca-los, porém, isso não vai ficar assim... Darei um jeito de respondê-lo!
Para onde devemos
O druida respira fundo tentando se acalmar e logo se pronuncia com o tom de voz mais ameno:
-Conhece algum lugar onde podemos ter essa segurança nos arredores do vale? O que faremos primeiro, devemos ir até lá e justificar nossa passagem ou simplesmente ir?
Enquanto falava, Vargh, seu rato atroz escalava suas vestes e se dependurava em seu ombro olhando também para o velho druida curioso, até parecia que ele entendia algo. Barruluck começou então a acariciar seu companheiro animal enquanto conversava com os demais. Enquanto aguardava a resposta ele olha para os lados:
-Devemos ir agora ou esperar o Kagan? Eu acho que ele não terá dificuldades em nos rastrear...podemos ir andando, esse ambiente aqui não me agrada nem um pouco, ainda mais depois de tudo isso. A única coisa que sinto aqui é ódio...
- Soviet
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- Mensagem nº5
Re: Despedidas e Apresentações
- A vingança jamais será cabal, Barruluck. Defenda-se de um ataque, mas nunca inicie um conflito -
Vorgarag sempre tinha a fala calma, e o tom de voz grave tornava cada fala do velho druida algo quase solene. Sugha e Barruluck terminaram de juntar os pertences do agora reduzido grupo, e a orc tinha os olhos caídos e a cabeça baixa, mas gemeu quando ouviu as palavras de Vorgarag; os dois só não souberam se em aprovação ou o contrário. Aparentemente não se atentando à druida, Vorgarag continua respondendo às dúvidas de seu pupilo.
- Existe um bosque que foi habitado por druidas até poucos anos atrás. Deverá ser um bom lugar para nós - O velho druida começou a andar na direção da pira - Nos apresentaremos às autoridades do Vale das Sombras e diremos que não queremos nada além de paz. Vocês entendem que a infâmia de nossa espécie nos precede de muitos séculos, e devemos estar prontos para fazer o que eles requisitarem para ter certeza de nossas palavras. Isso não me agrada, mas pouca coisa o fez na minha vida - Vorgarag estendia a mão livre para sentir o resto de calor que vinha das brasas que queimaram os corpos de seus irmãos e ficou longos segundos assim. Com um suspiro, o velho continuou - Vamos esperar Kagan retornar. Concordo que seria fácil para ele nos encontrar, mas não devemos nos separar e correr riscos à toa. Partiremos depois de comer.
Sugha tinha sentando sob uma árvore alta e se coberto com um grosso cobertor de peles. Vorgarag olhou para ela, lhe cedendo um sorriso triste, e então se voltou para Barruluck.
- Você se arrepende de suas escolhas e das consequências delas, filho?
Vorgarag sempre tinha a fala calma, e o tom de voz grave tornava cada fala do velho druida algo quase solene. Sugha e Barruluck terminaram de juntar os pertences do agora reduzido grupo, e a orc tinha os olhos caídos e a cabeça baixa, mas gemeu quando ouviu as palavras de Vorgarag; os dois só não souberam se em aprovação ou o contrário. Aparentemente não se atentando à druida, Vorgarag continua respondendo às dúvidas de seu pupilo.
- Existe um bosque que foi habitado por druidas até poucos anos atrás. Deverá ser um bom lugar para nós - O velho druida começou a andar na direção da pira - Nos apresentaremos às autoridades do Vale das Sombras e diremos que não queremos nada além de paz. Vocês entendem que a infâmia de nossa espécie nos precede de muitos séculos, e devemos estar prontos para fazer o que eles requisitarem para ter certeza de nossas palavras. Isso não me agrada, mas pouca coisa o fez na minha vida - Vorgarag estendia a mão livre para sentir o resto de calor que vinha das brasas que queimaram os corpos de seus irmãos e ficou longos segundos assim. Com um suspiro, o velho continuou - Vamos esperar Kagan retornar. Concordo que seria fácil para ele nos encontrar, mas não devemos nos separar e correr riscos à toa. Partiremos depois de comer.
