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    Prólogo: Novos X-Men

    ayana
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    Prólogo: Novos X-Men Empty Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por ayana Dom maio 19, 2019 9:46 pm

    Novos X-Men
    Instituto Xavier de Educação e Visibilidade Mutante
    7 horas


    Não havia forma de contato mais eficiente do que receber uma notificação no cérebro. Os primeiros a recebê-la ainda estavam dormindo. Por telepatia, Rachel Grey conseguia despertá-los sem a necessidade de usar as palavras. Não queria assustá-los, porque sabia que alguns tiveram uma péssima noite de sono; poderiam ainda estar no meio de algum pesadelo. Demorava até meio minuto para que a maioria estivesse com os olhos bem abertos. No trigésimo primeiro segundo, se alguém insistisse em permanecer dormindo, ouviria na mente um alarme de incêndio.

    Para outros estudantes, era o início de mais um dia trivial, aberto a imprevistos. Ninguém começava o dia pensando na aula que começaria em breve, porque aos poucos, o Instituto se distanciava do sistema de uma escola. Havia aulas marcadas para essa manhã, mas a quantidade de docentes disponível era insuficiente; o que também queria dizer que não havia X-Men suficiente para garantir a segurança da maior concentração de mutantes nos Estados Unidos.

    Com a mente em estado de alerta, os estudantes receberam a mensagem:

    "Atenção alunos da sala Logan! A aula de Negociação Diplomática de hoje está cancelada porque a professora Ororo está fora do Instituto. Aproveitem a manhã para estudar pra prova de genética na semana que vem. À tarde teremos treinamento. Tenham todos um bom dia!"

    Os professores do Instituto Xavier tinham múltiplas jornadas e, de longe, o que mais tomava tempo eram as missões externas. O que exatamente Tempestade e outros X-Men estavam fazendo, não chegou ao conhecimento dos alunos. Poderia ser uma estratégia para protegê-los, evitando que alguns desmiolados saiam por aí bancando os super-heróis. Alguns, porém, como os alunos da sala Logan, estavam quase preparados para assumir esse tipo de responsabilidade.

    Com tantos mutantes compartilhando o mesmo espaço, já era possível escutar a movimentação nos corredores. Nas portas do banheiros, filas começavam a se formar. Às vezes, chegava a faltar água no final da manhã, o que levou Hank McCoy a desenvolver um sistema de captação de água a partir dos poderes do Homem de Gelo. A escola se mantinha de pé com medidas emergenciais desse tipo, porque ninguém nunca iria imaginar que um dia abrigaria tanta gente.

    Cindy e Sasorie dividiam o quarto com Ruth Aldine e Lin Li. A primeira, também conhecida como Olhos Vendados, era uma mutante solitária e introspectiva com a capacidade de prever o futuro. Naquela manhã, sua cama desarrumada estava vazia. Ela acordou bem cedo, ou de madrugada, e saiu do quarto, como já fizera muitas vezes.

    Lin, ou Natural, tinha o poder de controlar e se comunicar com elementos da natureza. Ela acordou quando dois ratos cinzas subiram pela sua perna. Era o casal Alberto e Belinha, velhos conhecidos informantes. Na maioria das vezes, traziam informações banais para seres humanos que não precisavam saber onde encontrar restos de comida. Porém, já trouxeram informações importantes, por isso Natural dedicava alguns minutos da manhã para escutá-los com atenção.

    Hoje, Belinha parecia bastante inquieta, andando de um lado para o outro nos chifres de cervo da mutante. Alberto estava de pé, batendo a pata traseira na palma da mão de Lin. Com os pequenos olhos fitando um único olho, o rato guinchava sem parar. Quando ficou quieto para tomar fôlego, a mutante começou a acariciá-lo no pescoço e ele se acalmou.

    - O Alberto me disse que eles encontraram uns ratos diferentes - disse Natural levantando-se da cama e colocando o rato no ombro. Em seguida, alongou os braços e suspirou. - Ai, ai... ele tá me pedindo pra conversar com eles. Eu vou lá.

    Ela saiu do quarto ainda de pijamas, com Alberto sussurrando em seu ouvido.

    O quarto ao lado era de Andrey, George, Mike e de Evan Sabahnur. Também conhecido como Gênese (ou entre os estudantes como Kid Apocalipse), ele era o clone do primeiro mutante do planeta e um dos principais inimigos dos X-Men. Qualquer um se sentiria desconfortável em compartilhar o mesmo espaço com um potencial genocida de poderes ilimitados, mas a gentileza que o jovem demonstrava rompia alguns preconceitos.

    Gênese ainda estava dormindo, com um dos braços alongados para fora da cama e encostando no chão. O punho fechado estava três vezes maior que o normal. Um tamanho suficiente para esmagar um pombo. De repente, ele despertou com um susto. O braço fez um movimento em arco e, como uma bola de demolição, atingiu o beliche de cima, onde Mike dormia. A cama só não caiu sobre ele porque era feita de metal.

    - O quê!? - Ele se levantou e olhou para cima onde havia a marca de seu punho no metal amassado. - Mike, você tá bem? - Perguntou mesmo sem saber se o colega estava acima dele.

    A mão voltou ao tamanho normal e cobriu parte de seu rosto.

    - Desculpa, eu… - ele fez uma pausa e respirou fundo. - Tive outro sonho ruim. Acho melhor a gente trocar de cama, ou talvez seja melhor se eu dormir no chão.

    Evan não recebeu a mensagem de Rachel porque não fazia parte da turma Logan. Ainda visivelmente abalado, perguntou se o banheiro estava livre. Trancou-se lá dentro e logo era possível escutar o som da torneira aberta. Depois veio o som de vômito.

    Bleeeeeergh!

    - Eu tô bem! Eu tô bem! - Gritou de dentro do banheiro. - Só um pouco enjoado… eeewk... - voltou a vomitar.

    Seria precipitado dizer que começava mais um dia normal no Instituto Xavier, mas por enquanto, não havia indícios de que hoje seria muito diferente de ontem. Andrey, Cindy, George, Mike e Sasorie tinham a manhã toda disponível para fazer o que quiserem…  
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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por einherji Seg maio 20, 2019 3:01 pm

    Halifax
    Mike Savage

    Despertava rápido assim que começava a receber a mensagem, sempre teve o sono leve e aquela não era nem de longe a pior das maneiras de se acordar - se estivesse em casa, seu tio provavelmente estaria socando a porta para que ele acordasse e fosse trabalhar, mesmo que nunca tenha se atrasado ou deixado de contribuir. Mas mesmo ali na mansão, precisava cumprir o tempo estabelecido, 30 segundos, se não o alarme incomodava - mas parava rapidamente assim que se levantava.

    Ficava impressionado com os usos variados que os professores tinham com seus poderes, telepata para despertador, homem de gelo para abastecimento de água - tentou pensar em que uso ele teria de forma alternativa, mas nada veio a mente - não conseguia pensar em como usar suas habilidades de forma criativa, algo que estivesse além de se cortar e explodir.

    De qualquer forma, mesmo desperto ainda ficava um tempo na cama para aproveitar os últimos segundos disponíveis, ainda que nessa manhã, em específico, toda ela seria livre - mas duvidou que poderia usar toda a manhã para dormir, nem conseguiria com o barulho da mansão. Ah, o barulho. Enfiaram um monte de adolescentes e jovens com capacidade destrutiva em um único lugar - não tinha muito silêncio, a partir do momento que a maioria começava a acordar, as coisas saiam bastante do controle no quesito barulho, pelo menos para o seu gosto pessoal.

    Abriu os olhos no último segundo possível e ouviu e sentiu o baque nas costas.

    - EU TÔ ACORDADO! Puta merda, eu tô acordado!

    Girou e pulou pra fora da cama, demorou para entender o que tinha acontecido e achou que fosse só um novo método para acordar os alunos mais preguiçosos, mais uma das inovações de Rachel Grey. Até que se lembrou que seu companheiro de beliche era Evan Sabahnur e ouviu os pedidos de desculpas. Recostou-se à beliche, passando as mãos no rosto. A cabeça girou rapidamente e pensou na possibilidade de um mutante como o Gênese dormindo em cima dele todos os dias, só esperando um pequeno pesadelo para que ele virasse uma pasta explosiva de sangue. Aí, aí o uso criativo de seus poderes - pasta explosiva de sangue, esfregue um pouco de Mike Savage na sua mina de carvão favorita e abra novos caminhos.

    - Não... Nada de trocar de cama! E também não precisa dormir no chão. Fica tranquilo...

