Tudo parecia ter ocorrido há alguns segundos, após Verônica e Lord Roxton tocarem o misterioso arco luzes encontrado em uma cripta são tomados por um impulso estranho.
Eles são cobertos por uma onda iluminada e amareladas em uma energia que passou pelo corpo de ambos gerando arrepios.
No instante seguinte, os dois se veem cercados por carros e luzes estranhas em meio a uma cidade que não reconhecem. Ficam confusos se aquilo de fato...
Sons, luzes.
Onde diabos eles foram parar?
Ou melhor... Quando?
Vulto há algum tempo ouviu histórias sobre tráfico que surgiram sente os dois aparecendo entre um estrondo que atravessa as dimensões como um abalo sísmico.
Verônica e o Lord aparecem no meio da Avenida e são quase atropelados por um carro, se a sobrevivente da selva não o puxasse rapidamente...
Aquele dia estava ficando cada vez mais estranho e Roxton não poderia negar e sendo assim que acordou se viu em um outro mundo desconhecido para ele cheio de luzes e barulhos, porém, antes que ele conseguisse dizer algo Verônica logo o empurra para um local seguro não antes dele ver carruagens diferentes. -Nossa o que aconteceu essas carros parece que viraram monstros e estão querendo nos matar, se não fosse por você nós estávamos mortos! - Ele dizia se lembrando um pouco de seu passado e logo sorria para a mesma em quanto respirava fundo.
Roxton sentia seu corpo de certa forma diferente e em sua mente apenas pensava em Marguerite e o porque eles estariam naquele mundo, será que aqueles artefatos estão fazendo o mesmo ver coisas ou ele havia dado um passo no tempo e havia voltado para a sua terra? Era o que ele pensava em quanto o mesmo observava as luzes daquele novo mundo tentando entender como elas se lugavam, porém, decidiu que iria apenas observar um pouco.
A quanto tempo faz? Perdi as contas a muito...anos e anos infindáveis se passaram e até agora absolutamente nada...nada dele, nada de Asmodeus, nada de ninguém...será que essa busca ainda vale a pena? Será que eu devia desistir e me preocupar em fazer a justiça que os homens teimam em falhar? É claro, nosso onipotente, onisciente e onipresente pai ou qualquer divindade lançaram a humanidade a própria sorte, mesmo depois de tantos e tantos anos eles continuam lá em seus tronos celestiais protegidos por seus arautos sagrados e atendendo um peido ali outro acolá.
Ora, se esses seres são tão poderosos, porque não atendem a todos os pedidos justos? Mas não adianta, a resposta é a mesma "O caos seria instaurado..." Se assim for, se realmente ocorrer isso basta um estalar de dos, ou melhor, um pensamento que tudo volta ao normal. Seus poderes não são ilimitados? Sorrio com meus pensamentos sem entender a lógica por trás de tantas desculpas chulas. A resposta é simples, eles se divertem com o sofrimento do seres!
Onde estão eles quando crianças, mulheres grávidas e idosos indefesos são mortos, humilhados e violados? Pessoas inocentes que não merecem o sofrimento que é imposto a elas simplesmente por "provação"? Não!... Mesmo que não encontre meu pai, eu jamais descansarei e farei o possível para proteger todos aqueles inocentes e sei que não estou sozinho. Ha muitos assim, no mundo e talvez neste vasto universo...
É por isto que estou aqui, tentarei salvar o máximo que puder e punir aqueles que buscam o sofrimento alheio e é por isso que adquirirei poder suficiente para me tornar tão poderosos quanto eles e reger as coisas nesse mundo como se deve e evitar todas essas atrocidades tais quais esse tráfico de mulheres que houvi falar recentemente, essa será minha linha de investigação por enquanto. É o que posso fazer...
Talvez eu deva começar pela Delegacia Geral de Polícia, lá eles tem dados e informações úteis que possam me direcionar, como por exemplo o horário a noite! quando há apenas atendimento de ocorrências, sem atendimento amplo ao público.
Sigo vagando pelo Plano Etéreo, uma dimensão enevoada coexistente com o Plano Material que é visível do plano etéreo, mas é abafado e indistinto, com cores borradas e limites indefinidos. Daqui, posso visualizar o plano material como se estivesse através de um vidro embaraçado, sempre achei tudo isso fascinante...
A vantagem é que um habitante do plano etéreo é invisível, incorpóreo e completamente silencioso para os indivíduos no plano material. Isso torna o plano etéreo extremamente útil para missões de reconhecimento, espionagem e outras ocasiões em que requer mover-se sem ser detectado como sempre venho fazendo.
