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    Mensagem por Colz Seg Fev 12, 2018 1:18 am


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    The Palm – 1100 S Flower St, – Los Angeles, CA (1.42 pm)


    Dominado pela urgência, o garçom leva duas taças de vinho à mesa cinco. Tinha mais de quinze mesas para atender naquele horário pós-almoço, e não podia perder muito tempo com um só cliente. Permitia-se, entretanto, dar uma segunda olhada à mulher que conversava com um rapaz que, apesar do ar jovial, aparentava ser velho demais para ela. Em sua cabeça, já pensou em algumas possibilidades para aquele encontro: uma atriz em ascensão buscando por um bom empresário; um par de executivos debatendo algo que jamais conheceria ou sequer se importava conhecer; uma agente imobiliária fechando negócio com um novo rico; ou uma estrela pornô acertando os detalhes de seu próximo cachê – como será que calculavam isso. aliás? Pelo número de membros que a penetravam? O homem identificado como Joseph em uma plaqueta dourada presa à região superior do torso ri com a própria conclusão, mas faz questão de omitir isso. Por que não pensara na possibilidade de um casal celebrando seu amor? É simples: não existe amor em Los Angeles.
    Joseph entrega a taça pela direita da mesa, como já era de praxe. Na tentativa de não olhar diretamente para os clientes, acaba por fixar os olhos na saia de couro que a mulher usava. Com receio da impressão que aquilo poderia causar, volta a face para o rosto da mulher, pronto para oferecer um sorriso convidativo. Ela, porém, já estava armada com um sorriso para contra-atacá-lo; um sorriso gélido, maldoso e tão belo quanto o escarlate do sangue humano em contato com a superfície prateada de um punhal. Joseph, que do caminho do bar até a mesa pensara em aproximadamente cem palavras por minuto, agora se via sem elas. Sem a capacidade de sequer cumprimentar os clientes ou agradecer pela preferência, decide se retirar com um breve aceno de cabeça. O suor frio que corre por sua testa só é limpo com o auxílio da mão direita quando está a alguns metros de distância da mesa.

    – Espero ter sido clara sobre a importância de sua missão, senhor Dante.

    Nahama observa a taça com olhos vorazes, como um caçador encara a presa antes do bote. Aproxima o cristal do rosto, balança-o como quem embala um bebê prestes a dormir e o inclina na direção da boca. O vinho passa por sua língua e dentes, invadindo por fim sua garganta. O gosto quente invade suas papilas gustativas e a faz sorrir. De olhos fechados, ela aprecia o sabor adstringente e levemente adocicado do vinho como se estivesse sozinha e não precisasse de qualquer traquejo social para manter seu companheiro à vontade.

    – Os detalhes serão enviados posteriormente, mas, em suma, é isso. – Nahama aproxima a mão esquerda, que estava livre, do braço de Dante. Cruza as pernas vagarosamente e mantém estampado em seu rosto o sorriso causado pelo vinho. – Com seu charme e eficiência, temos a garantia de que não haverá falhas.

    Ela inclina as costas para frente, repousando o cotovelo esquerdo na mesa e posicionando a taça de vinho ao lado do rosto. O sorriso desaparece, dando lugar à uma face inexpressiva.

    – Permita-me reformular: não permitirei falhas.

    Nahama sequer dá tempo para Dante formular alguma resposta, ou quem sabe questionar e sugerir uma estratégia mais apropriada. Deixa a taça com o vinho inacabado sobre a mesa, levanta-se e, com a bolsa já nos ombros, segue até a saída do The Palm. O trajeto feito por ela é inundado por um perfume doce – perfume este que é rapidamente sentido por Joseph. Os pelos de sua nuca arrepiam instantaneamente e, levemente nauseado, precisa se segurar na bancada do bar para não tropeçar nos próprios pés. O ruído oco ocasionado pelo atrito entre o chão de mármore e o salto da bota de Nahama repercute pelo salão, fazendo com que os presentes a observem sair. Triunfante, encaixa os óculos escuros no rosto, gira a cabeça noventa graus para trás e, sobre os ombros, direciona um sorriso tímido e sem dentes à Dante, que fica sem opção alguma a não ser fazer exatamente o que lhe foi ordenado.



    Jogarão nesse tópico os seguintes players, exatamente nessa ordem:

    @Raijecki
    @DanyGSouza, utilizando a personagem Megan na ausência da "Lightning", que formalizou sua saída no dia 16/02.

    Já foram encaminhadas MPs para ambos com detalhes do que devem apresentar no turno inicial. A partir de agora, o jogo será desenvolvido por ambos e só terá intervenção do mestre caso haja necessidade. No caso de dúvidas, entrar em contato via MP, whatsapp ou no tópico de dúvidas, clicando aqui. Bom jogo e bom divertimento!
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    Mensagem por Raijecki Qui Fev 15, 2018 1:32 am



    “Considere a sua origem. Não foste formado para viver como os brutos,
    mas para seguir a virtude e o conhecimento.”


    A Divina Comédia, Dante Alighieri.






    [!ON!] Armadilha DVNkc-0U0AApQGc


    Blue Sky Club – 999 Rodeo Drive, Beverly Hills – Los Angeles, CA (8.00 am)



    Apesar já serem umas boas 8h da manhã, o clube Blue Sky ainda funcionava ativamente, afinal de contas haviam aqueles que só podiam usufruir dos serviços ali prestados de dia, outros somente a noite, e assim funciona este estabelecimento, sempre a disposição de quem podia pagar por isso, sendo em dinheiro, ou talvez de outras formas. Os seguranças, do tipo brutamontes misturados com homens de preto, se esforçavam para conter a enorme fila, e também dar passagem para que o excelentíssimo proprietário conseguisse adentrar, após estacionar bem em frente, em uma vaga exclusiva, seu Rolls Royce Phantom II, fabricado em 1930, e obviamente na cor preta com detalhes cromados.

    [!ON!] Armadilha Rolls-10

    Se fosse para descrever o Sr. Dante Morelli em uma única palavra, com certeza seria estiloso. Vestindo um terno negro e brilhoso, caminhou por uma improvisada passagem entre as pessoas feita com muito esforço por seus seguranças, e antes de entrar deu um leve tapa no ombro de um deles e disse, os elogiando:

    - Muito bem rapazes, continuem assim.

    Logo na entrada havia um corredor que levava a uma recepção eletrônica, onde era digitado um número de 1 a 5, que quando feito, fazia um dos vários elevadores que levavam até um dos 5 andares do edifício serem liberados por sua preferência, cada andar era de um gosto e estilo diferente. Dante não iria a nenhum destes, tinha de trabalhar é claro, e para isso detinha de seu próprio andar privado. Colocou sua digital no leitor biométrico e no visor acima da porta do elevador surgiu o número zero, onde Dante entrou. O andar Zero ficava abaixo da terra, quase como se fosse um bunker. Quando a porta se abriu, sua nova secretária, a Senhorita Elizabeth Layton vinha o cumprimentar:

    - Bom dia Senhor Morelli, aqui está o seu café.

    Dante pegou o copo plástico marrom com uma tampa branca que continha a descrição “Capuccino extra-forte”, e a agradeceu acenando com a cabeça antes de seguir reto, em direção ao seu escritório.

    - Obrigado querida, ligações?

    Ela o acompanhava pelo claro corredor, e o respondia com seu sotaque inglês, tímida com a cabeça baixa.

    - Sim, meu senhor, várias aliás, uma era de uma menininha que se dizia sua amiga, achei estranho, mas...

    - Ah! Não se preocupe, já sei de quem se refere, mais alguma coisa?

    - Não senhor, por enquanto apenas isso.

    Chegavam ao final do corredor, onde ficava uma mesa, e logo atrás uma porta de aço.

    - Muito bem, caso venha a acontecer algo, o que sempre acontece, pode me chamar pelo telefone.

    - Sim senhor, pode deixar.

    Dante lançou um sorriso simpático para sua funcionária, recebendo outro, ele sempre recebia, antes de ativar novamente o leitor biométrico e adentrar seu escritório. Não era menos opulento do que o resto do lugar, apesar de ser um pouco diferente, mais, digamos, aconchegante. Seu chão, em vez do mármore imponente, era de uma madeira escura muito bem-acabada, assim como suas paredes, estas com detalhes parecidas com molduras que davam um ar de uma mansão antiga, cheia de estantes com vários livros e vários quadros pintados à mão retratando as várias vidas que seu dono já havia usufruído, sem falar da bela e grande lareira, a qual iluminava todo o cômodo com suas altas e vividas chamas. No teto, vários pontinhos brancos brilhavam, o fazendo parecer o espaço sideral, Dante adorava olhar para ele enquanto utilizava seu telefone, e foi logo o que fez, após se sentar em sua cadeira de couro avermelhado. O tal telefone, assim como o resto do escritório, com exceção de seu microcomputador, também parecia sair das primeiras décadas de século passado, era todo vermelho com uma circunferência prata cromado no meio, onde possuía os números e símbolos a serem discados, girando-os em uma volta completa.

    [!ON!] Armadilha 16239810
     

    Uma voz feminina, aparentemente de uma criança atendeu:

    - Molloch? Hihihih... você precisa ver isso hihihih...

    - Pazuzu, meu querido, á quanto tempo, parece que conseguiu mais uma vítima, não é?

    - Hihihi... e ainda é mais perto do que você imagina, venha me visitar, conhecer minha nova família hihihi... pelo menos enquanto estão vivos hihih.

    As risadinhas sádicas de Pazuzu o deixavam enojado, mas não podia ser rude com um suposto aliado, ainda mais nos dias de hoje, “Mantenha seus amigos próximos, e seus inimigos mais ainda” era algo que tentava seguir cautelosamente.

    - Infelizmente ando muito ocupado, você sabe, mas vamos manter contato, quando eu arrumar um tempo livre, prometo que irei visita-lo.

