Mu-Za, o Sucateiro Os 62 anos vividos o levaram para muito lugares, principalmente se tratando de um sucateiro. Não gostava de sair da Africa, é verdade, o que não quer dizer que nunca havia saído. Em sua juventude como Sucateiro iniciante, Adimu se sentia impelido a obedecer à hierarquia dos Sucateiros e por várias vezes aceitou serviços para Hybrispania e além. Por isso conseguiu resgatar em sua memória a descrição que Heb lhe passou. - Mu-Za conhe esse lugar que você descreveu. Para leste! O velho se deliciava com o sofrimento de Obaesa - Por que você não usa uma brasinha pra “acalmar”? Vocês Apocalípticos gostam dessa porcaria, não é!? Ah, não, você preferem vender e transformar os outros em zumbis. Malditos! As motos eram barulhentas. Não havia possibilidade de chegar despercebidos com elas. Quando estas foram desligadas, observaram o lago por algum tempo. O local era sinistro, bem como todo o resto da paisagem por que passaram. O silencio parecia gritar em sua mente, ou será que continuava a ouvir o barulho das motos com motor dois tempos que estralaram durante todo o dia em seus ouvidos? Havia algo de errado ali. Heb não conseguia manter a tranquilidade aparentemente, e enquanto encarava o aliado, tratou de sacar sua arma Marvel. – Acredito termos companhia – disse num tom baixo e calmo. |
[!ON!] Ruínas de Hybrispania
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Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
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Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Heb, a Foice Heb mostra os dentes, alguns chamariam aquilo de sorriso. A verdade é que havia ali uma alegria de antecipação. Ele tinha sido tocado pela morte no caminho até ali e agora ele ia ter a chance de ser um com a morte de novo? Ele via a arma na mão de Mu-za como um doce convite. Um que ele aceita de braços abertos. Ele se arma e se move, o kopesh parece vivo em sua mão. O escudo é novo para ele, incomum. Mas não importava. Logo eles iam ter a chance retribuir a gentileza que os crânios receberam, que eles receberam. Se dependesse de Heb iam retribuir até não sobrar ninguém para receber. "Se a gente tiver sorte tem alguém por aí velho. Porque eu to louco por um pouco de companhia e não é que vocês sejam ruins, mas eu to querendo muito matar alguém" Heb tenta colocar um pouco do seu entusiasmo na voz que era calma como um lago até agora. Mas não haviam mais palavras, só movimento. O anubita procura com os olhos e começa farejar os intrusos. Parece tudo igual, mas não é. Maldita mascará. A única mascará que ele devia usar era a de Anúbis que ele sentia ao seu lado. |
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Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
O apocalíptico ri quando Adimu fala da brasa. - Você já usou brasa, velho? Na sua idade seria difícil dizer que não, mas aparentemente não usou mesmo. - Ele passa a mão na testa e joga o suor no chão. - Quando os esporos vão descendo a garganta, uma confiança se ergue dentro de ti. Você fica completamente focado. E mais, a depender de onde é a brasa. Sabe a brasa da Hybrispania? Ela faz reagir aos inimigos melhor, você nunca é pego de surpresa, porque o passado, o futuro e o presente se tornam uma coisa só. - Ele diz com um semblante quase febril. - Os tolos usam brasa como droga, mas na verdade ela é uma arma. Quando ele vê o sucateiro e o anubita se armando, ele sacode os braços, fazendo surgir lâminas dos braceletes que portava. - Eu protejo a retaguarda. - Disse, sem cerimônias. Os três então foram avançando. Eles caminharam em silêncio por cerca de dez minutos. Cada som era um sobressalto. Muitos eram apenas alarme falso. Os olhos do sucateiro vasculhavam os arredores como se pudesse fazer um raio-x deles. Não podiam, mas as ruínas ensinaram o velho a saber para onde olhar. Ele viu movimentos leves de arbustos na esquerda e na direita. Foi ele quem notou que estavam sendo cercados. Pelo menos dois de cada lado.