    A maioria tinha um pouco de medo dele, pelo o que percebia - mas nunca considerou Evan como alguém propositalmente perigoso. Sim, ele era famoso ali e com razão, mas era fácil de conviver. Tão logo, viu que ele foi para o banheiro e dali, só ouviu os barulhos raivosos de seu estômago. Era engraçado. No mínimo curioso. Todos ali tinham alguma peculiaridade que os faziam excepcionais em algum aspecto, mas mesmo assim, no fundo - eram todos animais e ficavam doentes. Os mais poderosos do mundo forçados a meter a cara dentro de um vaso sanitário para aliviar suas dores de estômago e náuseas.

    Sentou-se na cama de Evan e acenou para Andrey e George, com a cabeça ainda um pouco baixa - recuperando-se do susto recente.  
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    Mensagem por Unicórnio Invernal Seg maio 20, 2019 11:42 pm

    Siren
    Cindy Hale

    Mais um dia começava.

    Cindy sempre acordava bem cedo para começar sua rotina de exercícios e treinos com os instrumentos musicais, tendo sempre um dia específico para cada um deles. Só que isso tinha ficado no passado, em um tempo que parecia bem distante. Uma outra vida. A mutante já não se importava com horários havia muito tempo. Nessa nova vida, acordar cedo estava longe de ser algo que gostasse. Certamente não era a aluna mais assídua no instituto, talvez estivesse até na lista dos mais trabalhosos de lidar.

    Com o rosto enfiado no travesseiro, Cindy apenas resmungou com o comunicado mental de Rachel Grey e voltou ao que estava fazendo. Não era incomum ela usar suas habilidades para bloquear o "alarme" de Rachel Grey, isso quando conseguia, mas hoje só tinha esquecido de tentar mesmo. Tinha dormido tarde na noite anterior e ainda estava atordoada demais para raciocinar.

    Enquanto tentava voltar ao agradável sonho que estava tendo, Cindy começou a ouvir a colega de quarto, Lin, explicar alguma coisa. A musicista respondeu, o som da voz completamente abafado pelo travesseiro e esticou o braço para trás, erguendo-o um pouco da cama e fazendo um sinal de positivo com o polegar, só que, como estava de bruços na cama, o sinal estava ao contrário. Se Cindy sabia o que tinha sido dito? Quem sabe?

    Poucos segundos depois a mutante virou um pouquinho a cabeça e abriu um olho em meio aos fios de cabelo rosa desgrenhados para saber se ainda ainda tinha alguém no quarto. O pessoal sempre era barulhento, mas suas colegas de quarto certamente sabiam como ela podia ser rabugenta se ficassem lhe atazanando logo que abrisse os olhos.

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    Mensagem por JPVilela Ter maio 21, 2019 8:45 am

    Tesla
    Andrey Sidorovich


    O estrangeiro despertava com um prolongado e cansado suspiro, parecia que tinha pegado no sono a uns dez minutos atrás, ou ao menos era assim que sentia. A essa altura do campeonato já havia se acostumado com os avisos telepáticos, e com como podiam ser caóticos os horários de aulas, mas entendia que vida dupla dos professores sendo membros dos X-men não era a mais pacata que alguém poderia ter, ainda por cima na epoca em que estavam vivendo... O instituto estava mais para um campo de refugiados de luxo.

    Bem, “estudar pra prova de genética na semana que vem” já era algo que havia feito nas últimas noites antes de conseguir pegar no sono, o que era uma eternidade, então tinha a manhã livre e realmente tinha que escolher leituras menos complexas para as noites...
    Endireitou-se na cama, coçando o nariz e reunindo forças para se colocar de pé, mas logo tomou um susto com barulho vindo de onde outros dois colegas dormiam em um beliche. Logo viu que era Evan…

    Mike escreveu:- EU TÔ ACORDADO! Puta merda, eu tô acordado!
    Gritava com o susto seu colega Mike, Andrey sentou-se em sua cama para entender melhor o que estava acontecendo.

    Evan escreveu:- Desculpa, eu… - ele fez uma pausa e respirou fundo. - Tive outro sonho ruim. Acho melhor a gente trocar de cama, ou talvez seja melhor se eu dormir no chão.

    Outro pesadelo? Depois tinha que perguntar a natureza desses sonhos ao garoto.

    -
    Mike escreveu: Não... Nada de trocar de cama! E também não precisa dormir no chão. Fica tranquilo...

    Após essa troca de palavras, o mutante de cabelos escuros acenou positivamente com a cabeça em resposta a Mike. Ainda assim, achava mais seguro outra solução:

    - Talvez George devesse trocar de cama com você, Mike.  - colocou-se de pé - Você é um cara grande, o beliche vai tremer bem menos se ele dormisse na parte de cima... - comentou casualmente.

    Seu sotaque eslavo era bem proeminente, embora já dominasse bem o idioma falado no país onde atualmente residia.

    Rumou até o espelho que tinham em uma das paredes do quarto. Após dar um jeito no cabelo bagunçado, jogando ele para trás como de costume, checou se o colete que vestia por cima da camiseta de pijama estava em ordem, a luz indicadora presente próxima ao ombro direito dizia que sim, ótimo, pessoas não se machucariam se trombassem nele. Vestiu as calças e um moletom velho por cima dos pijamas e do dispositivo.

    A um tempo o ucraniano se questionava por que resolveram colocar gente como ele e Mike juntos... não entendia, um podia eletrocutar os amigos sem querer se a invenção que vestia desse defeito, o outro explodir uma sessão da escola se sofresse um arranhãozinho... Coitado do George, devia em um aposento com colegas que representassem um risco menor de vida para ele, e no lugar do carinha, alguém com poderes como o do Colosso ou algo do tipo...

    Antes do instituto, nunca havia dividido um quarto com tantas pessoas, era filho único. Gostava de se arrumar antes que os outros colegas conseguissem se levantar das camas pois odiava esperar pelos outros para coisas como o banheiro. Mas hoje Evan tinha ganho essa corrida, por algum motivo. Para tais situações, Andrey tinha outro par de escova e pasta de dente guardados em sua mochila. Pegou os itens, os colocou em um dos bolsos do agasalho, e agora estava em mãos com seus fones de ouvido e o velho mp3.

    - Bom dia, cavalheiros - cumprimentou brevemente os outros dois colegas de quarto, exibindo um sorriso cansado e logo voltando a atenção para desfazer os nós dos fones.  

    Antes de sair, aproximou-se da porta do banheiro, encostando o ouvido na porta. Logo mais ouviu o próprio Evan dizendo estar bem. Achou graça, por que logo em seguida ouviu o inconfundível som de alguém vomitando no vaso sanitário. Segurando o riso e afastou-se, colocando os fones nos ouvidos. Acenou positivamente para os colegas rumou porta a fora em direção a um dos banheiros dos corredores do instituto.
    Gelatto
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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Gelatto Ter maio 21, 2019 5:37 pm

    Karmeleon
    George Chameleon

    Um ano atrás George fora salvo de um linchamento por Ororo, ex-líder dos Morlocks, que o trouxe para o instituto, tendo a oportunidade de ser alguém melhor, diferente da vida marginal que levava antes. Entre os professores que estavam presentes quando chegou ao instituto estava Rachel Grey. Ela encarava George como se pudesse ver sua alma. Mais tarde saberia que ela detinha poderes telepáticos e só o estava sondando mentalmente, mas naquele dia, George se sentiu aterrorizado. Ororo e Rachel são duas das mais poderosas X-Men, mas Rachel nunca demonstrou a gentileza de Ororo. Naquela primeira noite no instituto, George dormiu em paz pela primeira vez, mas ao ser desperto por Rachel no dia seguinte, bem, pode-se dizer que o apavorado garoto dormiu quase um mês longe da mansão. E é por isso que George sempre acorda antes do horário.

    Mesmo acordado antes do horário, George permanecia na sua cama, quietinho, não querendo interromper o sono dos companheiros de quarto, apesar de ser bem furtivo e conseguir sair sem ser notado. Então veio o recado da professora Rachel. George imaginava onde Ororo tivesse ido. Tinha nela um modelo a seguir, sempre se interessava pelas suas aulas, notícias sobre ela, e às vezes, quando algum aluno dizia algo de ruim sobre a aula dela, o sangue de George fervia, mas ele nada fazia, lhe faltava um pouco de coragem e iniciativa ainda.

    Então Evan tivera um pesadelo e golpeava com força o beliche de Mike. E George já não estava mais no seu beliche.

    Mike escreveu:- EU TÔ ACORDADO! Puta merda, eu tô acordado!

