-Essa é Carrie White, a Rainha dos Duendes. Ela tinha dois irmãos como namorados... Ambos nasceram com genes canalizadores de energias cósmicas... Ela tentou abrir um portal entre a dimensão do Limbo e a Terra, dizem que para trazer seu bebê de volta.. Ela acreditava que por ele ter nascido e morrido sem ser batizado na Igreja Católica iria ficar no Limbo. Porém o ritual que usou na verdade abriu um portal para a antiga morada do seu povo: O Abismo. Se quer procurar seu pai antes de irmos eu não sei se teremos tempo. Mas é possível que em breve a agitação seja sentida por Nyrlatothep, que enviará seus agentes para tentar controlar os portais entre as dimensões. Mas talvez possa ser uma opção... Eu realmente não tenho informações sobre ele... Apenas tentei impedir Nyrlatothep de sair de sua prisão...Porque não temos como dete-los...Nem à ele, nem Asmodeus...Pelo menos, eu não tenho esse poder. Mas vejo que não posso te impedir de tentar... Posso tentar ajudar a encontrar seu pai ou leva-lo até onde Carrie abriu o portal.
O fantasma cerra os olhos com a chance de chegar até o local que ele poderia adentrar o Abismo para buscar seu pai, porém, o risco de deixa-lo aprisionado lá era enorme e estando preso, mesmo salvando seu pai Asmodeus e suas hostes o perseguiriam até os confins do abismo e mesmo Lysion não poderia apenas com seu pai enfrentar todo o exército de Asmodeus num local sem muitas opções de saída.
Porém, o medo e todo o sofrimento que seu pai provavelmente sofreu durante séculos não poderia ficar impune, mesmo que por enquanto ele apenas adentrasse o local salvasse seu pai e tentasse fugir de alguma forma, para assim que pudesse, voltasse lá e encontrasse Asmodeus para o confronto final.
Aquelas palavras de Seth fizeram os pensamentos do fantasma borbulharem, muitos sentimentos se misturavam, ódio, impotência, medo pelo seu pai, in certeza se ele estaria vivo ao mesmo tempo que o desejo de vingança, orgulho ferido, honra, amor e saudade. Lysion passa minutos num silêncio e numa tensão que era sentida no ar.
Seth poderia perceber facilmente a quantidade de interrogações que passavam na mente do fantasma. Lysion cruzava os braços, levitava de um lado para o outro com a mão no queixo, seus olhos por vezes olhavam para o vazio ou dançavam de um lado para o outro como se ele estivesse desconfiando de algo.
Suas mãos iam para a cabeça, nuca, queixo, boca. Seus braços gesticulavam, cruzavam e os dedos de suas mãos por vezes se entrelaçavam tapando parte da boca do fantasma. Então, um um olhar de determinação toma seu rosto, ao mesmo tempo que o ódio fazia seus olhos faiscaram chamas azuis.
Por fim, ele se pronuncia:
-Leve-me até o local, a séculos meu pai está lá, sofrendo sendo humilhado, torturado e explorado, você sabe que tenho séria desconfianças que meu pai ainda é prisioneiro de Asmodeus e imagino todo o sofrimento e humilhação que ele deve estar passando até os dias de hoje, eu busco isso desde que vim para a terra já como apenas um espectro do que fui. E essa oportunidade não posso deixar passar.
Sinto muito por toda sua relutância e torço para que o que você acha que poderá ocorrer não ocorra...Leve-me até o portal, chegou a hora de pelo menos salvar meu pai! Se o que você diz ocorrer, faça o que puder para resistir, que prometo que voltarei de alguma forma o quanto antes!