DanLeonardi

a enfermeira está no fim do corredor na frente do balcão da enfermagem conversando com um policial que olha para você na porta e puxa o rádio do bolso

Ao ver essa cena uma dúvida vem à tona.

- Será que devo fugir daqui, ou devo esperar pelo pior...

-  Oras... Eu preciso de explicações! Não vou tentar nada que me comprometa. Já estão me tratando como um ser de outro mundo.

Caminho com até meu leito e novamente pego a prancheta e leio:
"...agitado veio pela emergência (SAMU) sem consciência com febre 40 graus, confuso e violento, teve que ser contido..."

- "Confuso e violento". Este definitivamente não sou eu.

- Preciso de explicações.

Espero até  a chegada do guarda.

2 guardas seguidos pela enfermeira chegam até a sua porta enquanto você está lendo a sua prancheta.
Embora você esteja desarmado eles mantem as pistolas sacadas e apontadas ao chão próximo de seu pé

-Deite na cama, e mantenha as mãos visíveis - um deles fala imperativamente depois em uma voz mais contida - por favor
ele se desloca para perto do pé da cama

-Qual seu nome e sua nacionalidade?

enquanto o outro vem te revistar pelo outro lado da cama mantendo um angulo de 90 graus com relação ao seu companheiro

algumas enfermeiras se expremem na porta do quarto

Faço exatamente o que o segurança me pediu. Deito-me a maca e digo:

- Meu nome é Roney... Roney Hoffman senhor.
E é só o que sei.

- Ficaria grato se alguém pudesse me dar qualquer outra informação, qualquer outra que não esteja nessa prancheta.

Aponto com a cabeça em direção ao objeto.

- Ou mesmo complementar algumas que estão ali. Como por exemplo, o fato de eu vir parar aqui com uma SAMU e "estar violento".

-Você será informado de tudo isso rapaz, fique calmo e deite na cama... 
nisso 2 outros policiais entram no quarto, ambos com a mão no coldre
...que eu irei prendê-lo para sua própria segurança! O médico irá falar com você