Barragnar- O assustador

No grande Floresta de Verduran, mais especificamente a nordeste de Wispil em um complexo de cavernas subterrâneas existia uma tribo de kobolds, ela não era muito grande e era liderada por um kobold xamã ancião chamado Escamas de Árvore existia um kobold que se destacava devido a sua aparência e habilidades, seu nome era Barragnar e sua alcunha era "O Assustador". A criatura era um kobold muito mais robusto que o normal de escamas vermelhas e grandes chifres que lembravam muito os dragões, ele possuía assas de couro, lançava baforadas de fogo, tinha ula cauda muito maior e mais robusta que os demais e cerca de 95 centímetros de altura, muito maior do que a média dessas criaturas que ia de 60 a 80 cm. Ele era de uma linhagem rara cultuada pela tribo, porém, apesar disso as normas internas entre eles definiam sempre o mais velho como líder e por este motivo o líder era o velho Escamas de Árvore.

Entre as características de Barragnar que o tornavam tão especial para a tribo é que no passado, sua linhagem em algum momento cruzou com gigantes e seu sangue dracônico não perdeu a qualidade com o passar de gerações robustecendo-se ainda mais pelo sangue gigante que corria em suas veias, sabendo disso ele sofreu um treinamento diferenciado durante seu desenvolvimento, este treinamento baseava-se em enfrentar criaturas muito maiores e robustas que ele como ogros, forçando-=o além dos limites e fazendo-o despertar outra característica icônica que fazia seu sangue ser bombardeado com muito mais intensidade para seus músculos, deixando ainda mais forte e perigoso, uma fúria que o envolvia num aura avermelhada tornando-o muito mais letal.

Ele era quase que idolatrado pelos seus e sempre que a tribo pensava em atacar caravanas de viajantes ou outras tribos de kobolds e atém goblins ele era convocado e sempre revertia a situação para sua tribo que até então não conhecia a derrota, porém, eles passaram a se tornar um problema sério e as autoridades passaram a enviar soldados e mercenários para extermina-los que sempre eram completamente derrotados, os que conseguiam escapar falavam sobre um "filhote de dragão" que estava entre eles que quando chegava no campo de batalha tudo se invertia e os kobolds eram tomados por uma força de vontade sob a liderança dele que acabavam se tornando mais letais, no entanto, o "filhote de dragão" era a grande ameça, ele fulminava grupos com sua baforada de fogo, ou simplesmente com suas habilidades de combate.

Depois de tantas derrotas as autoridades de Wispil convocou um chamado para aventureiro experientes para exterminarem um filhote de dragão que liderava uma tribo de kobolds. Um grande torneio foi feito e os 5 sobreviventes foram os enviados, a tribo finalmente foi derrotada, mas a grandes custos, pelo menos três dos cinco aventureiros morreram, dois deles para Barragnar, ao final, quando Barrgnar já estava desacordado e morrendo um dos aventureiros, um Ladino denominado Lancer, um assassino conhecido na cidade teve a ideia de usar Barragnar para ganhar dinheiro nas arenas ilegais de combate, porém Tordak, um anão paladino se recusou a aceitar isso, dizendo que deveria acabar de vez com aquele mal.

Eles discutiram e dissimuladamente Lancer aceitou e permitiu que Tordak arrancasse a cabeça de Barragnar, porém, assim que o anão passou a sua frente e ficou de costas para o ladino, Lancer sacou sua sabre e atravessou a garganta de Tordak pelas costas, através de sua nuca o anão teve apenas tempo de olhar de canto de olho para lancer antes de cair sem vida. O Ladino então, amarrou Barragner com duas cordas e o levou para a cidade, recebendo sozinho a recompensa e ainda ganhando o direito de escravizar o kobold.

Com isso, Lancer passou a usar o pequeno nas arenas de combate ilegal, convencendo-o que eles ganhariam muito dinheiro, sem alternativa, Barragnar passou a fazer as lutas até que depois de pelo menos um mês, uma investigação foi feita e então descobriu-se que Tordak foi morto por uma sabre e o único que portava ela a época era Lancer, ja sabendo disso devido a seus contatos, o ladino fugiu abandonado o kobold que ficou com sequelas psicológicas severas causadas por Lancer, quando falhava em algo, sua auto-confiança despencava, dificultando ainda mais o cumprimento do que ele pretendia fazer, necessitando de um pouco mais de tempo para assimilar e se acalmar.

