Job 01

Aquele trabalho parecia muito simples para ser verdade. Recuperar um diretório basicamente consistia em invadir a rede, colocar um acesso remoto, copiar o diretório para um backup externo e então sair sem levantar suspeitas. Isso para Akemi seria de boa. Seriam 600$ conseguidos na moleza. Ela já estava a caminho de casa enquanto pensava nessas coisas. O melhor de tudo era que aquele job era um homework daqueles bem à vontade. Ela só teria que escolher o que botar para passar na televisão, pegar um copo gigante de coca-cola e alguns doces... E aí era só relaxar.

O primeiro passo deveria ser verificar o endereço IP. Saber exatamente o que estaria invadindo. Contudo, duvidava muito que fosse qualquer coisa de extraordinária. Aquele endereço parecia muito trivial.

dream inscription: @Emerelle começamos aqui seu jogo. Antes de postar aqui, quero que poste no tópico da sua ficha uma espécie de diário da Akemi, registrando como ela se sente diante desse primeiro job. Não precisa ser muito elaborado. Aqui você já deve ir postando sua ação. Qualquer dúvida, MP

O atendente, que era um garoto possivelmente mais jovem que Akemi, separou as compras da programadora e com olhos de peixe-morto anunciou: - Dão 6$. Débito sendo efetuado em conta via TAP. No mesmo instante, Akemi recebeu duas notificações. Uma delas acusava o débito em conta pelos seus doces e uma outra era do dream inscription, o aplicativo do job.

Ele indicava que aquele era o melhor momento para efetuar a invasão. Ela não sabia exatamente o que queria dizer com 'melhor momento', mas talvez fosse melhor obedecer.

dream inscription: não deixe de ler as notificações no começo do post

Pegou o doce com o zé pombão do atendente e afastou-se indagando-se sobre o que significaria 'melhor momento'. Enquanto tomava o rumo de casa, começava a fazer seu trabalho. Jogou na DataNet Global aquele IP. Por comandos de voz e movimento de olhos ela ia selecionando as informações que encontrava. Sua busca acusou que o IP pertencia a um programador. Um colega de profissão, que divertido! Hamasaki Kunisada era o nome do cara. 38 anos. Devia ser ultrapassado já se duvidasse. Será tinha a ver com informações íntimas? De um programador de meia idade? Ih...

dream inscription: muito bom post, @Emerelle ! Já ajeitei os códigos que estavam quebrados

Decidiu que era melhor pesquisar quem era aquele tal de Kunisada. Talvez aquilo pudesse ser apenas uma curiosidade besta. Mas ela tinha tempo. Entrando em casa ela cumprimentou a nora e o irmão. - Espero que não morra mesmo, vai dar trabalho se aparecer morta dentro de casa. - Já dentro do quarto e de porta trancada, colocando sua música para tocar, Akemi jogou o nome de Kunisada na DataNet Global. Se pesquisasse bem, encontraria o que quer que fosse. Foi selecionando as informações até que chegasse naquilo que queria. O homem era um programador de uma empresa de TI. InDependence. Uma empresa especializada em criação de softwares. Se ele trabalha numa empresa dessas, deve no mínimo ser bem entendido do assunto. Sobre a vida pessoal, achou pouco mais que seu perfil em uma rede social de networking com uma foto que revelava que Kunisada era um sarariman como tantos outros. Chegava a essas conclusões quando o aplicativo notificou. 45min para cumprir o job. Parece que eles estão apressadinhos...

dream inscription: sarariman - de salary man, um assalariado de corporações.

Akemi começou a fazer aquilo que ela estava mais que acostumada a fazer. Mundo afora ela era conhecida pelo seu trabalho como hacker, com outro nome. Aparentemente aquela seria uma tarefa trivial. Com todas as letras. Enviava os comandos e logo estava dentro da rede doméstica de Kunisada. Para sua surpresa, contudo, ela havia sido detectada tão logo havia invadido a rede. Soube disso tanto por seus conhecimentos de programação quanto pelo aplicativo que lhe avisou no mesmo instante. Ela havia feito tudo certo. Não era para ter dado nada errado. Que porra era aquela?

dream inscription: postei o teste da SysOp no lugar errado, link aqui.. E @Emerelle o dado selvagem é sempre d6, vc jogou 2d10. Deveria ser 1d10 e 1d6 mas como saiu menos que 6, considerei o segundo dado como o selvagem. Agora puxe uma carta, será sua iniciativa. Segue abaixo a iniciativa do SysOp:

Bravos efetuou 1 lançamento(s) de dados (carta.) :

Ter sido detectada na sua invasão foi algo inesperado. Contudo, ela ainda estava apta a realizar o que queria. A dificuldade é que o SysOp não deixaria barato e poderia começar a erguer defesas, tentar expulsá-la ou pior: desligar a rede. Isso complicaria severamente seu trabalho. Akemi precisava agir rapidamente!

dream inscription: Vamos manter essa iniciativa sempre, então você age primeiro. Veja no livro a partir da página 302 como hackear. Você foi detectada, mas o SysOp ainda não tomou nenhuma ação contrária. Você precisará de pelo menos 3 testes: um para encontrar o diretório, um para retirá-lo e um para apagar os registros. Porém, como estamos num 'hipercombate' você só pode fazer um teste por turno. Trouxe sua ficha de volta para o fórum. Qualquer dúvida, pode ver por mp ou pelo tópico de off.