    Instintivamente o pequeno Morlock já estava no canto do teto do quarto, pronto para abrir a janela e sair dali, totalmente camuflado e em silêncio. Quando ouviu Evan se desculpando, percebeu que foram apenas pesadelos do companheiro de quarto.

    Evan Sabahnur, ou como era conhecido no instituto: Kid Apocalipse, um clone do mutante genocida Apocalipse. George conhecia Apocalipse apenas pelo nome e pelos seus feitos, mas repartir um quarto com alguém que poderia se tornar o futuro Apocalipse era complicado. Quentin Quire avisou George para tomar cuidado com ele, mas numa aula de ciências o Dr. Hank McCoy disse que "as pessoas são mais que seu DNA", e ele tinha razão. Ororo havia dado uma chance para George, e Evan nunca fizera nada de mal, era um aluno dedicado, os outros implicavam apenas pela sua aparência. E George sabe exatamente como o companheiro de quarto se sente com isso tudo.

    De repente, Evan corria para o banheiro totalmente enjoado. Então, mais calmo, George, ainda no teto, de cabeça para baixo, removia sua camuflagem, aparecendo para os colegas.

    -"Cara, pensei que estávamos sendo atacados! Que susto me deram..."

    Andrey escreveu:- Talvez George devesse trocar de cama com você, Mike. [...] Você é um cara grande, o beliche vai tremer bem menos se ele dormisse na parte de cima...

    -"Ei, calma aí! Não ouviu o Mike? Ninguém precisa trocar de cama! Tá bom assim!", dizia rapidamente antes que Mike concordasse. E voltava para sua cama na parte de baixo do outro beliche, abraçava seu travesseiro e cobertores e dizia: -"Já me acostumei com esta cama!"

    Era de conhecimento geral que os morlocks viviam uma vida sofrida e não tinham posses, e o pouco que tinham eles guardavam com carinho. E George era assim. Ele não tinha nenhum pertence, nem almejava nada. George considerava sua cama seu "espaço pessoal". Nenhuma foto, nenhum brinquedo, nenhuma carta, nenhuma lembrança, nada além das roupas do corpo, do uniforme do instituto e de sua cama.

    Andrey escreveu:- Bom dia, cavalheiros

    -"Ah, é! Bom dia!..." Enquanto respondia, Andrey já estava vestido e deixava o quarto, e Evan ainda estava no banheiro, colocando para fora toda a janta de ontem. -"Que desperdício...", George comentava baixo. Os Morlocks passavam fome, e regurgitar o alimento era algo impensável para eles. Mas no instituto a comida era farta. E variada. E era o paraíso para George. Só sobraram no quarto George e Mike, ambos ainda se recuperando do susto.

    -"Então... sem aula de novo... será que já podemos ir tomar o café da manhã?", indagava.

    Sky
    Mutante
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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Sky Ter maio 21, 2019 10:20 pm

    Beastgirl
    Sasorie Greene
    Instituto Xavier de Educação e Visibilidade Mutante
    7 horas


    Apesar de Rachel Grey usar a telepatia de forma leve para despertar seus alunos Sasorie odiava esse método. Despertou sentando na cama de forma brusca, os braços parcialmente transformados e os pelos verdes espalhados pela cama. Estava em estado de alerta e levou uns dois segundos para destransformar os braços.

    Sasorie odiava gente em sua cabeça, mesmo que fosse para dar um recado. Quase rosnou diante do anúncio de Rachel sobre as não-aulas. A dor de cabeça por conta da ressaca também não ajudava. Quase pisou nas latinhas de cerveja que tinha deixado debaixo da cama ao apoiar os pés no chão.

    "Pff prova de genética. Como se eu fosse pra aula mesmo se tivéssemos professor" pensou jogando o lençol para o lado e procurando algo pra vestir largado no chão.

    Quando decidiu voltar, de novo ao Instituto não imaginava que não ia conseguir nem um quarto sozinha. Tinha de dividir com as garotas, não que as odiasse (por mais que demonstrasse um constante mau-humor), mas não estava nem um pouco acostumada a ficar próxima de pessoas.

    "A ceguinha já vazou, a esnobe ainda ta na cama e a esquisita dos ratos tá lá conversando com o Mickey e a Minnie" isso agora tinha se tornado sua manhã comum. Sasorie sentia uma inquietação, não somente pelo fato de não ter se acostumado a largar sua vida de itinerante, mas porque tudo parecia tão...frágil.

    Sasorie sabia, Sasorie já tinha visto, quando as coisas dão errado para os X-men elas dão errado pra valer. A qualquer momento essa farsa de escola, esses alunos vivendo sob o mesmo teto, poderiam ruir com uma centena de Sentinelas ou a Irmandande ou até mesmo um mutante descontrolado...

    Afastou os pensamentos ruins ao colocar uma calça e a camiseta que estava com menos restos de pelo verde.

    -Melhor acordar, realeza, ou a ruivinha vai te despertar do seu sono de beleza - disse para Cindy enquanto colocava sua jaqueta.

    -E Cinderella, se eu ver alguma sujeira de rato na minha cama eu vou comer os seus dois amigos! - disse antes que Lin Li saísse do quarto.

    Saiu do quarto e sentiu de pronto a bagunça sensorial que seu olfato sentia com todos aqueles alunos amontoados na mansão. Sasorie já tinha discutido isso com Kitty Pride que abrigar todo mutante era como oferecer um bife a um leão. Um ataque, um vilão idiota e louco o suficiente para atacar ou um mutante descontrolado e todos os mutantes estariam ferrados.

    Enquanto andava pelos corredores não conseguia não perceber novamente as falhas de segurança e defesa que ainda existiam, aberturas que ela via e seu cérebro não conseguia desligar.
    A inquietação tomava sua mente e isso era um saco.

    "Droga será que o Logan não escondeu mais nenhum frigobar com mais cerveja?" pensou andando com as mãos no bolso, sem rumo definitivo, talvez fosse para o jardim. Qualquer lugar mais solitário possível.


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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Unicórnio Invernal Qua maio 22, 2019 12:10 am

    Siren
    Cindy Hale

    Cindy estava tentando voltar a dormir quando ouviu Sasori, a orangotango arborizada, lhe dizer alguma coisa. O que quer que fosse, vindo da boca dela não tinha importância. Cindy só bufou contra o travesseiro e ergueu a mão outra vez pra mostrar o dedo do meio à colega de quarto peluda.

    Quando notou que todas as colegas de quarto se levantaram, Cindy resolveu erguer o corpo da cama, se levantando como uma máquina que precisava urgentemente de óleo em suas engrenagens. Definitivamente precisava dormir mais. Ainda bem que não estava com pressa nenhuma. Meio desajeitada, ela desceu devagarinho do beliche para se deparar com toda a imundice que a duende verde tinha deixado espalhada pelo cão.

    URGH!

    Parecia que uma dúzia de cachorros moravam no quarto. Cachorros bêbados e desobedientes. Se Cindy TINHA que dividir o quarto com a orangotango, não queria dizer também que seria obrigada a viver no chiqueiro. Totalmente sem vontade nenhuma, a mutante começou a recolher toda a sujeira e bagunça de Sasorie do chão e a jogar em cima da cama dela. Roupas, latinhas, pelos, etc, tudo junto e, por fim, envoltos por seu cobertor. Que o chiqueiro ficasse na cama dela.

    Tinha levado alguns minutos com a arrumação e agora tinha o banheiro inteirinho só pra si. Podia gastar mais tempo com sua higiene pessoal, se arrumando e passando a maquiagem com a ajuda do espelho que tinha no quarto. Por sorte não tinha praticamente ninguém em seu quarto com quem precisasse disputar o espelho. Uma era cega e a outra não sabia pra que o espelho servia... Só tinha Lyn, no pior dos casos. Do seu lado do armário, Cindy tirou as roupas que iria vestir. Não tinha muita coisa, afinal também não arranjava muito dinheiro com facilidade. Algumas coisas já estavam ficando velhas e isso incomodava a mutante.

    Ela vestiu um short jeans, meias 7/8 brancas e um moletom rosa meio largo com uma figura de um coelho cartunizada e super sorridente. Calçou um dos dois pares de botas que tinha, o cinza, e prendeu o cabelo em dois coques no topo da cabeça, parecendo duas pequenas orelhas de um rato Mickey cor-de-rosa. Por fim a maquiagem e o óculos de sol rosa espelhado e de lentes redondas. Agora sim estava pronta para enfrentar mais um dia no instituto, depois de vestir sua armadura completa. Hora de por os pés pra fora do quarto.

    Cindy foi direto para a cozinha, para, pelo menos, tomar uma xícara de café bem forte ou corria o risco de acabar dormindo no momento em que se aquietasse um pouco mais.