Com a figa de Lancer, as autoridades então decretaram a prisão de Barragnar, ele ficou preso por pelo menos um mês até que o Capitão da guarda da cidade propôs a ele se untar as tropas em troca da liberdade contanto que ele ficasse subordinado as normas locais. Barragnar aceitou de pronto e passou a treinar com as tropas ao mesmo tempo que era acompanhado por médicos que tentavam torna-lo menos tribal trabalhando sua consciência para torna-lo uma pessoa mais confiável, tudo isso demorou alguns anos mas os médicos obtiveram sucesso, deixando-o um poco mais "humano" e sensível aos outros prometendo que ele se tornaria um dia um grande herói.

Era estranho para barragnar, mas a alteração q ele sofrera, com treinamentos e ensinamentos de humanos, elfos , gnomos, halflings e ate um meio Orc surtiu efeito.
E depois de muitas surtidas contra bandoleiros de estrada e ate uma guilda de ladrões, souberam de problemas com uma tribo de kobolds, no mesmo lugar em que sua tribo vivia.
Mas o problema era diferente, os kobolds haviam construido uma fazenda, estavam plantando vegetais e criando alguns animais estranhos, pareciam patos com quatro patas. Elas colocavam ovos, os kobolds resolveram chamar de patotos. Eles tinham tb ferrões e para os kobolds a carne era delociosa.
Barragnar foi enviado junto a um grupo para averiguar, sem objetivo de luta, a presenca do kobold poderia facilitar o contato.
Chegando próximo a vila, o exato local onde ele viveu e quase morreu, tinha um comitê de recepção. Muitos dos que ele jurava estarem mortos estavam alí. Em alguns faltavam membros, outros mancavam e no meio de todos eles o irascível escamas de árvore. De alguma forma muitos de seus convivas sobreviveram e de alguma forma seu treinamento, os processos de ensinamento que teve pareceram alterar também todos aqueles que um dia o admirou.
Era estranho, mas era bom.
Haviam mudanças nas escamas de alguns, escama de arvore era verde e por algum processo, as escamas dele estavam mudando de cor, em alguns pontos, o verde estava se acobreando, tomando um tom metálico. Outros q tinham escamas brancas elas estavam prateando. De alguma forma, a mudança nele estava se alastrando. Mas nele era apenas por dentro.

Mais um dia amanhecia e ao chegar ao quartel logo foi designada uma missão para Barragnar e um grupo, era comum, ele já tinha investido contra saqueadores, guilda de ladrões e até invadido uma antiga catedral isolada e abandonada para enfrenta mortos vivos, mas agora ele foi designado para averiguar um grupo de kobolds que passaram a ocupar o território de sua antiga tribo, porém, estranhamente, os kobolds estavam plantando vegetais e criando animais como uma sociedade comum, uma sociedade que Barragnar aprendeu a se inserir e que o transformou em certa parte para melhor.

Curioso com essa estranha evolução o kobold ele segue com o grupo e para sua surpresa se depara com os seus companheiros de tribo que sobreviveram, em sua cabeça, todos tinha morrido, ele é recebido primeiramente por Escamas de Árvore que todos tratavam como líder e consideravam um pai, ao mesmo tempo que os demais saudaram, então várias sensações voltavam para ele, seu coração batia mais forte, sua respiração ficava ofegante, assim que se recompõe, ele vai até o velho Escamas de Árvore e o abraça, erguendo-o e muito do chão sem esforço algum.

-Velhote! Eu achava que você estava morto, assim como todos vocês!

Ele sai abraçando um a um e trocando sorrisos e brincadeiras e todos pareciam socializar muito melhor do que antes, como se tivessem tido os mesmos ensinamentos que ele, era tudo muito estranho, mas estranho ainda é o fato de todos estarem com as cores das escamas se modificando, tornando-se em tons metálicos como suas próprias.