Sugha tinha sentando sob uma árvore alta e se coberto com um grosso cobertor de peles. Vorgarag olhou para ela, lhe cedendo um sorriso triste, e então se voltou para Barruluck.
- Você se arrepende de suas escolhas e das consequências delas, filho?
- Sandinus
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- Mensagem nº6
Re: Despedidas e Apresentações
- A vingança jamais será cabal, Barruluck. Defenda-se de um ataque, mas nunca inicie um conflito -
-É....talvez eu esteja falando tomado pela raiva e atitudes de cabeça quente nunca geram boas coisas...
Barruluck se aproxima da Pira e também estende sua mão para se aquecer enquanto observava Sugha com certo pesar e em seguida voltava sua atenção para ouvir as palavras do velho orc sobre como proceder com o vale. Ele fala sobre um local que já foi habitado por druidas e sugere que eles se apresentem as autoridades do vale.
-Concordo quanto a isso, e se for para termos paz, que tenhamos que nos submeter as exigências deles, que seja.
As palavras de Barruluck soavam objetivas, ele era pratico para solucionar as coisas. Então o velho retoma a palavra:
-Você se arrepende de suas escolhas e das consequências delas, filho?
-Me arrepender!? jamais, a natureza nos chamou e contra a nossa própria natureza comum para a raça, viemos até aqui cumprir o chamado dela. Nós temos uma vantagem Vorgarag, temos sabedoria para entender as coisas e transcender o comportamento brutal e bestial de nossa raça. Infelizmente, a grande maioria não enxergou isso e se comportam dessa forma.
O druida voltou a acariciar seu Rato enquanto aguardava alguém acrescentar algo.
- Soviet
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- Mensagem nº7
Re: Despedidas e Apresentações
Vorgarag começou a sorrir enquanto Barruluck lhe respondia. Um sorriso cansado, mas que transparecia contentamento.
–Fico feliz com sua resposta, não existe lugar para arrependimento neste mundo – O velho druida começou a andar de volta para onde estava sentado – Mas as consequências de nossas ações trouxeram morte. Não a natural, a que esperamos – Vorgarag susperou. Um longo e profundo suspiro cheio de tristeza – Porém, eu também não me arrependo da nossa escolha. Só podemos esperar que um dia nossa raça enxergue que não há um bom futuro no modo de vida que dos orcs, mas vivemos assim desde que chegamos neste mundo e nosso maior deus prega a violência... Um dia nós nos libertaremos e esta será uma época de renascimento para os orcs.
Vorgarag não tinha mais nada para falar e Sugha sequer tentou dizer algo. Não havia mais nada a se falar, e os três esperaram o retorno de Kagan em silêncio, falando apenas o necessário, sem conseguir manter longas conversas. Sugha e Barruluck, depois de algum tempo, foram procurar madeira para a fogueira, e o ranger demorou cerca de meia hora depois dos dois voltarem. Kagan não demorou mais do que uma hora e chegou com um grande veado nas costas, carne suficiente para muitos dias, e havia um grande saco de batatas que eles trouxeram da tribo. Era o suficiente para comerem agora e se manterem durante a viagem até o Vale das Sombras.