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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por einherji Qua maio 22, 2019 10:02 am

    Halifax
    Mike Savage


    Ouviu Andrey, fazia mais sentido - não era para que Evan ficasse na cama de cima e ele de cama de baixo, mas que simplesmente outra pessoa assumisse aquela cama - realmente, ele era o maior do quarto e não tinha muito sentido em ficar com a parte de cima. Era óbvio. Até porque, devido as habilidades de George, ele poderia tranquilamente esquivar ou agarrar-se em qualquer coisa, caso o pior acontecesse. Tão logo veio a resposta de George sobre a troca. E bom, apesar de óbvio, não seria tão fácil. George parecia um pouco receoso quanto a mudanças ou colocar-se em situações perigosas, sabia de onde vinha - apesar de nunca ter tido muito interesse na situação dos morlocks. Era sensato, admirava o senso de auto preservação do companheiro de quarto, diferente da maioria dos moradores da mansão, pelo o que via ali, boa parte acreditava ser o próprio Wolverine e às vezes a peculiaridade do sujeito era só segurar a vontade de ir ao banheiro o dia todo - e bom, era um poder interessante para a mansão, dado o número de habitantes e o fluxo do banheiro.

    - Pode ficar com a sua cama.

    Sorriu, enquanto respondia e olhou Andrey saindo, era comum que ele não tivesse paciência para esperar o uso do banheiro, mas talvez tivesse menos sorte com os banheiros comunitários da mansão - já tinha visto outros quartos e cantos da mansão e estavam em posição de privilégio, tinham aquele banheiro só para eles. Ainda não tinha entendido de onde era o sotaque dele - Rússia? Não sabia. Mas achava rude questionar, ainda não tinha tempo de terem conversas mais longas sobre suas vidas. Também não tinha muito interesse em ser recíproco na troca de informações mais profundas sobre sua vida.

    - Bom dia e boa sorte, Andrey!

    Se levantou da cama e foi até a janela mais próxima, agora que todos estavam despertos, não incomodaria com vento ou luz na cara de ninguém - abriu a janela empurrando-a para cima e olhou para fora, para os jardins da mansão. Uma coisa era certa, o lugar era bonito. Estava longe de todo o gelo e neve do extremo do Canadá e isso por si só, já era ótimo. Apontou para fora.

    - Veja George... Tudo o que a grama toca, é nosso banheiro. Sem filas!

    Olhou para George e riu fracamente da própria piada escatológica, o riso cessou rapidamente até perceber que não tinha tanta graça assim, na verdade era só uma referência boba. Era bom que desse certo ali, não tinha como voltar para trabalhar atendendo telefones e a carreira de humorista estava fora de cogitação. Até que ouviu seu companheiro falar sobre o café da manhã, sorriu e arregalou um pouco os olhos, deixou a janela de lado e virou-se completamente para seu pequeno companheiro camaleão. Apontou o dedo para ele, num tom inicial de ameaça, mas logo em seguida o congratulando pela observação recente.

    - Você, você sabe das coisas! Café!

    Daí então, somente calçou suas botas e estava seguindo para a porta.

    - Vamos?
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    Mensagem por Gelatto Qui maio 23, 2019 4:56 pm

    Karmeleon
    George Chameleon

    Mike escreveu:- Pode ficar com a sua cama.

    George respondia apenas com um grande sorriso e olhos bem fechados.

    Mike escreveu:- Veja George... Tudo o que a grama toca, é nosso banheiro. Sem filas!
    George se aproximou de Mike, olhando para a janela, e começou a rir junto dele, só acompanhando o fluxo, então, quando Mike parou de rir como se estivesse sem graça, George parou também. Naquele silêncio, coçou a cabeça e apenas comentou:

    -"Mas é tudo aberto! Alguém pode ver! Seria muito embaraçoso...", dizia, não entendendo ainda as piadas do companheiro. Não seria hoje que George usaria o jardim. Bem, ele usou outro dia, mas foi atrás de uma árvore, escondido de todos. E era de manhãzinha. E estava invisível. Foi um dia que acordou com muita dor de barriga e, como sempre, as filas eram imensas nos banheiros comunitários. Mas a árvore não existe mais. Nem a prova do que fizera. Tudo graças à exibição de poderes de alguns alunos. Perigosos, por sinal.

    Mike escreveu:- Você, você sabe das coisas! Café!
    -"E o que estamos esperando? Já estou pronto há tempos! Vamos aproveitar que estão todos nos banheiros e não ficarmos só nas sobras!"

    George ainda estava de pijama. Como ele não usava botas e gostava de roupas largas, não ligava muito para o que vestia. Como estarão sem aulas esta manhã, ele poderá usar o banheiro depois do café da manhã. Seguindo Mike até o corredor, quando saem pela porta, George coloca a mão no ombro no companheiro de quarto e diz, todo animado:

    -"Que tal uma pequena corrida até o refeitório? Quem perder limpa o banheiro hoje!" e, sem esperar a resposta, já se posta a correr pelas paredes, evitando o tumulto dos alunos pelos corredores.

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    Mensagem por JPVilela Qui maio 23, 2019 9:31 pm

    Tesla
    Andrey Sidorovich


    Um dos maiores defeitos de Andrey era sua impaciência. Já era algo que fazia parte do sujeito antes mesmo que seu gene X fosse ativado, mas depois do primeiro incidente com seus poderes, tornou-se algo bem mais acentuado. Ele tinha plena ciência disso, e de outras coisas que aconteceram com sua cabeça depois daquele dia… Mesmo assim, às vezes essa característica era preponderante e o jovem adulto cometia erros que logo em seguida se tornavam bem vergonhosos para ele que se julga alguém bem pragmático e racional. Sabia que a mansão estava repleta de refugiados, era evidente pelas filas que via nos banheiros dos corredores. Mas com seus quase dois anos de vivência por lá  também sabia de outras coisas, como o fato de os andares superiores, onde alguns dos professores dormiam também tinham alguns banheiros, e sem perder tempo, foi rapidamente para o segundo andar, para uma das alas que havia notado que naturalmente tinha menos movimento, e voa-lá, um banheiro desocupado e limpo. Sorriu contente logo entrou trancando a porta.

    Minutos depois, agora realmente pronto para encarar o dia passou pela cozinha, pegou uma xícara de chá e saiu para o Jardim, para tomar um pouco de ar fresco enquanto planejava sua manhã. Procurava um lugar tranquilo sem tanta gente para beber o conteúdo daquela grande caneca de cerâmica, enquanto escutava música em um volume não recomendado pelos otorrinolaringologistas, ao fazer uma curva em uma parede de arbustos deu de cara com uma pessoa que estava fazendo o mesmo trajeto no sentido oposto, só que essa desviou de trombar com o ucraniano como se soubesse exatamente de onde ele estava vindo e a que velocidade, e no segundo seguinte, sentiu um pescotapa sonoro e bem aplicado que fez um dos fones cair de sua orelha quase dentro da caneca de chá.

    Virou-se tanto impressionado quanto incomodado com o que havia acabado de acontecer. Era uma de suas colegas de algumas aulas, Sasorie Greene. A moça de cabelo verde, que vivia para cima e para baixo com uma jaqueta punk, com uma eterna cara de poucos amigos e uma atitude de menos amigos ainda… uma figura bem peculiar, mas venhamos e convenhamos, aquele lugar era uma convenção de gente peculiar e problemática. Lembrava-se em especial do dia em entre uma classe e outra o armário dela estava emperrado e ela acabou “sem querer” arrancando o dela e vários outros adjacentes da parede.  

    - Greene… - falou tentando conter a expressão de surpresa enquanto tirava o segundo fone do outro ouvido, deixando ambos pendendo pela gola do moletom e endireitou a postura, aproximando-se dela - Sempre surpreendente como… - virou-se para o lugar onde quase haviam se esbarrado, apontando com a caneca -...você.. Bem, você sabe... - comentou de forma descontraída, ignorando a ardência na nuca proveniente da a mão nem um pouco delicada da garota.

    Andrey realmente não tinha muita paciência para os tipos mais problemáticos do lugar, ele também conseguia ser bem problemático às vezes, mas de certa forma até achava aquele jeitão da colega algo bem genuíno, mesmo ela sendo uma mala… com todo mundo… a maior parte do tempo...  

    Olhava para ela dos pés a cabeça, como se estivesse ponderando algo, com uma sobrancelha mais alta que outra.

