Sumé era um dos garous mais respeitados da seita quando se tratava de lidar com o mundo dos Estrangeiros da Wyrm, como muitos dos uktenas mais tradicionalistas ainda chamavam os americanos descendentes de europeus. Mesmo no Brasil, com sua fama de multietinicidade, ainda havia grande rancor dos povos nativos pelos abusos cometidos durante a colonização portuguesa e europeia em geral, e Sumé era um dos poucos que tinha vencido esses preconceitos arraigados para aprender a manobrar na sociedade moderna e conseguir benefícios para seu povo.
Seu núcleo de pesquisas e estudos sobre como compensar os povos nativos por meio da lei era composto de phillodox bem intencionados, mas como ragabash, o Revogador de Certezas era mais ágil e veloz em agir, sem se prender aos questionamentos morais com que os meia-luas sempre se debatiam. As vitórias eram poucas e exigiam grandes esforços, mas havia progresso sendo feito, mesmo que a maioria não enxergasse isso.
Apesar de tudo isso, Sumé ainda era um garou, um ser feito de espírito e fúria tanto quanto de carne e ossos. Os fenômenos naturais e sobrenaturais do mundo de Gaia não lhe eram desconhecidos. E com seu ponto de vista afro-americano e nativo, Sumé estava mais receptivo a aceitar essas influências do que os eurocêntricos.
Certa noite, ao caminhar pela escuridão, Sumé viu um clarão flamejante romper as trevas, e uma criatura de chamas ascender sobre ele. O bater de asas e o bico aberto em trinado ajudavam a identificar o ser incandescente como uma espécie de ave. Sob o brilho intenso do fogo, sombras de criaturas quadrúpedes se projetavam, mostrando seres que corriam lado a lado. Sumé tinha facilidade natural para reconhecer formas lupinas, mesmo obscurecidas por aquele clarão cegante, mas os traços dos lobos se ocultavam diante dele. A não ser por um dos lobos.
O lobo que era o próprio Sumé.
E então Sumé despertou em sua cama, ainda com a lembrança do sonho vívida em sua mente
Seu núcleo de pesquisas e estudos sobre como compensar os povos nativos por meio da lei era composto de phillodox bem intencionados, mas como ragabash, o Revogador de Certezas era mais ágil e veloz em agir, sem se prender aos questionamentos morais com que os meia-luas sempre se debatiam. As vitórias eram poucas e exigiam grandes esforços, mas havia progresso sendo feito, mesmo que a maioria não enxergasse isso.
Apesar de tudo isso, Sumé ainda era um garou, um ser feito de espírito e fúria tanto quanto de carne e ossos. Os fenômenos naturais e sobrenaturais do mundo de Gaia não lhe eram desconhecidos. E com seu ponto de vista afro-americano e nativo, Sumé estava mais receptivo a aceitar essas influências do que os eurocêntricos.
Certa noite, ao caminhar pela escuridão, Sumé viu um clarão flamejante romper as trevas, e uma criatura de chamas ascender sobre ele. O bater de asas e o bico aberto em trinado ajudavam a identificar o ser incandescente como uma espécie de ave. Sob o brilho intenso do fogo, sombras de criaturas quadrúpedes se projetavam, mostrando seres que corriam lado a lado. Sumé tinha facilidade natural para reconhecer formas lupinas, mesmo obscurecidas por aquele clarão cegante, mas os traços dos lobos se ocultavam diante dele. A não ser por um dos lobos.
O lobo que era o próprio Sumé.
E então Sumé despertou em sua cama, ainda com a lembrança do sonho vívida em sua mente