    De repente a doce e aguda voz de menina deu lugar a um tom grave e masculino, revelando a verdadeira voz do infame demônio, ainda que mantendo a suavidade das palavras, quase que sussurrando:

    - Ah Molloch, você costumava ser mais interessante quando ainda utilizava aquela cabeça de touro..., mas lhe desejo boa sorte, pelo que andei ouvindo você irá precisar.

    Antes que Dante pudesse questiona-lo sobre o estranho aviso, o telefone fez aquele belo e poético som de “Tu-Tu-Tu”. Colocou-o de volta no gancho, girou a poltrona a 180° e ficou um bom tempo encarando uma enorme pintura fixada acima da lareira. A pintura era dividida em duas partes, a de cima era de um tom de cores avermelhadas, onde havia um ser com uma cabeça de touro e com um corpo humano, observando seu reflexo na parte de baixo, essa predominante de cores azuladas e suaves, com imagem invertida de um ser celestial, de asas brancas reluzentes, segurando em ambas as mãos, um grande livro dourado.

    Por volta das 11h, enquanto estava novamente dando ordens pelo telefone, foi surpreendido por um pequeno, mas barulhento, estouro das chamas de sua lareira, fazendo uma carta voar em suas mãos. Interrompeu sua ligação prometendo retorna-la mais tarde e a abriu, lendo sua breve, porém direta, descrição.

    “The Palm – 1100 S Flower St, 12h.
    N”

    - E lá vamos nós...

    Levantou, vestiu de volta seu paletó, efetuou dois tapas leves, que consequentemente apagaram todas as luzes do local, até mesmo as chamas da lareira e saiu surpreendendo a Senhorita Layton:

    - Elizabeth, ligue para Gabriele e a avise para não me esperar no almoço de hoje, se mais alguém ligar questionando minha ausência responda que estou em um almoço de negócios.

    - Si-Sim senhor, como desejar...




    The Palm – 1100 S Flower St, – Los Angeles, CA (1.42 pm)

    Já fazia umas 2h que o Sr. Morelli aguardava pacientemente a chegada da Senhora Nahama, a Rainha das Succubus. Paciência era uma bela virtude, sabia disso, mas depois de um famoso “chá de banco”, parecia mais bela somente em palavras, e não em prática, o fazendo lamentar pela morte da antiga líder da casta, a saudosa Lillith, “Ela costumava ser mais pontual” era o que pensava enquanto tomava uma taça de vinho. Sua paciência acabava de ser atendida, pois, logo depois de terminar seu vinho, uma moça extremamente bela, de cabelos loiros adentrava o The Palm, sorria em direção a Dante, e logo se sentava de frente ao mesmo. Dante prontamente chamou o garçom, que logo que a viu, pareceu ficar um pouco nervoso por sua presença, mesmo assim, os atendeu, deixando, mais duas outras taças de vinho, antes de os deixar a sós, com suas tremulas pernas. “Vá lá, tente a sorte mortal, talvez seja a ultima coisa que fará em sua vida, porém, a mais prazerosa” Pensou enquanto Nahama lhe explicava o porquê de ele ter sido convocado. Após uma breve conversa, ela parecia encerrar o encontro:

    - Espero ter sido clara sobre a importância de sua missão, senhor Dante.

    - Clara como seus belos olhos, minha senhora.– Á respondeu, realizando um leve sorriso e tomando mais um gole de vinho.

    Nahama então aproxima a mão esquerda do braço de Dante. Cruza suas pernas, e devolve também um sorriso. – Com seu charme e eficiência, temos a garantia de que não haverá falhas.
    Logo depois, ela se recompõe, e com um olhar inexpressivo o adverte:

    - Permita-me reformular: não permitirei falhas.

    Antes que ele pudesse expressar alguma resposta, Nahama levanta e sai, caminhando calmamente, para fora do The Palm, deixando para trás o rastro de seu forte perfume. Dante novamente observa o pobre garçom, claramente enfeitiçado pela beleza de Nahama e pensa, tomando o ultimo gole da taça:

    “Vale um enorme momento de prazer, para passar uma tenebrosa eternidade em chamas infernais?”

    Ainda no restaurante, Dante pega seu telefone celular e pesquisa o endereço e horário de funcionamento do escritório da advogada Megan Lewis, o Lewis's Law. Chama o garçom e o pede para trazer-lhe a conta, paga-a deixando-o uma generosa gorjeta, se despede e parte para seu próximo destino.




    Lewis's Law – Los Angeles, CA (16.20 pm)

    Dante se dirigiu até o balcão da recepcionista, e a cumprimentou:

    - Boa tarde, senhorita, me chamo Dante Morelli, gostaria de ter um momento com sua ilustríssima chefe, a senhorita Megan Lewis. – Deu uma pausa para ele poder lhe responder, e continuou:

    - Como se chama? Ah... um belo nome para uma bela mulher, devo admitir que se soubesse de tal, teria vindo até antes. – Lançava a ela um belo sorriso mostrando seus brancos e brilhosos dentes, na tentativa de seduzi-la e convença-la a deixar entrar sem hora marcada.


    Lightning
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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por Lightning Qui Fev 15, 2018 3:57 am


    "Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei..."
    Aleister Crowley




    Quarto de Megan – Beverly Hills, – Los Angeles, CA (01.34 am)

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    A madrugada sempre era apenas o começo para mim. Não adiantava o quanto eu revirasse de um lado para o outro na cama, não conseguia pregar os olhos por mais de alguns minutos sem que vozes começassem a perturbar o meu sono. Tem sido assim há alguns anos, mas eu sempre conseguia dormir algumas horas após o amanhecer, fazendo da noite minha velha amiga e companheira. Dou um trago no cigarro, prendendo a fumaça por alguns segundos e soltando em seguida, sentindo meu corpo mais leve graças aos efeitos da erva que estava usando e havia conseguido de um amigo "do ramo", eu diria. Passo as mãos pelos meus cabelos jogando-os para trás levemente e sentindo a franja deslizar para frente conforme continuo fumando. Ouço uma voz atrás de mim, pensando por um segundo que veio da minha própria mente, até que sinto algo me tocar e viro devagar, constatando que não é uma alucinação.

    — Lee, o que faz acordada? Vem cá... — A mulher de longos cabelos negros, olhos azuis e corpo nu, vira-se pra mim e me puxa pela minha blusa, fazendo com que eu caia de costas na cama. Ela beija meu rosto e me abraça. — Larga isso aí e vem, eu tenho coisas mais interessantes pra você fazer com a boca...

    Olho para o lado e pisco devagar, tentando reconhecer aquele rosto... Mas eu sinceramente nem sei o nome dela, na verdade. Sorrio levemente e beijo os lábios da mulher, deitando por cima da mesma então deslizo até o outro lado da cama levantando. Saio dali lentamente, deixando-a com uma expressão confusa - o que me faz soltar uma leve risada zombeteira. Indo até a varanda, continuei fumando enquanto apreciava a visão da cidade. Uma ótima visão, já que se trata de uma cobertura de luxo. Eu estaria mentindo se dissesse que nunca pensei em estar aqui um dia. Na verdade eu pensei nisso inúmeras vezes durante toda a minha vida... E desejei com todas as minhas forças, então não cansei até ver tudo realizado. Ainda assim... Às vezes tenho a sensação de que algo está faltando... Isso me deixa intrigada. Dou de ombros enquanto sinto o vento soprar meus cabelos e dou mais um trago longo e demorado no cigarro, me livrando do restante ao lançá-lo da cobertura. Expiro, soltando a fumaça de uma vez e continuo encarando o horizonte, até sentir o calor do corpo da linda moça de antes me abraçando pela cintura e beijando meu pescoço.

    — Você não desiste mesmo... — Digo sorrindo e viro para ela, agarrando-a ali mesmo. Era só mais uma noite igual a todas as outras.




    Lewi's Law – Beverly Hills, – Los Angeles, CA (16.24 pm)

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    Dentro do meu escritório mal consigo diferenciar o dia da noite devido a escuridão - proposital - do lugar. Não há nenhuma janela durante o dia, apenas sendo acionadas à noite. O ambiente é altamente tecnológico e moderno, tomado por tons de preto e dourado, com obras de arte espalhadas pelo corredor, recepção e é claro, meu próprio escritório. Sentada em minha poltrona longa e preta com detalhes dourados, seguro meu copo de uísque sem gelo, tomando um gole e continuo digitando em meu notebook, passando algumas informações sobre meu caso mais recente para meu cliente. Ele havia sido acusado de fraude corporativa e todas as evidências estavam contra ele, fazendo com que o mesmo ficasse desesperado e decidisse me contratar. Mal sabia ele que o caso não era nada difícil pra mim, na verdade já estava a caminho de conseguir isentá-lo de qualquer penalidade, mas decidi dizer que precisaria de mais recursos para ajudá-lo e isso demandaria mais dinheiro. Ele aceitou, claro... E eu disse que iria verificar a possibilidade de um acordo através de alguma brecha na lei. Apenas mais um dia lucrativo como todos os outros... Eles realmente acreditam em tudo o que eu falo.

    Termino de enviar o e-mail e estalo os dedos, tomando mais um gole da minha bebida. Noto o bip do telefone e pressiono o ponto na minha orelha.

    — Sim? — Falo com um tom de voz suave e despreocupado enquanto mexo na pequena escultura sinuosa de metal preto acima da minha mesa.

    — Perdoe-me pela intromissão, senhorita... — A voz de Lisa está ligeiramente ofegante, como quando eu a provoco. Arqueio a sobrancelha e continuo ouvindo o que ela tem a dizer. — T-Tem um senhor aqui que deseja falar com a senhorita... O nome dele é Dante Morelli e-

    — Mande ele embora, eu só atendo com hora marcada. — Respondo de forma ríspida sem esperar que ela termine a frase.

    — M-Mas senhorita...

    "Eu o receberia se fosse você."

    O som de sussurro faz com que minha nuca fique totalmente arrepiada. Balanço a cabeça levemente e fico quieta por alguns segundos, um tanto atordoada. Aquilo não pode ser coincidência... Deve ter algo a ver com esse homem, então me inclino para frente posicionando os braços acima da mesa.

