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    Mensagem por Lnrd Qua Mar 13, 2019 2:04 pm

    Ambientação Santa_10

    AMBIENTAÇÃO

    Uma cidade com cerca de 300km e população entorno dos 3,5 milhões. América do Sul. Idioma oficial: português.
    Na contagem dos colonizadores, 450 anos. Na nativa... .

    Situada numa área pouco estratégica da costa, nunca desfrutou de grande importância portuária, apesar de nomeada em homenagem a uma caravela. Cercada por montanhas, vive um clima que contrasta com o seco circundante. Clima ameno – ao menos antes do “verão cinza”, o aumento das temperaturas pela urbanização desenfreada – e de estações bem marcadas.
    Saliente também a divisão social em elites riquíssimas versus população desassistida.

    Espécie de colisão cosmopolita de outras localidades, algumas zonas são surtos de engenharia e arquitetura entre Dubai e Seul; outras, sítios históricos da época mineira. Com montanhas e matas resistindo misturadas à trama das ruas, alterna paisagens verde, skyline citadino e praia, num litoral recortado e pleno de ilhotas.

    O melhor e o pior do que há por aí: transporte público desumanizador e engarrafamentos por padrão; morros tomados por construções sem condições básicas e vários bairros onde o abandono do poder público é latente; criminalidade, de todos os tipos, em patamares de guerra; corrupção, brigas de fações, doenças do corpo e – principalmente – da mente (depressão, estresse etc.) ou da “moral” (racismo, homofobia etc.) em níveis epidêmicos. Um lugar de maravilhas a quem possui “acesso”, mas afundado em desesperança ao “resto”.
    Mais insegura, áspera e opressiva que outras contrapartes, seja estatística ou sensivelmente.

    Castas quase reais, acima das preocupações mundanas, orbitadas por uma classe média/alta sempre insatisfeitas e apavorada; turistas, de predadores sexuais a famílias em pacotes de agências, ambos vivendo numa superfície de “cartão-postal”; e quem debate-se para viver algum tipo de sonho ou sobreviver ao pesadelo diário, diferenciando-se por pouco de habitantes de periferias miseráveis e favelas sem sentido de comunidade. Uma cidade monstro na qual a luz do dia cega e cria miragens, enquanto só a noite revela.


    GEOGRAFIA

    Limitada ao norte pela serra do Rei (B), formação rochosa íngreme e de difícil acesso; ao oeste pela serra das Flores (C), que abriga o distrito de Quedas Verdes e a favela Dom Batista VII; e ao leste pelo oceano Atlântico, Santa Dômina costuma ser dividida três áreas: Zona Norte (D), Leste/ilha do Mirante (E) e Sul (F). Tal divisão se dá principalmente por conta de dois grandes fluxos de água que influenciaram a investida contra a população indígena original, o rio de Abril (G), principal canal da cidade e abrigo da ilha da Igreja; e o das Pedras (H), menos largo e mais raso.
    Possui como acidentes geográficos de destaque ainda os morros do Mirante (A), parque nacional onde uma enorme figura de proa recebe quem chega à cidade por mar; do Bom Deus (I); do Papa (J) – ambos de difícil edificação, mantendo-os relativamente desabitados –; da Lama (K); da Consolação (L); e da Madalena (M), enormes complexos de favela.
    Entre os principais lagos estão o da Conceição (N), de onde partem os dois rios principais; do Grito (O); e das Cobras (P), limite noroeste da cidade. Além, as lagoas do Comendador (Q), de Santa Ana (R), das Lágrimas (S) e do Raiar (T), de onde parte o rio da Natalidade, dando origem à ilha do Cosme.
    Com várias ilhas de porte variado, são habitadas a Esperança, acessível do perímetro urbano pela ponte de Londres; e Elizabeta IV, à qual chega-se apenas de barco.


    DEMOGRAFIA
       
    Fundada em 1568 com a chegada de conquistadores e missionários invadindo terras indígenas, foi construída à base de genocídio e escravidão, história em grande parte invisibilizada.
    O extermínio colonizador deu-se a partir do Porto Santo (2a), Antiga Zona Portuária construída na desembocadura do rio de Abril (G), importante canal para a penetração em direção ao interior e escoadouro do rápido, porém intenso, período de exploração mineral. Tal via, bastante larga, mas pouco funda para embarcações contemporâneas, é a principal divisão entre as zonas.
    Afora as margens do rio, a expansão inicial tomou conta do vale ao norte do fluxo, detendo-se à serra da Rei. Nos séculos seguinte, a tendência foi a ocupação da ilha do Mirante (E), pedaço de terra cercado pelo mar, pelo rio de Abril e finalmente pelo rio das Pedras. Tal área, nomeada por conta do morro do Mirante, é hoje a área de maior investimento imobiliário, com arranha-céus ousados surgindo da noite para o dia.
    A outra margem do rio das Pedras teve uma ocupação tardia e limitada. Isso até a explosão demográfica que em poucos anos praticamente dobrou o tamanho da cidade, apesar de o poder público não acompanhar tal mudança.
    Regra geral, as áreas à beira-mar de Santa Dômina são incrivelmente ricas, em contraste brutal com os bairros "interiores",  a "baixada", com colmeias de condomínios degradantes, disputados por facções rivais e favelas agarradas a qualquer espaço possível: literalmente, apenas escarpas íngremes demais são deixada “intocadas” pela ocupação desenfreada. A exceção é o morro da Madalena, unindo isso à proximidade com o mar.
    Santa Dômina é considerada uma cidade verticalizada, seja por conta dos altíssimos prédios das regiões ricas, das edificações que sobem as encostas ou dos blocos habitacionais que dominam os bairros periféricos, sendo difícil encontrar neles casas ou construções que não tenham pelo menos dois andares, numa paisagem quase sem respiro.