Continuo meu caminho pela avenida buscando a delegacia e de repente sinto uma poderosa energia que fez tremer até aqui no plano etéreo e uma grande luz surge no meio da avenida. Diminuo meu ritmo e me aproximo cautelosamente sob a proteção do plano etéreo, quando toda aquela luz desaparece o transito desanda, carros brecam e rodam na pista, algumas batidas acontecem e no meio de tudo isso vejo duas pessoas!?
Se forme humanos comuns, talvez estivessem se metendo com algo que não deveriam e por um triz um dos carros não os atinge, talvez não desse tempo de ajuda-los. Me aproximo e fico um pouco acima da cabeça deles tentando escutar a conversa.
-Nossa o que aconteceu essas carros parece que viraram monstros e estão querendo nos matar, se não fosse por você nós estávamos mortos!
Continuo a observar ambos da segurança do plano etéreo aguardando o desenrolar da conversa.
Verônica não sabe explicar, foi tudo tão rápido... Em um minuto estão procurando alimentos para sobreviver na selva hostil e algo os atrai e tocal naqueles estranhos objetos que falam e uma explosão de brilho os absorve e os energizam, fazendo todos os meus pelos ficarem arrepiados e me sinto plena, melhor e mais forte...
E ai monstros de olhos brilhantes de repente aparece numa floresta escura com vagalumes imensos e um dos monstros vai nos colidir em cheio e puxo o Lorde Roxton para o lado quase arrancando o seu braço e neste momento eu sinto minha nova força, embora parece que o lorde também mudou pois o braço dele parece ser mais rijo e não aquele braço macilento e branco de antes e ele me agradece e não sei se estou sonhando, ou se algum daqueles cogumelos da colina estão fazendo o seu efeito... Mas tudo é muito estranho e a escuridão deixa tudo muito impreciso...
Olhava tudo com curiosidade, mas o livro do meu pai não me preparou em nada para isso que achei e nada do que vejo, o livro me descreve ou explica e olho para o Lorde e faço a minha cara mais perplexa como ele diz e movo os ombros cobrando dele algum comentário ou explicação e o levo para baixo de uma estrutura mais distante de onde os monstros de olhos de fogo circulam...
Lysion ao longo dos séculos que formaram Nova York viu a cidade crescer, viu várias formas de opressão e preconceito desaparecer em sombras tão densas que ele mesmo ajudou a enfrentar. Quando a guerra civil dividiu o país por conta da escravidão, ele sabia que estava do lado certo... Ele se lembra das gangues em conflito constante, de imigrantes, religiosos, nacionalistas... Foram as gangues de Nova York em conflito que deram origem a essa cidade, um paisagista novo. Uma nova forma de construir em outro lugar... Tudo era intenso, profundo e se articulou ao longo de tantas décadas enquanto a tecnologia se desenvolvia.
Durante esse tempo, ele nunca esmoreceu. Apesar de que se dedicar nas sombras, sua história cresceu e muitos hoje acreditam que ele seja real. Mas grande parte do tempo sua história é sussurrada entre os becos da cidade, como uma grande invenção... Mas ele mesmo tem enfrentado forças além do que se pode descrever. O casal parece perdido, as roupas deles parecem como vindos de uma época em que a cidade ainda estava sendo erguida...
E as luzes dos faróis e postes atuavam como de brilhos intensos que parecia que geravam cegueira nos dois.
Por um instante Verônica teve a impressão de ver um Vulto olhando para eles e Lysion tinha certeza que por alguma razão ela foi capaz de vê-lo. Os dois pareciam perdidos... E Lord Boxton notou o semblante de medo no rosto de sua velha aliada.
Teria ela sido capaz de perceber a presença dele ali? Ela sabia que sim.
Lysion ao longo dos séculos que formaram Nova York viu a cidade crescer, viu várias formas de opressão e preconceito desaparecer em sombras tão densas que ele mesmo ajudou a enfrentar. Quando a guerra civil dividiu o país por conta da escravidão, ele sabia que estava do lado certo...
Ele se lembra das gangues em conflito constante, de imigrantes, religiosos, nacionalistas...
Foram as gangues de Nova York em conflito que deram origem a essa cidade, um paisagista novo. Uma nova forma de construir em outro lugar... Tudo era intenso, profundo e se articulou ao longo de tantas décadas enquanto a tecnologia se desenvolvia.
Durante esse tempo, ele nunca esmoreceu. Apesar de que se dedicar nas sombras, sua história cresceu e muitos hoje acreditam que ele seja real. Mas grande parte do tempo sua história é sussurrada entre os becos da cidade, como uma grande invenção... Mas ele mesmo tem enfrentado forças além do que se pode descrever. O casal parece perdido, as roupas deles parecem como vindos de uma época em que a cidade ainda estava sendo erguida...