    — Deixe-o entrar.

    Falo em um tom seco e encaro a porta, notando o homem entrar pela mesma. Encaro seus olhos sem desviar e espero enquanto ele se aproxima e estende a mão. No momento em que levanto e estendo a mão tocando a dele em um aperto de mãos firme... Sinto uma onda de energia obscura emanando do homem e percebo na hora que ele não é uma pessoa comum.


    — O que te traz aqui? Dante, estou certa? Vamos, não tenho a tarde toda. Sente-se por favor. — Aceno para que sente-se na poltrona menor à minha frente e me acomodo na minha, me inclinando para frente, disposta a escutá-lo.

    Talvez o dia não seja tão entediante, afinal.
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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por Raijecki Sex Fev 16, 2018 2:34 am



    “Puderam vencer em mim o ardor,
    que me levou a conhecer o mundo,
    e os vícios e as virtudes dos homens…”


    A Divina Comédia, Dante Alighieri.






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    Lewis's Law – Los Angeles, CA (16.24 pm)

    Após o aparente sucesso de sua persuasão, Dante segurou a mão direita de Lisa com suas duas mãos, a beijou delicadamente na face de cima da mesma e a agradeceu:

    - Esplendido, vejo que não é apenas bela, como também extremamente inteligente e focada Senhorita, muito agradecido... bom agora devo deixa-la para se encontrar com sua ilustríssima chefe, até, minha querida.

    Terminou com uma piscadela com o olho direito antes de adentrar o escritório de Megan. Ela estava sentada de maneira que seu corpo ficava inclinado para frente, com seus braços em cima da mesa, Dante observou que ela parecia até ansiosa por seu encontro. Estendeu sua mão direita para cumprimenta-la, e após ela o corresponder, demonstrando certa falta de paciência ela lhe disse:

    — O que te traz aqui? Dante, estou certa? Vamos, não tenho a tarde toda. Sente-se por favor. - Ela o indicava o assento em frente a sua mesa, e Dante obedientemente concordou positivamente acenando com sua cabeça antes de sentar-se.

    "Não tem a tarde toda? Hahaha, talvez você seja mais interessante do que aparenta"

    - Sim, Dante Morelli, e mil perdões senhorita Lewis, entendo o quanto é ocupada, mas trata-se de uma excelente oportunidade de negócios para ambos os lados, portanto não poderia esperar. - Realizou uma leve ajeitada de seu paletó, fixou o olhar em Megan, e continuou em um tom calmo:

    - Não sei se sabe senhorita, mas detenho de várias posses e negócios pela cidade, não gosto de me considerar uma pessoa influente, mas modéstia a parte, posso lhe conseguir alguns bons milhões de dólares a mais em sua conta, sem falar de um passe VIP em meu clube, o Blue Sky e - Dante interrompe brevemente a conversa por notar que em cima da mesa havia um copo vazio, e pelo cheiro achou que só poderia se tratar do bom e velho uísque, inclinou-se para trás, puxou de um dos bolsos internos de seu terno, dois charutos extremamente caros, de origem italiana, e á ofereceu, esperançoso de que ela também lhe oferecesse uma dose de uisque:

    - Aceita? - O ascendeu e deu uma bela tragada antes de continuar - Reparei pelo belo lugar que a senhorita aprecia as coisas boas, sabe, não leve para outro lado, mas pessoas como você, Megan, posso te chamar de Megan não? São raras hoje em dia, o mundo na minha nada humilde opinião, precisa de mais gente como você, pessoas dispostas a viver como se não houvesse o amanhã.

    - Veja bem, só o que lhe peço em troca é de que acompanhe, e quando digo acompanhar, me refiro somente a fazer companhia, outras atividades ficariam por sua livre e espontânea vontade, o senhor Caleb Lockwood em um evento de caridade à instituições não governamentais, organizado claro, por sua empresa, a famosa e poderosa Blackwell, então o que me diz? Mídia positiva, influencia aumentada, clientela aumentada, nada mal não é?


    “Afinal, vale mesmo um enorme momento de prazer, para passar uma tenebrosa eternidade em chamas infernais, onde não lhes morre o verme, Megan?"

    DanyGSouza
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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por DanyGSouza Sáb Fev 17, 2018 6:41 pm





    Antes mesmo que o homem sentasse na poltrona, Megan o observou lançando um olhar que ia dos pés à cabeça, notando a aliança de casamento que ele possuía em uma das mãos e por fim tornou a olhá-lo nos olhos. Era um belo homem e muito bem vestido.

    "Quanto falatório..." - Controlou-se para não revirar os olhos diante daquilo, limitando-se a um sorriso de canto. Estendeu a mão para pegar o charuto sem deixar de notar a sua marca: era importado, arriscava origem italiana. Mas diferente de Dante, não fez questão de acender e deixou o charuto repousar sobre a mesa. Permaneceu em silêncio durante todo o tempo em que ele falava, sem interromper seu discurso e com o mesmo sorriso de canto.

    "Bons milhões de dólares. Passe VIP. Blue Sky. Caleb Lockwood. Evento de caridade." - Repetia em sua mente as palavras chave de todo aquele discurso tentando entender a relação entre uma coisa e outra. Foi então que relaxou a postura e encostou-se de volta na poltrona, o sorriso de canto transformando-se numa gargalhada.

    -HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

    Colocou-se de pé e foi até um pequeno móvel na lateral da sala, retirando dali mais um copo. Aquela história parecia que além de render uma boa risada, lhe renderia toda a garrafa de whisky. Voltou a mesa e colocou em seu copo mais uma dose e deixou perto de Dante o outro copo, lhe dirigindo a garrafa e fazendo menção para que ele se servisse.

    -Beba. Deve estar com a garganta seca depois desse discurso. – Sentou-se novamente na poltrona, dessa vez com a postura mais relaxada e a vontade. Levou o copo a boca e demorou-se um pouco no gole, tornando a olhar Dante nos olhos. Sua expressão era no mínimo, curiosa.

    -Por que eu iria querer acesso VIP na... Como era o nome mesmo? Ah sim, Blue Sky. Não é lá onde rola de todo tipo de coisa, inclusive pacto com demônios? - A última frase soou com tanta ironia que o sorriso ainda estava nos lábios. Observou bem a reação do homem tão incomum e estreitou os olhos ao proferir as próximas palavras. -E que tipo de interesse você tem por Lockwood ao ponto de querer que EU seja a sua dama de companhia?

    Sabia bem quem era Caleb Lockwood e que tipo de homem ele era, apesar de nunca ter conversado a sério com o sujeito. Aquele dia estava ficando muito interessante.

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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por Raijecki Dom Fev 18, 2018 8:13 am



    “Um pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade;
    um otimista vê uma oportunidade em cada dificuldade.”


    Sir Winston Churchill.






    [!ON!] Armadilha ZX7OFbh






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    Toda sua ingênua esperança de que aquele fosse apenas mais um contrato á se realizar se dissipou tão rápido quanto como Samael terminando o estoque de chopp do Blue Sky. "Ela sentiu, sentiu em mim" refletia em sua consciência enquanto observava atentamente a recusa de Megan em desfrutar o charuto, e desferir após, uma gargalhada debochada, transparecendo claramente sua opinião sobre a proposta.

    Ela se levantou, o trouxe mais um copo, encheu novamente o seu próprio e colocou a garrafa de uísque a disposição de Dante, antes de falar em um tom sarcástico:

    - Beba. Deve estar com a garganta seca depois desse discurso. - Sentou-se novamente na poltrona, mas agora de forma mais relaxada, demonstrando estar com total controle da situação. Dante odiava não ser levado a sério, mas tinha de admitir uma coisa, a situação precisava de uma reflexão profunda, por isso, ignorou a bebida e decidiu deixar a moça se expressar, talvez ela entregasse alguma pista, afinal parecia bem cheia de si. Megan continuava com suas impertinentes e afiadas perguntas enquanto Dante mantinha um olhar fixo em seu rosto:

    -Por que eu iria querer acesso VIP na... Como era o nome mesmo? Ah sim, Blue Sky. Não é lá onde rola de todo tipo de coisa, inclusive pacto com demônios? - Nesta ultima frase, não conseguiu se conter e soltou um leve sorriso antes de molhar seus lábios em uma boa dose do destilado. Dante continuava inexpressivo, como se estivesse em outro plano astral.

    -E que tipo de interesse você tem por Lockwood ao ponto de querer que EU seja a sua dama de companhia?

    A ultima pergunta de Megan gerou um breve silencio no local, quebrado somente pelo repentino movimento de Dante, que de pé em frente a ela, deu mais uma tragada em seu charuto, assoprando a fumaça para o teto, pegou a garrafa na outra mão e começou andar sem parar, de um lado para outro.

    [!ON!] Armadilha Giphy10

    - Fique quieta por favor, preciso pensar...hum... Vamos começar do principio, sua secretária teve uma reação estranha, tentando disfarçar algo enquanto a informava de minha presença, negou-me um horário e voltou atrás sem nenhum motivo aparente... - Bebeu uma considerável quantidade da bebida, mais uma fumada e continuou:

    - Sentiu uma sensação estranha ao me tocar, continuou não me levando a sério mesmo depois de uma proposta inestimável como essa, isso vindo de alguém que demonstra claramente um anseio por poder, alguém que, me corrija se estou enganado, é muito jovem para ter conquistado tanto em tão pouco tempo.

    "As perguntas agora são, porque eu? porque você?"

    Passou por detrás da mesa, largou a garrafa em cima da mesma, "mijo de cavalo fedorento esse hein" e com o charuto na boca, já com tamanho diminuído, apoiou-se nos ombros de Megan deixando seus rosto colado com o dela.

