Floresta do Grande Carvalho, extremo leste de Querion, 2 meses de viagem distante da Cidadela dos Elfos, dois anos antes da Guerra entre Vallys e Volken.
- Deixe de ser preguiçosa! Mexa estas asas e vamos logo! Aqueles elfos irão para o rio, parece que vão fazer alguma coisa importante e eu estou curioso para saber o que é!
Deodora abria os olhos despertando enquanto seu irmão Dwen fazia todo aquele barulho a acordando.
- Dwen, me deixa dormir... - responde preguiçosamente Deodora.
- Vamos irmã! Eles já passaram!!!
Dwen estava realmente com pressa e parte antes mesmo de Deodora se levantar da pequenina calosidade que havia no buraco da árvore que ela fazia de cama no refúgio dela e de seu irmão. Ela acompanha o irmão partir com os olhos e tomada pela preguiça demora ainda mais alguns minutos, tempo o suficiente para que sua preguiça e sono sejam cortados com o barulho típico de um trovão.
"Mas como? O céu está azul e sem nuvens! Dwen!!!" - pensa a jovem Pixie, constatando o perigo pelo qual seu irmão mais novo poderia passar.
Ela então sai voando em sua velocidade máxima rezando para Mielikki, a deusa das florestas, para que seu irmão estivesse bem. Ela chega próximo ao rio vê os elfos que o irmão havia falado, mas também percebe que eles não estavam brincando como sempre faziam nem estavam de mãos dadas ou assoprando um na boca do outro (como ela pensava que era naquele tempo), nem trajavam as roupas leves que costumavam eles usavam roupas mais pesadas ou deles parecia usar uma placa de metal sob o tronco e nas pernas couro, enquanto o outro usava também uma proteção sobre o tronco mas com saliências diferente da proteção lisa do outro elfo, e no lugar de pernas de couro usava um pano que cobria as pernas como se fosse uma rosa recém aberta.
Eles pareciam lutar contra uma criatura feita de sombras, o combate é feroz com a elfa atacando com magias como relâmpago enquanto o outro elfo seguia correndo com uma espada com a lâmina em chamas. Deodora observa a cena mais preocupada em encontrar o irmão do que com o desenrolar da luta. Enfim ela encontra o irmão que estava escondido, mas tentando se aproximar mais da luta.
A criatura então começa a conjurar uma bola de energia negra, a elfa conjura uma barreira e o elfo se posiciona defensivamente entre a barreira e a maga. A criatura termina a sua magia e lança a bola na direção dos elfos, Dwen estava no caminho da magia da criatura. Deodora voa novamente com todas as suas forças para salvar o irmão se colocando entre ele e a magia daquele ser de sombras.
Deodora sente aquela energia tocando seu pequenino corpo, era frio mas não como gelo que com o tempo queimava, era apenas frio. Então ela se vê sendo englobada pela magia que passa pelo corpo do irmão mas não causa nenhum efeito nele. Ela fica aprisionada na esfera de energia negra que colide com a barreira mística da elfa, mas ela continua seguindo até entrar em contato com o elfo que estava parado logo atrás da barreira.
O jovem elfo também é englobado pela magia, então a esfera para e por algumas frações de segundo Deodora vê seu irmão olhando para ela com lágrimas nos olhos, a criatura de sombras se esvaindo e a elfa parecia gritar algo e gesticular na direção onde estavam. E então apenas trevas.
[...]
Floresta das Trevas, Volken. Instantes depois.
Deodora abria os olhos, ela está sozinha caída no chão. Ela olha ao redor não havia ninguém e as folhagens densas das árvores bloqueavam a passagem dos raios do sol. Ao longe ela escuta sons estranhos que ela nunca havia escutado. Ela tenta voar mas suas asas estão feridas, a dor é lacerante então ela corre com suas pequenas pernas na direção do ruído. Quando ela se aproxima ela vê um grupo de criaturas maiores que os elfos, e muito mais fortes. Alguns tinham a pele cinza outros esverdeadas, seus rostos lembravam o rosto de um Javali mas com feições que lembravam os elfos ou mesmo de outros Pixies.
Era um grupo grande, eram oito ou dez destas criaturas, usando proteções de ferro e armas grandes e pesadas. Eles caminhavam lentamente ao lado de uma coisa que parecia ser feita com árvores, mas tinham um corte de árvore rolando presa a ela e era isso que fazia este barulho e dois grandes animais que pareciam javalis gigantes, mas tinham as presas no alto da cabeça e eram maiores até que as criaturas que os levavam, a puxavam com bastante esforço. Tanto que várias vezes uma das criaturas batia com um chicote nos pobres animais.