E as luzes dos faróis e postes atuavam como de brilhos intensos que parecia que geravam cegueira nos dois.
Por um instante Verônica teve a impressão de ver um Vulto olhando para eles e Lysion tinha certeza que por alguma razão ela foi capaz de vê-lo. Os dois pareciam perdidos... E Lord Boxton notou o semblante de medo no rosto de sua velha aliada.
Teria ela sido capaz de perceber a presença dele ali? Ela sabia que sim.
O Vulto não sabia se ela o havia visto por um segundo ou se mais alguma coisa ao redor a assustou, ela tinha certeza que vi um homem translúcido flutuar ali perto do Lord a quem tinha acabado de salvar, ele não entendia o pavor nos olhos dela apesar de começar a notar que tudo ao redor deles parecia muito mais tecnologicamente desenvolvido do que quando foram para o Mundo Perdido.
Eu sabia que existiam forças que poderiam me perceber mesmo estando supostamente protegido sob segurança das paredes invisíveis que separam o mundo etéreo do mundo material, mas ultimamente elas tem se tornando escassas, apesar de que se comparando com todos esses anos a sua quantidade aumentou bruscamente, por isso mesmo, apesar da aparente tranquilidade, sempre estou atento a tudo a meu redor, tanto no mundo material como no etéreo, inimigos podem estar na espreita em ambos os lugares, porém essa jovem me intrigou. Eu tinha certeza que ela estava me vendo? Ela me olhava nos olhos com ar de pavor, olhei ao meu redor a procura de algo no mundo material, mas nada além do caos do trânsito.
Volto minha atenção a ela e lá estava, olhando para mim, me encarando, flutuei de um lado para o outro e ela me acompanhou! De fato! Ela me vê!? Seria muita coincidência se não o fosse. Essa bela jovem me intriga...suas roupas parecem selvagens, mas a de seu amigo me lembram as roupas das gangues de Nova York praticamente os fundadores dessa metrópole... É como se uma fenda no tempo-espaço tivesse aberto esse portal e trazido eles para cá, talvez ambos sejam de épocas distintas apesar de se conhecerem... Coisas assim simplesmente não acontecem do nada, há uma perturbação no cosmos sem dúvida!
Permaneço imóvel observando os dois aguardando que a jovem conte para o seu amigo que me viu ou me vê de alguma forma que eu não imaginaria que alguém nesta época conseguiria enxergar... Cada vez mais minha curiosidade sobre eles me aguça.
Quando sonha com as labaredas em cânticos ritualísticos Amber não se lembra de tudo exatamente. Na verdade, as vezes ela acha apenas que bebeu demais.
Em seus sonhos ela esta em um deserto... Ela esta acompanhada de um senhor.
Ele em certos momentos usa uma armadura medieval, outros sonhos um imenso robô de guerra encouraçado. Eles estão sempre caminhando no que parece ser um deserto...
Ela sonha sempre com um continente chamado Westeros e outro chamado Essos, eles parecem ser em uma Terra estranha e mediaval. Lá ela é chamada de Azor Ahai...
Ensopada de suor... Ela acorda e se senta na cama em um solavanco. Por um instante ela toca sua testa apoiando na palma da mão a testa.
Mais um amanhecer ela se vê de novo amaldiçoando a ressaca que sente e observa o medalhão jogado na mesinha de cabeceira, envolta em uma dor intensa de cabeça.
Depois ela olha para um medalhão ao lado de sua cama, todas as noites em que ele se mistura com garrafas de cerveja vazias...
Como é que esta sendo esse fim de semana?
Mas um dos sonhos é mais vivido, ele é sobre um planeta Terra além desse. Ela se lembra que não nasceu aqui. Se lembra de um grupo de adoradores dizendo que ela era um avatar do "Senhor da Luz". Ela nunca se ligou muito em religião... No sonho ela se lembra que convocou uma imensa fera...
Ela contempla a cidade de Nova York pela janela de seu apartamento. Seria tudo isso uma loucura?
Há alguns dias ela descobriu uma loja de antiguidades que talvez possa ajudar. Pelo menos é isso que um fã de sua banda comentou...
Que aquele lugar era o melhor para saber sobre todo tipo de objeto que tinha no passado algum sentido oculto.
Amber achou o endereço da velha loja no interior do Queens, em uma rua bastante mal frequentada no final daquela tarde nebulosa já para o anoitecer.