    - Aonde eu parei mesmo? Ah sim, desdenha de meu estabelecimento, mas sabe exatamente sua principal atividade, depois demonstrando já conhecer a fama do Sr. Lockwood, o que percebi pelo jeito com que citou o nome dele. - Então concluiu sussurrando em seu ouvido:

    - Convoque agora o ser que sussurra em sua alma Megan, porque se for quem eu estou pensando, a situação é bem pior do que aparenta, e... - Voltou a sentar-se na poltrona em frente a ela, e começou a profanar sua energia negra das trevas por todas as paredes do escritório, após lhe dar um conselho:

    -  Pelo amor de seu figado, compre um uísque que preste.

    [!ON!] Armadilha Giphy_10

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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por DanyGSouza Ter Fev 20, 2018 12:32 am




    Observa atenta cada reação do homem - se é que podia chamá-lo de homem - diante de suas indagações e provocações. O bom senso geral dizia que não se cutucava uma onça com vara curta. Mas o senso que Megan seguia naquele momento não era o geral, sequer era um bom senso. Era curiosidade, uma ânsia de fazer com que as coisas - por que não sua vida? - Fizesse algum sentido.

    "Sim, continue. Me mostre quem você é." - Pensou, quando ele saiu da inexpressividade e levantou-se, tornando a tagarelar conforme seu estilo. Quanto mais ele falava, mais ela prestava atenção. Então ele ousou se aproximar dela, apoiando as mãos em seus ombros e aproximando o rosto. Sentiu um calafrio percorrer todo o seu corpo ao toque de Dante, ao mesmo tempo em que uma voz sussurrava em seu ouvido uma única palavra.

    "Molloch"

    - Molloch. - Sussurrou praticamente ao mesmo tempo em que ele sussurrava em seu ouvido pedindo para falar com "a voz".

    "Ele sabe." - Demonstrou surpresa pela primeira vez naquela conversa. Conhecia o nome de Molloch devido aos seus estudos sobre ocultismo, mas não imaginava jamais que o próprio demônio lhe apareceria. Apesar da surpresa, não desviava o olhar. O achava deveras intrigante. Como se não fosse o bastante, o demônio ofendido emanava um poder que assustaria qualquer ser humano em juízo perfeito.  Era energia pura, de cor negra, alastrava-se pelas paredes. Aquilo lhe incomodava, entretanto, sua postura mantinha-se a mesma de antes: a vontade. Não podia titubear perante ele, não podia perder o controle da situação dentro do próprio escritório.

    - Certo, você conseguiu me impressionar. - Admitiu com um sorriso sereno, que podia muito bem se passar por sincero. - Mas para a minha infelicidade, não consigo invocar o demônio, apenas o ouço quando ele quer. Talvez você possa me ajudar...

    "Da mesma forma como eu não invoquei você, Dante, e estou aqui te ouvindo."

    "Não provoque Molloch." - Ouviu novamente a voz. Seja lá quem for a entidade que gosta de se comunicar, ela nunca se materializou perante Megan, tinha dúvidas de que se manifestasse diante de Dante. Ignorando totalmente a crítica do demônio em relação a sua bebida, serviu-se de uma nova dose e levou o copo a boca, bebendo tudo de uma golada só.

    - Sua esposa sabe sobre você? - A curiosidade falou mais alto. Dante era um homem muito bonito e elegante, com certeza chamava bastante atenção para si. Não seria difícil para ele seduzir uma humana, mas casar?

    - Então vamos ao que interessa. Sua proposta. Quais as garantias que terei de você, caso eu aceite? Pelo que mencionou, Lockwood vale bons milhões de dólares. - Dessa vez não o provocava, parecia realmente interessada.

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    Mensagem por Raijecki Ter Fev 20, 2018 3:54 pm



    “É pela ironia
    que começa a liberdade..”


    Victor Hugo






    [!ON!] Armadilha Nomes-de-anjos






    Lewis's Law – Los Angeles, CA

    - Molloch. Ela sussurrou quando Dante pediu para invocar o demônio que detinha seu contrato. Em vez de ficar surpreso por ela saber seu verdadeiro nome, Dante decidiu reagir apenas em seus pensamentos enquanto voltava a se sentar em frente a ela.

    "Se me conhece, espero que seja meu amigo, fica mais fácil negociar com conhecidos"

    Após Dante tentar intimida-la com seu poder, Megan parecia extremamente intrigada, fascinada até pela situação. Talvez finalmente ter sua atenção fosse algo de se considerar, apesar de que sua intenção era vê-la gritar de agonia e se borrar ali mesmo, para talvez assim, o demônio se materializar ali no intuito de tentar salva-la.

    - Certo, você conseguiu me impressionar. - Disse realizando um sorriso, tentando pela primeira vez ser sincera. Não a julgava por isso é claro, afinal nem ele mesmo costuma ser sincero em tudo que falava. Era a "alma" de seus negócios.

    - Mas para a minha infelicidade, não consigo invocar o demônio, apenas o ouço quando ele quer. Talvez você possa me ajudar...

    - Já era de se esperar... Deveria ter sido mais rigorosa com o contrato, mas julgando pelo lugar parece que aprendeu. - Sua feição demonstrava claramente certa decepção pelo fato de que sua missão demoraria mais do que deveria. Mesmo após o conselho de Dante, Megan continuou ingerindo seu uísque, virou o copo de uma vez, como se aquilo fosse lhe ajudar de alguma maneira, e voltando com sua irritante curiosidade o questionou:

    - Sua esposa sabe sobre você? - Dante olhou para seu anel em seu dedo anelar esquerdo enquanto ela continuava com suas duvidas.

    "Ah, sempre esqueço desse anel, mas se retiro, é capaz de chegar em casa sem ele e Gabriele me importunar o resto da semana"

    - Não somos íntimos para tais conversas senhorita, pelo menos não ainda. - Na ultima palavra deixou escapar de propósito um sorriso malicioso e depois apagou o que sobrou de seu charuto em seu copo vazio.

    [!ON!] Armadilha Giphy

    - Então vamos ao que interessa. Sua proposta. Quais as garantias que terei de você, caso eu aceite? Pelo que mencionou, Lockwood vale bons milhões de dólares.

    "Garantias? Era só o que me faltava..."

    Após a pergunta de Megan, Dante retirou seu poder do local, ergueu seus braços para cima como se estivesse se espreguiçando, e falou:

    - Aahhhh! Não consigo nem assustar mais alguém, talvez Pazuzu esteja certo sobre a cabeça... - Parou, se levantou rapidamente fixando suas mãos na mesa com força, olhou fixamente para Megan á ponto de encostar seu nariz com o dela, e disse:

    - Vamos dar um passeio senhorita? Espero que lembre em que encruzilhada fez seu contrato. - Pressionou o nariz de Megan com seu indicador direito e continuou, agora com uma expressão séria:

    - Não aceito não como resposta. - Seguiu até a porta e a abriu.

    - Vamos! Anda! Vai ser divertido! E ah, vamos levar a senhorita Lisa junto, gostei da companhia dela. - Seu tom de voz parecia mudado, como se estivesse até empolgado com o que quer que fosse que estivesse planejando.
     
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    Mensagem por DanyGSouza Qua Fev 21, 2018 12:43 pm





    "Então talvez eu devesse ter feito meu contrato com você, não é mesmo, Molloch?" - Pensou tão alto que a provocação quase chegava a sair pela boca. Sentia um arrepio, os pelos de seus braços chegava a eriçar com a sensação: um misto de agonia pela demonstração de poder de Dante, a própria presença maligna dele e a voz que insistia em falar em seu ouvido que tivesse cuidado com aquele "homem". Deixou escapar uma risada ao ouvir a resposta sobre a intimidade que eles ainda não tinham. O engraçado é que Megan chegava a pensar em que tipo de intimidade poderia ter com aquele ser, e aquilo seria no mínimo, divertido.

    Então, quando ele decidiu que era a hora de retirar o poder maligno impregnado nas paredes, ela decidiu que era a hora de respirar aliviada - deixou isso evidente quando sorriu, aquilo realmente lhe incomodava mais do que a voz. Dante mostrava-se cada vez mais divertido - se é que podia achar aquilo de um demônio. Sentiu vontade de dar risadas quando ele fez um drama dizendo que não conseguia assustar ninguém, mas a vontade de dar risadas sumiu assim que ele, subitamente, se aproximava dela quase colando seus rostos. Obviamente, o clima era pesado ali.

    - Essa é a hora em que você tenta seduzir a humana indefesa, senhor Molloch? - Descontraiu, tentando não demonstrar o susto com a aproximação repentina. Então ele a convidava para "dar um passeio". Não sabia se isso era bom ou ruim. Mas se ele fosse lhe matar, o teria feito desde a primeira provocação, o que significa que de alguma forma, ele precisava dela viva. - Ora, mas que conveniente, estou mesmo precisando tomar um ar fresco. Sabe, Dante... Gostaria muito de conhecer a Blue Sky e tudo o que você tem a me oferecer.

    - A senhorita Lisa tem trabalho a fazer, muito trabalho. - Levantou-se e tirou a parte de cima do terninho, ficando apenas com a camisa branca de mangas compridas e a calça preta. Desabotoou a camisa duas casas de botão e dobrou as mangas até os cotovelos, dando assim um ar mais despojado. Desfez o rabo de cavalo que prendia seus cabelos. O salto a deixava ligeiramente mais alta que Dante, esperava que o demônio não se incomodasse com isso. Seguiu em direção a porta, entrelaçando o braço esquerdo ao braço direito dele e seguiram juntos até o hall de entrada da Lewi's Law. Ao avistar Lisa na recepção, esboçou um sorriso simpático e falou suavemente. - Lisa, querida. Cancele todos os meus compromissos de hoje. Lembre-se daquele trabalho... Quem sabe posso recompensá-la mais tarde.

    Parecia gentil, mas jamais permitira que a funcionária desfrutasse de um momento de lazer ao seu lado, com aquele ser e naquela ocasião. Ela atrapalharia os negócios. Ele a conduziu até a rua, onde estava estacionado o seu carro. Megan estranhou quando viu um Rolls Royce, talvez por não esperar que ele fosse tão clássico. Riu daquilo sozinha. Então, ele abriu a porta do passageiro e a ajudou a entrar e se acomodar, para só depois entrar e dar partida no automóvel.