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- Shmul
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Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Mu-Za, o Sucateiro - Já comeu carne de cobra, Heb? - Disse em tom baixo e tranquilo, como se estivesse puxando uma conversa despreocupada - É preciso tomar cuidado com seu bote e seu veneno. Elas costumam atacar quando se sentem ameaçadas, mas são quase cegas e o bote não é mais rápido que um golpe humano. Fez então sinais com a cabeça e com os olhos “apontando” as direções dos inimigos enquanto segurava firmemente sua espingarda, pronto para uma ação rápida - eu não gosto de carne de cobra, mas também não me deixo ser picado - e foi o que fez. Disparou em um dos inimigos mais próximos que avistou e correu para trás em busca de alguma cobertura. |
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Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Heb, a Foice Um sorriso feliz se insinua lentamente no rosto negro do anubita. A pele suada se estica no rosto enquanto os dentes aparecem. As palavras do sucateiro faziam os nervos de Heb se eletrificarem. O velho se fazia entender. Ele claro quando queria. Os pés de Heb se arrastam e se fixam no chão, procurando na terra um lugar perfeito para começar o bote. Terra escura que beberia o sangue dos derrotados. Comeria a carne dos caídos e roeria lentamente os ossos dos mortos. Ele enche o peito de ar, ar que parece frio e fresco e é esquecido de imediato. Os dedos na alça do escudo abrem e fecham. Os olhos não piscam mais, quentes no crânio feito brasas. Ele já tinha lutado mais vezes que a maioria, antes mesmo de o velho levantar a arma ele já sabia. Ele sabia até onde ele ia atirar. O velho falava de uma cobra. Serpentes eram rápidas e letais. Heb já tinha matado mais de uma com as mãos. "Eu gosto." |
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- Mensagem nº26
Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Adimu havia acabado de recarregar sua arma quando o anubita cruzou uns bons metros para golpear uma e outra vez o último hybrispano que restava de pé. Seus golpes eram truculentos, quase tão mortais quanto os tiros do velho sucateiro. Ainda que ele tivesse que se esforçar bastante para superar a espingarda de Mu-Za. Heb estava ferido, assim como Adimu, nada muito grave. - Desculpem a demora, apareceu outro candango mais atrás. - Disse o apocalíptico. - Será que acabou? - Ele olhava ao redor. - Você é duro, hein, velho? - Comentou com um sorriso atravessado na face. Heb ainda sentia a pulsação veemente da adrenalina no corpo. O furor da batalha. Ele ainda respirava fundo quando sentiu uma dor no meio da sobrancelhas. A dor escureceu a vista dele, por um instante. Aquilo significava uma coisa: um psiconauta. Um pregnóstico. Há cem metros de onde eles estavam. Então era por isso que haviam encontrado-os? Por que tinham consigo um psiconauta capaz de borrar os limites do tempo. Eles estavam em condições de lidar com aquilo?
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- Mensagem nº27
Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Heb, a Foice Heb sente o coração batendo forte e o corpo esfriando enquanto o sangue leva de dentro dele sua força. Parte dela. "Merda." Ele fala, era só a dor falando. A dor do corpo. Ele não era tão rápido quanto gostaria e a armadura não era nenhum manto milagroso. Ele sente a dor que indica o maior problema. Não diz nada. Ouve o guia com cuidado enquanto se esforça para limpar a espada sem tremer. A dor aumenta e o calor diminui. Frio na pele. Calor de um onde o sangue escapa. "Não acabou." Ele aponta com o braço que segundos atrás estava segurando uma espada e agora era um punho fechado. "Psiconauta." Ele não precisava dizer mais nada. Não queria dizer mais nada. Os nós dos dedos massageam a testa. A boca tinha gosto de sangue... sangue dele? De um daqueles mortos? Heb pisa com força em um deles, a sola acertando o rosto no chão. Ele não tem muita certeza, pisa de novo com mais força. "Vamos." Não é uma pergunta, mas ele faz um sinal com o rosto indicando o caminho como se um deles devesse ir primeiro. A mão que estava na testa desce para a boca pedindo silêncio. O anubita estava puto e não queria mais sofrer. Não queria mais apanhar. Não queria arriscar a própria vida. Mas não seria muito mais perigoso depois um deles para trás? |
- Shmul
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- Mensagem nº28
Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Recolheu suas armas e as recarregou. Conseguiu se conter, apesar da adrenalina pungente, e reparou nos aliados e seus ferimentos. Depois deu atenção às coisas de valor nos corpos dos inimigos.
Riu com o “elogio” de Obasea, mas o gozo da vitória se desvaneceu no mesmo instante em que ouviu a palavra “psiconauta”. Em suas jornadas teve a infelicidade de cruzar com uma dessas aberrações. Dezenas de aliados mortos naquela ocasião.