Naquela tarde entrou pela porta aberta e caminhou entre livros antigos e estatuetas esculpidas por todo tipo de material que a humanidade já utilizou. Entre os vários livros pelo caminho, um em particular lhe chamava a atenção.
Ela ouvia ao fundo, pelo que parecia ser um quarto secreto, dois homens conversando profundamente concentrados em algum assunto e ela notou que foi essa a razão de não terem a percebido chegar mesmo depois da sineta da porta de entrada tocar. Ansiosa, ela não conseguiu evitar de entrar.
Pelos nomes que ouve, eles comentam sobre algo tão obscuro que parecia ter vindo de algum romance de ficção ou talvez de um pesadelo. O homem mais velho começa falando.
Alex Blake: -Entenda, Donald... Depois disso o portal para o Abismo foi fechado. Definitivamente a cidade de Antares nunca mais teria mortos voltando à vida.
Donald Drifus: -Não faz sentido, porque o fantasma continuaria vagando e buscando vingança contra Asmodeus. Ele só não se lembraria de que em um momento esteve combatendo o Grande Antigo e com isso o portal poderia ser reaberto, além do que Lysion Verne conseguiria viajar a hora que bem entendesse para o Abismo agora e veria o que aconteceu por si mesmo... Com o tempo ele poderia sobrepujar a ilusão.
Alex Blake: -Isso levaria muito tempo à acontecer, especialmente porque tem de haver muito tempo para agir sobre isso
Donald Drifus: -Então o Abismo não foi fechado para sempre. Ele meramente se colocou mais oculto, Antares pode ter outro "incidente" com mortos saindo de seus túmulos se alguém souber como chegar na cidade deles.
Amber ficava pensativa sobre aquele debate estranho, mas não era mais estranho do que parcialmente lembra de ter vivido.
O alarme despertava, no horário era qualquer coisa entre 13:00 e 15:00 da tarde. O maldito mal tocara três vezes e o som de uma explosão é ouvida imediatamente e no lugar de onde havia o despertador agora era apenas uma mancha preta de cinzas com uma fumaça preta grossa emanando do epicentro. Ela balançava o braço para fora da cama sentindo na ponta dos dedos a textura do vômito de ontem à noite, balançava um pouco o braço e derrubava a garrafa de vodka vazia que rolava pra debaixo da cama. Seus olhos e sua cabeça explodiam de dor. Ela levantara de solavanco por instinto mas logo se arrependera e gemera de dor. Se levantou se apoiando na cama e sentindo que havia vomitado nela também. Quando se erguera de pé escorregara na própria poça de vômito e caíra de bunda na cama e sentiu a cabeça latejar. Ela gemeou com a dor e pensou em mil palavrões, já que não conseguia ânimo para falar nada.
Ela fora para o banheiro, sua cara estava pálida, branca como uma fodida desnutrida, havia vômito no cabelo e nas roupas, ela olhou pro chuveiro e pensou em tomar um banho, mas mudou de ideia, não estava afim. Ela foi direto para a cozinha, onde haviam cartas de contas atrasadas para pagar. Ela então pega uma tigela no armário de cima, sua expressão era de alguém morta como um zumbi, ela pegava a tigela, colocava cereal na mesma. Pegava o leite na geladeira, o mesmo estava com tampa sumida, ela só cheirou pra sentir se estava estragado e parecia ok. Ela colocou o leite na tigela e misturou o cereal com a colher, provou um pouco e fez uma cara feia, estava faltando alguma coisa... Ela se levantou, foi até um armário de baixo, retirou uma garrafa de Rum e despejou um pouco no leite com cereal, ela provou e então balançou a cabeça positivamente em sinal de aprovação.
Ela olhou pra frente mastigando o cereal com leite e rum de boca aberta.
- Azor Ahai...
Disse ela para sia mesma dando risada.
- Eu devia parar de beber...
Ela então olhou pra cima, pensou por um instante e disse debochada:
- Nah...
Terminado o café da manhã, Amber subiu para o banheiro, tomou um banho rápido, se arrumou, passou uma maquiagem pra disfarçar suas olheiras e outros sintomas de uma pessoa de qualidade de vida ruim e por fim pôs óculos de sol, foda-se se não estiver fazendo sol. Ainda em seu quarto ela então olhava para o medalhão, aquele pedacinho de merda bem desenhado a intrigava muito, não sabia o porque ainda não tinha pegado aquilo e atirado na privada e dado descarga.
Trilha Sonora:
Ela então vai até a janela e observa New York, uma cidade de merda, onde moram pessoas merdas, vivendo umas vidas de merda. Ela então parava e pensava com um pouco de força mental que lhe restava, o quanto de toda essa baboseira de Azor Ahai, Senhor da Luz e Longa Noite podia ser verdade, e até onde realmente estava bebendo demais e vendo filmes medievais.