    ÁREAS:

    1 - Ilha Elizabeta IV:
    Praias paradisíacas a poucos minutos da costa, acessíveis apenas por embarcações particulares. Refúgio de mansões milionárias, de arquiteturas ímpares e licenciamentos ambientais duvidosos.

    2 - Antiga Zona Portuária:
    O porto original, por séculos principal escoadouro marítimo da cidade. Abandonado em prol do novo terminal de carga, hoje passa por revitalizações e reurbanizações, recebendo cruzeiros no antigo Porto Santo (2a) e contando com uma nova marina para embarcações menores na baía da Consolação (2c), antigo ancoradouro auxiliar.
    Com uma ilha artificial (2b), alfandega transformada em região administrativa municipal e ponto turístico. Museus, VLT/bonde, aquário e outras atrações, tudo a pouca distância de galpões abandonados e becos perigosos, nos quais o tráfico e a prostituição imperam.

    3 – Marina da Trindade:
    Bairro tradicional, arborizado e tranquilo. Possui prédios amplos, habitados por famílias antigas. Reconhecido reduto reacionário.
    Como o nome indica, destaca-se a concentração de iates.

    4 - Centro Antigo:
    O Centro original, hoje decadente e enormemente descaracterizado. Conserva pontos de interesse histórico na área tombada, de ruas de paralelepípedos, prédios públicos imponentes e mansões coloniais.
    Igrejas barrocas e o cemitério mais antigo de Santa Dômina, além do “pelourinho” – marcos de um passado sangrento –, dividem espaço com mendicância e constantes furtos.

    5 - Luzes:
    Fruto da primeira onda de imigração japonesa (início do século XX), é lar da "área das luzes", sequência de cruzamentos tomados por telões e letreiros luminosos, “Time Square” e “Shibuya Crossing” postos a poucas ruas um do outro. De lojas que nunca fecham e ruelas sempre iluminadas por neon ou lanternas tradicionais, foi apelidado de “Nova Tóquio”.
    Curiosamente, a arquitetura atual reflete também um movimento contemporâneo de migração sul-coreana, principalmente na “Nova Seul”, casa da “avenida fashion”, aglomerado de lojas de produtos de beleza, artigos de luxo e alta costura, meca internacional da moda para classes abastadas – assim como a “rua das ilusões”, onde imitações de gosto duvidoso são encontradas a preços acessíveis.
    Numa contradição, as redondezas desses núcleos tornam-se subitamente agourentas e com baixa iluminação, armadilhas noturnas.

    6 - Cidade Baixa:
    Centro Comercial onde a população “geral” vai trabalhar ou procurar produtos baratos. Abrigando tanto a estação central do metrô quanto o terminal geral de ônibus, possui circulação intensa não importa o horário – assaltos, igualmente, não diferenciam dia e noite, a despeito da central policial.
    É também lar do Subtown, uma galeria/shopping 24h de produtos populares nos subterrâneos, onde é fácil perder a noção do dia/noite.

    7 - Cidade Alta:
    Escritórios de luxo reúnem-se em arranha-céus exóticos neste bairro. Um dos espaços mais valorizados de Santa Dômina, com shoppings, hotéis e uma vida noturna quase secreta. A circulação financeira – na bolsa ou em subornos – e o trânsito de helicópteros são intensos aqui.

    8 – Baía de Santa Adelina:
    Rivaliza com a Cidade Alta em termos de concentração de renda, apesar de possuir mais condomínios para as elites emergentes, atraídas pela na vista. Possui também casas de festa que nunca fecham, servindo as “crianças estragadas”.

    9, 10 – Universidades Públicas:
    Principais campi das universidades (federal e estadual), converteram bairros residenciais em espaços boêmios e de efervescência cultural. Uma onda reacionário-obscurantista recente, entretanto, tem não só eclodido conflitos e policiamento ideológico, mas provocado um grave sucateamento das instituições.

    11 – Aeroporto Internacional Deputada Joane Rafaele:
    Porta de entrada de Santa Dômina, mudou de localização após um grave acidente com os prédios que o rodeavam. A estrutura faraônica conta com amplos hangares para jatinhos particulares.