-Por todos os deuses dos homens grandes, o que aconteceu com vocês após aquele terrível dia? Até vegetais e fazenda de animais vocês estão criando, me digam que vocês também pararam os saques e ataques a outras tribos e viajantes?

Dizia ele admirando o pequeno vilarejo com as fazendas e plantações. Focando seu olhar nas estranhas criaturas que eles criavam.

-Que tipo de animais são esses?

Barragnar estava confuso com tudo aquilo, mas de alguma forma sentia uma sensação boa e estava feliz.

Ora que maravilha, aprendeu modos , e que negócio é esse de me levantar, acho que fiz mal em aceitar algumas ideias, mas agora que estao aceitas não podem mais ser mudadas. O velho Escamas-de-Arvore fala com uma voz de velho ranzinza mas deixa transparecer o orgulho de ver aquele jovem.Sao patôtos. Tem mais coxas pra comermos, mais carne macia e o veneno se usado direito dá uma dormência na lingua, mas aumenta o sabor da carne deles. Temos muito que conversar , tenho muito a te contar, mas antes teremos uma cerimonia e uma festa pelo teu regresso, seus companheiros estao convidados.

Barragnar sorri com os comentários do velho kobold colocando-o no chão logo em seguida respondendo-o:

-Modos hahaha, sim sim, durante os anos que se passaram desde o ataque consegui me livrar do Lancer e passei a trabalhar na guarda, e muita coisa me foi ensinada, ler, escrever, modos... Eramos selvagens e por isso me foi ensinado a usar a brutalidade em momentos certos e ser gentil com as pessoas como guarda, mas vejo que vocês de alguma forma também evoluíram, estão mais organizados e civilizados e claro, o sangue dracônico de nossa tribo parece que está começando a se manifestar em vocês, basta olhar para suas escamas, fico muito feliz com isso, afinal, sempre quisemos ser como os grandes dragões.

Quando o velho fala sobre os patôtos, mais uma vez Barragnar volta seu olhar para as criaturas.

-Elas são dóceis? De toda forma são muito estranhas e interessantes, se meus companheiros de guarda aprovarem a carne podemos começar falar sobre tratos comerciais, o que me diz?

O Kobold "gigante" seguia com o velho Escamas de Árvore enquanto conversavam, ao mesmo tempo que com as mãos chamava os demais guardas para a cerimônia.

-Venham, está tudo bem! Vamos aproveitar que conhecendo vocês, sei que estão famintos!

Outra coisa que chama atenção são as crianças. Antes logo q saiam dos ninhos, ainda na mais tenra infância eram colocadas pra servir os mais velhos e quando alguma ria era por estar sobrepujando alguma outra criança kobold.
Fisicamente nada mudou muito, mas são vistas crianças brincando com brinquedos de uma feitura toda especial. Um capricho nos detalhes dos animais de madeira, das bonecas de cordas(feitas de corda) e instrumentos musicais, olhando de perto percebe-se runas dos anões.
E seguindo mais pro meio da aldeia se vê uma estatua de um anão, aparentemente guardando a entrada do grande salão da aldeia. Em um primeiro momento aquilo te traz um arrepio o momento em que quase foi morto nas mãos do paladino anão. E tuas mãos vão direto para as tuas armas quando vê a estatua se mecher. Se curvando em direção a uma criança, com certeza ela vai amassar o pequeno kobold. Mas antes de qualquer reação, voce ve que a estatua esta entregando uma boneca de cordas e nos para a pequenina kobold e ela sai feliz e saltitante. Chegando mais perto sem duvida é um Tordak de pedra.

Os guardas como bons veteranos não deixam de lado uma boa boca livre e entram na aldeia/vila ja respeitava o gigantesco pequenino por suas atitudes e feitos heróicos em batalha, mas estavam impressionados com a deferência que todos tinham para com ele. Chegaram alguns a se curvar para barragnar.

Ao ver uma imagem que lembrava o paladino Tordak, Barragnar já colocava a mão sobre sua espada, porém, para sua estranheza e surpresa, era uma estátua de pedra do paladino que estranhamente era gentil com as crianças kobolds, o kobold aproxima-se cerrando seus olhos em estranheza, ele volta-se para Escamas de àrvore e o indaga confuso:

-Mas...o que é isso!? Uma estátua mágica do Paladino Tordak de pedra...