    - Posso colocar uma música? Conheço uma que você com certeza vai gostar. - Sorriu e deu uma piscadela. Não esperou que ele respondesse, imediatamente pegou o Iphone e uma procurada rápida num aplicativo de música, colocou para tocar num volume onde pudessem escutar a música e conversar confortavelmente.


    Please allow me to introduce myself
    I'm a man of wealth and taste
    I've been around for long long years
    Stole many a man's soul and faith...


    Esperava que ele pudesse compreender a ironia da escolha da música a medida em que cantarolava. Ela realmente estava se divertindo com aquilo. Se aquele era o último dia da sua vida, certamente ninguém estaria vivendo um dia tão bom quanto o dela. A medida que a música tocava, Megan parecia sequer se importar em estar saindo com um demônio casado.


    ...Pleased to meet you
    Hope you guess my name
    But what's puzzling you
    Is the nature of my game...


    - E então, quando vai me contar porque precisa que eu envolva Lockwood nos seus esquemas? Você não me escolheu a toa, se é que foi você quem me escolheu. O que tem de tão importante em tudo isso? Vamos, Dante... - Já parecia tratar o demônio com intimidade, como se eles não houvessem acabado de se conhecer. - Tudo bem que tenho uma simpatia pelo diabo, mas não posso aceitar uma causa sem saber do que se trata.






    Off: A ação onde o Dante conduz a Megan até o automóvel e o dirige foi combinada previamente com o Raijecki, narrei a ação do personagem nessa parte do post com autorização prévia do player.

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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por Raijecki Qui Fev 22, 2018 11:19 am



    “...Oh, Lord, heaven knows
    We belong way down below...”


    Heaven Knows, The Pretty Reckless.






    [!ON!] Armadilha O-dia-do-julgamento-final-michelangelo






    Lewis's Law – Los Angeles, CA

    - Ora, mas que conveniente, estou mesmo precisando tomar um ar fresco. Sabe, Dante... Gostaria muito de conhecer a Blue Sky e tudo o que você tem a me oferecer.

    - Isso dependerá do que você irá se tornar minha querida. - Tentou disfarçar sua preocupação com um de seus maliciosos sorrisos. Apesar de Megan não ser nenhuma mulher indefesa, como a mesma havia ironicamente citado, o que talvez estivesse por vir para ela, não desejaria para ninguém, nem para seu pior inimigo. Bem, talvez sim para os seus inimigos, eles que se fodam mesmo.

    Megan pareceu incomodada com a proposta de Dante em levar Lisa junto com eles, parecia ser até ciumes, Dante com certeza desejaria que fosse dele e não de Lisa, como logo imaginou.

    - Tudo bem, voltarei depois pela senhorita Lisa. - Á respondeu enquanto a mesma se arrumava menos socialmente para saírem. "Quanto mais altas, mais belas as suas... Ah deixa pra lá". Ela entrelaçou seu braço com o dele e seguiram juntos até a recepção, onde ordenou para que Lisa cancelasse seus compromissos, e que iria recompensa-la mais tarde.

    "És uma mulher de sorte Lisa... E isso vai me ajudar muito."

    Ao chegaram ao carro, Dante percebeu que Megan havia estranhado o modelo do mesmo, provavelmente achava que pelo estilo de seus outros clientes, ele também utilizaria algum esportivo de luxo do ano. Abriu a porta para ela a auxilando a se acomodar e tentou justificar a escolha do automóvel:

    - Não se preocupe, ele é mais forte do que aparenta, nós temos uma longa história juntos.

    Já pronto para dar partida no motor V8 , modificado especialmente para ele, Dante acabou se surpreendendo mais uma vez com Megan, quando a mesma lhe pediu algo inusitado, mas especialmente conveniente para a ocasião:

    - Posso colocar uma música? Conheço uma que você com certeza vai gostar. - Sorrindo com uma piscada de olho, ela colocou para tocar em seu Iphone uma música que ele mesmo conhecia muito bem, claramente tentando brincar com a situação em que estavam.




    "Ah Megan, se você gostasse da minha fruta e eu não fosse casado..."

    - Não acha que este clássico merece uma reprodução á altura querida? - Ligou o poderoso som de seu carro, colocou a mesma música em um volume que lhes fosse agradável ainda para que pudessem conversar, piscou para Megan de volta e acenou para que ela desligasse seu celular.



    Algumas ruas e estradas – Los Angeles, CA

    Enquanto viajavam até seu destino, Megan ia lhe questionando sobre a real intenção de seu convite.

    - E então, quando vai me contar porque precisa que eu envolva Lockwood nos seus esquemas? Você não me escolheu a toa, se é que foi você quem me escolheu. O que tem de tão importante em tudo isso? Vamos, Dante... - Ela já parecia mais relaxada e já tentava ser mais íntima de Dante.

    "Não como eu gostaria, mas nem sempre conseguimos o que queremos."

    - Tudo bem que tenho uma simpatia pelo diabo, mas não posso aceitar uma causa sem saber do que se trata.

    - Concordo plenamente senhorita Lewis, mas infelizmente só posso lhe revelar meus interesses quando realizarmos, com sucesso eu reitero, o ritual da encruzilhada, só assim poderei confiar cem por cento em você.

    Dante olhou para ela, e com um sorriso sincero, o que era raro de sua pessoa, cantou um trecho da música, em um tom que parecia transparecer certo ressentimento:


    - ...I rode a tank

    Held a general's rank

    When the Blitzkrieg raged

    And the bodies stank...



    Se calou por um momento, e após realizar uma profunda respiração, lhe confessou algo de seu passado:

    - Ahhh, essa é a parte que não combina e me deixa triste, naquela época eu estava do outro lado da guerra, se é que me entende, então... - Esticou seu braço esquerdo por detrás do banco de Megan, passou e alisou delicadamente com a mão a cabeça dela enquanto controlava o volante com a direita, continuou, com um olhar concentrado, fixado na estrada:

    -  Sei que é complicado confiar em mim por minha natureza, mas quero que entenda que me importo com vocês, humanos...




    Encruzilhada do contrato – Los Angeles, CA

    Depois de um tempo, finalmente chegaram na encruzilhada previamente indicada por Megan, Dante estacionou o carro, e falou:

    - Bem, agora é a hora da verdade querida, como você não sabe quem de fato é seu contratante, acredito que seria melhor pegar a arma que está no ali no porta luvas, sabe, se algo der errado e ele preferir cobrar a divida antes da hora... Haha! Não se preocupe! Eu me considero um bom negociador.

    Dante beijou carinhosamente a testa de Lewis antes de sair do carro e começar com os preparativos para o ritual de invocação.

    - Faz tempo que não faço um desses, vai ser divertido!



    Raijecki efetuou 1 lançamento(s) de dados [!ON!] Armadilha Dice10 (d6.) :
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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por Colz Sáb Fev 24, 2018 10:13 pm


    [!ON!] Armadilha 250niq1

    – Porra, Dante. O que pensa que tá fazendo?

    Diz, sentado no banco do motorista. Os pés estão cruzados sobre o painel. Calçava um par de coturnos pretos com aspecto novo, tamanho quarenta e quatro. Megan, à sua esquerda, poderia se assustar com aquela aparição repentina, ou então mostrar-se uma dama de ferro com total controle sobre suas emoções a ponto de não mexer músculo sequer por estar ao lado do Funesto. Este, aliás, abre a porta do Roll's Royce rapidamente e se coloca para fora do carro, o sobretudo levantando poeira à medida em que movimentava. Na mão, carrega uma espécie de foice de, aproximadamente, cento e vinte centímetros. A lâmina na região superior exibia um rastro de sangue contrastando à cor metálica que mesclava tons de cinza e ônix.

    – Tá perdendo tempo, brother. – Caminha até Dante, exibindo uma expressão enigmática. Não parecia estar incomodado com a cena, mas definitivamente não estava feliz com ela. – Quer realizar uma merda de um ritual? Então toma.

    Samael estende o braço direito – o esquerdo estava ocupado segurando a foice – na direção de Dante. É possível ver um gotejar contido de sangue escorregando pela manga do sobretudo. Utiliza a lâmina da arma para levantar o tecido a fim de exibir o braço, e um ferimento superficial estampa o membro. Situado na região inferior do antebraço, a dez ou doze centímetros do pulso, está desenhado um simbolo similar à letra S sendo sobreposta por outra letra S. Outra leitura possível do símbolo seria duas serpentes copulando, ou se degladiando.

    – Quer brincar de ritualzinho? Chamar a mina do Exorcista ou o elenco do Hora do Espanto? Pega meu sangue aí. Vai poder evitar toda a parte chata do ritual, como o animal morto,
    o sangue de treze virgens e os dentes da sua mãe.
    – Dá risada, exibindo um repentino bom humor. – Ok, essa última parte é mentira. Mas mereço pontos pela criatividade, vai?

    Fita o próprio ferimento e, num milésimo de segundo, seus olhos adquirem um tom vermelho similar ao sangue que escorria do braço. O símbolo, coberto pelo líquido escarlate, reluz numa cor roxa que quase dava movimento aos S entrepostos. Paralelo a isso, Megan passa a sentir uma dor de cabeça atípica. Não era como se estivesse estressada ou doente... Seus pensamentos pareciam fazer-lhe mal, queimando todos os neurônios de seu cérebro e tornando sua massa cinzenta numa verdadeiro festival de luzes.

    – Dante, Dante... Por que tá me olhando assim? Não esperava me ver? Permita me apresentar... – Oferece a mão para cumprimentar Dante. A mesma encontrava-se levemente suja, respingada com seu próprio sangue. – Meu nome é Samael, general das forças demoníacas dos planos Físico e Ethéreo. – Olha para cima, sem movimentar o rosto. – Já você, miss Lewis, dispensa apresentações, certo? Nos conhecemos bem... Muito bem.

    Volta suas atenções para Megan, que deveria estar gritando naquele momento – ou talvez não, se fosse mesmo uma dama de ferro. Na região central de sua testa, poderia ser visto o mesmo símbolo presente no braço de Samael.