    Sky
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    Mensagem por Sky Qui maio 23, 2019 10:40 pm

    Beastgirl
    Sasorie Greene
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    7 horas


    Nem ligou para a reação de Cindy, afinal já estavam bem acostumadas com essas interações de ódio e irritação mútuos que rolavam naquele quarto. Podia ser bizarro mas era o normal e a rotina.

    Distraída pensando entre como não pensar nas preocupações e se preocupando com a segurança quase não percebeu Andrey vindo do lado contrário.
    Se não fossem seus instintos teria esbarrado nele mas prontamente desviou e aplicou um pescotapa nele.

    -Olha por onde anda Duracell - disse com o mau-humor de sempre - Ficar ouvindo isso tão alto não vai preencher o vazio onde deveria ficar o seu cérebro

    Não ia perder a oportunidade de caçoar do colega também.

    "Surpreendente como Gorbachov? Será que ele tá bebado? Será que achou vodka? Ah não, é cheiro de chá..."

    Andrey parecia querer perguntar algo mas não sabia como falar.

    -Desembucha! O que foi?

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    Mensagem por einherji Sex maio 24, 2019 5:47 pm

    Halifax
    Mike Savage

    Sentiu que teria uma pequena desvantagem, afinal de contas - sem nem esperar a resposta, George passou a correr e agarrar-se na parede - sério... Como poderia disputar com alguém que poderia esquivar daquela imensidão de pessoas e parecia ter um corpo completamente apto para a velocidade, não só isso, mas também tinha uma aderência nas mãos e pés que o permitiam correr pelas paredes. Eram em momentos mais leves de interação entre os demais que conseguíamos perceber as habilidades de cada um.

    Assumidamente, nunca considerou George um mutante muito poderoso, talvez pela própria personalidade do mesmo e por ter uma mutação que o afligia de uma forma tão peculiar. Mas, estava aí a prova - se a mansão estivesse sendo atacada e precisássemos correr para não morrer, provavelmente George seria nosso Vingador e pensava agora seriamente nisso, era uma boa pessoa e um mutante forte, alguém bom para se ter do lado em momentos de dificuldade.

    Mas, era uma disputa, tinha sido desafiado e não tinha a menor vontade de limpar o banheiro vomitado de Evan Sabahnur, pretendia dar o seu máximo, pelo menos na corrida inicial.

    - Certo!!

    Pegou impulso jogando o corpo para a frente e usando os joelhos como lançadores, tombou o corpo para a frente para que a gravidade pudesse lhe ajudar o máximo possível. Via George tomar sua frente e vantagem e tentava ganhar o máximo possível de terreno. Trombou em algumas pessoas no caminho e tinha certeza de que teria explicações para dar em seguida, esperou que não fosse nenhum dos perigosos ou mal-humorados.

    Parou de repente, quase derrapando no piso de madeira. Arregalou os olhos em uma cara de dor, cerrou os dentes e botou um dos joelhos no chão, ofegante. Esfregou a perna esquerda com força e bem rápido. Com a mão livre, acenou para Geroge ao mesmo tempo em que tentava chamar sua atenção.

    - Parou, parou! Ai, ai... Puxou aqui o músculo.

    Talvez ainda fosse possível enrolar Evan e fazer com que ele mesmo limpasse o banheiro, afinal de contas - ele que teve o acidente pela manhã. E gentil como era, talvez se pedisse e usasse isso como desculpa, com certeza ele aceitaria. Mas não seria muito justo... Bom, fazer o quê. Melhor seguir para o café, isso ficava para depois. Levantou-se vagarosamente e seguiu o caminho da derrota enqunato mancava.  
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    Mensagem por Gelatto Sex maio 24, 2019 7:08 pm

    Karmeleon
    George Chameleon


    George corria pelas paredes evitando os estudantes, então, uma porta de um quarto se abre de repente, e, instintivamente, George desaparece, vindo a aparecer alguns metros após a porta, olhando para trás e continuando correndo por entre os demais alunos e desviando de todos. Quem não conhecesse George podia jurar que ele teleportou-se ou até atravessou a porta, mas quem o conhecia sabia que ele ficara camuflado e desviava do obstáculo, causando esta estranheza nesta situação.

    Os corredores do Instituto eram largos, mas cheios de quadros, mesinhas e outros enfeites. E vários alunos que se perguntavam que palhaçada toda era essa vinda de George e Mike. A forma dos corredores lhe fazia se lembrar das paredes dos esgotos que vivia, mas sem a sujeira, mal-cheiro e com ratos no lugar dos alunos. Por um momento sentiu saudades da sua verdadeira casa, de seus antigos amigos... mas agora George não tinha tempo para isso. Hoje ele tem novos amigos, uma nova casa e uma corrida para ganhar.

    Mike escreveu:- Parou, parou! Ai, ai... Puxou aqui o músculo.

    George estanca seus movimentos imediatamente, dando três pulinhos para a frente até parar de vez, quase trombando com um aluno. Aconteceu algo com o amigo. Mesmo com a grande vantagem, George volta o percurso para junto de Mike.

    -"Ei, o que aconteceu? Deixa eu ver... parece que se esforçou demais! Vamos, eu te ajudo! Me desculpe, eu não queria te forçar demais. Bem que o professor McCoy disse que alongamentos eram importantes antes dos exercícios."

    Então George apoia Mike com seu ombro e o ajuda a andar até o refeitório. George é bem pequeno perto de Mike, mas sua força compensa a estatura e peso do amigo. E então a corrida pela limpeza do banheiro nunca chegou ao fim.

    -"Podemos disputar outro dia, não? Estava divertido!"

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    Mensagem por JPVilela Sáb maio 25, 2019 7:41 pm

    Tesla
    Andrey Sidorovich


    Sasorie Greene escreveu:-Olha por onde anda Duracell - disse com o mau-humor de sempre - Ficar ouvindo isso tão alto não vai preencher o vazio onde deveria ficar o seu cérebro.

    Às vezes Andrey realmente desejava ser um cabeça de vento, com isso ele pelo menos teria bem mais paz de espírito...

    Aqueles deboches da garota a sua frente as vezes soavam tão ensaiados que eram cômicos, e foi assim que ele encarou soltando uma breve risada de canto de boca, e tomando uma golada de chá, em seguida, voltando a encará-la nos olhos.

    Sasorie Greene escreveu:-Desembucha! O que foi?

    Perguntava-se se ela tinha um caderninho e ficava anotando uma coleção de insultos para cada um que conhecia, ou se aquilo era simplesmente um puro talento natural.

    - Se não tiver planos para hoje de manhã... - deu outro rápido gole - Vou estar treinando lá no “X-Gym”... Ter alguém forte como você é bem mais interessante que ficar batendo nos sacos de areia... - falou de maneira sincera, mas não tinha muitas expectativas de que aquele convite fosse aceito  - Hummm, é isso. Se estiver interessada, aparece lá daqui a uma hora, fazemos uns sparrings.

    Elevou a caneca como se fazendo um brinde, e com aquele gesto se despediu.  Era possível notar que ali havia no mínimo cinco cordinhas pendendo para fora, puxadores de saquinhos de chá, a maioria maracujá...

    O sujeito colocou de volta os fones de ouvido e tomou seu rumo.


    Quando não estava estudando conteúdos das aulas do instituto, o estrangeiro, estava por conta própria revendo táticas dos X-men atuais e passados, ou testando seus próprios poderes... tentando ver o que era capaz. Treinava seu corpo o melhor que conseguia, ele levava essa ideia de ser membro oficial daquele grupo de heróis muito a sério.

    Greene era briguenta, mas o que mais o interessava era a força bruta da garota. Andrey era um pouco mais forte que algum humano normal com aquele seu exato porte físico, sua mutação lhe proporcionava isso... Mas aquela garota era muito mais, não fazia nem muito sentido visto a massa muscular da Cabeça de Alface, mas julgando pelo que já presenciou, sabia que ela era talvez a pessoa mais forte da turma, e ele tinha que estar pronto para encarar esse tipo de força, e qualquer outro tipo de adversário, quando se tornasse realmente um dos X-men.

    Outro detalhe que também sabia era que Sasorie tinha alguma forma de regeneração, um fator de cura, talvez como o do Wolverine. Esse fato a tornava uma das poucas pessoas com quem era um pouco mais tranquilo de encarar em um treino de combate, pois sabia que se algo desse de errado com o Dispositivo de Contenção Bioelétrica, não acabaria machucando por acidente alguém… Bem, machucaria, mas logo mais ela estaria como se nada houvesse acontecido... fisicamente pelo menos... E para o aspirante a X-men, aquilo já era bem melhor de lidar do que com a esmagadora maioria das pessoas que conhecia e convivia.

