19 de Eleint de 1372
A manhã estava fria e o céu limpo.
A natureza no Norte era imponente e agressiva, e as Montanhas Inferiores eram boas representantes disso. Era impossível não perder o fôlego apenas por imaginar a vista do ponto mais alto das montanhas, deitada aos pés daqueles titãs de rocha maciça. A jovem druida, olhando para o céu infinito acima dela, notou como tudo também estava silencioso aquela manhã; os pássaros não cantavam, o seu logo estava mais quieto que o costumeiro e até o rio Rauvin estava mais silencioso que o normal. Katherine teve a impressão de que todo o resto da natureza, mais atenta aos próprios instintos, estivesse atenta à algo que fosse acontecer em breve. Nem mesmo uma brisa era sentido.
Acompanhada de Oromis, a druida desfez o pequeno acampamento onde dormira com seus mestre e os dois continuaram a viagem para a Floresta Alta. O caminho desde a Floresta da Lua foi longo, 3 dias contornando as Montanhas Inferiores, caminhando pela margem oriental do Rio Rauvin mas, graças aos deuses, sem imprevistos. Mimetizando o comportamento do mundo ao redor, os dois caminhavam em silêncio.
Se as Montanhas Inferiores eram um símbolo do poder da natureza no Norte, o mesmo pode ser dito sobre a Floresta Alta. De muito longe já era possível ver com clareza as copas das enormes árvores que cresciam ali e a floresta se estendia por tantos quilômetros, com diversos tons de verde se misturando, que não dava para ver muito bem onde ela termina. O resto da viagem tomou toda a manhã, mas a longa caminhada foi recompensada. O cheiro de terra e folhas era forte e reconfortante e, de vez em quando, o vento trazia o cheiro de frutos frescos. Katherine passou boa parte de sua vida em uma floresta, mas nunca a jovem druida conseguiria formar na sua mente o que a Floreta Alta era; foi preciso que a elfa visse com os próprios olhos para entender tudo o que Oromis lhe contara durante a viagem. A druida via árvores seculares com troncos grossos o suficiente para se esculpir uma casa e logo ao lado haviam árvores da altura de Katherine e tão jovens quanto a druida, quase todas elas com os galhos e troncos cobertos por limo e outras plantas menores.
Apesar da quietude anormal, era possível ver que cervos, pequenos roedores e pássaros dividiam harmoniosamente o espaço com lobos e aves de rapina, e o Forte Portão do Inferno, de onde surgiram demônios que assolaram boa parte da porção norte da floresta, agora está destruído e junto com ele se foram quase todas as criaturas do Abismo. Oromis contou que Turlang, um ente antigo e poderoso que toma conta da floresta, reconquistou muitos quilômetros ao norte, devolvendo a terra às árvores. Katherine e seu mestre cruzavam agora a porção noroeste da floresta, conhecida como a Floresta de Turlang, mas eles não poderiam se demorar ali, deviam seguir mais para o sul, até os Olhos de Selûne, uma enorme clareira que fica às sombras da copa do Vovô Árvore, um ser sagrado até mesmo para os deuses da natureza, onde seria celebrado o Equinócio de outono daqui dois dias.
- Eu espero que aprecie os dias que passaremos aqui, Kat -Katherine havia ganhado esse apelido muitos anos antes de Oromis - Eu cresci aqui, filho de elfos que não vivem mais nestas terras por terem escolhido o exílio, mas eu não conseguiria abandonar esta floresta. Já me dói o bastante viver do outro lado das Inferiores - Oromis era sereno e seu tom de voz era grave e baixo, mudando apenas quando ele estava muito feliz ou extremamente irritado. Katherine conseguia ver em seu rosto uma alegria que nunca tinha visto antes - Nós dormiremos com os Fantasmas da Árvore hoje, e não precisa se assustar com esse nome, eles são uma tribo de Uthgardt que ajudam na defesa da floresta. Já faz algum tempo que eu queria te trazer na Floresta Alta, então passaremos alguns dias aqui após as celebrações de amanhã.