    – Ela fez o pacto comigo.

    Samael exibe um sorriso maligno. Talvez todo o mal do mundo poderia morar em cada um daqueles dentes.

    – Ela é de confiança e cumprirá sua parte no plano SE você cumprir a sua. – Dá ênfase na palavra se. – E cumprir com seu papel não quer dizer perder o seu tempo e o meu bancando o adolescente curioso pelo mundo sombrio. Sai dessa e honra a grandiosidade que lhe foi atribuída pela Nahama. O que ela te deu, eu posso tirar em dois tempos.

    Estala os dedos, envolvendo o próprio corpo por impulsos energéticos de cor roxa, similares à energia emitida pelo símbolo que carregava no braço.

    – O evento. O descendente da Primeira Família. A morte da meretriz.

    E, como se recebesse a resposta da pergunta de um milhão de dólares, Dante compreende tudo.



    Off: foi identificado que, dentre as várias intenções de Dante, a principal era entender se poderia confiar em Megan. Já que o ritual fazia parte dessa estratégia, o player recebeu como recompensa por tirar 06 no dado a visita do próprio demônio que fez o acordo com Megan. Isso resume e responde as seguintes perguntas: quem é Megan? Por que Megan? Megan é de confiança? Qual a relação dela com Caleb Lockwood?

    As respostas das perguntas acima foram encaminhadas à @Raijecki por MP, também recompensa pelo acerto crítico.
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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por DanyGSouza Seg Fev 26, 2018 11:07 am





    A música tocava à medida que o Rolls Royce percorria as ruas de Los Angeles. No início daquele encontro, o homem chamado Dante Morelli se mostrou deveras agradável e falante, lhe propondo várias coisas em troca que ela acompanhasse Caleb Lockwood em um evento. Aquilo lhe despertou interesse: Caleb era um homem adulto e astuto, não precisava de alguém que intermediasse aquele encontro por ele. Obviamente, havia o interesse de alguém por trás disso, ao ponto do proprietário do clube lhe oferecer acesso ao lugar e muito dinheiro. O interesse de Megan se dava pela estranheza da proposta, que a voz em seu ouvido sussurrava com leveza que ela deveria aceitar. Apesar de muito tentada pelos bons milhões de dólares, ela precisava entender qual era a situação ali. Obviamente, não se trataria apenas de acompanhar Lockwood, e sim de envolvê-lo em algo muito maior, que o próprio sequer deveria fazer ideia. Como advogada de renome que era, precisava saber no que estava se metendo, até mesmo porque algo lhe dizia - e não era a voz em seu ouvido - que iria dar em merda e ela tinha que saber como se sair.

    Dante por vezes se mostrava ofendido com a postura da jovem, e por vezes desconfiado. Chegou a manifestar poderes desconhecidos, que somados a presença maligna que residia em seu interior, constatou que ele se tratava de um ser sobrenatural, conhecido como demônio. Ela conhecia o sobrenatural, estudava ocultismo e aquilo lhe fascinava de tal forma que não conseguia deixar de demonstrar certo divertimento com a situação: por alguma razão, ela havia sido a escolhida, e ele ainda relutava em lhe esclarecer o porquê de tudo aquilo, lhe dando respostas evasivas cada vez que tocava no nome de Lockwood. O demônio, curioso, queria saber quem era o detentor da alma de Megan e aparentemente queria negociar. Seria um mau negócio colocar sua alma uma vez mais em jogo? A voz em seu ouvido, que até momentos atrás lhe dava conselhos, calou-se.

    Dentro do carro, deu um endereço qualquer para a tal "encruzilhada do contrato". Sabia que aquilo não tinha como dar certo, uma vez que realizara o pacto muito jovem, quando ainda residia em Londres. Mas Dante parecia tão confiante naquilo que pretendia fazer que ela achou por bem não contrariar aquele ser que, ora se mostrava nostálgico comentando sua participação na segunda guerra, ora se mostrava preocupado com o que viria a seguir e por incrível que pareça, carinhoso. Ela também estava preocupada, embora mantivesse a expressão serena. O que mais lhe incomodava naquele momento era a quietude da "entidade", que desde o momento em que adentrara o carro, nada disse ao seu ouvido. Era como se não mostrasse oposição.

    - Espero que realmente saiba o que está fazendo. - Falou, com a mão no queixo dele assim que ele beijou sua testa. Algo dentro de si lhe dizia que não iria dar certo, por mais que Dante se mostrasse confiante. Ele deixou o carro e começou os preparativos, enquanto ela se perguntava se continuaria ali observando ou se ainda estava em tempo de fugir. Prestes a sair do carro, foi surpreendida com a presença de um homem que repentinamente surgia ao seu lado. Aparentemente alto e loiro, não conseguia deixar de notar o par de coturnos negros que ele calçava. Sua maneira de falar era tranquila, apesar de - aparentemente - estar repreendendo Dante. A voz... Foi então que se deu conta de que acabara de escutar "a voz", mas dessa vez não foi dentro de sua cabeça ou como sussurro em seu ouvido.

    - PORRA! - Saiu de súbito de dentro do carro, tamanho foi o susto pela aparição do outro. - Esse dia tá cada vez mais estranho! - Encostou-se na lataria do carro, tentando se recuperar da repentina aparição. Pela primeira vez naquele dia, estava deixando visível sua reação. - Porra! Seu arrombado do caralho!

    "Fica quietinha aí, Megan Lewis."

    Só então observou de fato "o homem" recém chegado. Carregava consigo uma foice ensanguentada e sangue escorria pelo seu braço. Parecia saído de um filme de terror, tamanha era a morbidez da cena. Não precisava sequer ter um contato físico com ele para saber do que se tratava: diferente de Dante, a simples presença dele lhe causava arrepios, sentia a atmosfera diferente - e pesada - com a presença dele. Sentiu-se mal. Muito mal. Mas tão mal que seu corpo tremia e sua cabeça doía. Sentia-se pesada, como se cada poro do seu corpo exalasse maldade, assim como ele. A sua cabeça doía ao ponto de não conseguir mais assimilar o que estava acontecendo, como se estivesse queimando e prestes a explodir. Tonta, cambaleou o corpo, apoiando-se no automóvel parado, arfando, buscando o ar nos pulmões. Tamanha confusão se formava na sua mente, não conseguia mais ver ou ouvir o que se passava a sua volta, queimava por dentro, seu corpo parecia arder em febre, e sua cabeça, fervia. Não aguentando mais tanta pressão, o corpo tombou em direção ao chão, as mãos segurando a cabeça como se isso fosse impedir que ela explodisse naquele instante. Debatia-se em espasmos e gemia de dor, os olhos lacrimejavam involuntariamente. A voz dele lhe chegava, não pelos ouvidos, mas em sua mente: era como se ele quisesse que ela o ouvisse. Samael. Era ninguém menos do que Samael, o general das forças demoníacas. A voz dele ecoava diretamente na sua cabeça, como se ele quisesse a enlouquecer.

    - Fu... Funes...to.

    Foi a única palavra que conseguiu pronunciar com muito esforço. Aquele que detinha sua alma não era um demônio inferior qualquer, era Samael, o Funesto. Estava ali vetando qualquer negociação que Dante quisesse fazer. Ele detinha a sua alma. Mas por quê? Achava que o pacto lhe abriria a comunicação com espíritos inferiores, porque um general das forças demoníacas iria querer sua alma?

    "Samael, Funesto. Confiança. Plano. Nahama. Evento. Descendente. Primeira família. Morte."

    Morte. Naquele momento, achou que iria morrer. O que significava aquelas palavras? Não fazia a menor ideia e sequer tinha tempo para pensar nisso, uma vez que, ainda sob o efeito do poder de Samael, ela continuava se debatendo no chão, prestes a perder a consciência.



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    Mensagem por Raijecki Qua Fev 28, 2018 10:32 pm








    – Porra, Dante. O que pensa que tá fazendo?

    “Chamando sua atenção, e pelo que parece consegui não é mesmo?”

    Após a aparição triunfal de Samael, que Dante apreciou como alguém aprecia uma bela dor de barriga, começou a bater palmas e a falar em um tom debochado, com um sorriso malicioso em seu rosto:

    - Bravo! Bravo! Pode repetir? Se bem que acho melhor não, porque é capaz de eu morrer de desgosto repentinamente, o que para você até que não seria algo tão ruim, não é? Afinal de contas sou apenas um humilde servo descartável...

    A feição de Dante havia mudado completamente com suas últimas palavras, o sorriso malicioso dava lugar á um olhar sério, como se não estivesse nada feliz com a situação, o que logicamente não passou despercebido pelo funesto.

    – Dante, Dante... Por que tá me olhando assim? Não esperava me ver? Permita me apresentar... – Samael esticava a mão ensanguentada para cumprimenta-lo, mas Dante apenas o ignorou categoricamente. Se tivesse algum ser que Dante mais odiava em sua existência, esse alguém, depois de Lúcifer, com certeza era Samael, o funesto. Já não tentava disfarçar seu descontentamento com ele, mesmo sabendo que Samael poderia explodi-lo em mil pedaços ali mesmo. Não aguentava mais ser apenas um peão, um mero subordinado de alguém tão repugnante e desprezível. Refletia em sua mente as varias maneiras que deseja a morte de Samael enquanto o mesmo se gabava de seu título:

    – Meu nome é Samael, general das forças demoníacas dos planos Físico e Ethéreo.

    “Ah que cara chato, só falta agora ele insultar minha inteligência e explicar o óbvio dizendo que ele é o demônio que fez o pacto com Megan”

    A atenção do funesto se voltava agora para Megan, que logo começava a passar mal e revelava uma marca em sua testa, logicamente a mesma carimbada no braço de Samael.

    “Fique quieto no seu canto Molloch, deixe ele ir, você não pode com ele” e “Esse maldito já brincou com a sua cara tempo demais, vamos! acabe com ele!” Eram os dois tipos de pensamentos que passavam por sua cabeça naquele momento, enquanto Samael parecia zombar de sua superioridade com um belo sorriso maléfico.