Akemi corria por entre os diretórios daquele rede doméstica, tentando localizar aquele que era seu alvo. Enquanto corria a a adrenalina platinada entrava-lhe na mente, ela via o SysOp (sistema operacional) reagir a sua presença: barreiras alaranjadas e translúcidas começavam a se erguer em volta dos diretórios, deixando-os mais seguros e difíceis de serem acessados. Vendo aquilo, ela apressou-se ainda mais. No canto da seu campo de visão, o aplicativo informava que o tempo ia se esgotando. Ela tinha que ser rápida.

Os diretórios /root ficavam nas camadas mais internas da rede, depois dos inúmeros arquivos supérfluos e desimportantes. Por isso ela demorou até chegar neles. Depois de muitos corredores e pastas, achou-os. A barreira translúcida e laranja já estava formada em volta deles. Ela precisava agora ultrapassar aquilo e pegar o diretório específico dentro do diretório raiz. Depois vinha a parte mais difícil: derrubar a rede para que os rastros fossem mais difíceis de serem encontrados.

dream inscription: Akemi identificou o diretório, agora ela precisa retirar o arquivo dele, outro testes de Hacking (Controle de Objeto). Como você não tem essa perícia, rola 1d4 + 1d6. A jogada fica com modificador -2. A dificuldade agora é 5, poir o SysOp aumentou a segurança. Você precisará abrir algum dado para conseguir (isto é, tirar o valor mais alto, ai então jogar o dado de novo e somar).

Ela tentava desfazer aquela barreira que se formava sobre o diretório, contudo, o intento era mais difícil que o esperado. A pressa e a defesa aumentada pelo SysOp impediram que os códigos que ela colocava fossem eficientes. Sua primeira tentativa foi em vão: a barreira translúcida e laranja permaneceu firme. Xingou consigo mesmo. Porém, o que a fez xingar mais foi o aparecimento das estruturas de defesa ativa da rede. Próximo ao diretório, pequenos compartimento se abriram e de lá canhões saíram, já apontados contra a invasora.

Começaram a disparar, mas o firewall de Akemi estava preparado. Os tiros se desfaziam quando chegavam há alguns centímetros de sua pele, fazendo sua parede de fogo tremer como treme a superfície de um lago ao cair uma pedra. Valeu a pena o investimento naquela proteção extra. Agora ela precisava apressar-se, pois sendo alvo constante, uma hora seria atingida. Seu TAP lhe trouxe mais uma notícia pouco desejada: os sistemas eram letais.

dream inscription: o SysOp tentou lhe atacar, sem sucesso, mas seu TAP identificou que são sistemas letais, ou seja, se você morrer por conta deles, morrerá também na Realidade. Seu teste falhou, você pode continuar tentando. Lembrando que você tem uma carta do Baralho Selvagem, a sua é: Ai vem a cavalaria. Isso pode te traria alguma ajuda inesperada.

Sua segunda tentativa de mover aqueles arquivos também foi infeliz. A barreira extra que o SysOp havia levantado estava atrapalhando consideravelmente seu avanço. Se questionava sobre si, se não tivesse sido detectada logo na entrada, tudo teria sido mais fácil. Mas ela tinha feito tudo segundo o protocolo. Aquele sistema era que parecia mais bem preparado do que deveria. Sua defesa letal também confirmava aquela hipótese. Akemi sentiu o seu firewall segurando os tiros constantes que não haviam parado. Também se sentiu agradecido por ter investido alguma grana naquilo, do contrário ela poderia já estar fritada aqui dentro e em casa: um corpo morto a ser encontrado pelo seu irmão um ou dois dias depois.

No canto do seu campo de visão, ela via o tempo de limite para invasão caindo. Agora só tinha pouco mais que vinte minutos. Por outro lado, sua barra de progresso não parecia avançar. Aquilo era preocupante. Não sabia o que aconteceria se o tempo estourasse, mas no mínimo ela não receberia pelo job, o que faria tudo aquilo ser inútil. E até onde ela lembrava, não havia letras miúdas avisando que talvez ela morresse no decorrer do trabalho. Era melhor sair bem viva e com o dinheiro!

dream inscription: vc tem um firewall muito bom .