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    Mensagem por einherji Seg maio 27, 2019 5:45 pm

    Halifax
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    Ele realmente parou e voltou para ver o que estava acontecendo. Se tivesse fingindo que teve um problema, possivelmente George iria acreditar e isso seria usado como uma vantagem para ganhar algum terreno contra ele, apesar da velocidade de seu amigo, não seria impossível ganhar utilizando de métodos escusos, visto a inocência dele com relação ao acontecia. Não sabia muito bem o que pensar, se fosse um truque acabaria se sentindo mal também, mas por ser verdade e por pensar que poderia usar um troque contra o amigo, acabou sentindo-se ainda pior.

    - É, não tem como disputar com você... Rápido demais pra mim. Mas podemos tentar outro dia, lá no banheiro!

    Não sabia se ele ia se lembrar da piada mais cedo, quando associou o jardim com o banheiro, mas riu sem graça, como mais cedo. Aproveitou o apoio que lhe foi oferecido. George era uma pessoa excepcional ali naquele lugar. Perdeu a conta de quantas vezes esbarrou em alguém e quase perdeu um olho, seja por uma garra, um raio ou coisa que o valha. Era possível que se ele esbarrasse em George, ele próprio é quem iria pedir desculpas, achando que tinha feito algo de errado.

    - De qualquer forma, é melhor assim. Deixa que o Evana se vire com o que ele fez lá hoje mais cedo.

    Sentindo o pé melhor e já próximo do refeitório, desapoiou de George e seguiu para as bandeijas de comida. Foi pegando uma quantidade grande de comida e dois copos repletos de café, quase transbordando. Não sabia qual seria a reação, costumava comer sozinho, mas certamente aquilo não era completamente normal. Era muita coisa, até mesmo para um cara grande como Mike.

    - Preciso repor o sangue que eu perco.

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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Gelatto Ter maio 28, 2019 4:50 pm

    Karmeleon
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    George ajuda Mike a chegar até o refeitório, conversando no caminho. Por um instante George fica imaginando ambos correndo dentro do banheiro apertado e isso lhe trás uma imaginação fértil... então se toca de que ele se referia ao pátio do instituto e solta um suspiro.

    -"Lá tem mais espaço aberto, se bem em linha reta não sou tão rápido, sabe, eu sou melhor em espaços apertados, curvas e obstáculos. Mas eu gostaria de testar meus limites, afinal, o professor Logan uma vez disse: "xará, nem tudo nesta vida será como você quer..."... Está certo, sujeira do Evan, Evan que limpe!"

    Ao chegarem ao refeitório, a previsão de George é concreta: há poucos alunos, os primeiros sortudos a usarem os banheiros, então, tem espaço de sobra para aproveitarem a refeição. George não se espanta com a quantidade de comida que Mike pegava, afinal, um cara daquele tamanho precisa comer por dois ou três. Então George pega na sua bandeja todo tipo de queijo que encontra e um jarro de suco, sentando-se junto de Mike, começa a degustar com os olhos brilhando de satisfação cada pedaço de queijo que come.

    -"Ah! Doce néctar!"
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    ayana
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    Prólogo: Novos X-Men Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por ayana Qui Jun 06, 2019 1:00 am

    Novos X-Men
    Parte 1.1

    Colocar Cindy e Sasorie no mesmo quarto exigia abrir mão da boa convivência. Uma possível justificativa para esse tipo de decisão era que uma poderia aprender com a outra, ou pelo menos, suportar uma proximidade imposta. Aquele tipo de relação que se estabelece com um colega de trabalho. Detalhe: as duas tiveram de treinar várias vezes juntas nos últimos dias.

    Dividir o quarto com Lin também era um teste de paciência. Ela recebia várias visitas, geralmente de pombos e de ratos. Houve até um dia em que as garotas se depararam com um gambá no meio do quarto.  

    - E Cinderella, se eu ver alguma sujeira de rato na minha cama eu vou comer os seus dois amigos!

    Natural colocou o casal de ratos na palma das mãos e traduziu a ameaça de devorá-los proferida por sua colega de quarto. Apavorada, Belinha subiu correndo pelo cabelo da mutante e ficou agarrada com as quatro patas em seu chifre. Alberto, por sua vez, falava alguma coisa no tom casual de um rato.

    - Olha, o Alberto tá me dizendo que sempre gosta de passar embaixo da sua cama, mas que nunca fez nenhuma "sujeira" - fez sinal de aspas com a mão, porque ratos tinham uma concepção diferente de sujeira.

    Ela voltou a colocá-lo no ombro direito e virou o rosto para o outro lado. Com a mão levantada na altura da boca, para que o rato não visse o movimento de seus lábios, ela sussurrou:

    - Ele gosta de cerveja quente - disse com uma expressão de nojo. - E quando bebe, a Belinha briga com ele.

    Lin saiu do quarto e logo em seguida foi a vez de Sasorie. Ao passar pelo corredor, viu alguns jovens mutantes em fila nas portas dos banheiros, parados olhando a tela do celular. Ninguém desviou o olhar nem lhe desejou um bom dia.

    - Ei, Trevor, vai passar a manhã inteira aí dentro? - Gritou Glob Herman esmurrando a porta. - Sai logo daí!

    Quando Andrey passou pelo corredor, as filas estavam um pouco maiores e os estudantes mais impacientes. Por conhecer melhor a mansão e, aparentemente, por ter começado o dia com sorte, ele encontrou um banheiro vazio no segundo andar. Teve que entrar no quarto de Noturno que estava na mesma missão que Tempestade. Na cabeceira da cama, havia uma bíblia e um terço de madeira claramente desgastados pelo fogo. Com tantos ataques que o Instituto sofreu, era comum encontrar objetos que foram salvos, bem como pessoas que perderam tudo...

    A tempestade de ontem à noite fora tão forte que precipitou todas as nuvens. Pela janela, George e Mike viam um dia claro com céu aberto, que tornava aquela manhã sem compromissos ainda mais agradável. Sendo assim, por que não aproveitá-la para se divertir um pouco?

    Cindy estava envolvendo o lixo acumulado por Sasorie em um cobertor, quando ouviu duas batidas sequenciais saindo em velocidade do quarto ao lado e seguindo pelo corredor. A primeira, um pouco mais leve, vinha da parede - o que não fazia muito sentido. Se abrisse a porta para saber o que estava acontecendo, veria George correndo pela parede e Mike logo atrás tendo que desviar de outras pessoas no caminho, entre elas a mutante Fada, que deu um salto para trás, ficou suspensa no ar, irritada, a ponto de sentir vontade de persegui-los, voando no pescoço de Mike, que estava mais atrás e ela com certeza alcançaria.

    Só que havia o risco de explodir ao colocar as mãos nele...

    - Caramba, aqui não é lugar de correr! Vocês parecem crianças! - Gritou e pousou no chão.

    O protesto teve um resultado inesperado. Duas crianças de fato, entre oito e dez anos, dispararam do fundo do corredor em direção aos dois competidores. Mike, o derrotado, parou devido a um leve estiramento muscular. Quando as crianças os alcançaram, ficaram de frente para George com os olhos arregalados como se olhassem através de uma lupa.

    - Uau! Isso foi demais! Você correu pela parede que nem uma lagartixa gigante - disse Lilly Keller, uma mutante cujo tom de pele era semelhante a uma pedra de obsidiana.

    - Eu vi você desaparecendo pra atravessar a porta! - Completou o entusiasmado Glen Clifford, que tinha a aparência de uma criança normal, exceto pela completa falta de cabelo. - Faz isso de novo!

    Só depois de um tempo, as crianças perceberam que havia algo de errado no jeito que Mike andava.

    - Que que aconteceu com a sua perna? - Perguntou Lilly.

    - Eu posso resolver isso. As coisas que eu toco começam a se movimentar.

    Mike sentiu o toque de Glen e imediatamente já não sentia sua coxa. Tudo se passou em um piscar de olhos, porque Lilly intercedeu dando um tapa no braço de Glen como se ali estivesse uma mosca. A contração seguinte dos músculos de Mike gerou uma dor rápida e excruciante.

    - Não faz isso, Glen!

    Lilly olhou assustada para o garoto de olhos lacrimejantes, que não conseguiu segurar o choro e saiu berrando como uma ambulância. Com o rosto levantado, ela encarou Mike e George com a expressão de quem estava farta de servir de babá. Depois respirou fundo e saiu correndo antes que perdesse o garoto de vista.