- Mas eu não assisto filmes medievais...
Pensou consigo mesma em voz alta. Ela suspirou, e ainda tinha a pachorra de contar para a galera sobre essas merdas de sonhos que mais parecem um seriado de merda criado pela HBO, um deles falou de uma biblioteca que Amber foi idiota o suficiente pra considerar visitar, uma vez que agora estava sozinha, por conta, seu pai estava morto, seu melhor amigo a odiava com todas as forças, e não tinha mais ninguém na vida que se importasse com ela. Ela mexia nos óculos de sol os ajustando e disse com o tom de decepção:
- Muito bom, Amber... Olha onde suas escolhas te levaram. Você é uma sozinha de merda. As unicas pessoas que te achavam legal agora estão mortas ou te odeiam.
Ela dava um tapinha na sacada e dizia dando uma ultima olhada:
- Muito bom...
Ela então pegava aquele pingentezinho e guardava no bolso de sua jaqueta, era hora de procurar por respostas de perguntas que não existem, porque no fundo Amber sabia que era só uma mutante fodida e bêbada e que não havia nada de mais nisso, mas ela queria sentir algum propósito de existência além do que seu pai sempre tentou inspirá-la a ser. Bom... Poderia ir voando? Poderia, mas não seria legal as pessoas apontando e vendo... Seja lá que porra ela era, voando pela cidade.
"Porque não posso ficar invisível?"
Ia ser muito útil agora, ia poupar paciência. Ela então então pegava sua harley e seguia em direção ao endereço da biblioteca. Já era final de tarde, e ela não se importava, ficaria com os óculos escuros. Quando entrou na biblioteca do Queen, achou o lugar bem exótico, não era o tipo de lugar que ela costumava frequentar, se sentia até um pouco inteligente por estar lá, mas no fundo sabia que era mais tapada que uma porta. Ela tirou do interior da jaqueta um frasco com conhaque e deu um gole.
"Isso ainda vai me matar..."
Dizia para si mesma. Ela guardou o frasco no interior da jaqueta. Ela andou pela biblioteca pra observar primeiro se algo lhe despertava o interesse, queria evitar pedir ajuda aos funcionários da biblioteca, embora fosse o mais inteligente a fazer. Ela olhava para um livro e particular, a capa era bonitinha, chamava a atenção, ela então pegou o livro e o mesmo revelou uma passagem secreta entre as estantes. Amber arregalou os olhos por detrás dos óculos escuros, fez uma cara de menina que aprontou, olhou em volta pra saber se alguém tinha visto o que havia feito, parecia que ninguém, e assim então ela tentou bisbilhotar.
"Será que posso fazer isso? Eu acho que não... Eu devia chamar algum funcionário? Eu acho que sim... Mas foda-se, isso ta até que dando alguma pira."
Ela então ouviu vozes, e aos poucos e de forma bisbilhoteira passou a lentamente se aproximar, bem de fininho, pra ouvir esse assunto que eles estavam com tanto afinco.
"Nossa Amber, além de cuzona você também é maria fi-fi?"
Pensou consigo mesma, mas logo pensou que tinha feito o certo, pois a pira do assunto que aqueles dois estavam entrando era muito louca. Ela pensou por um instante que poderia ter achado mais parceiros de bebida, mas não sabia até onde era só o alcool falando ou a loucura também, passou a ficar escutando a conversa, aquilo era estranhamente interessante. Ficou ali tentando escutar mais da conversa, e atenta para não ser pega no flagra por bisbilhotar.
Roxton logo percebia que Verônica apenas olhava para um lugar e assim que se virou não conseguiu ver nada até o presente momento e sendo assim o mesmo respirou fundo um pouco preocupado com a mesma. -Verônica está tudo bem? - Ele a questionava em quanto a observava por alguns segundos sentindo apenas o ar se tornar um pouco mais frio que o comum e sendo assim ele continuou a observar a mesma em quanto ela olhava para o nada sem motivos.
Verônica estava atônita com o que via e demorou a responder o seu companheiro quando a chamava, até que ela com um grunhindo ininteligível aponta na direção do vulto que vê e consegui dizer repetitivamente: - Ali, ali...
No instante seguinte, o imenso livro sobre a mesa é aberto e o homem mais jovem continua a falar.