    – Ela é de confiança e cumprirá sua parte no plano SE você cumprir a sua. – Ficava mais difícil se controlar a cada palavra que funesto pronunciava. - E cumprir com seu papel não quer dizer perder o seu tempo e o meu bancando o adolescente curioso pelo mundo sombrio. Sai dessa e honra a grandiosidade que lhe foi atribuída pela Nahama. O que ela te deu, eu posso tirar em dois tempos.

    Alí estava o gatilho que incendiou a alma de Dante.

    - Como ousa! Adolescente?! Eu... – Puxava o ar com sua respiração e emanava sua energia negra em volta de si. – Eu sou mais velho que você seu maldito! E o que Nahama me deu?! A não ser uma maldita missão que vocês mesmos nem precisariam de mim para realizar!

    Se descontrolar daquela maneira não era de seu feitio, e quando conseguiu voltar a si, colocou a mão por cima de seus cabelos negros deslizando-os por entre seus dedos, retirou sua energia negra e olhando fixamente para Samael, o disse, em um tom sério e assertivo:

    - Eu vou cumprir com minha palavra Funesto, a senhorita Megan... – Se virou para ela, e só agora havia reparado que a mesma estava se debatendo no chão da estrada, como se estivesse tento uma grave convulsão. – Pode parar com isso? Acredito que já provou seu ponto. – Apontava com a cabeça, fazendo sinal para Samael retirar o que quer que fosse a maldição que estava causando dor para Megan.

    - Continuando, a senhorita Lewis vai comparecer a festa como combinado, disso não há dúvidas...  – Caminhou até Megan e a ajudou a se recompor a colocando dentro do carro novamente, adentrando logo em seguida.

    - Depois disso, não quero ter mais nada a ver com vocês, com você e Nahama, ouviu bem?! Nunca mais!

    Fechou a porta e deu partida em seu Rolls Royce, em direção a casa de Megan, enquanto Samael se desmaterializava com uma espécie de energia roxa por todo seu corpo.

    - Megan! Megan! Acorde mulher! Preciso que me diga aonde mora para poder lhe levar... – Respirou fundo mais uma vez, e tentando se acalmar ligou o som de seu carro no volume alto, tocando a música Brighton Rock do Queen.




    - Desculpe se a música lhe incomoda, mas ouvir Queen quando estou estressado me ajuda a relaxar.




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    [!ON!] Armadilha Empty Re: [!ON!] Armadilha

    Mensagem por Colz Sáb Mar 03, 2018 9:49 pm


    [!ON!] Armadilha 30xczmd

    – É aí que você se engana, meu caro. – Responde, diante da afirmação de que Nahama dera a Dante apenas uma missão, e nada mais. – Digamos que a bondade da loirinha garantiu seu passaporte à essa realidade...

    Olha uma vez mais para Megan, sofrendo com a energia demoníaca de Samael correndo em suas veias. Esta, aliás, cobre praticamente todo o corpo do Funesto. Pouco a pouco, o que era matéria passa a ser energia – e o que era energia, vácuo.

    –... bem como sua segurança, pois não há razão para continuar existindo se não nos é útil.

    Samael desaparece por completo. Pensa em dar uma gargalhada para tornar sua saída tão impactante quanto à entrada, mas considera o ato clichê demais. O sorriso silencioso e mortal, entretanto, jamais deixa seu rosto.


    Local Desconhecido – (6.58 am)


    – Finalmente.

    Nahama estava sentada num sofá vermelho adornado com detalhes em dourado no estofado e nos braços. Tinha as pernas recolhidas para trás, como se meditasse. A mão direita alisava uma parede de vidro fosco que refletia apenas a própria imagem. Tinha o cabelo amarrado num coque e uma postura relaxada. Talvez aquela fosse sua casa, ou então um local qualquer. Não era difícil, afinal, deixar de se sentir a vontade, independente do lugar.

    – Sam, eu espero que traga boas notícias.

    Uma centelha que mescla tons negros e arroxeados surge no meio da sala, sob um tapete persa. Era como se estivesse posicionado ali estrategicamente, ou então que o próprio Samael escolhera a dedo aquele local para se fazer presente. A esfera energética adquire um diâmetro ainda maior e continua crescendo até alcançar os dois metros. Como se saísse de um portal, Samael caminha da região interna da centelha de energia até a sala de Nahama. Ao estalar o dedão e o indicador da mão direita, a energia desaparece.

    – Até hoje não sei se você precisa estalar os dedos ou se essa encenação é apenas parte do seu charme.

    Samael sorri para Nahama e direciona à Succubo uma piscadela. Se aconchega ao lado dela, apoiando a região superior das costas no sofá e esticando os dois braços sobre ele. Abre bem as pernas e dá um suspiro longo. Direciona o rosto para Nahama e a analisa com atenção. Apesar das vestes despojadas, compostas por uma calça jeans e uma camisa branca aberta até a altura da barriga, estava muito bonita.

    – Acho que você nunca vai saber a resposta para essa dúvida... Aliás, nem eu sei. Faço isso a tanto tempo que não sei se sou eu quem precisa do estalo ou se é o estalo que precisa de mim.

    – Isso é mesmo fascinante, Sam. – Impaciente, Nahama aproxima-se do Funesto. – Agora conte-me de uma vez: Moloch fará sua parte?

    – Não me subestima não, Nahama. Posso ser um pouco mais de boa que você, mas me faço entender muito bem. – Lembra do braço machucado. Olha para ele e recolhe a manga do sobretudo. – Preciso dar um jeito nisso aqui depois...

    Nahama observa o símbolo e o reconhece instantaneamente. Se Samael estivesse falando a verdade, Megan Lewis acompanharia Caleb Lockwood no evento da Blackwell e cumpriria sua missão. Só precisava confiar na capacidade de Dante de deixar tudo encaminhado para que isso acontecesse. A destruição do sexagésimo quinto selo dependia disso.

    – E a sua parte, Nahama? Fez direitinho como eu te ensinei?





    FLASHBACK ON__________


    – Com licença, senhor Lockwood.

    Depois de cruzar com Nix na sala de espera da Blackwell, situada no epicentro de um prédio de vinte e seis andares, Nahama adentra a sala de reuniões do magnata Caleb Lockwood. Aprecia a decoração simples do lugar, bem como a cordialidade de seu anfitrião. Conseguia entender porque aquele homem conquistou tudo aquilo – aparentava maturidade, o que indicava sabedoria; possuía um ar jovial, o que gerava compaixão, identidade e até mesmo subestimação por parte de seus pares (o que é sempre um erro); e, por fim, o carisma natural que poderia até cativar ela mesma, se não tomasse cuidado.

    – Fique a vontade, senhorita...?

    – Peterson. Nahama Peterson. – Oferece a mão para cumprimentá-lo. Ao invés de apertá-la num gesto formal, porém, Caleb segura-a com delicadeza, inclina o corpo sobre ela e beija-a demoradamente. – Ora, o cavalheirismo não está morto, afinal de contas...

    – Carrego esse costume comigo desde a época do dilúvio, senhorita Peterson. – Sorri e puxa a cadeira para que Nahama se acomode.

    – E os bons costumes nunca se perdem, não é? – Sorri e senta, repousando as mãos sobre as pernas. – Bem, se me permite d...

    – Vamos pular a parte onde você finge ser uma mulher interessada no meu potencial corporativo e eu tento conquistá-la enquanto mantenho uma postura indiferente. – Interrompe Nahama, sem perder o ar leve na postura e nas palavras. – Trocaram a agente da morte? Que eu saiba, exibir minha cabeça numa bandeja para Lúcifer era uma missão exclusiva de Lilith.

    Nahama sorri, num misto de surpresa e admiração. Caleb, no fim das contas, não estava tão no escuro como imaginava.

    – A Dama das Sombras não está mais entre nós. – Respira fundo e levanta a face, exibindo uma expressão altiva. – Sua execução foi designada a mim.

    – Mas você não pode, não é? Não pode me matar com as próprias mãos... Se o fizer, o selo não será quebrado.

    Nahama se coloca de pé. Aproxima o rosto de Caleb, debruçando sobre a mesa e exibindo o decote generoso. Lockwood poderia sentir uma essência adocicada e agradável... O perfume da morte, nas palavras dele.

    – Sim... Logo, considere essa uma visita amigável para formalizarmos o inevitável. – Sorri, se afastando e encerrando aquele breve encontro. Com a bolsa embaixo do braço direito, ruma até a saída da sala e abre a porta. – A guerra começou, senhor Lockwood.

    – Vem com tudo, vadia.


    __________FLASHBACK OFF





    – Wow, ele te chamou mesmo de vadia?

    – E podemos dizer que ele está errado? – Dá uma risada bem humorada e coloca-se de pé. A camisa aberta revelava a lingerie preta que cobria os seios. – Megan fará o combinado... Dante irá vigiá-la. A investigação de Nix já começou...

    – E mandei o Mittere investigar a irmandade do caralho lá. Eles podem atrapalhar nossos planos.

    Nahama abre bem os olhos e, com uma expressão séria, joga o corpo sobre Samael, como uma cobra prestes a dar o bote no alvo. Sustenta-se sobre os braços, com o rosto a dois ou três centímetros de Samael. O Funesto sente um odor cítrico, o que indicava o atual humor de Nahama.

    – Não, querido...

    Ela tava puta pra caralho.

    – NADA pode nos atrapalhar agora.




    Off: - Para compreender quando ocorre a visita de Nahama à Caleb, basta acessar o tópico TRAIÇÃO clicando aqui.
    - Os players @DanyGSouza e @Raijecki devem turnar uma última vez para finalizar este jogo. A continuidade dessa aventura em específico ocorrerá na próxima fase do jogo, prevista para começar na semana que vem.
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    Mensagem por DanyGSouza Qua Mar 07, 2018 1:01 pm





    Megan não sabia quanto tempo havia se passado desde o momento em que sucumbira ao poder de Samael e perdera a consciência, até o momento em que escutava a voz de Dante bem distante. Abriu os olhos devagar tentando absorver os detalhes de onde estava: deitada em sua cama, no seu quarto. Não fazia ideia de como havia chegado até ali, mas a presença dele lhe dizia que ele a trouxera. Tentou levantar, mas imediatamente a cabeça deu sinal de vida, doendo como se não houvesse amanhã. Megan estava com uma terrível enxaqueca.