    A paz predominava no jardim por onde Sasorie caminhava até ser interrompida pelo choro histérico de um menino correndo. Ele se atirou no chão e, ao olhar ao redor, fixou-se na expressão pouco amigável da mutante que estava em busca de um local tranquilo. Ao alcançar Glen, Lilly ajoelhou-se na frente dele e, antes de dizer qualquer coisa, também se virou para Sasorie e começou a encará-la. Sob a luz do sol, sua pele escura refletia uma luz roxa de incomodar os olhos. A garota sussurrou alguma coisa para o garoto que se levantou e foi correndo de volta para a mansão. No caminho, ele parou para examinar de longe a mutante verde mais uma vez.

    Só porque as colegas de Cindy saíram, não queria dizer que ela teria o quarto todo só para si. Descobriu isso ao sair do banheiro. Abriu a porta e olhou para baixo, para perto da cama de Lin, onde se concentrava um pequeno grupo de ratos. Todos pararam para encará-la com seus pequenos olhos. Não era quem eles procuravam, por isso se dispersaram assustados, escondendo-se nas sombras, subindo pelos móveis e saindo pela janela. Antes de um deles ir embora, empurrou com o focinho um pedaço de papel aberto sobre o chão. Nele estava escrito: "Escuto sua música com meu coração"

    Continua...
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    Mensagem por ayana Sáb Jun 08, 2019 5:22 pm

    Novos X-Men
    Parte 1.2

    Como principal ponto de encontro, o refeitório dava uma boa dimensão da quantidade de gente no Instituto. Embora fosse cedo, já havia dezenas de mutantes sentados em amplas mesas com uma bandeja à frente. Os grupos se reuniam de acordo com o tipo de capacitação, mas não era uma regra. As crianças tinham aulas equivalentes ao ensino fundamental. Concluída essa etapa, seriam direcionadas para as formações de heróis, diplomatas ou soldados. Essa última foi criada há menos de um ano por Ciclope. Tratava-se de um pequeno exército de mutantes mais velhos que não tinham poderes muito ofensivos, mas que estavam dispostos a lutar em defesa da mutandade.

    Mais um grupo começava a se formar. Hisako Ichiki (Armadura), Roberto da Costa (Mancha Solar) e Sooraya Qadir (Pó) foram se sentar perto de Mike e George que tomavam café um de frente para o outro.

    - Vocês viram como tá o dia lá fora? Tá perfeito pra tomar sol - comentou Mancha Solar.

    Ele colocou a mão no ombro de George e exclamou:

    - Olha só você! Parece o tipo de cara que também curte um dia ensolarado. Estou certo?

    O tom da pergunta indicava uma curiosidade genuína - tendo em vista que lagartos se expõem ao sol para regular a temperatura do corpo. Ainda assim, não se poderia descartar a possibilidade de ser um tipo de provocação.

    - Não sei vocês, mas eu iria faltar essa aula de qualquer jeito.

    - Eu não tava com a mínima vontade de ir pra aula hoje. Tô cansada dessas aulas que a gente não aprende nada - disse Armadura.  

    Embora não fosse possível ver a expressão de Sooraya sob o niqab preto, dava para perceber por seus olhos que ela não concordava em nada com as palavras de Hisako.

    - É o tipo de conhecimento que pode evitar uma guerra com a humanidade. Se depender só de força, estamos perdidos.

    Hisako sorriu. Ter um exoesqueleto psiônico resistente a ataques físicos concedia uma boa dose de confiança. Sooraya olhou para baixo, admitindo a si mesma que jamais convenceria a colega de que a sobrevivência não dependia de força, mas sim da vontade de Allah.

    - Eu concordo com a Sooraya que é importante, mas, sabe como é, a aula da professora Ororo é muito… - Roberto interrompeu a frase, quando cruzou com o olhar de George. Com as palavras engasgadas na garganta, preferiu passar a deixa para outra pessoa. - O que você acha da aula dela, Mike?

    A alguns metros de distância da mesa, Andrey passou direto pelo refeitório e foi pegar água quente na cozinha para preparar chá. Logo sentiu cheiro gergelim torrado. Hoje os cozinheiros estavam preparando pães achatados de origem libanesa cobertos por zaatar. O cardápio da escola absorvia várias referências árabes porque três cozinheiras eram refugiadas sírias. Mas quem comandava a cozinha era uma brasileira, do interior de Minas Gerais, chamada Maria da Silva.

    Se houvesse uma enquete perguntando o que as pessoas mais gostavam no Instituto Xavier, seguramente uma parcela expressiva diria que era a comida. Não seria um exagero e, para se convencer, bastaria experimentar uma das receitas de Maria, uma mutante com o olfato e o paladar bastante refinados. Acreditando que tinha uma boa mão para tempero, ela participou e venceu uma competição de gastronomia na TV. Mas o sucesso repentino acabou quando descobriu - e simultaneamente um país inteiro ficou sabendo - que ela era uma mutante. A opinião pública tratou de classificá-la como trapaceira, o que a motivou procurar refúgio nos Estados Unidos.

    Com um sorriso, ela entregou uma caneca com água quente e vários sachês para Andrey. Sabia que ele gostava de chá bem forte.

    - Não quer comer nada, Andrey? Tem pão sírio quentinho saindo agora mesmo.

    Além da proficiência em gastronomia, outra notável característica de Maria era conhecer e demonstrar preocupação por todos os mutantes. Isso lhe rendeu o apelido de "Mamacita", que, mesmo sendo em espanhol, ela aceitou de bom grado.

    Seria mais fácil encontrar polônio radioativo do que bebidas alcoólicas. Havia ambos na escola, mas infelizmente para Sasorie, uma cerveja não acionaria um contador Geiger. Também não estava fácil achar um lugar tranquilo, porque crianças faziam muito barulho e, bem, elas estavam por toda parte. Enquanto vagava pelo jardim, Sasorie quase foi de encontro a Andrey, que estava distraído ouvindo música alta nos fones de ouvido. Ele a convidou para um treinamento mais tarde na academia e depois se afastou para tomar chá de maracujá e estudar táticas dos X-Men.

    Glob bateu na porta do banheiro.

    - Trevor, se você não sair em cinco segundos, eu vou derrubar essa porta!

    Ele começou a contagem regressiva, mas parou na metade quando viu Cindy saindo do quarto. Fixou os olhos nela de maneira descarada (o que não poderia ser diferente, já que os olhos saltavam das órbitas oculares). Teria sido ele o autor do bilhete deixado no quarto?

    - Bom dia, Cindy! - Ele disse com um sorriso. - Sabia que rosa também é a minha cor preferida?

    Antes de terminarem a conversa, ela foi abordada pela mutante Fada que se ofereceu para acompanhá-la até o refeitório. Foi reclamando ao longo de todo o trajeto.

    - Ai, eu não aguento mais esse lugar! A diretora precisa entender que não dá mais pra receber gente, muito menos esse bando de crianças. Tipo, eu sei que ninguém quer cuidar de crianças mutantes, mas, sei lá, podiam construir um orfanato em Wakanda. Isso aqui era pra ser uma escola, não um centro de acolhimento. Daqui a pouco aqui vai tá igualzinho um campo de refugiado e a gente vai estar se matando pra garantir um espaço. Olha aí, tem gente que passa a manhã inteira no banheiro.

    No refeitório, as duas se serviram e foram tomar café da manhã perto de Mike e George. Antes de se sentar, Fada soltou a bandeja na mesa, apontou o dedo para Mike e disse:

    - Olha, a minha vontade é colocar vocês dois pra brincar de pega-pega no Limbo!

    Ela se sentou com os braços cruzados e olhou com raiva para George. Os olhos completamente pretos davam a impressão que ela sentia a ira de um demônio, mas quem a conhecia bem sabia que toda aquela irritação desapareceria ainda de manhã.

    Se a música no mp3 de Andrey não estivesse tão alta, ele teria percebido a aproximação de Noriko Ashida (Faísca). Teria ouvido ela gritar "pensa rápido", antes de lançar uma rajada elétrica nele. O Dispositivo de Contenção Bioelétrica absorveu toda a energia, mas no susto, Andrey derrubou a caneca. Em meio aos risos, ela se desculpou pelo chá derramado.

    - Não queria derrubar seu chazinho tranquilizante, mas não consegui resistir.

    Os dois tinham poderes semelhantes e incontroláveis. Um usava um colete para conter a geração de energia; a outra usava manoplas para regular a absorção de energia. Falava-se que os dois se completavam, mas o sentimento que Noriko demonstrava com mais frequência era de rivalidade. Eles esperavam fazer parte de uma equipe dos X-Men e tudo levava a crer que estavam disputando a mesma vaga.

    - Esse seu negócio aqui funciona bem mesmo, hein - bateu de leve no equipamento de absorção de energia. - Você sentiu alguma coisa, ou apenas se borrou de medo?