O semblante o guerreiro parecia levemente irritado:

-Você que criou e animou está estátua, Escamas? Você sabe que ele junto com os outros 3 e Lancer foram os responsáveis por quase extinguirem nossa tribo!? Não seria admitível venerar este tipo de ser, tudo bem, ele cumpria sua missão, mas apesar de tudo que me ocorreu, não abandonei minha revolta completamente, não é tão simples perdoar.

O Kobold volta a olhar a estátua e vê a gentileza dela para com os pequenos.

-Você imbuiu sentimentos nele ou o programou para que fizesse isso? Um golem?

As palavras de Escamas de Árvore acalmam um pouco o kobold, afinal, se Tordek ou melhor, seu espírito retornou e passou a proteger a tribo é sinal de que mesmo após a morte ele está pagando pelo que fez quando em vida e se redimindo. Barragnar então vai até a estátua animada para conversar com Tordak.

-Tordak? Vejo que seu espírito não aceitou a passagem devido a covardia do ataque de Lancer... Não vou dizer que lamento por você ter morrido pois estaria mentindo, afinal, sua morte salvou minha vida, porém devo reconhecer pelo que foi me dito por Escamas que você está se redimindo da quase extinção que causou a nossa tribo, e talvez esse comportamento mais civilizado por parte deles tenha sua mão. Você protege e transforma a tribo em algo mais civilizado, fico feliz que em minha ausência alguém a altura foi nomeado como protetor da tribo pelo pai das pedras e a transformou...

Barragnar estende sua mão para que o anão de pedra a apertasse em sinal de respeito e perdão.

-Vamos esquecer tudo o que aconteceu a alguns anos atrás e trabalhar juntos em prol da tribo e do bem maior, Tordak!

De certa forma um peso parecia sair do coração de Barragnar.

Enquanto ele Falava e olhando de perto a movimentação da pedra não era algo como a movimentação da carne, ao invés da elasticidade era como uma massa sendo moldada. Primeiro uma expressão de surpresa como se quisesse entender quem falava com ele, depois uma expressao de espanto, seguida de um sorriso benevolente. E ele estende a mão. Apesar de pedra a mao aperta com leveza segura a sua.
Faz um sinal de pedido de aguardar. A bica forma-se em um o. Um dos dedos da mão direita se afina e alonga. No centro do broquel no braço esquerdo começa um disco a girar e ranhuras circulares a se formar. Ele encosta o dedo afinado no disco q gira e a mão esquerda no pescoço. De primeira só saem chiados e logo após uma foz como se fosse um eco do fundi de uma caverna.
Eu não cria em redenção, e por isso mera o que mais precisava dela. A redenção pode tornar o ruim em algo bom. E o bom em algo melhor. Voce era bom como lutador mas é melhor como soldado. Agradeço a chance de me redimir dos erros do passado. Espero ser amigo de todos vocês. Acho que sou melhor estatua, do que fui como paladino. a um som como o de vento passando em uma fresta, chiados novamente e a boca do anão de pedra se fecha novamente. Ele tira as mãos dos lugares que estavam. Com alguns rangidos pega uma pedra no chão e nas mãos do anão ela se transforma em uma miniatura exata de Barragnar. Ela também muda sua cor para um dourado como ouro. Certamente sem duvida aquilo é ouro. Ele te entrega a miniatura e começa novamente todo aquele processo para falar.

Eu não cria em redenção, e por isso mera o que mais precisava dela. A redenção pode tornar o ruim em algo bom. E o bom em algo melhor. Voce era bom como lutador mas é melhor como soldado. Agradeço a chance de me redimir dos erros do passado. Espero ser amigo de todos vocês. Acho que sou melhor estatua, do que fui como paladino.

Barragnar sorri, ele gosta das palavras do anão-pedra e fica aliviado e satisfeito com sua declaração, ele acena positivante e volta-se para Escamas de Árvore:

-Então velhote, vamos a celebração? fazia tempo que não participava de algo tão próximo de nossa cultura que estou ansioso para que a festividade comece!