A manhã estava fria e o céu limpo.
A natureza no Norte era imponente e agressiva, e as Montanhas Inferiores eram boas representantes disso. Era impossível não perder o fôlego apenas por imaginar a vista do ponto mais alto das montanhas, deitada aos pés daqueles titãs de rocha maciça. A jovem druida, olhando para o céu infinito acima dela, notou como tudo também estava silencioso aquela manhã; os pássaros não cantavam, o seu logo estava mais quieto que o costumeiro e até o rio Rauvin estava mais silencioso que o normal. Katherine teve a impressão de que todo o resto da natureza, mais atenta aos próprios instintos, estivesse atenta à algo que fosse acontecer em breve. Nem mesmo uma brisa era sentido.
Acompanhada de Oromis, a druida desfez o pequeno acampamento onde dormira com seus mestre e os dois continuaram a viagem para a Floresta Alta. O caminho desde a Floresta da Lua foi longo, 3 dias contornando as Montanhas Inferiores, caminhando pela margem oriental do Rio Rauvin mas, graças aos deuses, sem imprevistos. Mimetizando o comportamento do mundo ao redor, os dois caminhavam em silêncio.
Se as Montanhas Inferiores eram um símbolo do poder da natureza no Norte, o mesmo pode ser dito sobre a Floresta Alta. De muito longe já era possível ver com clareza as copas das enormes árvores que cresciam ali e a floresta se estendia por tantos quilômetros, com diversos tons de verde se misturando, que não dava para ver muito bem onde ela termina. O resto da viagem tomou toda a manhã, mas a longa caminhada foi recompensada. O cheiro de terra e folhas era forte e reconfortante e, de vez em quando, o vento trazia o cheiro de frutos frescos. Katherine passou boa parte de sua vida em uma floresta, mas nunca a jovem druida conseguiria formar na sua mente o que a Floreta Alta era; foi preciso que a elfa visse com os próprios olhos para entender tudo o que Oromis lhe contara durante a viagem. A druida via árvores seculares com troncos grossos o suficiente para se esculpir uma casa e logo ao lado haviam árvores da altura de Katherine e tão jovens quanto a druida, quase todas elas com os galhos e troncos cobertos por limo e outras plantas menores.
Apesar da quietude anormal, era possível ver que cervos, pequenos roedores e pássaros dividiam harmoniosamente o espaço com lobos e aves de rapina, e o Forte Portão do Inferno, de onde surgiram demônios que assolaram boa parte da porção norte da floresta, agora está destruído e junto com ele se foram quase todas as criaturas do Abismo. Oromis contou que Turlang, um ente antigo e poderoso que toma conta da floresta, reconquistou muitos quilômetros ao norte, devolvendo a terra às árvores. Katherine e seu mestre cruzavam agora a porção noroeste da floresta, conhecida como a Floresta de Turlang, mas eles não poderiam se demorar ali, deviam seguir mais para o sul, até os Olhos de Selûne, uma enorme clareira que fica às sombras da copa do Vovô Árvore, um ser sagrado até mesmo para os deuses da natureza, onde seria celebrado o Equinócio de outono daqui dois dias.
- Eu espero que aprecie os dias que passaremos aqui, Kat -Katherine havia ganhado esse apelido muitos anos antes de Oromis - Eu cresci aqui, filho de elfos que não vivem mais nestas terras por terem escolhido o exílio, mas eu não conseguiria abandonar esta floresta. Já me dói o bastante viver do outro lado das Inferiores - Oromis era sereno e seu tom de voz era grave e baixo, mudando apenas quando ele estava muito feliz ou extremamente irritado. Katherine conseguia ver em seu rosto uma alegria que nunca tinha visto antes - Nós dormiremos com os Fantasmas da Árvore hoje, e não precisa se assustar com esse nome, eles são uma tribo de Uthgardt que ajudam na defesa da floresta. Já faz algum tempo que eu queria te trazer na Floresta Alta, então passaremos alguns dias aqui após as celebrações de amanhã.