Enquanto comiam, Vorgarag contou para o ranger o lugar que eles pensaram para o grupo se mudar, e Kagan achou uma boa escolha. O resto do jantar foi em silêncio, apenas com os sons da floresta ao fundo. Os quatro partiram após limparam o espaço em que ficaram. Selûne era sorriso no céu da noite, em quarto crescente, apenas a alguns dias se estar totalmente visivel. A marcha do grupo era constade, mas arrastada e quieta, um ritmo que parecia evidenciar o sentimento latente em todos eles. Era possível ouvir corujas, lobos, insetos e demais animais noturnos de Cormanthor, as folhas das árvores farfalhando e os grossos troncos gemendo ao irem de um lado para o outro sob o vento, que trazia consigo o frio, impiedosamente. Barruluck se arrependeu por não ter trazido suas peles, elas faziam falta agora. O vento cortava a carne do druida, que tremia conforme andava, o ar que saia da boca do orc se condensando à sua frente. Os pés de Barruluck afundavam na neve, às vezes quase até a altura da canela, e ficaria difícil manter o ritmo com os pés gelados. Não anoitecera a tanto tempo, esfriaria ainda mais. Os druidas e Kagan já caminhavam por quase duas horas, quando o ranger gritou para todos pararem.
– Vorgarag não está aguentando caminhar. Precisamos descansar. Um pouco, pelo menos – O ranger se antecipara à uma possível recusa, mas se surpreendeu, pois o velho druida concordou com a parada.
– Minhas pernas... O frio... – Vorgarag arfava, exausto tanto pelo frio quanto pelo cansaço – Eu pensei que conseguiria me sair bem fora das cavernas, mas aqui tudo é mais longe do que o que estou acostumado – o velho riu, e o riso em uma breve gargalhada – Que maldição maior que a velhice os deuses poderiam colocar sobre nós? Creio que precisarei de uns instantes para me recuperar.
Kagan, sempre pragmático, já tinha colocado as coisas que carregava no chão, dizendo que procuraria madeira seca assim que Vorgarag terminou de falar. "Procurem um bom lugar para fazermos uma fogueira", o ranger disse antes sumiu na floresta.
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- Mensagem nº8
Re: Despedidas e Apresentações
O frio era terrível, Barruluck não trouxe suas peles, o que complicaria consideravelmente, a cada passo a dificuldade aumentava, ele teria que utilizar-se de suas habilidades para resistir aquela situação, uma migração naquela época era uma migração complicada, porém, a preocupação do orc era com o velho Orc Vorgarag. Sua idade sem dúvida exigiria bem mais esforço de seu fragilizado corpo para suportar essa travessia.
Barruluck se aproxima de Vorgarag meio que em apoio, segura um dos braços do orc e suas costas e o ajuda a se apoiar em alguma coisa ou até sentar. Mas sem dúvidas era provável que Barruluck também precisasse descansar.
-Sente-se meu velho, eu lhe ajudo, vamos descansar um pouco sim, Sugha eu cuido dele procure um bom lugar para essa fogueira.
Barruluck senta Vorgaragh num troco próximo e fica encostado no velho p esquenta-lo do outro lado Vargh seu Rato atroz fazia o mesmo, eles buscavam aquecer Vorgaragh. Enquanto os outros não chegavam.
– Vorgarag não está aguentando caminhar. Precisamos descansar. Um pouco, pelo menos...
Barruluck se aproxima de Vorgarag meio que em apoio, segura um dos braços do orc e suas costas e o ajuda a se apoiar em alguma coisa ou até sentar. Mas sem dúvidas era provável que Barruluck também precisasse descansar.
– Minhas pernas... O frio... – Vorgarag arfava, exausto tanto pelo frio quanto pelo cansaço – Eu pensei que conseguiria me sair bem fora das cavernas, mas aqui tudo é mais longe do que o que estou acostumado – o velho riu, e o riso em uma breve gargalhada – Que maldição maior que a velhice os deuses poderiam colocar sobre nós? Creio que precisarei de uns instantes para me recuperar.
-Sente-se meu velho, eu lhe ajudo, vamos descansar um pouco sim, Sugha eu cuido dele procure um bom lugar para essa fogueira.
Barruluck senta Vorgaragh num troco próximo e fica encostado no velho p esquenta-lo do outro lado Vargh seu Rato atroz fazia o mesmo, eles buscavam aquecer Vorgaragh. Enquanto os outros não chegavam.