Empolgado o kobold seguia os demais pronto para a comemoração.

Antes da comemoração virá um rito. Voce ainda não passou por tudo, seus irmãos têm muito a te ensinar e voce a eles. Entrem no salão e compartilhem. Os seus amigos soldados aproveitarão de um descanso e um Bom banho, quente ou frio. Voce tambem se purificará. Entre só como Barragnar, estou curioso o que de lá sairá...   ele desfaz toda a pose para falar e usando os barulhos da boca fala com o som de uma avalanche E com muito mais dificuldade, é quase difícil entender, mas sem duvida soa como um comando.

Guardas me sigam!
Mesmo de pedra o anão inspira respeito e nobresa, um ar de comando que ate barragnar sente vontade de segui-lo. Quando ele se mexe na direção dos soldados voce vê as costas dele toda rabiscada com cores variadas e certamente desenhos de criancas em alguns lugares tem o desenho de escamas tentando criar um padrão parecido com os padrões dos kobolds. Mas também tem outro de uma criança e uma kobold fêmea e o anão protegendo elas do ataque de alguma fera alada , talvez um grifo. Mesmo com todo aqueles desenhos rir dele é algo que não passa na cabeça de ninguém.
O velho casca de árvore encaminha-se para as portas da grande tenda central. Venha esta tudo preparado os outros entrarão pelo outro lado. Voce virá por aqui. Venha ande logo. Ao entrar tem frutas, algumas bolinhas de farinha, fubá e fubá branco no chão, uma tina com banho de ervas e Escamas-de-arvore te indica a ficar em um lugar específico. Pegue a estatua que o pedregoso te deu. Segure na sua frente. e espera voce tomar a posição que ele pediu.

Barragnar obedece o anão seguindo todas as orientações dita por ele, ele estava curioso quanto a este rito de purificação, adentar a tenda e observa uma mesa farta que faz seu estômago roer e sua boca salivar, querendo o não a caminhada até alí não era algo simples, era uma distância considerável.

Seguindo o rito, ele pega a estátua e faz os procedimentos conforme Escamas de Árvore o instrui na posição correta aguardando ansioso pelo que aconteceria.

O ancião necessita ficar nas pontas dos oes algumas vezes. Mas cada uma das comidas  começando com as pipocas, depois legumes, algumas frutas e o bolinhos de farinhas sao esfregados no teu corpo, por fim passa os ovos na tua cabeça e desce pelo corpo quebrando-os nos teus pés. Por fim te da uma bacia com o banho de ervas e um sabão preto. Indica uma tina de agua para voce se lavar e depois do banho taar o banho de ervas pela cabeça. Quando vc se questiona sobre o que fazer com a estatua vc sente ela ficando mais leve. Quando vc olha pra ela ela esta se transformando em pó. E este pó flutua no ar e sobe acima de tua cabeça e cai sobre VC.
Voce antes era vermelho agora é Dourado.
Mas ainda precisa ir tomar o banho e o banho de ervas também.
Antes de sair escamas de arvore te mostra umas roupas que vc deverá vestir.

Barragnar se surpreende pro ter mudado de cor, ele logo percebe que seu sangue de dragão vermelho tinha fesquícios de maldade com a purificação ele se tornou dourado como os bondosos dragões dourados.

-Por todos os deuses, como isso pôde acontecer?

Após a resposta ele segue para os banhos e o final do ritual de purificação.

As respostas virão no momento certo todos te esperamos. Não demore, e não esqueça de tirar todos os resquícios de sujeira entre os dedos! fala o ancião como se falasse com uma criança. A cortina de contas que divide este recinto do próximo faz barulho e vc ouve os pés se afastando.

Barragnar ouve as sábias palavras de Escamas e faz como ele pediu, ele começa se esfregar, jogar as ervas em cima de si, e calmamente ele vai tirando o suor e a poeira de seu corpo, braços, pernas, cauda, unhas, dentes, chifres e ao mesmo tempo imaginando os acontecimentos, a tribo mudou bastante a final, Tordak realmente transformou ela, criou ritos novos e aperfeiçoou os antigos.