- Deve estar se aproximando com velocidade devido aos disparos das armas. Se não corrermos agora, nossas vidas estarão sobre o fio de uma navalha afiada – e fazia uma cara de assombro – você esta em condições, Heb?
Riu com o “elogio” de Obasea, mas o gozo da vitória se desvaneceu no mesmo instante em que ouviu a palavra “psiconauta”. Em suas jornadas teve a infelicidade de cruzar com uma dessas aberrações. Dezenas de aliados mortos naquela ocasião.
- Deve estar se aproximando com velocidade devido aos disparos das armas. Se não corrermos agora, nossas vidas estarão sobre o fio de uma navalha afiada – e fazia uma cara de assombro – você esta em condições, Heb?
- Wordspinner
Antediluviano - Mensagens : 3112
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- Mensagem nº29
Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Wordspinner escreveu:
Heb, a Foice
"Plenamente." A voz de Heb era seca e sem qualquer humor. Ele não gostava daquilo mais do que eles. "Mas fugir é morrer, velho." O anubita olha para os corpos no chão. "Aposto que não eram só esses caras aqui, tem mais deles e só vamos ganhar tempo se matarmos o desgraçado também." Ele não disse que iam procurar eles e que sangrando e feridos logo estariam sendo emboscados de novo. Encontrariam eles de novo e seria ainda mais difícil e depois mais difícil ainda.
"Mas nós temos uma vantagem. Eu sei onde ele tá." O anubita aponta de novo. "Dessa vez quem vai ser emboscado são eles. Se preparem." Heb procura o melhor lugar para eles se esconderem e fazerem a própria armadilha. O anubita se decide e pega um corpo para usar como um escudo a mais no seu esconderijo. Dessa vez ele tem tempo de colocar a máscara de Anubis. Ele se ajeita e coloca o corpo de um dos baleados sobre si próprio como se tivessem matado Heb logo antes de o cadáver ser alvejado por Mu-za. "Tem sangue, você também pode fingir de morto." Mas provavelmente era mais fácil para Heb com seus ferimentos e a máscara e a consciência da apróximação do Psiconauta.
O anubita fecha os olhos. "Não posso impedir vocês de fugirem, mas se fugirem e eu morrer não vou precisar esperar muito pra revê-los." Ele ficaria ali sozinho ou não. O anubita não via qualquer possibilidade de continuar fugindo.
- Shmul
Mestre Jedi - Mensagens : 1036
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- Mensagem nº30
Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Mu-Za, o Sucateiro - Prefiro me esconder nas moitas, só que mais bem escondido que esses paspalhos mortos - e foi o que fez. Analisou por alguns instantes o melhor local para se esconder e se preparou com a espingarda em mãos. |
- Bravos
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- Mensagem nº31
Re: [!ON!] Ruínas de Hybrispania
Heb se deitou no chão, como se estivesse morto. Adimu se meteu entre arbustos. Obasea se encolheu junto com o velho, ligeiramente mais atrás. Agora eles esperavam. Heb sentia a dor ficar cada vez mais forte entre as duas sobrancelhas. Eles estavam se aproximando. Esperar aqueles minutos pareciam uma eternidade. Uma eternidade que ia ao encontro inevitável da morte. Heb se esforçava para não se mover, no intuito de se fazer de morto. Mas quem viu primeiro foi Mu-Za. Uma silhueta estranha, com a metade superior do rosto encoberto por pano, muito bem preso. E havia algo, no meio da testa, que se sobressaía. A psiconauta apareceu em cima de algum tipo de barranco, pois, entre as folhagem, o sucateiro via apenas da cintura para cima. Sabia que era uma mulher porque seus seios estavam completamente expostos. Nos seus ombros algo que pareciam conchas formavam como ombreiras. O velho talvez estivesse de boca aberta tempo demais. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, a psiconauta apontou um cajado que ela trazia na mão. Na ponta do cajado também havia uma concha. Aliás, o cajado apontou para Adimu e em seguida para Heb. Como se eles estivessem completamente expostos. Como se nunca houvessem sequer tentado se esconder. Heb soube que havia sido notado, pois viu o cajado se movendo para sua direção. Dois outros vultos apareceram ao lado da psiconauta, eles não hesitaram, começaram a avançar em direção dos dois. Logo estavam fora de vista.
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