Donald Drifus: -Toda essa sua história, parece apenas mais uma versão do conto de Dante. Ir até o inferno e buscar a amada é um clichê. Como se não bastasse você usa vários nomes. Enquanto o próprio responsável pelo Abismo saia dele, fica claro que você trancou as portas de entrada quando enfrentaram o "Caos Rastejante". Apenas você sabe o que houve e acredita que conseguiu apagar a mente de um fantasma? Não percebe que tipo de insanidade esta presente nisso tudo? Para mim é tudo uma imensa loucura. - Ele a questionava em quanto a observava por alguns segundos sentindo apenas o ar se tornar um pouco mais frio que o comum e sendo assim ele continuou a observar a mesma em quanto ela olhava para o nada sem motivos.
Alex Blake: -É por isso que você tem de usar o anel, você acredita que é tudo um grande fenômeno físico e não um fator espiritual. E de certo modo você esta certo, a magia nada mais é do que o poder de manipular a matéria segundo sua vontade... E você se tornou parte disso, Donald. Podendo controlar até mesmo seu corpo, até sua idade... E tudo tem relação com esse outro talismã...esse que encontramos com ela.
De longe Amber vê o medalhão sendo posto sobre o livro e em sua mente as palavras surgem em um poema dizendo:
"O Deus Afogado em R'lyeh sonha. O que esta Morto, não pode Morrer"
Em seguida ela ouve o grito de uma garota na rua, a voz diz "Ali, ali" parecendo gaguejar. Verônica acreditava estar contendo sua voz para não chamar atenção, mas para o seu amigo Lord Roxton ela estava à plenos pulmões gritando desesperada apontando para o nada.
Lysion Verne via claramente que ela estava apontando para ele...Mas ela já não o via mais.
Os dois homens diante do imenso livro se levantaram para seguir os gritos, Amber, até pensou em se virar para direção dos gritos na rua, mas talvez tenha sido o momentâneo devaneio que teve com a oração ao tal "Deus Afogado"... Naquele segundo os dois que se levantavam para se dirigir para rua a encaram confusos.
O homem mais velho passa por ela a encarando, colocando um chapéu sobre a cabeça e comentando.
-Donald veja quem é ela!
O rapaz Donald olha nos olhos de Amber se detendo por um segundo, mas depois segue para correr atrás de Alex.
-Espere, Alex!
O Lord vê uma porta abrindo na direção que Verônica esta apontando.
Alex Blake: -Pois muito bem, que gritaria toda é essa?
Lysion tem a impressão que já viu aquele sujeito em algum lugar.
Eles continuavam a falar um monte de baboseira sem sentido nenhum para Amber. Ela logo começava a se perguntar se não devia interromper, se mostrando de uma vez pra perguntar quem podia ajudar ela com aquele medalhão, porque escutar aquela conversa de doido nO estava lhe sendo nem um pouco interessante. Até que de repente, quando ela observa de longe aquele medalhão com o símbolo de um Kraken, Amber escuta essas palavras em sua mente.
Por um momento ela fica boquiaberta, refletindo aquilo, e no segundo seguinte ela escutava um grito de mulher vindo do lado de fora. No começo ela não deu importância, estava num devaneio grande com aquelas palavras que vieram na sua cabeça como mágica. E então, o homem mais velho passou por ela, Amber congelou e pensou em alguma desculpa para dar a ele do porque estava bisbilhotando, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele já dizia para o jovem verificar quem era ela, e por um instante ela ficou aliviada. Logo então olhou para o jovem Donald e disse:
- É... A porta estava aberta aí eu entrei...
Deu ela uma explicação sem ser pedido, e entao continuou:
- Eu vim pedir uma ajuda com um adorno, mas é melhor ir ver o que está acontecendo...
Ela queria mais era verificar o que veio verificar mas se tinha alguém correndo perigo e ela pudesse ajudar, ela iria. Assim, sem esperar resposta de Donald ela foi ver o que acontecia, e via duas pessoas estranhas vestidas de forma estranha, a mulher apontando para o cara da biblioteca, que parando pra pensar, parecia um mendigo aventureiro. Ela olhava para os lados procurando algo que pudesse ser o motivo da gritaria da mulher, mas vendo o como ela estava vestida começou a cogitar a possibilidade da mulher ser apenas louca mesmo, ou estava indo pra uma festa fantasia e viu um fantasma. Amber deu uma risada silênciosa, se a mulher dissesse isso Amber daria um gole de seu conhaque agora mesmo.
"Realmente ela me viu, já não tenho mais dúvidas, mas agora não parece mais me enxergar...esse impacto dimensional que abalou até o plano etéreo foi muito mais poderosos do que eu imaginava a tal ponto que parece ter distorcido o tempo-espaço realmente e mesclado por um momento as dimensões. Neste instante ela me viu por alguns segundos..."