    12 – Parque Central e Jardim Botânico Princesa Maria Valência III:
    Enorme refúgio verde cercado por prédios, o parque Central atrai todo o tipo de gente, histórias e criminalidade.

    13 – Bairro Dom Batista VII:
    Mais extenso dos bairros – mesmo sem contar a favela que se espalha pela encosta – “DB” possui um dos maiores índices de criminalidade, equiparável apenas ao do morro da Madalena.

    14 - Cemitério Municipal Novo/do Bom Adeus:
    Extenso e com uma prolífica arte tumular, a parte rica consta da rota turística da cidade. Apesar disso, não são incomuns assaltos e outros crimes mais bizarros.

    15 – Estádio General Franco Costa:
    Recém reformado, é classificado como um dos mais modernos do mundo. De arquitetura única, premiada internacionalmente, tem a fama manchada apenas pelas batalhas campais que tomam as ruas em dias de decisões esportivas.

    16 – Rodoviária Senador Teixeira Lopes:
    Em contraste com o aeroporto, a rodoviária é considerada um pulgueiro caótico onde malas e crianças costumam desaparecer, além de “falsos” taxistas dando golpes. Hotéis baratos e feiras de rua rodeiam a estrutura.

    17 - Ilha Esperança:
    Outro endereço rico da cidade, apesar de viver à sombra – e sob o fogo – do morro da Madalena. Acessível por uma longa ponte, famosa pela queima de fogos de fim de ano – e por suicídios.

    18 – Porto Novo/Terminal Marcondes Silveira:
    Nova Zona Portuária, alimentando e sendo alimentada pela indústria da cidade. Numa modernização que dispensou o urbanismo, disparou a ocupação do morro da Madalena, fruto de trabalhadores procurando diminuir o tempo de deslocamento às próprias residências. A favela inicial rapidamente expandiu, tomando boa parte da encosta nas comunidades do Avião e do Vigário, em constante disputa.

    19 - Zona Industrial:
    No que foi o limite sul da cidade, políticas de isenção fiscal atraíram um diverso complexo industrial. Criticadas pela degradação ambiental, poluindo ar e água, as empresas parecem não se importar nem com a saúde de quem nelas trabalha, registrando altos índices não apenas de morte por doenças, mas suicídios.

    20 – Campos de Soja:
    Por conta da extensão do lago das Cobras, este sempre foi um limite à ocupação da cidade, salvo algumas famílias pesqueiras. Com a construção da rodovia interestadual, entretanto, a monocultura de soja tomou a região. Numa mudança radical na paisagem e ecossistema, pode-se dirigir por horas tendo apenas soja como horizonte.

    21 - Catedral Municipal:
    Construída na época do ouro/diamante em uma ilha no rio de Abril, é uma exagerada construção de influência barroca. Contando com relíquias santas que atraem peregrinações regulares, tem como anexos um mosteiro e um cemitério.

    22, 23 – Hospitais Públicos:
    Das esferas municipal e estadual, já foram referência no tratamento gratuito, mas não acompanharam o crescimento demográfico. Além, má gestão e corrupção – de desvio de verbas a funcionários fantasmas – contribuíram para transforma-los em açougues humanos onde o impensável costuma ocorrer.

    24 – Quedas Verdes:
    Distrito de Santa Dômina, foi principal estação da exploração de ouro e diamantes. Pouco dessa riqueza, entretanto, ficou no local, hoje não mais que uma vila de poucos pontos turísticos e problemas de falta de água e energia.

    25 – Zoológico Caravelli Inácio:
    O espaço amplo e arborizado, com estruturas de pedra da época colonial, não consegue disfarçar a realidade do local: um depósito bastante sortido de animais exóticos em situação de precariedade.

    26 – Museu Histórico Dona Virgínia Câmara:
    Palácio Imperial cujos inúmeros e largos salões foram convertidos em galerias, possui farto leque de objetos de arte e utensílios de época. Além da coleção mundialmente invejada, acumula lendas sobre assombrações.

    27 – Centro de Artes Angelique Signourete:
    Principal galeria contemporânea da cidade, é alvo de diversos protestos devido ao conteúdo “polêmico” dele, apesar do renome internacional. O prédio é assinado por um importante escritório de arquitetura local.

    Grande metrópole, Santa Dômina conta com vários outros pontos de destaque, de bibliotecas públicas (28, 29) aos teatros  municipal (30) e estadual (31); da base militar (32) ao centro de tratamento de águas e esgoto (33) e à estação de distribuição elétrica (35). Aras (34), shoppings, cinemas de rua, parques e outras localidades, possui tudo o que um grande centro urbano precisa. No geral, apesar de as maiores comodidades concentrarem-se nas zonas Norte e Leste (incluindo a maior parte da malha metroviária), havendo agrupamentos com “índice de desenvolvimento humano” parecidos, é fácil encontrar quarteirões ricos ladeados por pobreza, bairros chiques separados de comunidades pobres por paredes ou avenidas, além de ruas inseguras não importa a parte.

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