O kobold termina o banho, olha de um lado para outro e não vê como se enxugar, então, começa a se enxugar com a cortina, enquanto sussurrava para sí.

-Tenho certeza que se o Escamas vê isso vem reclamar...mas eu não ia vestir uma roupa todo molhado...

Por fim, ele veste-se e sai.

Quando você abre a cortina que separa aquela sala da outra parte, vê todos da vila em um grande circulo, com um espaço para ele ao lado de Escamas de Árvore. No meio do circulo muitas comidas, dois patôtos inteiros assados. Ovos de Patôtos fritos, cozidos. Muitos doces feitos com gema e clara dos ovos. Da para ver que muitos estão doidos para comer, mas ate mesmo a criancinha mais diminuta se controla.
Ele faz sinal com a mão.
Quando voce entra na posição comecam a bater uma palma ritmada. Duas palmas rápidas uma espaçada repetidamente. De início as palavras sao difíceis de compreender de início, pois não são sincronizadas, mas logo mesmo os piores em cantar acertam o passo da música. Seguindo a cadência das palmas. Também rodeiam a comida dançando em passos ritmados também, que ajudam na musicalidade do canto.
"Abençoe nossa comida, pedimos de coração.
Abencoe a nossa vida, vamos cumprir nossa missão.
Abençoe Barragnar, temos a volta de um irmão.
Abençoe a nossa vila, nessa comemoração!"
A música é repetida com alegria, troca-se o nome. Primeiro você pela sua volta. Escama de Arvore pela idade avançada. Um outro pela quantidade de ovos que sua criação deu.
Uma criança pelas suas primeiras palavras. A um outro agradecendo a cura de uma doença.
É tantas coisas interessantes apesar de pequenas que a fome fica para segundo plano.
A música é um pedido, mas também um agradecimento. É um ato de gratidão.
O som vai levando a sua mente para algum lugar quando voce percebe voce esta se vendo pelos olhos de escama de árvore. Depois pelos olhos de cada um. E em cada um vc percebe o sentimento que tinham por você e o que sentem agora. Sempre houve respeito. Mas era um respeito maculado pelo medo, um respeito mesquinho. Agora era um respeito misturado com admiração, de escamas de árvore, de um pai pelo Filho. Dos outros kobolds de um irmão por outro.
E assim voce vê tudo que cada um passou pelo tempo desde que voce foi levado.
O fantasma de Tordak. Os ataques de outras tribos. A ajuda que Tordak deu protegendo-os. E todo o tempo depois disso. Se tornaram nômades por completo. Fugindo dos ataques que, mesmo rechaçado, ainda continuavam a ocorrer. Tordak foi ensinando aos que queriam aprender métodos de luta. Em pouco tempo se tornaram otimos lutadores. Focados em derrubar seres maiores que eles. Trabalhavam em grupo, um atrapalhava os ataques do inimigo, o outro era ajudado na hora de atacar. Não eram os mais fortes, mas o estilo de luta em grupo emprestava um Momentum a movimentação de batalha que era quase irresistível.
Ainda eram selvagens por completo, e as vezes queriam atacar outras tribos ou viajantes. Qua do o faziam Tordak não ajudava e ficava dias apenas falando com eles o quanto aquilo era errado o quanto eles faziam mal, se eles gostavam de ser atacados apenas por serem mais fracos e com o tempo aquilo foi sendo absorvido. Cada vez mais perto de montanhas eles ficavam, ate que um dia Tordak os fez seguir para dentro da montanha e la bem no fundo acharam o lar de um dragão. Era um lar de um dragão pelo tamanho e pela quantidade de tesouros, mas não se via dragão algum. De repente de dentro de uma alcova veio sorrindo um kobold. Um Kobold bem diferente, ao menos para eles naquele momento. Um Kobold prateado.
Uma boca que não comportava-lhe os dentes, a boca era grande, mas os dentes gigantescos, por isso parecia estar sempre rindo.

