Anaya
Idade: 18 anos
Arquétipo: Humana
Conceito: ex-escrava / curandeira
Aparência: (https://i.imgur.com/tmnyw40.jpg?1) é uma jovem de
beleza exótica, pele negra e cabelos longos, volumosos e com
cachos largos. Tem por volta de 1,70 de altura, curvas bem
acentuadas, principalmente quando usa espartilho (só tem um
vestido assim) e seios medianos. Costuma sempre se vestir de
preto, por costume da casa onde era escrava e para não chamar
muita atenção. Leva consigo um amuleto dado por sua mãe,
quando era novinha, de proteção (na época um colar com
pingente entalhado de madeira, agora, usa como pulseira, pois
ficou pequeno).
Personalidade:
É uma jovem que cresceu em função de obedecer as pessoas, por isso não tem dificuldades de
engolir insultos, xingamentos etc. Sendo assim, pode ser um tanto passiva em escolhas e
preferir ser guiada do que guiar uma situação.
Anaya é curiosa e adora aprender coisas novas, principalmente no que envolve a cura. Estudou
por muito tempo “o homem” com seu mestre, desde a sua anatomia, seus costumes e a
medicina. Apesar de ser um estudo teórico na casa dos West, a menina, junto aos
conhecimentos aprendidos com a mãe sobre herbalismo e botânica quando era pequena,
aplica isso às pessoas do vilarejo que precisam de ajuda e não podem pagar pelo médico.
Como passa muito tempo com suas plantas, em função da casa ou do estudo, não tem
habilidades sociais altas. Geralmente é gentil com as pessoas que convive, apesar de se distrair
fácil com os próprios pensamentos em uma conversa comum. Além de seus “pacientes”,
Anaya tem alguns contatos entre os mercadores da vila em que vive e de vilas próximas...
Mas, atualmente, após a morte de seu mestre, o único amigo (ou amiga?) que possui é um tal
de “J.P.”, com quem troca cartas há quase três meses.
A primeira carta que recebeu de J.P. foi em um dia que estava comprando batatas na feira da
cidade. Uma criança suja e sem os dois dentes da frente cutucou ela, entregando uma carta
escrita em um papel que ela nunca tinha visto. Era quase tão branco como as ceroulas da
senhora West. Parecia quase mágica como era suave também. Levou a carta pra casa, onde
prontamente o senhor West aconselhou que não lesse... Mas a curiosidade, um dos seus
piores defeitos, falou mais alto. Antes de dormir, rompeu o selo de vela e descobriu que J.P.
sabia muito sobre ervas, sobre curas, animais e diversos outros assuntos. Ele dizia viver em
uma comunidade nas florestas e observava pessoas com aquele dom divino entre as pessoas
comuns. A curiosidade e a vaidade acabou fazendo a jovem responder e, a cada ida na feira,
uma nova carta chegava, cheia de novas histórias, informações e convites que ela nunca teve
coragem de aceitar.
Como sempre foi “propriedade” de alguém, não conhece completamente o seu “eu” de
verdade. A liberdade é confusa e tentadora, talvez desperte um lado impulsivo que ela nunca
precisou lidar. Talvez traga uma coragem que ela nunca soube ter...
Qualidades e Defeitos:
Qualidades:
Beleza Exótica
Conhecimentos básicos em Latim
Conhecimentos em Herbalismo
Conhecimentos em Naturalismo
Conhecimentos em primeiros socorros
Cuidados com jardim/horta (botânica)
Furtividade
Housekeeping
Personalidade agradável
Defeitos:
Código de Honra (druida)
Curiosidade
Dificuldade em confiar
Orfã (sensação de não pertencimento em lugar nenhum)
Recém-liberdade (pode causar impulsividade e/ou medo em situações cotidianas)
Se distrai fácil.
Timidez
Background:
Anaya tem uma leve lembrança da sua infância em um vilarejo que não se diz mais o nome.
Lembra do solo quente e avermelhado, das casas simples, do povo de sua cor... Mas já não
tem certeza se imaginou tudo aquilo ou realmente teve uma vida antes de viver na casa dos
West.
Sua família foi tomada de seu lar e separada em uma venda terrível de pessoas. Tinha nove
anos quando se tornou alguém sem família, sem sobrenome, sem importância... A senhora
Mary West precisava de uma pessoa para ajudá-la com os serviços de casa e encontrou em
Anaya uma solução duradoura e barata.
Ensinou a menina a lavar, passar, arrumar e, principalmente, a ser invisível na casa. Nenhuma
visita devia perceber a presença dela, a menos que precisassem de algo. O senhor West não
deveria precisar pedir algo, afinal, ela sabia quando servir as refeições, quando esquentar a
água do banho e onde colocar as roupas limpas. Ele era um homem ocupado demais para
precisar se preocupar com aquilo.
***
Os anos se passaram e Anaya não chegou a trocar muitas palavras com o senhor daquela casa.
Ele era um homem de idade, com cabelos brancos e barba sempre feita... Mancava em uma
perna, de um ferimento de guerra que nunca curava completamente. Ele passava dias
trancado no porão, com seus livros e experimentos e só saia quando o médico da vila
precisava de ajuda, visto o menino ter sido seu aluno há anos atrás.
A senhora West era crítica, achava tudo errado e sempre mandava a menina refazer os
trabalhos, por mais bem feitos que estivessem. A medida que ela crescia as coisas ficavam
piores, devido às curvas que adquiria e a beleza exótica de alguém que não pertencia àquelas
terras.
Anaya se responsabilizou pelo jardim e horta, para passar mais tempo fora da casa. Além de
fazer as compras que antes uma empregada gordinha fazia. A mulher ficou grata e assumiu a
tarefa da limpeza dos espaços sociais da casa, em troca.
Certa tarde, enquanto cuidava do jardim, foi chamada às pressas na cozinha. O Senhor West
estava, novamente, sofrendo de febre devido ao ferimento e precisava comer algo. A jovem,
de 15 anos na época, preparou uma sopa para ele, além de um chá com ervas que começou a
cultivar no jardim. Se lembrava dos ensinamentos da mãe, sobre ervas e alimentos que
curavam e vez ou outra ajudava as pessoas com aquilo, mesmo que em segredo.
Após servir aquele chá por alguns dias, a febre cessou de forma branda. O senhor West,
sempre fascinado por novos conhecimentos, se interessou pela menina, perguntando sobre as
ervas... E se dispôs a ensiná-la sobre sua ciência se ela o ensinasse sobre sua cura natural.
Os anos se passaram e os dois ficaram próximos, todos os dias estudando um pouco após o
horário de trabalho de Anaya. Aos poucos ele fora solicitando mais a menina, o que causava
um grande ciúmes na esposa, mesmo que nada de romântico ou sexual acontecesse entre os
dois.
Pouco antes que completasse 18 anos, Anaya viu seu professor cair em uma doença que
parecia sem cura. Ele entregou a ela uma carta de liberdade, que seria válida a partir daquele
momento e mandou que ela fosse embora, com algum dinheiro que havia separado para ela.
Sabia que a esposa faria de tudo para que a menina fosse infeliz após sua morte.
A jovem ficou na casa por mais uns dias cuidando dele... Mas, quando soube que chamariam o
padre para que rezar a alma do senhor West, recolheu suas ervas e o livro que escrevia junto
ao seu mestre, com ensinamentos e descobertas que faziam, e saiu da casa... Buscando em
outra vila um local barato para viver.
Torcia para que os contatos que havia feito ao longo dos anos pudessem ajudar.
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