Prólogo

Tudo parecia tranquilo, o grupo já tinha se formado e acordado em seguir alguns paços antes, porém, quando se encaminhavam para algum lugar, algo estranho ocorreu e o grupo despencou no ar em queda livre, na mente de Kinkle era uma armadilha fatal que Balrog tinha se antecipado para pega-los, porém, logo ele mudou seu pensamento e teve certeza que se tratava de um teste para os navatos.

Ele fechou os olhos esperando não morrer, até que sentiu um impacto leve de seu corpo contra o chão e um cheiro de sangue fresco. O kobold abriu os olhos assustado e percebeu que estava tudo na plena escuridão, mas, para sua sorte, seus olhos se davam bem nesse ambiente. Não demorou muito e logo KSS acendeu uma tocha, facilitando as coisas para o grupo.

-Não acredito... Não, não, não...Eu já sendo um membro mais veterano do que vocês fui alvo dessa armadilha dos chefões para os testar...

Falava o kobold num suspiro aliviado por ter caído bem, mas carregado com indignação por ter sido alvo do teste.

-É a vida...Pelo que parece, estamos numa dungeon e dungeons são cheias de armadilhas, espero que ninguém morra até sairmos daqui...Ah, obrigado pela tocha senhor Aphega!

Ele levanta-se e cerra seus olhos circundando com eles todo o ambiente. Então vira-se para os demais, toma uma postura ereta, enche o peito e apontando o dedo para cima se pronuncia:

-Sim, vamos seguir a frente e eu como membro mais experiente nas guildas devo lidera-lo! Sigam-me!

Então avança um pouco uns três metros a frente e aguarda os demais.

O kobold foi apressado, e ao ver a nova estratégia visivelmente se agradou bastante, e foi recolhendo seus pertences também.

-Muito bem, muito bem! muito inteligente sua estratégia!, deixa eu pegar minha besta leve aqui! De toda forma posso ir um pouco mais a frente pra tatear armadilhas!

O kobold saca sua besta  e espera o grupo para seguir.

- Hum, o chão sumiu? Que coisa estranha. Vou segurar o Cão para ele não se machucar.

Grom caiu agarrando Cão achando que se esborrachariam no chão. Mas não foi o que aconteceu, seus olhos orc lhe mostraram em meio a escuridão uma caverna obscura e fria, olhou para as paredes tentando entender aquele lugar, se aquilo era natural ou realmente criado por alguma magia, ou se apenas aquilo estava preparado por mãos humanas.

De repente seus olhos foram ofuscados por uma luz, essa luz incomodou os olhos de Grom, demorou um pouco para se acostumar, Grom enxergava melhor no escuro do que em luz baixa, mas pelo menos assim poderia ver cores. Não que isso importava, mas tornava a caverna mais detalhada.

A luz começou a se espalhar e Cão lambeu sua cara, foi então que Grom reparou que ainda o segurava no colo, Grom o colocou no chão ouvindo os resmungos do Kobold a frente, não entendeu muito bem o papo de liderança, Grom pensava que ele só podia estar falando com ele mesmo, como uma autoafirmação. Deu de ombros, agradeceu a maga pela luz e seguiu seus companheiros com seu Cão ao lado de suas pernas.


- Cão, nariz pra cima.

Com esse comando Cão pareceu ficar mais alerta e começar a farejar o ambiente. Grom empunhou sua arma e acompanhou o grupo.

Bom, eu faço com que a pedra siga na nossa frente iluminando o caminho e sigo atrás com o grupo. Casto armadura arcana em mim mesma.

off:

"Estas armas são péssimas para mim, mas pelo menos as pessoas com quem estou parecem saber o que fazem", o alquímico continuou maldizendo para si mesmo em pensamento. Kss despojou a tocha no chão frio enquanto se aprumava: ele apanhou a besta e a pós armada, fazendo o mesmo com a besta de mão, logo em seguida, mas deixando-a a tira-colo, e, finalmente, sacou a faca e a pós entre os dentes.

Deixou a besta com a ponta baixa, mas mantinha a tocha alta, numa peculiar posição, como se fosse arremessa-la (ou estocar alguém, usando-a como se fosse um tipo de faca). Fitou adiante. Começou a se mover. Seguia o kobold ladino. Aquele pequeno dracono se mostrava a maior chance matemática do quinteto... por agora.

O kobold tateia suas coisas e para subitamente, ele logo percebe uma coisa, algo que poderia ser um grande problema, ele não estava com seu kit de ladrão, este estava em sua casa, ele ia apenas para a guilda e pretendia pega-lo depois e acbou sendo surpreendido com essa dungeon magica, ele dá um sobressalto e tateia mais rapidamente seu corpo procurando algo, porém, sem sucesso, então ele vira-se para o grupo com os olhos arregalados e visivelmente preocupado e assutado e com um sorriso amarelo:

-Eu...eu não tinha pego meu todo meu kit de... "trabalho" quando vim para cá, nesse caso, não vou poder desativar as armadilhas ehehehe..não esperava essa...situação...

Ele coça a cabeça e então dirigi-se a Grom, pigarreia, abre um sorriso, põe a mão direita sob a esquerda a sua frente e se pronuncia:

-Eu e o grupo nos sentimos muito seguros com alguém de seu porte Grom, tão forte que cortaria um observador ao meio com um só golpe e sem dúvidas tão resistente quando uma rocha não é? hehe...Por isso, re-analisando a situação entendi que estrategicamente você deve ir na frente, pois os monstros são ameaças terríveis e mais espertos que uma armadilha que está parada, com você a nossa frente o grupo sem dúvidas se sentiria mais seguro do que comigo, um frágil e pequenino largato... o que me diz?

O kobold tentava apelar para que Grom fosse a frente, afinal, não estava com seu kit para desarmar armadilhas e sem nem esperar a resposta de Grom, ele começa a empurrara a perna do grandalhão para leva-lo a frente do grupo.

-Então va...mos...an..de...Grom...

Ele escora-se nas pernas de Grom e força-a com as duas mãos, o pequenino sentia como se estivesse empurrando uma rocha fincada no chão, então encosta seu ombro para tentar ganhar mais aderência e força, mas dificilmente saia dalí se Grom não se movesse.