    Ela pegou a caneca do chão e disse que iria com ele até o refeitório para pegar outro chá. Lá, eles viram que alguns dos estudantes da turma Logan estavam reunidos em uma mesa e então resolveram se juntar a eles. Mancha Solar estava segurando o smartphone e comentando com os outros.

    - Eu vi aqui que ontem os X-Men impediram a queda de um Boeing 787 com 242 passageiros e nenhum jornal deu destaque pra essa notícia. A única coisa que se fala na internet é daquele jogador de futebol que teria estuprado uma garota.

    - Tenho certeza que daqui a pouco vão dizer que ela é uma mutante que usou seus poderes de sedução para extorquir um pobre coitado. - disse Armadura. - A gente deveria se dedicar à destruição completa da humanidade, ou pelo menos de todos os homens.

    No jardim, Sasorie estava em um canto relativamente silencioso. Os olhos quase se fechando como se ela fosse meditar, mas de repente, sentiu uma corrente de vento e uma sombra se projetou sobre ela. Era o jovem Warren Worthington III, também conhecido como Warren Quarto para se diferenciar de sua versão mais velha.

    - Bem, parece que não vamos ter aula hoje - disse para puxar assunto.

    Em seguida, Anjo revelou logo o que queria com ela.

    - Viu, você trouxe o cigarro que eu te pedi?

    Como dinheiro era um recurso escasso para Sasorie, Warren lhe emprestou para que pudesse comprar cerveja. Aproveitou para pedir que trouxesse um maço de cigarros, porque não queria arriscar que alguém o visse comprando. Ninguém mais sabia que ele fumava. Não pegaria bem por ser um hábito que poderia levar à morte de sua versão do presente.

    Ela tinha comprado, mas deixou os cigarros no quarto. Quando foi pegá-los, viu que alguém recolheu todo o lixo e despejou sobre sua cama, envolvido por sua coberta, que agora estava meio úmida de cerveja. Foi alguém que Sasorie sabia quem. Sabia, inclusive, aonde esse alguém deveria estar agora. Do quarto, ela foi direto para o refeitório.
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    Mensagem por Gelatto Ter Jun 11, 2019 10:27 pm

    Karmeleon
    George Chameleon


    - Uau! Isso foi demais! Você correu pela parede que nem uma lagartixa gigante - disse Lilly Keller, uma mutante cujo tom de pele era semelhante a uma pedra de obsidiana.

    - Eu vi você desaparecendo pra atravessar a porta! - Completou o entusiasmado Glen Clifford, que tinha a aparência de uma criança normal, exceto pela completa falta de cabelo. - Faz isso de novo!

    -"Camaleão! São diferentes! Lagartixa é meio errado de dizer... eu não desapareci, eu só... bem, me assustei com a porta se abrindo e acabei me camuflando quando ia desviar... é, pensando deste modo, desapareci mesmo!

    Lilly olhou assustada para o garoto de olhos lacrimejantes, que não conseguiu segurar o choro e saiu berrando como uma ambulância. Com o rosto levantado, ela encarou Mike e George com a expressão de quem estava farta de servir de babá. Depois respirou fundo e saiu correndo antes que perdesse o garoto de vista.

    George, ainda apoiando Mike, o encara depois disto tudo.

    -"Er... não entendi nada do que aconteceu... o que será que aconteceu? Vai entender estes dois..."

    - Vocês viram como tá o dia lá fora? Tá perfeito pra tomar sol - comentou Mancha Solar.

    Ele colocou a mão no ombro de George e exclamou:

    - Olha só você! Parece o tipo de cara que também curte um dia ensolarado. Estou certo?

    -"Eu até gosto do sol, mas só de lugares escuros. Onde eu vivia eu não via muito o sol, nem podia tomar sol sem ser perseguido. Por isso me contentava em me deitar debaixo de alguma grade no final dos dutos onde algum sol entrava. Ir lá fora assim ainda é meio difícil para mim...", explicava o morlok sem entender se foi alvo de alguma piada ou curiosidade.

    - Eu concordo com a Sooraya que é importante, mas, sabe como é, a aula da professora Ororo é muito… - Roberto interrompeu a frase, quando cruzou com o olhar de George. Com as palavras engasgadas na garganta, preferiu passar a deixa para outra pessoa. - O que você acha da aula dela, Mike?

    George apenas o olhou com um olhar curioso, pensando sobre o que Roberto iria dizer sobre Ororo. Sua mão já se fechava por debaixo da mesa, mas ao cruzarem os olhos, Roberto desviou a conversa e George relaxou, apenas voltando a comer seu delicioso queijo derretido. -"Ah! Doce néctar!", sua cauda balançava de alegria.

    No refeitório, as duas se serviram e foram tomar café da manhã perto de Mike e George. Antes de se sentar, Fada soltou a bandeja na mesa, apontou o dedo para Mike e disse:

    - Olha, a minha vontade é colocar vocês dois pra brincar de pega-pega no Limbo!

    Ela se sentou com os braços cruzados e olhou com raiva para George. Os olhos completamente pretos davam a impressão que ela sentia a ira de um demônio, mas quem a conhecia bem sabia que toda aquela irritação desapareceria ainda de manhã.

    E George se recolhia na sua cadeira, totalmente intimidado pela raiva de Fada, todo envergonhado, desaparecendo bem devagar. Ela estava certa, e George queria ter dito algo, mas ainda não tinha essa coragem toda de enfrentar os demais estudantes mais esquentadinhos.

    Então, algo lhe chama a atenção pela janela, onde lá fora, no pátio, George nota a troca de gentilezas entre Andrey e Noriko.

    George tinha sorte de ninguém ter implicado com ele desde que entrou na escola. Pelo menos, até agora.
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    Mensagem por einherji Qua Jun 12, 2019 10:20 am

    Halifax
    Mike Savage


    Era bem difícil de acompanhar tudo o que acontecia. Era bom se ater a apenas um personagem ali no meio, nada melhor do que seu companheiro de quarto - mas inevitavelmente, mais pessoas chegaria até ele. De alguns lembrava nome e o que podiam fazer, de outros apenas o nome ou só o que podiam fazer e de alguns outros, nem sabia que estavam morando na mesma casa que ele. Era realmente muita gente e embora a mansão fosse enorme, ainda assim era um lugar 'pequeno' para aquela proposta. Era louvável que houvesse um local que acolhesse gente assim, como ele e outros em situação muito pior que ele e para muitos, aquilo ali era o paraíso. Mike não achava o paraíso, mas não tinha do que reclamar e não conseguia entender muito bem o motivo da reclamação dos demais, além de serem mimados - ou imaturos demais para entender a realidade do que poderia acontecer com eles lá fora.

    "O que você acha da aula dela, Mike?"

    Foi acordado dos seus pensamentos com a pergunta de Roberto.

    - Ahn... Eu acho ótima, de verdade.

    Deu um gole grande e demorado no café, terminando o primeiro copo e batendo-o na mesa logo em seguida. Não gostava tanto assim de estudar, mas preferia muito mais as aulas teóricas do que as aulas em que precisava usar suas habilidades. Além do cansaço físico de usar sua habilidade em si, ele também, obrigatoriamente, precisava se ferir para que o sangue fosse exposto e então, pudesse colocar a habilidade para fora. Não era legal estar sempre remendado ou com curativos, era bom que já fazia um tempo em que não tinha aulas assim - quase todas as últimas feridas estavam se cicatrizando e curadas.

    - Mas, ainda assim... Prefiro ter o dia livre.

    Alargou o sorriso, olhando para os colegas e teve um pequeno susto com a queda da bandeja na mesa. Ouviu o que ela disse, mas não se abalou - tentava ser diplomático com essas questões, especialmente quando o motivo da irritação era algo bobo como uma corrida no corredor, um café derrubado, um tempo a mais no banheiro. Talvez, apenas talvez, pudesse influenciar um pouco as pessoas para que entendessem um pouco mais a situação de todos ali.

    - Pedimos desculpas, Megan. Não é, George? Na próxima vez, corremos do lado de fora - já combinamos.

    No fim, apenas continuou com seu café enquanto ouvia seus colegas conversando. Era tudo muito leve, mas sempre surgiam ideias perigosas no meio das brincadeiras - "a gente deveria se dedicar a destruição completa da humanidade", poderia ser bem inocente e dentro de um contexto. Mas com tanta gente nova chegando todos os dias, seria prudente que controlassem melhor esse tipo de afirmação para evitar que esse tipo de ideia entrasse na cabeça de alguém um pouco mais problemático.

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