O fantasma estava pensativo, tudo aquilo era novo, mesmo para ele com alguns séculos de vida e aqueles dois realmente chamaram a atenção dele. Porém, não demora muito e outros três chegam devido ao berro da garota ao vê-lo. Lysion arregala seus olhos e tem uma poderosa sensação de que conhece todos estes recem chegados.
"Mas...mas que sensação estranha, seria uma espécie de dejavú? esses três, o homem, o garoto e a garota...eles...eles me parecem muito familiar, mas...mas porque não consigo lembrar deles..."
Lysion põe suas mãos em sua cabeça confuso e cerra os olhos observando-os e forçando sua mente para lembrar de onde aparentemente ele conhece os recém chegados na cena. Por um momento ele encara o homem com chapéu esquisito, depois o jovem garoto e por último e mais atrás a mulher. Ele desloca-se se posicionando pouco acima e a frente de cada um deles para observar os detalhes dos corpos em busca de uma tatuagem ou cicatriz que o ajudasse a se lembrar e sussura consigo:
-Não adianta...aparentemente apesar da sensação de conhecê-los, não pareço me recordar...
O Príncipe se posiciona num ponto estratégico acima deles e com ar ainda confuso continua a observa-los para ver onde aquela situação daria. Por aquele momento ele parece ter esquecido sobre o tráfico de mulheres, afinal, coisas de seu passado talvez estivessem voltando a tona para assombra-lo. Mas porque agora?
Conforme o Vulto tenta se ocultar do olhar daquela estranha mulher e ao mesmo tento entender o que esta acontecendo, ele ouve uma voz vindo de suas costas. ???: -Olá, Lysion. Quando o príncipe se volta, percebe que o mesmo homem que esta conversando com o casal esta parado atrás dele, flutuando, só que Seth Plate: -É muito bom revê-lo. Ao que quer parece que Donald tinha razão, você iria aos poucos se lembrar do que houve... E esta aqui... Talvez por conta dos problemas dos rituais que foram aumentando para abrirem portais para o Abismo como nós evitamos da outra vez... Talvez não se lembre de mim como é realmente meu nome... Sou Seth Plate... Mas você me conhece como Hesediel e Alexander Blake. Não creio que se lembrará de imediato de tudo que aconteceu, mas a verdade é que existem regras e momentos para que as coisas se deem. Eu mesmo há muito tempo tenho tentando manter essas regras mais consistentes e firmes, para que eles não nos façam mal. Mas você busca apenas vingança... Ótimo! Talvez tenta sido isso que condenou nós dois. E talvez por isso você seja a única pessoa nesse mundo que melhor me intenda. Porque como você, fui consumido pelo desejo e ele me levou à revolta. Ele continua flutuando pelo ar circulando a loja, esperando que o Príncipe o siga.
Seth Plate: -Eu cometi erros, pouco depois que ele assumiu todo o poder, Lysion. Mas é importante que você saiba que a chegada do segundo sol foi a presença Dele... Mas é blasfêmia dizer Seu nome em vão. Agora que você esta aqui, eu não sei bem o que fazer para deter sua vontade de confrontar Asmodeus... Mas sei o que Ele fez, aquele cujo nome é inominável. Quando às portas do Abismo nós enfrentamos Nyrlatothep você quis avançar ainda mais, descobrir mais. Mas eu quis que você não avançasse... Temia que seu desejo de vingança levasse ao mesmo lugar que eu e ele paramos... Nós destruiremos o mundo, Lysion. Romperemos o selo se avançarmos em direção à escuridão. Por isso, apaguei suas recordações, para que não tente buscar vingança contra Asmodeus de novo...É por isso que aquela jovem garota esta conversando com Donald. Porque o fim desse mundo é um destino que quero evitar.
Pouco abaixo dali, conforme o casal tenta se explicar para Alexander, Donald se volta para Amber.
Donald Drifus: -Bem, moça. Eu posso ajudar, posso ver nos catálogos lá dentro no que seu adorno pode ser classificado se você quiser. - O rapaz parecia dar de ombros para o casal, mais interessado em conversar com a bela ruiva do que dar atenção naquela confusão lá fora. Vulto não conseguia parar de olhar e tentava se esconder quando ouve uma voz atrás dele e começava a voltar a caminhar para dentro da soturna loja e esperava que a roqueira o acompanhasse.
Roxton logo percebia que uma porta para onde Verônica estava apontando se abria em quanto via um homem sair dela, porém, ele preferiu se manter em silêncio tentando entender o que estava acontecendo ali naquele exato momento.