    - Pode me explicar que merda foi essa? - Acomodou-se na cama, ligeiramente sentada, as costas apoiadas nos travesseiros altos. Fez um sinal para que ele se aproximasse, havia espaço na cama, ele poderia sentar se quisesse.

    Olhar para Dante era como reviver um pesadelo. Quem era Samael e o que era tudo aquilo? Com um pouco de esforço, pegou um cigarro no maço que estava na mesinha de cabeceira, acendeu e o levou a boca, saboreando a primeira tragada, depois expeliu o ar. A tensão do momento pedia isso e se tivesse uma garrafa de whisky na sua cabeceira, beberia também. Pediu pelo cinzeiro, não poderia derrubar as cinzas na cama.

    - Quem é ele? - Referia-se a Samael. Pela primeira vez aquele dia, Megan demonstrava sua preocupação e fragilidade. Ouvira o nome do Funesto, lembrava daquele nome, mas não sabia sobre ele. - Não é um mero demônio, ele fez questão de deixar isso bem claro. General das forças demoníacas do plano físico e Ethereo. Quem ele é?

    Pensar em Samael não estava lhe fazendo muito bem, ao ponto de deixá-la paranoica: tinha certeza de que onde quer que ele estivesse, estava ciente do que ela estaria fazendo. Ela sabia que ele sabia. Sentia-se vigiada, apenas naquele momento se dava conta de que havia compartilhado metade de sua vida com o Funesto. O estômago revirou.

    - Muito bem, sabemos que não tenho escolha, não é verdade? Mas eu preciso saber no que estou envolvida, não posso participar disso as cegas. - Entoou, como se estivesse proferindo uma sentença de morte. Algo dentro de si lhe dizia que Caleb Lockwood estava muito fodido sendo alvo de uma armação demoníaca, e ela estaria tão fodida quanto ele. Sentia a ameaça de Samael sobre si cada vez que imaginava que a voz estava gargalhando. A voz que agora além de um nome, tinha um rosto. - Faça os preparativos, seja lá o que for a parte que lhe cabe. Mas eu exijo proteção... dessa merda toda, eu exijo que me proteja. - Era quase uma súplica. Sabia que não existia proteção contra Samael, mas precisava sair ilesa do que quer que fosse aquela situação que viria a acontecer no evento. - Se me der licença... preciso descansar.






    Algum tempo havia se passado desde que Dante fora embora de sua casa. Megan estava agora dentro da banheira, em um banho de sais. Os cabelos estavam presos em um coque, a cabeça ligeiramente inclinada para trás, seus olhos fechados como se estivesse absolutamente concentrada.

    - Parece que não tenho escolha, não é? Eu deveria saber no que estava me metendo quando fiz o maldito pacto. Você veio cobrar o preço mais rápido do que eu previ.

    Parecia estar falando com alguém e ao mesmo tempo, estava sozinha no aposento. De olhos fechados, conseguia imaginar perfeitamente Samael ali no recinto, sorrindo malicioso. Sabia que ele estava escutando.

    - Só não precisava ser tão rude. Causou uma má impressão muito grande... Bastava pedir carinhosamente.

    Gostaria de estar conversando cara a cara com ele, sem que ele ameaçasse sua existência. Precisava saber quem ele era realmente, precisava conhecê-lo melhor. A alguns cômodos de distância, sua biblioteca a esperava: quando terminasse o banho, iria devorar todos os livros a fim de estudar sobre tudo o que ouvira aquele dia.

    "Samael, Funesto. Confiança. Plano. Nahama. Evento. Descendente. Primeira família. Morte."


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    Mensagem por Raijecki Qua Mar 07, 2018 10:44 pm


    Sem obter resposta ou reação de Megan, Dante decidiu ligar e perguntar para a secretária da mesma, a senhorita Lisa. Após a resposta, levou Megan para sua opulenta e luxuosa casa. Morava em uma grande cobertura de um dos mais famosos e respeitados edifícios da região, sem falar dos mais caros. Ao chegar em frente ao local, avistou Lisa acenando e seguiu suas orientações, deixando o carro no estacionamento do local. Levava Megan, ainda desacordada, em seus braços, enquanto Lisa abria a porta da cobertura com uma chave reserva.

    - Como sabia que eu tinha uma chave reserva, senhor Morelli? - Perguntava, fingindo alguma surpresa, e logo após corando envergonhada, pelo sorriso e olhar malicioso com que Dante a respondia. A morada de Megan era toda bem organizada, demonstrando, talvez, certa atenção de sua dona aos pequenos detalhes, sem contar que não só aparentava, como também era exageradamente grande, como se Megan precisasse de muito espaço, mesmo morando só, com a exceção de seu fiel escudeiro, o guarda da casa, um rottweiler que eufórico e abanando o rabo, logo os vinha cumprimentar.

    - Ah! Hades! Vem cá garotão, estava com saudades? Vem, vou colocar comida pra você... - Lisa distraia o cão enquanto Dante levava Megan até sua cama, que ficava na suite principal, logo após um corredor bem iluminado e de uma bela biblioteca. "Hum, é aqui que reúne seus livros sobre demônios Megan? Parece que eles não te ajudaram tanto quando gostaria, não?". A existência de Molloch estava ameaçada e precisaria unir suas forças muito em breve, se quisesse ter alguma chance contra Samael e Nahama. Já se poderia contar com Megan, ainda era difícil de prever, pois ela ainda estava sob grande influencia do Funesto. Após coloca-la deitada em sua cama, pediu para que Lisa prendesse o cachorro e a esperasse em seu carro, para fins de poder conversar a sós com sua chefe. Não tardou muito para que Lewis recobrasse sua consciência, e com seu jeito "meigo e carinhoso", já o questionava:

    - Pode me explicar que merda foi essa? - Se ajeitou melhor na cama, acendeu seu cigarro, procurou seu cinzeiro e o acenou para que pudesse se sentar ao lado dela. Dante resolveu ficar em pé, escorado na parede, fumando seu charuto italiano.

    - Aquilo? Aquilo foi a merda que você, senhorita Lewis, fez ao fechar um contrato com o Funesto. - As palavras que saiam da boca de Dante eram ásperas e demonstravam claramente seu descontentamento com a situação com que havia sido colocado.

    - Quem é ele? - Parecia nervosa e fragilizada pela primeira vez aos olhos de Dante, afinal ter sua alma sendo recolhida pelo Funesto em pessoa não era nada agradável. - Não é um mero demônio, ele fez questão de deixar isso bem claro. General das forças demoníacas do plano físico e Ethereo. Quem ele é?

    - Ele é aquele que detêm sua alma e seu destino, e é com isso que deve se preocupar. - Megan parecia se perder em seus pensamentos enquanto ouvia as palavras de Dante, transparecendo que havia entendido o quão ruim era sua situação.

    - Parece que entendeu agora, desde que você realizou o pacto com ele, é observada, ele sabe de tudo, nos mínimos detalhes. - Se preocupação era a feição de Megan, a de Dante era de total decepção, afinal como alguém que aparentava ser tão inteligente poderia cometer tamanha tolice? Isso o fazia lembrar da grande guerra, onde seu inimigo havia estacionado o ataque quando poderia massacra-lo em um instante, o que mais tarde se provaria um erro fatal.

    - Muito bem, sabemos que não tenho escolha, não é verdade? Mas eu preciso saber no que estou envolvida, não posso participar disso as cegas.

    - Pergunte para ele, afinal não é para isso que serve uma ligação vitalícia? - Dava mais uma tragada e expelia a fumaça branca, que se misturava com o cigarro de Megan, infestando todo o comodo.

    - Faça os preparativos, seja lá o que for a parte que lhe cabe. Mas eu exijo proteção... dessa merda toda, eu exijo que me proteja. - Falhava em tentar demonstrar alguma superioridade, sua frase parecia mais como um pedido, uma súplica á generosidade de Dante, uma pequena luz de esperança diante de um mar de tantas trevas.

    - Hahahaha! Precisa que eu lhe proteja? - Um sorriso largo e debochado estampava sua face, enquanto suas afiadas palavras pareciam penetrar e imundar o coração de Megan. - Sem chances loirinha, meu trabalho é de apenas observa-la, nada mais, nada menos, mas se aceita um conselho, pense bem em como proceder com suas ações, porque não haverá como voltar atrás.

    - Se me der licença... preciso descansar. - Dante se despede de Megan acenando com a cabeça, deixando sua luxuosa cobertura para trás. Ao descer até o estacionamento, tratou de acalmar as preocupações de Lisa:

    - Fique calma, ela só bebeu demais, você conhece bem ela, amanhã ela estará do mesmo jeito que a encontrei hoje mais cedo. - Abriu a porta esquerda de seu Rolls Royce, e ajudou a se acomodar, entrando logo em seguida e dando partida, fazendo o motor roncar.- Então, para casa senhorita Lisa? Ou a noite ainda é uma criança? Talvez eu tenha uma proposta interessante para você minha querida...

    Os dois grandes faróis iluminavam a estrada em direção ao seu destino.
    Colz
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    Mensagem por Colz Ter Mar 13, 2018 3:02 pm


    [!ON!] Armadilha Eivbra

    @DanyGSouza e @Raijecki devem

    - distribuir três pontos em Habilidades;
    - distribuir três pontos em Atributos;
    - definir quais foram os talentos adquiridos;
    - além disso, ambos os players ganharão mais um poder definido pelo mestre;
    - a definição do novo poder terá como base os talentos criados.

    Encaminhar MP com a divisão de pontos em Habilidades e Atributos.

    Parabéns pela evolução!
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