Off:

Aparentemente sem se assustar, como se esperasse a chegada de tantos kobolds ali, o prateado os olha. Uma sensação de medo, uma presença avassaladora emana do pequeno Kobold. Ele fecha os olhos e o medo e a presença somem.
Sejam bem vindos irmãozinhos. Sou BocaDePrata(SilverMouth) O Belo. Venham venham, voces devem estar famintos. Me sigam! todos sem exitar seguiram. Uns por medo também, oitros também por curiosidade, mas todos por fome.
Chegaram a uma sala que estava arrumada do mesmo jeito que o salão da vila. Comida no Centro e espaço para todos nos cantos.
Mas antes de comer, vamos agradecer as comidas e pedir que sejamos abençoados também, vamos me sigam.
E fez uma cantoria bem parecida com a que foi feita na vila. Logo tosos pegaram o ritmo e mesmo com fome se divertiram ali no entorno da comida.
Tordak a um cano parecia relaxado, tal qual uma pedra poderia estar relaxada. E a partir daí Boca de prata foi mostrando as comidas, apresentou os patôtos e foi ai que eles conheceram o sabor do estranho animal. Foram conversando e conversando. Ate que foram convidados a passar um tempo com ele, ali em seu lar. Tinha espaço para todos. Mas que como condição todos tinham que passar por uma purificação, a começar por escamas de árvore.
Eu estou limpo, nao preciso disso não. Mas só vou porque estou em sua casa e devo respeito ao senhor. Unf. e na ante Sala tinha um preparo similar ao do banho de Barragnar.
O proprio Boca de prata passou a pipoca e outras comidas em cada um. Fazendo-os segurar uma estatua de cada um, bem similar e para cada um de um metal diferente. Para escamas de arvore era uma estátua de cobre. Que se desfez e caiu sobre ele. Mudando o tom de suas escamas para o metálico. De alguns dos outros eram uma mistura de metais assim como as escamas desses era de cores misturadas e ao mudar também ficaram de tons metálicos misturados. Alguns se desesperaram achando que tinham quebrado algo e que aeriam castigados por isso. Mas logo foram acalmados.Barragnar sente um aLívio imenso ao ver que escama de arvore tambem se secou com a cortina do banheiro. Alguns dos outros se balançaram até secar, outros foram se vestindo molhados mesmo.
Todos mudados por fora, mas por dentro ai da sentiam as mesmas vontades de antes. E dali para frente todos os dias antes de comer faziam a roda e cantavam a música. Boca de prata foi lhes ensinando a agradecer pela comida e pelas coisas que alcançavam.
Eles ate agradeciam aos pais e mães antes. Agradeciam por terem matado uma tribo inimiga, por terem roubado um grupo de aventureiros ou uma caravana.as agora aprendiam a agradecer pelas boas coisas e as coisas simples também.
Iam aprendendo com Tordak sobre ferraria. Manufatura de ferramentas, armaduras e litas.
Com boca de prata aprenderam sobre a agricultura e a criação de patôtos. Alem de culinária e bons modos. Ao fim de alguns meses, quase um ano desde que Barragnar havia sumido Boca de Prata começou a falar em eles retomarem o lugar de sua tribo, em construir a vila. Cultivar sua comida e criar os patotos.
Escama de Árvore não queria ir. Inventou algumas desculpas para não ir, mas no fim cedeu. E ass vieram de volta para a vila que estava destruída com os kobolds que a haviam tomado. Ao invés de mata-los deu a chance de passarem pela purificação pu irem embora, lutaram, afinal ja tinham rechaçado aquela tribo de fracotes, não era por que agora tinham se pintado de outras cores que seriam mais fortes que eles agora.
A batalha foi fácil para os Kobolds metálicos. E eles não mataram os que não precisavam ser mortos. E alguns aceitaram passar pela purificação.

E assim aos poucos Barragnar vai voltando para sua mente, com uma fome absurda, como se tivesse ficado dias sem comer, mas percebe pelas velas que tudo que ele presenciou demorou apenas alguns minutos.

Todos acordam.

Escama de árvore mostra como devera fazer, senta-se ao chão, serve seu prato e come com as mãos. Alguns pegam talheres. Mas a maioria come educadamente com as mãos.