-Mas o que está acontecendo aqui? Esse lugar está mais confuso do que o próprio mundo perdido. - Roxton logo respirava fundo assim que limpava a sua mão em sua calça esticando a mesma para o mais novo. -Sou Lord John Roxton a seu dispor, agora eu queria entender o que está acontecendo aqui, nunca conseguimos sair do mundo perdido e por que sairíamos agora? - Ele o questionava confusl.
Verônica está assustada com este novo mundo e após perceber que Lorde Roxton percebera o que mostra e agarrando o seu antebraço pergunta: - Onde estamos, que mundo louco é esse? Na~parece o mundo que papai falava e nem o que eu li nos seus livros e atônita busca resposta com o parceiro.
Lysion estava concentrado no acontecimento e buscava lembra das pessoas todo custo, mas parecia não funcionar como se deveria, algo o bloqueava, mas ele não sabia o que era.
Não é normal, eu sei quem são mas não sei!? Como isso pode estra acontecendo?
O fantasma já estava angustiado e acabou perdendo sua tenção ao redor focado naquilo, então, de súbito uma voz dirige-se a ele e ele percebe que ela vem de suas costas. imediatamente ele se vira já com as mãos erguidas em posição de ataque, porém, para sua surpresa, o homem que estava falando com ele era o mesmo que falava com o gruo no mundo material.
-Vo..você, mas..como!? Quem é você, como pode estar em dois planos existenciais ao mesmo tempo!?
O príncipe estava espantado e curioso, algo assim não era comum, esse homem era bem mais poderoso do que aparentava. Ele se apresenta com dois nomes, Hesediel e Alexander Blake, mais uma vez dois nomes comuns, então um flash de um local aparentemente abandonado e um trono com um esqueleto humano se via, depois, ele parecia te adquirido corpo.
O homem começou a falar sobre o abismo, sobre as semelhanças entre el e Lysion, regras, controle das coisas e estabilidade. Tudo aquilo era um enxurrada de informações que enchiam Lysion de dúvidas.
-Que tipo de condenação você se refere? E porque nós dois fomos condenados? Quanto a vingança você está certo, não nego isso a ninguém...São, muitas informações...
O homem continuou a falar e levitava em direção a loja que sua outar versão saia, bem como os outros dois, chamando o fantasma. Lysion relutou por um momento desconfiado, mas decidiu segui-lo. Ele então continuou sua explicação e muitas outras dúvidas pairavam na mente do fantasma.
-Ele quem? Quem é o inominável? O que trouxe o segundo Sol? Lembro bem do segundo Sol, foi exatamente quando saí do abismo... Quanto a miha vontade de deter Asmodeus você não pode fazer nada! Nem você nem ninguém irá me impedir de destruí-lo!
Lysion falava firme e com um foco inabalável, Asmodeus e todos aqueles que fizeram ele sofrer e seu povo deveria pagar com a vida. Mas não parava pro aí, o homem continuou a falar e lançar mais e mais informações.
-Nyalarto...thep?
Mais um flash veio a mente do fantasma, uma criatura imensa com muitos tentáculos o agarrando e foçando-o numa escuridão e aprisionamento. E duas vozes gritando por ele.
-Des..destruir o mundo!? Que selo você se refere? Não romperei nada disso, não sei o do que você está falando!
Quando o homem fala que apagou as lembranças do Lysion para evitar que ele destruísse asmodeus e por isso o mundo o fantasma continuava perdido.
Mas...oque tem haver a destruição do mundo com Asmodeus?
-Porque buscar vingança contra asmodeus destruiria o mundo? Quem é você afinal? Um arauto de Asmodeus tentando me dissuadir de destruí-lo!? Impossível! Ele precisa pagar por tudo que fez a meu povo e por tudo que faz ao mundo desde os primórdios!
Seth: -Para você conseguir novamente chegar até Asmodeus, precisa abrir o portal do Abismo guardado por Nyrlatothep. Quando você e eu o enfrentamos quase fomos destruídos, eu tive de levar você comigo porque você se recusava a desistir do conflito. A verdade é que a fenda para o Abismo, se for aberta, trará as forças que destruíram o nosso mundo a partir de Carcosa... Você tem caminhado buscando por uma reposta, mas sua vingança faria com que você atravessasse até o seu antigo reinado... Lá não sei lhe dizer o que agora te espera, mas sei que através da ruptura para você ir até Asmodeus geraria a vinda dele para esse mundo. Por isso eu apaguei sua mente... Me desculpe, sei o que parece.
Ele comenta enquanto aguarda a resposta de Lysion.
Alex: -Atravessaram de outro mundo? A abertura do portal... Isso explica algumas coisas. Ao que vejo meu trabalho ficou enfraquecido... E o portal do Abismo esta de novo se abrindo...